Agro News
Comissão aprova projeto que reforça segurança e combate avanço do crime no campo
Com o crescimento dos casos de violência no campo — que incluem invasões, furtos de gado e assaltos a propriedades rurais —, a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados aprovou nesta nesta quarta-feira (07.05) o parecer favorável do deputado Sanderson, ao Projeto de Lei 4874/24, de autoria do deputado Evair Vieira de Melo. A proposta busca estabelecer medidas eficazes de combate à criminalidade, com atenção especial ao campo brasileiro — cenário de crescente violência e escassa presença do Estado.
Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, com base em levantamentos do IBGE, mostram que entre 2019 e 2021, aproximadamente 60% das localidades com maiores taxas de homicídio estavam situadas em áreas rurais. A ausência de policiamento efetivo, a precariedade dos sistemas de comunicação e a vulnerabilidade dos produtores rurais têm sido exploradas por quadrilhas organizadas envolvidas em furtos de gado, roubo de insumos, sequestros e até execuções.
Assaltos a propriedades rurais vêm crescendo. Em estados como Mato Grosso, Goiás e Bahia, relatos de gangues especializadas em roubo de defensivos agrícolas, tratores e colheitas inteiras se multiplicam. Em 2023, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), mais de R$ 1 bilhão em prejuízos foram causados por crimes contra a produção agropecuária. Em muitos casos, os produtores não contam sequer com delegacias nas redondezas ou policiamento ostensivo.
É nesse contexto que o PL 4874/24 pretende agir com firmeza. Entre as ações previstas estão o georreferenciamento de propriedades rurais, o patrulhamento direcionado por forças de segurança, a instalação de guaritas em pontos estratégicos, e, sobretudo, maior integração entre as polícias e as comunidades locais.
“Este projeto é uma resposta às necessidades de segurança pública em regiões que muitas vezes ficam à margem das políticas públicas tradicionais. Queremos garantir um ambiente mais seguro para toda a população”, afirmou o relator, deputado Sanderson.
Experiências locais têm embasado o projeto. Estados como São Paulo, Minas Gerais e Paraná já adotam medidas semelhantes, com resultados expressivos. O uso de drones, monitoramento por câmeras em áreas de risco e o reforço do patrulhamento rural com viaturas especializadas contribuíram para quedas relevantes nos índices de criminalidade nessas regiões. No interior de São Paulo, por exemplo, o Programa Patrulha Rural ajudou a reduzir em mais de 30% os furtos em propriedades em apenas dois anos.
Além disso, o projeto prevê a criação de uma base nacional de dados sobre criminalidade em áreas vulneráveis, ferramenta essencial para que as políticas públicas de segurança sejam orientadas por evidências e articuladas de forma estratégica. “O nosso objetivo é garantir que as ações adotadas sejam eficazes e estejam alinhadas às reais necessidades da população. A base de dados especializada será essencial para orientar políticas públicas mais assertivas”, reforçou Evair de Melo, autor do projeto.
Para financiar a iniciativa, o texto propõe o uso de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) e incentiva o uso compartilhado de estruturas entre órgãos de diferentes esferas administrativas — medida que visa a sustentabilidade financeira e operacional das ações.
A proposta segue agora para análise na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados. Caso avance, poderá representar um marco no enfrentamento da violência no campo, trazendo mais tranquilidade a quem produz e alimenta o país.
Fonte: Pensar Agro

Agro News
Bahia Farm Show deve movimentar bilhões em negócios e impulsionar o agronegócio do Matopiba
A Bahia Farm Show, consolidada como a maior feira agrícola do Norte e Nordeste do Brasil, volta a reunir os protagonistas do agronegócio entre os dias 9 e 14 de junho de 2025 em Luís Eduardo Magalhães, no oeste baiano.
A edição passada registrou um volume de negócios de 10,9 bilhões de reais, um crescimento de 32,7% em relação a 2023, demonstrando a força crescente da região como polo agrícola dentro do Matopiba — área estratégica que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
O evento é um termômetro do avanço agrícola local, especialmente impulsionado pelo aumento das áreas irrigadas, que potencializam a produtividade das lavouras em até três vezes. Com condições naturais favoráveis e a adoção crescente de tecnologia, o oeste baiano tem mantido sete anos consecutivos de safra recorde, culminando em uma produção de 6,44 milhões de toneladas em 2023. Para 2025, a expectativa é ampliar ainda mais esses números, com uma safra projetada de 12,22 milhões de toneladas para o estado da Bahia.
