A Mini divulga que 14% das vendas totais no Brasil serão da nova linha John Cooper Works
Os crossovers deixam o mundo cada vez mais chato, mas alguns acabam se destacando. É o caso do novo Mini Countryman JCW, que pudemos acelerar durante o seu lançamento no Autódromo Fazenda Capuava, em Indaiatuba (SP). De acordo com a marca, 14% das vendas da Mini no Brasil serão da nova linha John Cooper Works, que compreende quatro modelos: Cooper, Cabrio, Countryman e Clubman.
Você ainda poderá adquirir os três primeiros em suas versões convencionais ou S, mas o Clubman será oferecido exclusivamente na linha JCW . Pela demanda dos modelos maiores, sabemos que o Countryman ainda será o best-seller.
Isso porque o Clubman está mais próximo do Cooper convencional, portanto, é muito mais rígido para o asfalto castigado das grandes cidades. Se você acha que entender o Brexit é difícil, com certeza não tentou andar de Mini JCW nas ruas esburacadas de São Paulo.
Pop Punk
Cada jornalista teria direito a três voltas com os novos modelos da linha Cooper Works, mas acabei focando mais no Countryman. Ainda que não seja fã de SUVs, a ideia de um crossover esportivo anima qualquer entusiasta. Os modelos da Mini são carismáticos e trazem aquela personalidade única que o pessoal do marketing gosta de chamar de “ go kart feeling ”.
A Mini seguiu uma receita de bolo muito simples para um carro mais roots . Apesar de toda a vaidade no interior – com costuras vermelhas e detalhes especiais fazendo referência à versão – os bancos esportivos não trazem regulagens elétricas; algo que seria imperdoável em qualquer outro SUV, mas que acrescenta charme ao inglês.
Os botões inspirados nos comandos dos aviões, o cluster redondinho e a central multimídia envolvida por um filete de LED colorido deixam o habitáculo ainda mais descolado. O Countryman também é um dos poucos carros do Brasil que conectam o Apple CarPlay via wi-fi, eliminando a necessidade de um cabo.
New Wave
arrow-options Cauê Lira/iG Carros
Mesmo com a suspensão elevada, o crossover Countryman JCW mais parece um hatch esportivo
O clima quente e abafado intensificou as chances de chuva na Fazenda Capuava, mas isso não seria um problema com os novos Countryman e Clubman. Enquanto a tração do Cooper (e consequentemente, do Cabrio) é dianteira, os irmãos maiores contam com sistema integral ALL4 com direcionamento inteligente de torque.
De acordo com a marca, 80% da potência vai para a dianteira e os outros 20% para a traseira, sendo que a distribuição pode chegar a 50/50 em uma curva mais desafiadora. No modo esportivo, a compressão do amortecedor ganha arranjo ainda mais rígido; perfeito para um autódromo travado.
Isso ficou bem claro logo na primeira curva, onde a carroceria do Countryman nem parece torcer muito durante a tangência. Com acerto mais próximo ao Mini convencional, o Clubman é mais “preso” ao chão. A direção da dupla é bem direta, passando total segurança para aqueles que curtem abusar um pouco mais. Nem parece que a suspensão do crossover é mais elevada.
Passando o seletor para o modo esportivo, o eco do motor invade a cabine pelos alto-falantes da Harman/Kardon. O som encorpado do 2.0 turbo de 306 cv de potência e 45,9 kgfm entre 1.750 e 4.500 giros entoa uma música pesada do Sex Pistols, atiçando o motorista a pisar mais fundo. De acordo com a Mini, o crossover pode atingir 100 km/h em 5,1 segundos.
God Save the Queen
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O interior da linha Mini John Cooper Works traz adereços esportivos no acabamento
Após percorrer o autódromo e vencer suas curvas com certa facilidade, chego à reta principal. A sola do meu All-Star afunda o acelerador até o limite e o Countryman dispara com a velocidade de um foguete. Bastou uma volta para esquecer que estou em um SUV.
Na prática, este 2.0 turbo é o mesmo de outros modelos do Grupo BMW , como X1, X2 e o Série 3. Para o Mini, a turbina ficou maior, o sistema de exaustão é de 91 mm e pistão e virabrequim foram forjados. Na reta principal, também sinto que o câmbio automático de oito velocidades dá um leve solavanco durante as trocas – algo mais perceptível no Clubman.
Se você tiver um bom convênio para tratar a hérnia de disco, o Clubman (R$ 219.990) é a pedida mais esportiva – além de ser o Mini mais veloz do mundo, acelerando de 0 a 100 km/h em 4,9 segundos. Mas acho que ficaria com o Countryman (R$ 239.990), mais simpático para a família e para o uso urbano, além de ser muito divertido ao volante.
