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Economia

O que propõem Fernando Haddad e Jair Bolsonaro para a economia

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No segundo turno das eleições presidenciais, Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação, enfrenta Jair Bolsonaro (PSL), deputado federal há 27 anos e ex-militar do Exército
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No segundo turno das eleições presidenciais, Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação, enfrenta Jair Bolsonaro (PSL), deputado federal há 27 anos e ex-militar do Exército

No próximo dia 28, os brasileiros voltarão às urnas para escolher, enfim, o novo presidente do país. De um lado, está Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação; do outro, Jair Bolsonaro (PSL), deputado federal há 27 anos e ex-militar do Exército. Opostos no espectro político, os dois candidatos também têm propostas muito diferentes no que diz respeito à criação de empregos, privatizações, reformas e à retomada do desenvolvimento econômico do país.

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Em seu plano de governo registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Fernando Haddad
defende a ideia de que o impeachment de Dilma Rousseff, sua correligionária, pôs fim ao crescimento da economia, ao pleno emprego e à inclusão social. Para o petista, o país regrediu, “ficando aprisionado em uma armadilha recessiva que excluiu mais de 30 milhões de brasileiros do padrão de produção e consumo”.

Na visão do ex-prefeito de São Paulo, o Brasil se encontra em um momento que exige uma mudança profunda nas dimensões econômica, social e política. Em linhas gerais, Haddad propõe combinar o legado dos ex-presidentes Lula e Dilma e os desafios impostos pelo novo paradigma de produção industrial e tecnológico para, desta forma, construir “uma nova estratégia para o desenvolvimento nacional”.

Jair Bolsonaro
, por sua vez, critica “políticos corruptos e populistas”, além do fato de o Brasil nunca ter adotado os princípios liberais, baseados na defesa da liberdade individual contra a intervenção do poder estatal. Para o candidato do PSL, o Liberalismo é o responsável por salvar “bilhões” de pessoas da miséria em todo o mundo, reduzir a inflação, baixar os juros, atrair investimentos e gerar oportunidades.

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De acordo com seu plano de governo, o deputado tem como prioridades o crescimento e a criação de empregos, e entende que o país nunca alcançará a estabilidade social enquanto houver fome, violência e miséria. Para que a sociedade se torne mais justa, Bolsonaro acredita ser necessário “afastar o populismo e garantir que o descontrole das contas públicas nunca seja ameaça ao bem-estar da população”.

Fernando Haddad, o “anti-Temer”


Em seu plano de governo, Fernando Haddad promete revogar a PEC do teto de gastos, substituir a reforma trabalhista pelo Estatuto do Trabalho, suspender as privatizações e recuperar o pré-sal
Ricardo Stuckert

Em seu plano de governo, Fernando Haddad promete revogar a PEC do teto de gastos, substituir a reforma trabalhista pelo Estatuto do Trabalho, suspender as privatizações e recuperar o pré-sal

A implementação do novo projeto de desenvolvimento proposto por Haddad pressupõe a reversão do legado do presidente Michel Temer (MDB). Em seu plano de governo, o petista promete revogar a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 95, também chamada de PEC do teto de gastos, substituir a reforma trabalhista pelo Estatuto do Trabalho, suspender as privatizações e recuperar o pré-sal, de forma a fazê-lo servir aos interesses da população.

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O ex-prefeito também fala em implementar o programa Meu Emprego de Novo, que deve priorizar os mais jovens e busca ampliar o crédito e aumentar a renda dos trabalhadores. Haddad promete retomar as obras paradas em todo o país, atrair investimentos para a Petrobras
, reforçar programas sociais, como o Minha Casa Minha Vida e o Bolsa Família, e criar o programa Dívida Zero. Este, similar à proposta de Ciro Gomes (PDT) que ficou conhecida como “SPCiro”, deverá atender aos brasileiros negativados.

No texto entregue ao TSE, o candidato do PT ainda discursa sobre a implementação do programa Salário Mínimo Forte. Neste sentido, a proposta de Haddad é melhorar a regra de valorização do salário mínimo: o valor continuará a ser definido a partir da inflação do ano anterior mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes – desde que esta seja positiva. Isso significa que haveria ganho real do salário mínimo em todos os anos, mesmo que o crescimento do PIB seja negativo.

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Quanto à reforma tributária, o petista defende a cobrança de impostos de lucros e dividendos e a criação do IVA (Imposto sobre Valor Agregado)
. Este último substituiria outros cinco impostos que incidem sobre o consumo: PIS (Programa de Integração Social), Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) e ISS (Imposto sobre Serviços).