Além de movimentar bilhões em negócios, a feira é palco para o lançamento e demonstração das tecnologias que guiam o futuro do agronegócio, reunindo cerca de 910 expositores entre empresas, startups e instituições de pesquisa. A programação inclui leilões, palestras técnicas, oficinas de capacitação e demonstrações práticas, voltadas para a eficiência, sustentabilidade e inovação na produção rural. O foco especial na agricultura irrigada reflete a busca por maior segurança produtiva diante das mudanças climáticas e da valorização das terras na região.
A infraestrutura do evento foi ampliada para receber um público estimado superior a 110 mil visitantes, com melhorias que incluem auditórios climatizados, pista para test drive de máquinas agrícolas, espaços para alimentação e áreas dedicadas à agricultura familiar. A Bahia Farm Show também movimenta a economia local, gerando empregos temporários e elevando a demanda por serviços de hospedagem e transporte.
A importância da feira ultrapassa o âmbito regional, consolidando o Matopiba como uma das fronteiras agrícolas mais promissoras do Brasil, capaz de suprir o aumento global da demanda por alimentos com sustentabilidade e tecnologia de ponta. Em meio às pressões do mercado internacional e às transformações climáticas, a Bahia Farm Show 2025 reafirma seu papel como vitrine da modernização e da competitividade do agronegócio brasileiro.
SERVIÇO:
Bahia Farm Show 2025
Quando: 9 a 14 de junho de 2025
Onde: Parque de Exposições de Luís Eduardo Magalhães (950 km da capital, Salvador)
Programação: exposição de máquinas e tecnologias agrícolas, palestras técnicas, leilões, oficinas de capacitação e demonstrações práticas
Outras informações: site oficial da Bahia Farm Show (www.bahiafarmshow.com.br)
Fonte: Pensar Agro
Agro News
Instabilidade global trava negócios e vira ameaça imediata ao produtor brasileiro
O mercado brasileiro de soja encerrou a semana sob o signo da instabilidade, refletindo oscilação intensa nos mercados internacionais e cautela nas negociações domésticas. Com preços variando entre praças e um ritmo lento de comercialização, o setor foi impactado diretamente pela volatilidade da Bolsa de Chicago e pelas flutuações no câmbio. A combinação de incertezas econômicas e políticas manteve produtores e agentes de mercado em compasso de espera.
As atenções globais estiveram voltadas para o relatório de maio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que apresentou uma projeção de safra norte-americana de 4,340 bilhões de bushels (aproximadamente 118,11 milhões de toneladas) para o ciclo 2025/26, ligeiramente acima das expectativas. Apesar do aumento na produção estimada, os estoques finais foram reduzidos para 295 milhões de bushels, contrariando a expectativa de aumento e sustentando parte do suporte aos preços internacionais.
O mesmo relatório revelou um cenário de crescimento na produção global, com previsão de 426,82 milhões de toneladas para a próxima temporada. O Brasil aparece como principal produtor, com expectativa de colheita de 175 milhões de toneladas em 2025/26, enquanto a safra argentina deve alcançar 48,5 milhões. A China segue como principal demandante, com projeções de importação de 112 milhões de toneladas.
Internamente, os preços apresentaram variações distintas entre as regiões produtoras. No Rio Grande do Sul, houve leve valorização em municípios como Passo Fundo, Santa Rosa e Rio Grande. Já no Paraná, a cotação em Cascavel recuou. Em praças do Centro-Oeste, os preços se mantiveram estáveis ou apresentaram leve alta, com destaque para Rio Verde e Rondonópolis.
No mercado internacional, os contratos futuros da soja encerraram a sexta-feira com desempenho misto. A posição para julho recuou 0,11%, fechando a US$ 10,50 por bushel, enquanto o contrato de novembro teve leve alta de 0,02%, cotado a US$ 10,35 ½ por bushel. Os subprodutos também refletiram o ambiente de cautela, com recuo no farelo e leve queda no óleo de soja.
O anúncio de um acordo tarifário provisório entre Estados Unidos e China trouxe impulso temporário às cotações, reduzindo tarifas bilaterais e melhorando as perspectivas de exportação norte-americana. Ainda assim, analistas avaliam que a medida poderá desviar parte da demanda chinesa para o mercado americano no segundo semestre, o que pode pressionar os prêmios de exportação brasileiros, especialmente para farelo e óleo de soja.
