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Embrapa completa 46 anos com novos desafios pela frente

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Nas últimas quatro décadas, a Embrapa contribuiu para que o Brasil aumentasse em cinco vezes a produção de grãos – em 240% a produção de trigo e milho, 315% a produção de arroz, sem contar a elevação da produtividade do setor florestal em 140%, e o triplo do setor cafeeiro. Daqui para frente a expectativa é ainda maior. Criada para revolucionar, por meio da ciência, a forma de produzir alimentos no país, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) completa 46 anos, nesta sexta-feira (26).

No último ano, para cada R$ 1 aplicado na Empresa, foram devolvidos R$ 12,16 para a sociedade – lucro de R$ 43,52 bilhões gerado a partir do impacto econômico no setor agropecuário de apenas 165 tecnologias e cerca de 220 cultivares geradas pela pesquisa. Entre 2016 e 2018, quantitativamente, o empenho da ciência no desenvolvimento de novas tecnologias, produtos e serviços superou a marca de 2 mil inovações que estão deixando marcas e repercutindo positivamente em inúmeros segmentos.

A Embrapa lidera a produção científica no ranking das instituições não acadêmicas do país e entre as dez primeiras com o maior nível de produtividade, de acordo com o Balanço Social 2018. A empresa tem o suporte de 9.469 empregados, dos quais 2.405 pesquisadores, e cerca de 600 laboratórios, que trabalham não só com a agenda da produção agropecuária, mas com o apoio no fornecimento de subsídios à formulação de políticas públicas.

O presidente da empresa, Sebastião Barbosa, destaca que grande parte da pobreza brasileira está no meio rural, e, por isso, um dos grandes desafios é dedicar ainda mais atenção aos produtores. “Sem perder de vista que a competitividade do agro brasileiro precisa continuar dando saltos de qualidade para manter essa condição que o Brasil conquistou”, diz, ressaltando que há necessidade de trabalhar sem distinções para o grande, o pequeno, o orgânico, o transgênico, a agricultura familiar, a empresarial.

“A Embrapa não impõe tecnologias, disponibiliza, e o mercado é quem as regula. Produzimos as ferramentas”, comenta o presidente. “Conhecendo as demandas do setor, a gente tem soluções que melhor se adaptam às necessidades do produtor, do consumidor e do mercado. É um processo dinâmico ao qual estamos muito atentos”.

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Gestão Integrada

A diretora executiva de Gestão Institucional, Lucia Gatto, reconhece o tamanho do desafio que a Embrapa possui. “Precisamos ampliar os resultados positivos também reduzindo o custo de operação”, diz. “As melhorias incluem não apenas a gestão de pessoas, máquinas e sistemas, mas todas as áreas funcionais da empresa”.
Na opinião da diretora, a Embrapa precisa ter acesso a novos modelos de financiamento, como os fundos patrimoniais. “Assim será possível promover relações mais seguras e atrativas para a ampliação de parcerias e a captação de investimentos do segmento produtivo”, explica.

Protagonismo científico

O diretor de Inovação e Negócios da Empresa, Cleber Soares, observa que no dia a dia do brasileiro dificilmente não está presente alguma contribuição gerada nos laboratórios e campos experimentais da Embrapa.
Ele cita exemplos: no café da manhã, o brasileiro, ao consumir um pão, talvez não saiba que mais de 65% da cadeia de trigo no Brasil são parceiros diretos da Embrapa (e muitos ativos derivados das tecnologias desenvolvidas pela Empresa). Já o leite tem origem provavelmente no sistema intensivo e semi-intensivo desenvolvido pela Embrapa.

Um cafezinho no meio da manhã tem tecnologia desenvolvida pelo Consórcio Brasileiro do Café liderado pela Embrapa. Mais de 90% da forrageiras tropicais que levam a um bife são produzidas pela empresa. E mesmo, ao tomar um copo de cerveja no fim do expediente, o cidadão consome sua tecnologia, presente em 85% das cultivares de cevada cultivadas no Brasil.

“Nas principais cadeias produtivas do agronegócio é possível enumerar a sua participação no desenvolvimento de ativos tecnológicos, por meio de produtos, processos, de serviços e na formulação de políticas públicas que impactaram os diferentes setores do agro”, diz o diretor.