Além disso, o ex-prefeito propõe a implementação de um sistema de imposto de renda
mais justo, reestruturando a tabela do imposto de pessoa física (IRPF), aumentando a alíquota paga pelos “superricos” e isentando os brasileiros que ganham até cinco salários mínimos (R$ 4.770) da cobrança. Segundo Haddad, essa reforma tributária será orientada pelos princípios da progressividade, simplicidade e eficiência, e garantirá que a União, os estados e os municípios não percam em arrecadação.

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Sobre a reforma da Previdência, por fim, o presidenciável do PT não especifica nenhuma proposta concreta. Em seu plano de governo, Haddad diz rejeitar os postulados das “reformas neoliberais” atribuídas ao atual governo e se compromete a manter o sistema da Previdência Social integrado ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), além de combater privilégios previdenciários, considerados incompatíveis com a realidade dos trabalhadores brasileiros.

Jair Bolsonaro e o Estado mínimo 


No documento protocolado no TSE, Bolsonaro critica o número de ministérios existentes no Brasil, visto por ele como o “resultado da forma perniciosa e corrupta de se fazer política nas últimas décadas”
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No documento protocolado no TSE, Bolsonaro critica o número de ministérios existentes no Brasil, visto por ele como o “resultado da forma perniciosa e corrupta de se fazer política nas últimas décadas”

Se eleito presidente, o candidato do PSL promete garantir a estabilidade macroeconômica do país, reorganizar a área econômica do governo, cujos protagonistas seriam o Ministério da Economia e Banco Central (BC), e tornar o Estado mais eficiente. A ideia de Bolsonaro é transformar os ministérios da Fazenda, do Planejamento e da Indústria em um só órgão, ao qual as instituições financeiras federais estariam subordinadas.

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No documento protocolado no TSE, o deputado critica o número de ministérios existentes no Brasil, visto por ele como o “resultado da forma perniciosa e corrupta de se fazer política nas últimas décadas”. O presidenciável acredita ser capaz de inverter a lógica tradicional dos gastos públicos
e garante que não haverá mais dinheiro “carimbado” para pessoas, grupos políticos ou entidades específicas.

Bolsonaro ainda diz que dará atenção especial ao controle de gastos associados à folha de pagamento do Governo Federal. O candidato do PSL não explica como, mas promete cortar despesas, reduzir o número de renúncias fiscais concedidas e “eliminar” o déficit primário – que exclui os gastos com o pagamento da dívida pública – já no primeiro ano de governo, convertendo-o em superávit no segundo.

Defensor ferrenho das privatizações, o deputado promete extinguir algumas estatais e preservar apenas aquelas que sejam estratégicas para o governo. Esse processo de desestatização tem como objetivo aumentar a competição entre as empresas e será centralizado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que deve garantir que a União consiga o valor máximo pelos ativos públicos.

Bolsonaro também fala sobre a criação do programa Renda Mínima, que contemplaria todas as famílias brasileiras com uma remuneração mensal ainda não especificada pelo candidato. Segundo o ex-militar, a ideia é inspirada em pensadores liberais e tem como objetivo garantir a aos brasileiros uma renda igual ou superior à que é paga atualmente pelo Bolsa Família
.

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Quanto às reformas trabalhista, tributária e previdenciária, o candidato do PSL é vago. A primeira não é citada em nenhuma das páginas de seu plano de governo. Sobre a segunda, o deputado promete reduzir e simplificar os tributos e criar um sistema de “imposto de renda negativo”, mas não explica como. Com relação à Previdência, a proposta é introduzir, de forma gradativa, o regime de capitalização, em que as contribuições dos trabalhadores são aplicadas em ativos de renda fixa.

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Economia

De CLT para CNPJ: números recordes de abertura de empresas no país apontam que trabalhadores estão optando por empreender

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Educador aponta necessidade de escolas priorizarem educação que estimule o empreendedorismo e que ajude novas gerações a se prepararem para vencer desafios

O desemprego e a instabilidade financeira certamente foram reflexos amargos produzidos pela pandemia, jogando milhares de trabalhadores num cenário de incerteza e insegurança como poucas vezes visto. O mercado de trabalho sofreu mudanças radicais, trazendo transformações profundas sobre a forma como as pessoas se relacionam com o trabalho e garantem renda. O empreendedorismo, apesar de toda a crise, foi a saída encontrada para muitos.

De acordo com levantamento divulgado pelo Ministério da Economia, em 2020, foram abertas 3.359.750 empresas, um aumento de 6,0% em relação a 2019 e um recorde histórico de abertura de empresas no país. Os dados do governo apontam ainda que 79,3% das empresas abertas no ano passado foram microempreendedores individuais (MEI), número que representa um aumento de 8,4% na abertura de empresas nesse formato, em relação a 2019.