Outra fonte de instabilidade veio do setor de biocombustíveis. A indefinição em torno da política de metas de mistura nos Estados Unidos, conhecida como Renewable Volume Obligation (RVO), tem gerado fortes oscilações nos contratos de óleo de soja. A expectativa era de que o governo norte-americano anunciasse ainda neste ano as metas para 2026, mas rumores sobre um possível adiamento aumentaram a incerteza. Caso a proposta enviada pela Agência de Proteção Ambiental à Casa Branca seja aprovada com metas abaixo do esperado, pode haver retração na demanda por óleos vegetais, com impacto direto sobre os preços internacionais.
No Brasil, o ritmo das negociações segue contido. A liberação de armazéns para a chegada da safrinha de milho e as preocupações com o mercado internacional contribuem para uma postura mais conservadora por parte dos agentes. A expectativa é de que os movimentos mais consistentes de preços e comercialização ocorram apenas com o avanço da colheita nos Estados Unidos e com maior clareza sobre a política energética americana.
Em um cenário em que os fundamentos seguem sendo redesenhados a cada novo anúncio, o mercado de soja permanece sob tensão, sustentado por dados que misturam otimismo com incerteza e por uma geopolítica agrícola que exige dos produtores e exportadores atenção redobrada.
Fonte: Pensar Agro
Agro News
CNA questiona no STF decreto que endurece punições por incêndios florestais
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) contra o Decreto nº 12.189/2024, que estabelece sanções mais severas para infrações ambientais relacionadas a incêndios florestais. A entidade alega que a norma compromete direitos constitucionais dos produtores rurais, como o devido processo legal, a ampla defesa e o direito de propriedade.
Segundo a CNA, o decreto permite o embargo de propriedades rurais sem a necessidade de autuação prévia ou comprovação de infração, o que colocaria produtores em situação de insegurança jurídica. A confederação argumenta que a medida pode penalizar agricultores que foram vítimas de incêndios, sem que haja distinção entre áreas afetadas por ações criminosas e aquelas sob responsabilidade dos proprietários.
A entidade destaca ainda que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou embargos coletivos em mais de 4.200 propriedades nos estados do Acre, Pará, Rondônia, Amazonas e Mato Grosso. Esses embargos, segundo a CNA, foram feitos via edital, sem individualização das condutas ou especificação das áreas afetadas, resultando na suspensão do crédito rural para milhares de pequenos produtores.
O decreto, publicado em setembro de 2024, estabelece multas que variam de R$ 3 mil a R$ 10 mil por hectare para uso não autorizado de fogo em áreas agropastoris e vegetação nativa, respectivamente. Além disso, prevê penalidades que podem chegar a R$ 50 milhões para casos de danos ambientais não reparados ou compensados.
A CNA solicita ao STF a suspensão imediata dos efeitos do decreto, argumentando que a norma viola princípios constitucionais e compromete a continuidade da atividade agropecuária no país. A ação foi distribuída ao ministro Gilmar Mendes, que deverá analisar o pedido de liminar.
Fonte: Pensar Agro
-
Famosos13/05/2025 - 08:30
Zezé Di Camargo curte a filha Clara, após Dia das Mães longe de Graciele: ‘Chamego’
-
Mato Grosso12/05/2025 - 17:30
Pesquisadores da Unemat trabalham no desenvolvimento de equipamentos utilizados no esporte paralímpico
-
Rondonópolis12/05/2025 - 19:00
Adesão ao Dia D de vacinação preocupa autoridades de saúde em Rondonópolis
-
Rondonópolis12/05/2025 - 18:30
Alunos da rede municipal recebem materiais escolares de qualidade
-
Esportes11/05/2025 - 21:30
Com pênalti no final, Operário derruba Cuiabá e agita a Série B do Brasileirão
-
Esportes11/05/2025 - 22:30
Botafogo dá show e goleia Internacional no Brasileirão
-
Policial12/05/2025 - 16:30
PRF apreende módulos veiculares de origem suspeita na BR-364, em Rondonópolis/MT
-
Policial10/05/2025 - 16:31
Polícia Civil deflagra segunda fase de operação para investigar desaparecimento de jovem em Alto Taquari