Nacional
Dodge cobra prazo menor no TSE para acelerar decisão sobre candidatura de Lula

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, levou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) novo requerimento para tentar acelerar o processo de decisão sobre a validade ou não da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR) alerta na manifestação encaminhada ao TSE que os advogados de Lula já estão cientes do pedido de impugnação da candidatura
desde a noite de ontem (15). Desse modo, Raquel Dodge
defende que é dessa data que deve ser contado o prazo de sete dias para a apresentação das alegações da defesa.
Para sustentar sua posição, Dodge apresentou reprodução do acompanhamento processual da Justiça Eleitoral comprovando que a defesa de Lula visitou o processo ainda na noite dessa quarta-feira (15), logo após a PGR ter apresentado o pedido de impugnação. A procuradora destaca que o Código Processual Civil prevê que “o comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação”.
“Pela dinâmica cronológica dos fatos, mostra-se inequívoca a ciência do requerente dos termos da impugnação apresentada”, diz Dodge na peça. “Nestes termos, na hipótese de Vossa Excelência não decidir pelo indeferimento liminar do requerimento de registro de candidatura, tal como pleiteado pelo Ministério Público Eleitoral na ação de impugnação de registro de candidatura, requer-se a certificação de que o requerido compareceu espontaneamente aos autos, teve ciência da impugnação ministerial, passando, portanto, a fluir dessa data o prazo para apresentação de contestação”, conclui.
Raquel Dodge enviou manifestação a Barroso, mas relatoria está sob impasse

A manifestação da procuradora-geral foi encaminhada ao até agora relator do processo contra a candidatura de Lula, ministro Luís Roberto Barroso. O magistrado, no entanto, já pediu que a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, decida se é ele mesmo quem deve seguir à frente da ação
.
Esse parecer foi pedido por Barroso devido ao fato de que, embora ele seja o relator do registro da candidatura de Lula, duas ações contestando sua participação nas eleições acabaram sendo distribuídas para a relatoria do ministro Admar Gonzaga.
No pedido de impugnação apresentado ao TSE horas após o PT ter registrado a candidatura de Lula
, com Fernando Haddad como vice, Dodge argumenta que o ex-presidente está enquadrado na Lei da Ficha Limpa , que o torna inelegível, por ter sido condenado por órgão colegiado de segunda instância – neste caso, o Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-4).
Raquel Dodge
rebate ainda argumento que vem sendo repetido por lideranças do PT no sentido de que a candidatura de Lula deve prosperar mesmo que sob contestações judiciais. A chefe da PGR cobra a “rejeição liminar do requerimento, sem qualquer outro efeito jurídico que habilite Lula a ser considerado candidato sub judice ou a pretender o financiamento de sua candidatura com recursos públicos, que são destinados apenas a financiar campanhas dos elegíveis”.

Nacional
Impacto acadêmico da ciência brasileira aumentou 21% de 1996 a 2022
O impacto acadêmico da ciência brasileira no mundo cresceu 21% de 1996 a 2002 de acordo com relatório da Agência Bori feito em parceria com a empresa de análise de dados Elsevier. Segundo o levantamento, o impacto da pesquisa é medido pelo número de vezes que um artigo científico é citado em comparação com outros da mesma área no resto do mundo, em determinado período de tempo, indicador conhecido como Field Weighted Citation Impact (FWCI).
Segundo o relatório, divulgado esta semana, o FWCI da ciência brasileira passou de 0,7 em 1996 para 0,85 em 2022. Já o número de artigos científicos brasileiros publicados no período aumentou nove vezes: passou de 8,3 mil em 1996 para 74,6 mil em 2022.
“É importante notar que, apesar do gigantesco aumento da produção científica, o Brasil tem conseguido manter a média de citações de seus trabalhos, aproximando-se cada vez mais da média mundial”, destacou o cientista de dados da Bori, Estêvão Gamba.
Os dados do relatório mostram ainda que a porcentagem de artigos científicos de autores brasileiros entre os 10% mais citados no mundo teve crescimento de 5,4% em relação ao total de artigos publicados no período. A Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp) lideraram as instituições brasileiras com mais artigos de seus pesquisadores entre os 10% mais citados mundialmente no período de 1996 a 2022.
“Isso significa que os cientistas de instituições de pesquisa do Brasil estão publicando cada vez mais trabalhos que estão entre aqueles que têm maior impacto acadêmico do mundo”, ressaltou o vice-presidente de Relações Acadêmicas da América Latina da editora Elsevier, Dante Cid.
O relatório considerou países que publicaram mais de 10 mil artigos científicos em 2021, o que resultou em um total de 51 países analisados. Já para análise do cenário nacional, foram consideradas todas as instituições de pesquisa do Brasil que publicaram mais de mil artigos científicos também em 2021, totalizando 35 instituições.
Fonte: EBC GERAL
Nacional
Relatório aprovado diminui contratação de energia de termelétricas a gás quase pela metade