No segmento de grãos, na pecuária, nas florestas plantadas, no desenvolvimento de sistemas integrados de produção, como a Integração lavoura-pecuária-floresta, área de fitozoosanidade, feijão e pulses, fruticultura, a empresa é, segundo ele, referência.

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Cleber Soares destaca o lançamento da página de negócios no portal da empresa, na data do aniversário. Estarão disponíveis, de forma aberta, ativos em desenvolvimento e a evolução de cada um para os interessados em investir e cooperar no desenvolvimento das tecnologias.

Outra iniciativa é o projeto Pontes para a Inovação. Com ele, novas possibilidades de parceria são abertas. Investidores e parceiros têm a oportunidade de concorrer por meio de chamadas públicas para atuar com ativos da empresa. Nesse modelo de ambiente de inovação, o parceiro aporta recursos e a Embrapa recebe no desenvolvimento e depois quando vai para o mercado.

Pesquisa e desenvolvimento

A ampliação da produção de alimentos é uma das pautas mais desafiadoras para os próximos anos, principalmente considerando um cenário global onde, até 2030, a população mundial deverá atingir 8,5 bilhões de pessoas. “Tendo em vista a longevidade e os padrões de consumo pouco sustentáveis, teremos um aumento por demanda em torno de 35%, 40% de energia e algo 50% de água. Vamos ter que produzir mais alimentos com menos energia e menos água”, analisa Celso Moretti, diretor de Pesquisa & Desenvolvimento.

“O Brasil terá um papel relevante e estratégico e a Embrapa, uma instituição que atua com geração de conhecimento, terá que trabalhar com produtividade, melhoramento de eficiência, com variedades que usam água de forma mais racional, adaptadas a regiões secas, com mais sustentabilidade, resistência a pragas e doenças, menos pesticidas e agrotóxicos”, afirma Moretti.

Na agenda da pesquisa há ainda mais com projetos relacionados à edição gênica, ou seja, com a possibilidade de tecnologias que editem o DNA das plantas, a exemplo de três projetos com soja e feijão, desenvolvidos em parceria com a norte-americana Corteva.

“Além disso, o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) será ainda mais importante. É um trabalho que fazemos com 44 cadeias produtivas, que contribuicom a indicação de onde, como e o que plantar”, explica o diretor. A importância econômica dessa tecnologia, segundo o Balanço Social, representou mais de 5 bilhões para o agro brasileiro em 2018.

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Outra tendência para os próximos anos é a diversificação e a exploração de novos nichos de mercado. “Um exemplo recente é o dos produtores de soja que, em função dos custos elevados que resultavam em margem de lucro pequena, adotaram solução da Embrapa e passaram a cultivar grão de bico, em Goiás, e agora vão colher 10 mil hectares de área cultivada”, conta Moretti.

O diretor destaca ainda o reforço nos investimentos na área de insumos biológicos, pela fixação biológica de nitrogênio, com o lançamento neste ano, de edital específico para leguminosas e gramíneas. “Buscar microorganismos do solo para combater nematoides, toda a lógica da bioeconomia em que a Embrapa está inserida, a intensificação sustentável, com o trabalho com ILPF, que começou com 3 milhões de hectares implantados e atualmente está próximo de 15 milhões, tudo isso faz parte dessa programação”.

Está previsto reforço na área de “big data”, que concentrará investimentos com novos algoritmos, novos computadores para analisar dados, bem como na agricultura 4.0, a exemplo da recente aprovação de um projeto no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de internet das coisas. “Sensores que estão no campo, avaliando a fertilidade do solo, a velocidade do vento, a umidade, se conectam com tratores e satélites que enviam dados para computadores, no campo para tomada de decisão”, explica o diretor. Ele ainda lembra a utilização de drones para monitoramento de pragas e doenças nas plantações.

A convergência tecnológica, que integra conhecimentos de informática, nanotecnologia, geotecnologias, para produzir soluções e resolver problemas, e dar mais competitividade para o agro é um dos focos de atuação da área de Pesquisa e Desenvolvimento da Empresa para médio e longo prazo.

Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas – Sire

Contatos para a imprensa
[email protected]
Telefone: (61) 3448 1861

Mais informações sobre o temaServiço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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Dia do Agricultor (28/7): produção de grãos deverá atingir 330 milhões de toneladas na próxima década

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Ministério da Agricultura prevê crescimento de 27% no setor até 2031; soja, milho, algodão e trigo puxam a evolução do setor

Foto: Assessoria

Enquanto outros setores produtivos mostraram dificuldades para crescer durante a pandemia, o agronegócio brasileiro “puxou para cima” o PIB nacional em 2020 – e deve continuar o bom desempenho também na próxima década. Segundo o estudo Projeções do Agronegócio, Brasil 2020/21 a 2030/31, realizado pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, a produção de grãos no Brasil deverá atingir mais de 330 milhões de toneladas nos próximos dez anos, uma evolução de 27%, a uma taxa anual de 2,4%. Soja, milho, algodão e trigo deverão se manter como os grandes protagonistas no campo.

O levantamento concluiu ainda que o consumo do mercado interno, o crescimento das exportações e os ganhos de produtividade, aliados às novas tecnologias, deverão ser os principais fatores de expansão do agronegócio brasileiro, que representou, no ano passado, mais de 26% de todo o produto interno bruto do país.

Na contramão

O setor de farinha de trigo, por exemplo, foi fortemente impactado pelo aumento no consumo de pães e massas no mercado interno durante a pandemia, e teve um crescimento de 9% no faturamento do ano passado, segundo estudo da Abimapi (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados).

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E a tendência seguiu assim no primeiro trimestre de 2021. A Herança Holandesa – linha de farinhas de trigo da Unium, marca institucional das indústrias das cooperativas paranaenses Frísia, Castrolanda e Capal – registrou no período, uma produção de 36,6 mil toneladas de farinha de trigo, e um faturamento que ultrapassou os R$ 67 milhões, números robustos para o setor no estado. “Os primeiros meses do ano foram muito positivos para o moinho da Unium. Nossa estimativa de produção para 2021 é de 140 mil toneladas, mesmo com um segundo semestre mais desafiador, com o preço do dólar influenciando no custo da matéria-prima”, explica o coordenador de negócios do moinho de trigo da Unium, Cleonir Ongaratto.

Dividida entre farinha e farelo de trigo, a produção da Unium não foi interrompida durante o período mais crítico do isolamento social, e a companhia conseguiu ainda investir R$ 756 mil em seus produtos em 2020. Ongaratto afirma que o principal objetivo foi garantir que todos os clientes fossem atendidos e que os supermercados estivessem abastecidos. “E a tendência é que continuemos dessa  forma. Temos um estudo para uma duplicação da moagem no moinho da Herança Holandesa, que deve ser aprovado pela diretoria da Unium ainda este ano, pois acreditamos que o setor continuará crescendo no futuro”, finaliza o coordenador.

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Dia do Suinocultor (24/7): tradição familiar é pilar do desenvolvimento do setor

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foto: divulgação

No interior do Paraná, imigração holandesa e herança entre gerações são pontos fortes dos bons resultados da indústria de proteína animal

Os caminhos que levaram a médica veterinária Deborah de Geus a se apaixonar pela suinocultura foram traçados antes mesmo dela nascer. Descendente de imigrantes holandeses que chegaram ao Brasil no período pós-segunda guerra, a paranaense de 38 anos soube desde pequena qual seria sua “estrada profissional”.

Seu avô, pioneiro na produção de suínos, foi o grande incentivador desse tipo de ofício, no início da década de 1970. “Quando meus pais se casaram, em 1972, meu avô, sogro de meu pai, o presenteou com uma ‘porquinha’, e esse foi o começo de tudo. Já em 1977, meus pais construíram sua primeira maternidade, na época, para alojar dez matrizes, e essa paixão seguiu comigo desde então”, relembra Deborah.

Dedicada, ela buscou se aprimorar e, ao atingir a idade adulta, se formou em Medicina Veterinária pela Fundação Luiz Meneghel, em Bandeirantes (PR). “Sempre tive como objetivo trabalhar na suinocultura, então busquei me especializar. Após a faculdade, trabalhei em uma agroindústria em São Paulo e também em uma consultoria, com a qual obtive diversos aprendizados. Anos depois, retornei e comecei a administrar a empresa familiar, função que exerci nos últimos dez anos”, conta a cooperada da Frísia, na Região dos Campos Gerais, no Paraná.

