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Jovens se qualificam para atuar em novos ramos da agropecuária

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Um novo movimento é percebido no mercado de agronegócio e tem atenuado o desafio de manter o jovem na área rural em determinadas regiões do país. Da cidade para o campo, eles buscam oportunidades com a introdução das novas tecnologias no processo de produção agropecuária.

Seja nas fazendas ou nos escritórios da cidade, os jovens têm marcado presença em startups ou empresas que fazem o controle informatizado da qualidade de pasto, do solo, da alimentação dos animais, da aplicação de herbicidas na lavoura, entre outras atividades da produção agrícola e pecuária.

“Está havendo um movimento um pouco inverso e não necessariamente de jovens que têm parentesco com produtor. São criados na cidade com vontade de ajudar o setor. E, muitas vezes, eles nem vão para o campo, mas ajudam empresas de software da cidade para ajudar a gestão”, explica Rafael Gratão, pecuarista de 35 anos.

Segundo Rafael, que preside o Movimento Nacional dos Produtores (MNP) no Mato Grosso do Sul, o campo tem oferecido novas oportunidades de formação e trabalho para a nova geração de profissionais, fator que tem contribuído para atrair o jovem seja no campo ou em atividades relacionadas ao agronegócio a partir das cidades.

“A principal oportunidade é a tecnologia que está sendo introduzida. E o jovem, que mexe desde novo com smartphone, computador, jogos, tem mais facilidade. Ele só precisa se alinhar com a experiência do trabalhador rural”, comenta Rafael.

Essa modernização dos processos produtivos pode estar favorecendo a atração de pessoas mais jovens pela atividade agroepcuária. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o percentual de jovens que vivem no campo se manteve relativamente estável de 2001 a 2015.

Segundo o Instituto, o meio rural tinha em 2015 cerca de 7,1 milhões de pessoas entre 15 e 29 anos, o que correspondia a 14,7% da população total de jovens do país. Nas cidades, os jovens de 15 a 29 anos somaram cerca de 41,2 milhões, em 2015.

Em 2001, o percentual de jovens domiciliados no campo era pouco mais de 15%. Em 2005, a taxa subiu para quase 17%. Nos anos seguintes, o percentual oscilou entre 16% a pouco menos de 15%.

Outro levantamento do IBGE constata que a maior parte dos residentes e trabalhadores do campo ainda são pessoas com mais idade. O censo agropecuário de 2017 revela que entre os mais de 15 milhões de produtores ocupados, apenas 5% têm menos de 30 anos. O levantamento também aponta que 73% do pessoal ocupado no campo tem relação de parentesco com o produtor.

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Mas, a percepção é que a maior permanência dos jovens na área rural pode ser explicada pelo aumento da conectividade da internet e o desenvolvimento da chamada agricultura de precisão, que vem sendo implementada nas propriedades rurais do país a partir do uso de novas tecnologias, com a finalidade de aumentar a produtividade, reduzir os custos e tornar os processos mais sustentáveis.

“Está havendo uma mudança muito grande e os produtores que não estão enxergando isso vão sair do mercado. Hoje, a gente consegue medir tudo na fazenda a partir de um escritório. Com a internet, via satélite, a gente consegue comunicar 24 horas com o funcionário na propriedade. Coletando informações, processando com software e tendo resultado, você consegue parar aquela ação que não está tendo resposta e começar uma nova”, explica Rafael.

Mobilização jovem

Integrante da quarta geração de uma família de pecuaristas, Rafael se dedica desde os 20 anos, quando ainda cursava a faculdade de Administração, à análise dos rendimentos da fazenda para encontrar uma forma de aumentar o valor investido em tecnologia e garantir maior produção. Foi nessa época que Rafael começou a formar um movimento de jovens. Atualmente, participa da promoção de encontros da juventude da agropecuária de Mato Grosso do Sul.

Só no ano passado, o movimento conseguiu mobilizar cerca de 2 mil participantes em todo o estado. E muitas lideranças da juventude têm ganhado espaço em entidades do setor, além de aumentarem sua participação nas decisões das propriedades rurais.

“Existem jovens que saíram desse movimento nosso e hoje estão na diretoria de sindicatos. A gente tem conseguido também melhorar a gestão nas fazendas. Os jovens vêm, interagem com a gente e levam a experiência para a família, melhorando o resultado das suas atividades”, relata Rafael.