Mas todas essas pessoas que se lançaram formalmente no universo da pessoa jurídica possuem um espírito realmente empreendedor? Estão preparadas para uma mudança de mentalidade radical? Uma boa parcela da população economicamente ativa no Brasil ainda faz parte da geração X, nascida na década de 70 e começo de 1980 para quem a carteira de trabalho e o emprego fixo sempre foram muito importantes. São pessoas que, em geral, não foram preparadas nem tiveram incentivo para empreender, e que só o fazem quando perdem o emprego e se vêem diante de uma condição em que não restam outras alternativas.

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As gerações seguintes, mesmo que de forma tímida, já foram mais provocadas e cresceram em contextos sociais e econômicos mais propícios para o desenvolvimento de um espírito empreendedor. Mas educadores e especialistas afirmam que ainda estamos longe de um cenário em que a Educação de crianças e jovens realmente priorize esse desenvolvimento e estímulo ao empreendedorismo. De acordo com o Coordenador Pedagógico da Conquista Solução Educacional, Ivo Erthal, o processo educativo tem por tradição preparar os alunos para a vida, formando pessoas capazes de encontrar soluções para os problemas sociais com postura criativa, ética e independente. “A questão fundamental é como as escolas estão conduzindo esse processo no sentido de apontar, de forma clara, a aplicação prática dos conceitos desenvolvidos em sala de aula. Esse é um dos princípios da Educação Empreendedora: aprimorar habilidades para os jovens desenvolverem autonomia, terem mais confiança para superar adversidades e se sentirem, portanto, preparados para lidar e vencer qualquer desafio”, destaca Erthal.

O educador ressalta ainda que, quando se fala em preparar os jovens para vencer desafios, é importante lembrar também que essa geração precisa ser orientada a perceber que a resiliência é a chave para o sucesso. “Os jovens de hoje estão menos preparados para a frustração, para suportar situações que envolvam conflitos e pressão. Isso precisa ser corrigido para fazer com que os indivíduos, diante das dificuldades e revezes se comportem de forma confiante, otimista e mantenham a capacidade de tomar decisões que levem à resolução dos problemas”, reforça.

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A sociedade atual espera que o indivíduo desenvolva a própria trajetória pessoal. É a sociedade do desempenho. O indivíduo tem que ser dono e protagonista da sua história. Mas segundo o educador, nas últimas décadas, a sociedade viveu um modelo disciplinar em que as pessoas apenas seguiam modelos de procedimentos. “A migração dessa realidade para um modelo de atuação com mais iniciativa é algo recente”, pondera. Nesse cenário, o Empreendedorismo e a Educação Financeira escolar tornam-se vitais para impulsionar a inovação de forma permanente. “E quanto mais próxima dessa necessidade estiver a prática escolar, maior será o engajamento do aluno na aprendizagem”, garante.

Segundo ele, para que isso se torne real, não basta apenas atualizar os conteúdos em sala de aula, mas principalmente inovar nas metodologias. “O Design Thinking, a Gameficação, a aprendizagem baseada em projetos e sala de aula invertida precisam fazer parte da rotina de professores e alunos”, reforça o educador. Para ele, os estudantes precisam sair da escola preparados para um mercado de trabalho e um cenário econômico nos quais o autoconhecimento, a autoconfiança e o conhecimento de suas potencialidades permitam que eles desenvolvam senso de liderança, responsabilidade e compromisso social, estando assim prontos para encarar os desafios que empreender requer. “A escola precisa ajudar crianças e jovens a acreditarem que podem executar sonhos, enfrentar riscos e serem bem sucedidos. Essa é a nossa missão”, acrescenta Erthal.

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Sobre a Conquista Solução Educacional

A Conquista é uma solução educacional que oferece aos alunos da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio uma proposta de educação e futuro que integra a família, a escola e a comunidade. Com diversos recursos, material didático completo e livros de Empreendedorismo e Educação Financeira, o objetivo da solução é ajudar, de forma consistente, os alunos no processo de aprendizagem e estimular o desenvolvimento de suas capacidades. Atualmente, mais de 1700 escolas de todo o Brasil utilizam a solução. 

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Economia

Energia limpa para a recuperação econômica

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Foto: Divulgação

O risco de racionamento de eletricidade decorrente da falta de chuvas este ano, fator agravante da crise provocada pela Covid-19, alerta para a necessidade de ampliar a diversificação da matriz energética nacional, reduzindo a dependência das usinas hidrelétricas. Nesse sentido, é relevante a contribuição do setor sucroalcooleiro, cujas fontes têm grande potencial, são renováveis e apresentam baixos índices de emissão de carbono, com reconhecidos ganhos ambientais.