Oriunda no exército de Israel, a Ituran visa adequar cada vez mais as suas tecnologias para as cidades
A Ituran — uma das maiores empresas globais em rastreamento veicular — anunciou que, após o crescimento de 15% em 2019, deve crescer mais 20% no ano que vem, com a chegada de novas tecnologias. A maior delas é o Big Data, que interpreta e analisa grandes volumes de dados. O resultado será um cálculo de custos mais justo para os assinantes — levando em conta os diferentes perfis e necessidades, muito em função da região onde moram — além de uma eficácia maior ao localizar, rastrear e resgatar o automóvel.
Ainda que a Ituran já tenha parceria com seguradoras — entre elas a HSI, Liberty, Mapfre e Tokio Marine — o modelo de negócio privilegia o varejo. Isso porque, pelo preço inicial de R$ 69,90 por mês, “os serviços se mostram atrativos aos que não querem (ou não podem) gastar muito mais com apólices de seguro para o mesmo benefício”, conforme a afirmação de Amit Louzon, CEO da empresa.
Perfis e preferências dos criminosos
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A Ituran descobriu como agem e onde agem os criminosos, com base em padrões observados via rastreamento
Apesar do anúncio das conquistas e dos planos da multinacional, alguns dados que foram fornecidos durante a coletiva de imprensa não só levantam reflexões com relação à segurança pública, como também servem de alerta para os condutores, bem como aos que pensam em trocar de carro.
Em São Paulo, por exemplo, 63% dos casos de subtração de veículos são oriundas de furto, enquanto que o restante (37%) são de roubo. Entre os veículos de preferência dos bandidos, estão os compactos, com Fiat Palio em primeiro lugar (599 unidades no acumulado do ano), Fiat Uno na sequência (404 unidades), VW Gol em terceiro (394 unidades), VW Fox em quarto (308 unidades), e Ford Fiesta (291), Hyundai HB20 (278), VW Voyage (263), Chevrolet Onix (224), Fiat Siena (212) e Chevrolet Celta (207) fechando o levantamento realizado pela empresa.
A Ituran entende que os desmanches clandestinos são o principal motor desses crimes — o que justifica essa categoria de carro preferida (uma vez que o giro na venda de peças é maior) — com destaque para a região que divide a Zona Leste com o ABC. Os especialistas analisaram que essa região tem a maior concentração na quantidade total de ocorrências, além de que é o destino mais comum dos bandidos que cometeram delitos em outros lugares da Grande SP.
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Exemplo de ocorrências em SP, onde a partir disso, informam as autoridades para iniciar operações de resgate
Em meio a esse relato, a empresa observou que 40 minutos é o tempo médio necessário para o meliante levar o carro, chegar ao destino e desmanchá-lo. É com isso que, para o ano que vem, as novas tecnologias anunciadas terão a capacidade de localizar, rastrear e interceptar o produto de crime em apenas 26 minutos, ante os 55 minutos atuais.
Como se não bastasse, a equipe de segurança da Ituran — que foi quem revelou o mapa de ocorrências — também citou uma incidência considerável de furtos oriundos das proximidades das igrejas. Segundo eles: “sabido a hora que os cultos se iniciam e terminam, o criminoso fica com a garantia de que nas próximas duas horas ninguém irá impedi-lo de realizar o furto. Ou seja, a pessoa vai à igreja muitas vezes para pedir a ajuda de Deus e sai de lá com o carro roubado ”.
No Rio de Janeiro, o outro Estado abordado pela empresa, a situação é completamente oposta. Segundo eles, 85% dos casos são roubos, enquanto apenas 15% são furtos. E o tipo de carros que os ladrões preferem são os sedãs e os SUVs. Muitos podem até pensar que, por serem carros de maior status, a finalidade dos bandidos é ostentar nos bailes funk das comunidades, sempre lideradas por facções brutais. Mas a real justificativa que a Ituran deu, com base em análises — principalmente após a recuperação do veículo — foi ainda mais chocante.
Os especialistas dizem que os meliantes cariocas (em sua grande maioria traficantes), usam os produtos de roubo e furto — já com queixas — para fins operacionais. Desse modo, pontuaram que os SUVs contam com uma altura adequada no seu interior para comportar um fuzil (ou vários deles) de pé, enquanto que os sedãs têm uma capacidade de malas considerável, o que é perfeito para o transporte de drogas e até de vítimas.