Foi assim que aconteceu com Roberta Maia, de 26 anos. Filha e neta de pecuaristas, a jovem fez graduação e mestrado em administração de empresas e, desde o período de estudos, se envolveu com o movimento jovem pela dinamização do setor.

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“Eu não tinha interesse em atuar nos negócios da família, o agronegócio em si eu não queria. Mas, durante a faculdade eu fiz a disciplina “gestão de sistemas agroindustriais”, que me abriu a mente para o agronegócio. Até então eu entendia que para atuar no setor eu teria que ser veterinária, zootecnista, agrônoma”, conta.

No mestrado, Roberta se aproximou da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul), para desenvolver um trabalho de empreendedorismo. Depois de algumas atividades, a então estudante foi convidada a criar um grupo de jovens dentro da federação.

Hoje, ela preside o grupo como voluntária e trabalha na empresa da família, uma indústria que produz alimentos para animais de grande porte. A sucessão do negócio agrário já não é mais um peso ou uma obrigação.
Roberta lembra que, no início, percebeu um certo “conflito de gerações”. Mas, aos poucos, o pai, veterinário, com mais de 40 anos no mercado, foi se adaptando às novas sugestões. “É importante ter a presença do pai na família. Quem estava lá, há 30 anos fazendo negócio, era ele. Eu tenho que estudar o máximo, a experiência ele tem”.

Hoje, a indústria tem software de gestão, marca registrada e departamento de marketing mais desenvolvidos. “Os clientes começaram a dar retorno positivo sobre as mudanças na forma de gestão e nos processos externos, além do relacionamento com eles”, comemora Roberta.

Desafios

Segundo o IBGE, entre os jovens presentes no campo em 2015, 96% eram alfabetizados e cerca de 54% ocupados. Mas, apenas 4% têm mais de 11 anos de estudo. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), de 2015.

Este cenário do campo ainda muito preso a áreas técnicas e a laços familiares dificulta a qualificação do setor. Além de conciliar as tendências com a cultura tradicional ainda vigente no campo, os jovens relatam que o maior desafio é encontrar mão de obra qualificada para atender de forma ainda mais direcionada às novas necessidades do agronegócio em diferentes áreas de gestão.

Roberta acrescenta que o agronegócio precisa de profissionais de todos os setores, como advocacia, administração, publicidade, jornalismo e, não somente, agrônomos e médicos veterinários.

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“O agronegócio precisa de profissionais da área das agrárias, mas outras também, só que muitos ainda não enxergam isso. Eu acredito que essa multidisciplinaridade seria propícia para o setor evoluir”, avalia Roberta.
“É preciso maior evolução no processo de ensino. Há uma grande distância entre o que é passado na faculdade e a necessidade no campo. A gente precisa aprimorar melhor essa ligação”, sugere Rafael.

Uma das principais estratégias do movimento da juventude agropecuário é mobilizar jovens de várias regiões do estado para trocar experiências e encontrar soluções para problemas do campo.

“O mais importante é que os jovens têm habilidade e facilidade com as novas tecnologias, que o campo necessita urgentemente para aumentar a eficiência. É a coleta de dados que gera informações e faz com que o produtor mude seu processo de produção. Então, o jovem precisa do serviço e o campo precisa da mão de obra. E a gente fazer esse meio de caminho para que as duas partes conversem e o agronegócio continue evoluindo”.

Encontro

Temas como essa profissionalização estão sendo debatidos no 15º Encontro de Jovens da Agropecuária, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA Jovem, durante a feira tecnológica Dinâmica Agropecuária – Soluções para o agro sustentável (Dinapec). O debate acontece nesta sexta-feira (22) com participação da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina.

No encontro são discutidos planejamento da carreira profissional, ferramentas de comunicação profissional e os desafios no contexto de transformação e revolução digital.

A Dinapec, organizada pela Embrapa Gado de Corte e o Sistema Famasul, é realizada anualmente em Campo Grande e recebe centenas de produtores, técnicos, pesquisadores e estudantes que participam de roteiros, oficinas tecnológicas e painéis de debates.

De acordo com informações da Embrapa Gado de Corte, o objetivo é compartilhar conhecimento sobre soluções tecnológicas sustentáveis e boas práticas agropecuárias, além de tratar temas como nutrição, genética, sanidade e manejo de forma integrada às estratégias de redução das emissões de dióxido de carbono e outros gases do efeito estufa.