A bioeletricidade produzida a partir do bagaço e da palha da cana-de-açúcar, uma das vertentes da contribuição do setor, já representa 62% do total de 18,5 gigawatts (GW) da cogeração existente no País de capacidade instalada em operação comercial. Essa possibilidade viabilizou-se pela mecanização da colheita e do plantio, da qual resultaram níveis de sustentabilidade incomparáveis em todo o mundo e que incluiu a capacitação de profissionais para operar equipamentos com alto índice de tecnologia embarcada. O gás natural responde por 17% e o licor negro, 14%. Este é um fluido resultante do processo produtivo da indústria papeleira.

Outra fonte importante de eletricidade é o biogás, cujo potencial no Brasil é de 170.912 GWh (fonte: ABiogás), o maior do mundo. Em volume, 21,1 bilhões de normais metros cúbicos por hora (Nm³/h) advêm do segmento sucroenergético; 6,6 bilhões, de ramos distintos da produção agrícola; 14,2 bilhões, da pecuária; e 2,2 bilhões, do saneamento. Esse combustível, em sua versão purificada, compara-se, em termos energéticos, ao gás natural fóssil, com a vantagem de ser totalmente renovável e ter pegada negativa de carbono.

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O etanol de cana-de-açúcar completa o aporte do setor à matriz energética nacional. De acordo com o primeiro levantamento da safra 2021/22 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção será de 27 bilhões de litros. Embora haja uma redução de 9,1% em relação aos 29,7 bilhões referentes à temporada anterior, devido à queda da demanda atrelada às quarentenas e ao distanciamento social, o Brasil continua sendo o segundo maior produtor mundial, atrás apenas dos Estados Unidos. Neste país, porém, a maior parte advém do milho, apresentando maior custo e menor índice energético.

Cabe lembrar que o etanol de cana-de-açúcar é praticamente neutro em emissões de carbono e renovável, além de gerar renda, empregos e ingresso de dólares resultantes da exportação. Somente no primeiro bimestre deste ano, na comparação com igual período de 2020, as vendas externas cresceram 50,9%, alcançando 343,31 milhões de litros, e a receita aumentou 22%, somando US$ 158,22 milhões (fonte: Secex/Ministério da Economia).

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Economia

Aceleração da vacinação traz indícios de retomada na economia e no turismo

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Foto:Assessoria

Operadora de viagens prevê aumento de 35% nas vendas impulsionadas por vacinados no segundo semestre

Em mais de um ano de pandemia mundial, são muitos os setores que foram afetados economicamente. Dentre eles, o turismo, que engloba hotelaria, agências, operadoras, eventos, alimentação e outros. Com a vacinação avançando no Brasil, a procura de destinos nacionais para viagens têm demonstrado, de maneira gradativa, indícios de melhoras. Para aqueles que estão na considerada “melhor idade”, após as duas doses, o retorno nas programações de viagens é uma possibilidade mais segura. Notícia positiva para o setor e para os amantes do turismo.

Na economia não é diferente, o economista José Pio Martins, sugere que a expectativa é de que a retomada das atividades econômicas aconteça em um ritmo mais acelerado a partir do mês de agosto. “Já é possível perceber, diante da aceleração da vacinação, alguns indícios positivos. As taxas de juros estão estabilizadas, dólar em queda e bolsa de valores batendo recordes históricos”, afirma. O professor ainda comenta que, diante desse cenário, setores como o de turismo, que possui uma das economias mais complexas, segue o caminho de retomada também.

Praticamente metade da população brasileira com mais de 60 anos já está vacinada. “Essa movimentação traz ânimo para o setor, e nos leva a crer que o turismo nacional vai se fortalecer ainda mais até o final deste ano”, aponta o diretor da Serra Verde Express, Adonai Aires de Arruda Filho. A empresa atua com receptivos e opera trens turísticos no Paraná e em São Paulo. Segundo Arruda Filho, a previsão é que, a partir de julho, a procura de pessoas da terceira idade por passeios turísticos, após as duas doses de vacinação, tenha um aumento de 35%.

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Do lado das operadoras de turismo, o surgimento do “turismo de vacinação” e a alta demanda da procura por destinos nacionais foram responsáveis pelos bons resultados adquiridos no primeiro semestre de 2021. “No mês de maio, tivemos excelentes resultados e, em junho, melhores ainda. Com a categoria cunhada de ‘turismo de vacinação’, vendemos muitos pacotes para brasileiros buscarem a imunização fora do Brasil”, afirma o gerente geral da BWT Operadora, Gabriel Cordeiro. Ele ainda ressalta que, para o segundo semestre, a expectativa permanece em alta, principalmente com o avanço da vacinação no Brasil e a abertura gradual de outros países para os brasileiros.

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