O texto do relator Zé Vitor (PL-MG) para o projeto de energia elétrica em alto mar (PL 11247/18), aprovado nesta quarta-feira (29) pela Câmara dos Deputados, também faz várias mudanças na lei de venda da Eletrobras, diminuindo a contratação de energia de termelétricas a gás natural vinculada à venda da estatal e aumentando a contratação de reserva de energia gerada a carvão mineral.
Atualmente, a lei que viabilizou a privatização da Eletrobras prevê a contratação, pelo governo federal, de um total de 8 mil MW de termelétricas a gás natural de 2026 a 2030 nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, contanto que oriundas de novas unidades geradoras em capitais e municípios onde não haja suprimento de gás natural. O texto de Zé Vitor diminui o total para 4250 MW.
Ele também prevê reservas de quantidades específicas para determinados estados. No Centro-Oeste, 1000 MW deverão ser divididos igualmente entre Goiás e Distrito Federal, para contratação no primeiro semestre de 2025 e entrega até 1º de janeiro de 2031.
No Nordeste, dos 1250 MW a serem contratados no segundo semestre de 2024, 500 MW devem vir do Piauí e serem entregues em janeiro de 2031; outros 750 MW serão comprados de usinas do Maranhão e entregues em janeiro de 2030.
Na região Norte, dos 1000 MW a contratar, em até o segundo semestre de 2024, 250 MW virão do Amapá para entrega em janeiro de 2030; e 750 MW terão origem no Amazonas, com entrega em janeiro de 2027.
O texto não faz referência às datas de contratação ou entrega dos 1000 MW que caberiam às usinas da região Sudeste, divididos igualmente entre o Triângulo Mineiro e regiões atendidas pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
Pequenas hidrelétricas
Quanto à contratação de energia de pequenas centrais hidrelétricas com capacidade de gerar até 50 MW, o montante de 3000 MW em todas as regiões do País deverá ser contratado nos anos de 2024 ou 2025, com entrega em 2029 ou 2030 segundo montantes diferenciados e região.
Hidrogênio
Além dessas mudanças em dispositivos já existentes na lei, o projeto determina a contratação de 250 MW de energia elétrica gerada com uso de hidrogênio líquido extraído do etanol na região Nordeste, a ser contratada no segundo semestre de 2024 e entregue em dezembro de 2029.
Outros 300 MW deverão ser contratados até o segundo semestre de 2025 de usinas eólicas localizadas na região Sul para entrega em dezembro de 2030.
Todos os prazos de contratação serão adiados para os anos subsequentes se não houver oferta da energia pelos beneficiados, com prorrogação também do prazo de entrega.
Reportagem – Eduardo Piovesan
Edição – Francisco Brandão
Fonte: Câmara dos Deputados
Nacional
Especialistas apontam produção “verde” como a saída para a indústria nacional e para mais investimentos no País

Especialistas em produção industrial mundial ressaltaram a necessidade de o País aproveitar a oportunidade de promover uma produção nacional “verde” e de atrair investimentos externos, com o argumento de que o Brasil tem uma matriz energética limpa. Eles participaram de seminário sobre o “reposicionamento das cadeias globais de valor” promovido pela Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados.
Samantha Cunha, da Confederação Nacional da Indústria, disse que, após a pandemia de Covid-19, com a falta de insumos e as tensões geopolíticas que vieram em seguida, os países passaram a promover mais o seu parque industrial até por uma questão de segurança nacional. E estão fazendo isso com o olhar da sustentabilidade.
“Os Estados Unidos e a Europa já estabeleceram seus planos e metas para redução de carbono. Temos vantagens seja o Brasil, seja a América Latina, de atrair os investimentos para cá e conseguir ajudar essas indústrias a descarbonizarem os seus processos produtivos”, ressaltou.
A técnica lembrou que a indústria é o setor que mais traz inovação e que promove outros setores por agregar valor e pagar salários mais altos. Mas ela mostrou que, nos últimos dez anos, teve o tamanho reduzido, um dos motivos para o crescimento médio do País ser de apenas 0,5% ao ano, segundo ela.
Autor do requerimento para o seminário, o deputado Vitor Lippi (PSDB-SP) disse que há uma tendência de países como os Estados Unidos de trazerem de volta empresas que passaram a produzir em outros locais. “Todo mundo sabe que eles vão precisar também de novos parceiros, o friendshoring ou nearshoring. Quer dizer, novos parceiros mais próximos, posicionados inclusive geograficamente, e que não estejam sujeitos a conflitos geopolíticos”, explicou.
Diretor da Câmara Americana de Comércio para o Brasil, Fabrizio Panzini disse que existe espaço no mundo para quem investir em produtos de saúde, tecnologia da informação, energia e minerais críticos. Segundo ele, 28% das empresas americanas que têm produção na Ásia afirmam que pretendem procurar novos locais nos próximos cinco anos. O movimento também faz parte do aumento das tensões comerciais entre China e Estados Unidos.
Em relação à produção mineral, Humberto Barbato, presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletroeletrônica, lembrou que o País é o terceiro produtor mundial de silício metálico, importante para a produção de chips e células fotovoltaicas. Ele também destacou o aumento rápido da geração de energia eólica.
Paulo Gala, professor de economia da Fundação Getúlio Vargas, defendeu a necessidade de políticas públicas para coordenar as ações que foram levantadas por todos. “Sem políticas públicas a gente não vai conseguir superar essas assimetrias. A ideia de achar que o mercado vai simplesmente resolver essas coisas, é uma ideia ingênua. Se nada for feito, nada acontecerá.”
Ele afirmou ainda que boa parte do sucesso do agronegócio brasileiro, por exemplo, está ligado às pesquisas da Embrapa e outras políticas públicas.
Bruno Leite, do Ministério das Relações Exteriores, disse que a pasta está atuando com os setores para desconcentrar os parceiros comerciais do Brasil e a pauta de exportações. Outra prioridade é a política comercial, os acordos comerciais com os outros países.
Reportagem – Silvia Mugnatto
Edição – Geórgia Moraes
Fonte: Câmara dos Deputados
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