 

Mais informações à imprensa:Coordenação-geral de Comunicação Social
Debora Brito
[email protected]

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Dia do Agricultor (28/7): produção de grãos deverá atingir 330 milhões de toneladas na próxima década

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Ministério da Agricultura prevê crescimento de 27% no setor até 2031; soja, milho, algodão e trigo puxam a evolução do setor

Foto: Assessoria

Enquanto outros setores produtivos mostraram dificuldades para crescer durante a pandemia, o agronegócio brasileiro “puxou para cima” o PIB nacional em 2020 – e deve continuar o bom desempenho também na próxima década. Segundo o estudo Projeções do Agronegócio, Brasil 2020/21 a 2030/31, realizado pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, a produção de grãos no Brasil deverá atingir mais de 330 milhões de toneladas nos próximos dez anos, uma evolução de 27%, a uma taxa anual de 2,4%. Soja, milho, algodão e trigo deverão se manter como os grandes protagonistas no campo.

O levantamento concluiu ainda que o consumo do mercado interno, o crescimento das exportações e os ganhos de produtividade, aliados às novas tecnologias, deverão ser os principais fatores de expansão do agronegócio brasileiro, que representou, no ano passado, mais de 26% de todo o produto interno bruto do país.

Na contramão

O setor de farinha de trigo, por exemplo, foi fortemente impactado pelo aumento no consumo de pães e massas no mercado interno durante a pandemia, e teve um crescimento de 9% no faturamento do ano passado, segundo estudo da Abimapi (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados).

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E a tendência seguiu assim no primeiro trimestre de 2021. A Herança Holandesa – linha de farinhas de trigo da Unium, marca institucional das indústrias das cooperativas paranaenses Frísia, Castrolanda e Capal – registrou no período, uma produção de 36,6 mil toneladas de farinha de trigo, e um faturamento que ultrapassou os R$ 67 milhões, números robustos para o setor no estado. “Os primeiros meses do ano foram muito positivos para o moinho da Unium. Nossa estimativa de produção para 2021 é de 140 mil toneladas, mesmo com um segundo semestre mais desafiador, com o preço do dólar influenciando no custo da matéria-prima”, explica o coordenador de negócios do moinho de trigo da Unium, Cleonir Ongaratto.

Dividida entre farinha e farelo de trigo, a produção da Unium não foi interrompida durante o período mais crítico do isolamento social, e a companhia conseguiu ainda investir R$ 756 mil em seus produtos em 2020. Ongaratto afirma que o principal objetivo foi garantir que todos os clientes fossem atendidos e que os supermercados estivessem abastecidos. “E a tendência é que continuemos dessa  forma. Temos um estudo para uma duplicação da moagem no moinho da Herança Holandesa, que deve ser aprovado pela diretoria da Unium ainda este ano, pois acreditamos que o setor continuará crescendo no futuro”, finaliza o coordenador.

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Dia do Suinocultor (24/7): tradição familiar é pilar do desenvolvimento do setor

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foto: divulgação

No interior do Paraná, imigração holandesa e herança entre gerações são pontos fortes dos bons resultados da indústria de proteína animal

Os caminhos que levaram a médica veterinária Deborah de Geus a se apaixonar pela suinocultura foram traçados antes mesmo dela nascer. Descendente de imigrantes holandeses que chegaram ao Brasil no período pós-segunda guerra, a paranaense de 38 anos soube desde pequena qual seria sua “estrada profissional”.

Seu avô, pioneiro na produção de suínos, foi o grande incentivador desse tipo de ofício, no início da década de 1970. “Quando meus pais se casaram, em 1972, meu avô, sogro de meu pai, o presenteou com uma ‘porquinha’, e esse foi o começo de tudo. Já em 1977, meus pais construíram sua primeira maternidade, na época, para alojar dez matrizes, e essa paixão seguiu comigo desde então”, relembra Deborah.

Dedicada, ela buscou se aprimorar e, ao atingir a idade adulta, se formou em Medicina Veterinária pela Fundação Luiz Meneghel, em Bandeirantes (PR). “Sempre tive como objetivo trabalhar na suinocultura, então busquei me especializar. Após a faculdade, trabalhei em uma agroindústria em São Paulo e também em uma consultoria, com a qual obtive diversos aprendizados. Anos depois, retornei e comecei a administrar a empresa familiar, função que exerci nos últimos dez anos”, conta a cooperada da Frísia, na Região dos Campos Gerais, no Paraná.