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Seu empenho ao ofício familiar, que também a credenciou para o cargo de presidente da Comissão Técnica da Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), mostra que o exemplo de Deborah não é um caso isolado, mas uma prova de que o setor tem se beneficiado dos aprendizados do cooperativismo e da herança cultural dos antepassados.

União faz a diferença

Outras duas cooperativas paranaenses, a Castrolanda e a Capal, também possuem bons exemplos de hereditariedade na indústria da suinocultura. Junto da Frísia, as três cooperativas com origem holandesa compõem a Alegra, indústria de alimentos focada em produtos de proteína animal, preocupada com o bem-estar dos suínos e com a sustentabilidade de suas operações.

O cooperado da Castrolanda, Cornélio Borg, por exemplo, foi ao encontro dos interesses do pai, que sempre teve como foco principal a agricultura. Formado em agronomia, Cornélio buscou otimizar a granja de suínos da família ao triplicar a produção. Atualmente, os Borg contam com 1.100 matrizes por mês. “Essa é uma atividade que sempre gostei e procurei me especializar nela. Meu pai criou a granja há uns vinte e cinco anos, mas nunca foi sua atividade mais forte, então, fiz um estágio na Castrolanda, focado em suínos, e hoje administro esse ‘braço’ do negócio da família”, explica Cornélio.

Pai de uma menina de apenas um ano de idade, ele já pensa no futuro e em uma possível “herança” para a filha. “Essa será uma decisão dela, é claro, mas espero que ela tenha a paixão que herdei do meu pai. Tenho certeza que irá gostar, pois é algo de família, mas não cabe a mim decidir se ela vai seguir os passos do pai e do avô”, brinca o suinocultor.

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Henry Martinnus Kool, cooperado da Capal, também é produtor de suínos. Com uma granja que tem capacidade para 6 mil animais por ciclo, ele tem três filhos, duas meninas e um menino, que, segundo conta, já o acompanham e gostam de lidar com os animais. “Esse foi um trabalho que começou com o meu pai e que, desde pequeno, eu também aprendi a amar. Atualmente, temos duas granjas e meus filhos me seguem de um lado para outro. Só o futuro poderá dizer o que eles farão quando adultos, mas torço para que a suinocultura continue como um negócio importante para a família”, finaliza Henry.

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Rondonópolis recebe Painel de Custo de Produção em Confinamento de Gado de Corte

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Foto: Divulgação

No próximo dia 03 de agosto acontece em Rondonópolis, o Painel de Custo de Produção em Confinamento de Gado de Corte. A ação faz parte do o Projeto Campo Futuro com a realização da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), por meio do Projeto Rentabilidade no Meio Rural. O Sindicato dos Produtores Rurais de Rondonópolis é apoiador do evento. O painel é voltado para pecuaristas confinadores e acontece no Parque de Exposições Wilmar Perez de Farias, à partir 13h30 (horário local).

O Projeto Campo Futuro se baseia no levantamento do custo de produção de diferentes atividades agropecuárias, e seu propósito é aliar a capacitação do produtor à geração de informações estratégicas do setor rural, contribuindo para as tomadas de decisão no campo. Além do acompanhamento sistemático da evolução dos custos de produção regionais, e de análises sobre a rentabilidade das atividades agropecuárias, o projeto possibilita o gerenciamento de preços e do comportamento da produção. Dessa forma a CNA consegue desenvolver política pública para o setor agropecuário. O projeto é efetivado em parceria com universidades e centros de pesquisas, e se destina aos produtores rurais.

Diretamente envolvidos nessa iniciativa estão produtores de mais de 330 municípios, distribuídos entre todas as Unidades Federativas (UF) do país. Esses municípios compõem uma rede estratégica de informações, por meio da demonstração de desempenho da agropecuária nacional.

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O projeto se baseia no levantamento do custo de produção de diferentes atividades agropecuárias, e seu propósito é aliar a capacitação do produtor à geração de informações estratégicas do setor rural, contribuindo para as tomadas de decisão no campo. Além do acompanhamento sistemático da evolução dos custos de produção regionais, e de análises sobre a rentabilidade das atividades agropecuárias, o projeto possibilita o gerenciamento de preços e do comportamento da produção. Outras informações pelo telefone (66) 3423-2990.

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