Enquanto em SP — Estado que concentra 88,5% das ocorrências no Brasil, muito devido a proporção de veículos em circulação ante os demais estados, segundo a empresa — os fins são mercadológicos, no Rio, são operacionais, sendo que, neste, viu-se que é muito comum a circulação de carros com queixa nas madrugadas, com deslocamento frequente de uma comunidade à outra.
A partir disso, o Top 10 veículos mais furtados do Rio, segundo o levantamento da Ituran para o acumulado de 2019, ficou com Fiat Grand Siena em primeiro lugar (48 unidades), Toyota Corolla (41 unidades), Ford EcoSport (36 unidades), Hyundai HB20 (32 unidades), VW Voyage (31 unidades), Renault Duster (30 unidades), Ford Ka+ (29 unidades), Renault Logan (28 unidades), Fiat Palio (27 unidades) e Honda Civic (26 unidades).
Honda NXR 160 Bros é destaque no Selo de Maior Valor de Revenda da Agência AutoInforme
A Honda NXR 160 Bros é a campeã geral da 4º edição do Selo Maior Valor de Revenda -Motos. De acordo com a agência AutoInforme, que esteve à frente do estudo, a trail registrou uma perda de apenas 5,6% do seu preço após um ano de uso. Essa é a quarta vez consecutiva que o modelo vence a categoria de depreciação das duas rodas em 17 categorias.
A pesquisa considerou a variação de preços anotada pelos 101 modelos zero quilômetros mais vendidos no Brasil, de 12 marcas. Além das montadoras vencedoras no prêmio, foram avaliados modelos das marcas Wuyang, Dafra , Haojue, Kymco e Suzuki.
A Honda foi a montadora mais premiada nesta edição, com vitória em oito categorias.Com o título deste ano, a marca levou 25 troféus, sendo quatro como campeã geral. Em seguida, no segundo posto mais alto do ranking, aparece a Yamaha com 11 certificações em quatro, mas apenas uma vitória nesta edição. Mais precisamente na categoria Naked acima de 800 cilindradas, com depreciação de 8%, após um ano de uso.
Segundo Luiz Cipolli Junior responsável pelo Estudo de Depreciação, a valorização da moto depende de vários fatores: da potência, da marca, da rede de revendedores, do cuidado que a marca tem em relação ao pós-venda, ao segmento, a origem, ao fato de ter grande volume de venda, à sua aceitação no mercado. Para ele, o prêmio é importante para o consumidor e para as montadoras e importadoras.
O Estudo de Depreciação considerou os preços praticados no mercado de motos zero em outubro de 2018 (e não os preços de tabela) e comparou com o preço da mesma moto um ano depois, em outubro de 2019.
Mercedes-Benz GLA ganha sistema de inteligência artificial MBUX em sua nova geração
A Mercedes-Benz apresentou oficialmente nesta quarta-feira (11) o novo GLA. A nova geração do menor SUV da marca alemã chega trazendo novas tecnologias e dimensões mais generosas.
Embora seja 14 mm mais curto do que o GLA atualmente no mercado (4,410 m), o SUV de nova geração ficou 30 mm mais largo (1,834 m), 104 mm mais alto (1,611 m) e ganhou 30 mm no entre-eixos (2,729 m). De acordo com a montadora, além do maior espaço para a cabeça nos bancos dianteiros, a área para as pernas dos passageiros do banco traseiro também aumentou.
Junto do sistema multimídia inteligente MBUX, já visto no Brasil em modelos como o novo Classe A (com o qual compartilha a plataforma), o GLA ganhou também novos sistemas autônomos de assistência ao motoristas, permitindo ao veículo, por exemplo, executar manobras evasivas para evitar acidentes.
Outra novidade é o modo “Lava Rápido”, lançado inicialmente no irmão maior GLS. Com um comando, o veículo dobra os retrovisores, fecha o teto-solar, o limpador de para-brisa é desligado e o sistema de recirculação de ar é acionado. Já o sistema multimídia passa a exibir as imagens da câmera dianteira.
As vendas na Europa estão marcadas para começar até o fim do 1º semestre de 2020. Mas a marca já divulgou as motorizações a gasolina para o modelo. A versão inicial do SUV é a GLA 200, que traz um motor 1.3 turbo de quatro cilindros e 163 cv. Combinado a um câmbio automatizado de sete marchas e dupla embreagem, permite ao GLA acelerar de 0-100 km/h em 8,7 segundos e atingir os 210 km/h de velocidade máxima.
Já a versão AMG é a GLA 35 4Matic. Equipada traçãi integral e um motor 2.0 turbo de quatro cilindros e 306 cv, acelera de 0-100 km/h em 5,1 segundos e atinge 250 km/h de velocidade máxima (limitada eletronicamente).