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Seu empenho ao ofício familiar, que também a credenciou para o cargo de presidente da Comissão Técnica da Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), mostra que o exemplo de Deborah não é um caso isolado, mas uma prova de que o setor tem se beneficiado dos aprendizados do cooperativismo e da herança cultural dos antepassados.

União faz a diferença

Outras duas cooperativas paranaenses, a Castrolanda e a Capal, também possuem bons exemplos de hereditariedade na indústria da suinocultura. Junto da Frísia, as três cooperativas com origem holandesa compõem a Alegra, indústria de alimentos focada em produtos de proteína animal, preocupada com o bem-estar dos suínos e com a sustentabilidade de suas operações.

O cooperado da Castrolanda, Cornélio Borg, por exemplo, foi ao encontro dos interesses do pai, que sempre teve como foco principal a agricultura. Formado em agronomia, Cornélio buscou otimizar a granja de suínos da família ao triplicar a produção. Atualmente, os Borg contam com 1.100 matrizes por mês. “Essa é uma atividade que sempre gostei e procurei me especializar nela. Meu pai criou a granja há uns vinte e cinco anos, mas nunca foi sua atividade mais forte, então, fiz um estágio na Castrolanda, focado em suínos, e hoje administro esse ‘braço’ do negócio da família”, explica Cornélio.

Pai de uma menina de apenas um ano de idade, ele já pensa no futuro e em uma possível “herança” para a filha. “Essa será uma decisão dela, é claro, mas espero que ela tenha a paixão que herdei do meu pai. Tenho certeza que irá gostar, pois é algo de família, mas não cabe a mim decidir se ela vai seguir os passos do pai e do avô”, brinca o suinocultor.

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Henry Martinnus Kool, cooperado da Capal, também é produtor de suínos. Com uma granja que tem capacidade para 6 mil animais por ciclo, ele tem três filhos, duas meninas e um menino, que, segundo conta, já o acompanham e gostam de lidar com os animais. “Esse foi um trabalho que começou com o meu pai e que, desde pequeno, eu também aprendi a amar. Atualmente, temos duas granjas e meus filhos me seguem de um lado para outro. Só o futuro poderá dizer o que eles farão quando adultos, mas torço para que a suinocultura continue como um negócio importante para a família”, finaliza Henry.

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Rondonópolis recebe Painel de Custo de Produção em Confinamento de Gado de Corte

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Foto: Divulgação

No próximo dia 03 de agosto acontece em Rondonópolis, o Painel de Custo de Produção em Confinamento de Gado de Corte. A ação faz parte do o Projeto Campo Futuro com a realização da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), por meio do Projeto Rentabilidade no Meio Rural. O Sindicato dos Produtores Rurais de Rondonópolis é apoiador do evento. O painel é voltado para pecuaristas confinadores e acontece no Parque de Exposições Wilmar Perez de Farias, à partir 13h30 (horário local).

O Projeto Campo Futuro se baseia no levantamento do custo de produção de diferentes atividades agropecuárias, e seu propósito é aliar a capacitação do produtor à geração de informações estratégicas do setor rural, contribuindo para as tomadas de decisão no campo. Além do acompanhamento sistemático da evolução dos custos de produção regionais, e de análises sobre a rentabilidade das atividades agropecuárias, o projeto possibilita o gerenciamento de preços e do comportamento da produção. Dessa forma a CNA consegue desenvolver política pública para o setor agropecuário. O projeto é efetivado em parceria com universidades e centros de pesquisas, e se destina aos produtores rurais.

Diretamente envolvidos nessa iniciativa estão produtores de mais de 330 municípios, distribuídos entre todas as Unidades Federativas (UF) do país. Esses municípios compõem uma rede estratégica de informações, por meio da demonstração de desempenho da agropecuária nacional.

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O projeto se baseia no levantamento do custo de produção de diferentes atividades agropecuárias, e seu propósito é aliar a capacitação do produtor à geração de informações estratégicas do setor rural, contribuindo para as tomadas de decisão no campo. Além do acompanhamento sistemático da evolução dos custos de produção regionais, e de análises sobre a rentabilidade das atividades agropecuárias, o projeto possibilita o gerenciamento de preços e do comportamento da produção. Outras informações pelo telefone (66) 3423-2990.

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