Nacional
Especialistas apontam falta de recursos do SUS para incorporar medicina de precisão no combate ao câncer

Especialistas no tratamento do câncer apontaram, nesta quarta-feira (26), a falta de recursos e de infraestrutura como os principais desafios para incorporar tecnologias avançadas de controle da doença no Sistema Único de Saúde (SUS).
Eles foram ouvidos pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados sobre o combate ao câncer no Brasil.
A incorporação da medicina de precisão – quando o médico aplica tratamentos específicos para o perfil genético do paciente e o tipo de tumor – está prevista na Política Nacional de Prevenção ao Câncer.
O marco legal estabelece a adoção de “alternativa terapêutica mais precisa e menos invasiva” como direito do paciente. No entanto, os especialistas explicaram que tornar o acesso às novas terapias universais no sistema público de saúde esbarra em alguns desafios, como os déficits de financiamento e infraestrutura.
O representante do Instituto Nacional de Câncer (Inca) na audiência, Gélcio Luiz Quintella Mendes, explicou que existem duas linhas de tratamento da medicina de precisão: os testes moleculares, usados por pacientes que tenham câncer em fase avançada, e os testes hereditários, para identificar mutações genéticas que correm na família.
Além disso, há a incorporação de novos medicamentos, geralmente com custos mais elevados, mas que atuam com maior precisão e aumentam a sobrevida do paciente.
“A oncologia de precisão melhora a abordagem dos pacientes, desde uma fase de aconselhamento genético, até a abordagem da doença avançada, sendo mais intenso na doença avançada”, disse Mendes.
No entanto, ele observou que a incorporação de remédios mais avançados, como os inibidores de ciclina para o tratamento do câncer de mama, por exemplo, esbarra nos altos custos.
“A proposta da incorporação do inibidores de ciclina (medicamento que inibe a multiplicação das células cancerígenas) tem um impacto que é mais ou menos 1/4 do custo de oncologia no SUS”, frisou o representante do Inca, que é um dos centros de referência do SUS.
Ele ressaltou que hoje a rede pública disponibiliza exames moleculares de menor complexidade como a imunohistoquímica – que detecta tipos específicos de células, usado no tratamento de câncer de mama e de endométrio.
Além do teste molecular, Gélcio Luiz Quintella Mendes informou que o SUS oferece medicamentos vinculados aos resultados desses exames. “É uma lista que vem crescendo ao longo do tempo, mas espero que possa crescer mais”, disse.
Infraestrutura
Representante da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (Sboc), Luiz Henrique de Lima Araújo apontou um déficit de infraestrutura do SUS, quando comparado à rede privada.
“Nós não temos uma rede de laboratórios e um financiamento direcionado para que seja viabilizada uma rede de testagem molecular no Brasil. O que a gente tem hoje predominante é uma imunocitoquímica relativamente simples feita nos laboratórios de patologia”, disse.
Araújo reforçou os benefícios da medicina de precisão no tratamento do câncer de pulmão. “De 40 a 50% dos casos de câncer de pulmão avançado tem uma mutação adquirida no câncer que, quando é identificada, ao invés de fazer a quimioterapia, você faz uma terapia direcionada que geralmente controla a doença durante anos. O paciente tem uma qualidade de vida muito superior ao de alguma quimioterapia tradicional”, explicou.
Subfinanciamento
Do lado da indústria farmacêutica, Renato Porto, que chefia a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), disse que a rede pública de saúde é marcada pelo subfinanciamento, o que, na sua visão, atrasa a incorporação de novos tratamentos.
Segundo ele, pouco mais de 10% do orçamento para saúde pública é destinado a compras de tecnologias em saúde, ou seja, cerca de R$ 14 bilhões em um montante de mais de R$86 bilhões.
Porto mencionou estudo de 2024 no qual o Brasil está entre os países que menos incorpora tecnologias em saúde (para pacientes da rede pública e privada), se comparado aos demais países da América Latina.
“O Brasil só incorporou 4% dos medicamentos, nós estamos perdendo da Colômbia que incorporou 40%, do México que incorporou 34%. A média da América Latina é de 30% e o Brasil incorporou só 4%”, relatou.
Na mesma linha, a deputada Flávia Morais (PDT-GO) disse que tramitam na Casa propostas para fazer frente ao custo para o orçamento público da incorporação dessa novas terapias no SUS.
“Temos algumas propostas de grandes relevância em relação à questão do financiamento da oncologia, como o projeto que fala dos bitcoins e a criação de uma rubrica específica no Ministério da Saúde para direcionar esses recursos que são utilizados para o câncer de forma bem específica para oncologia”, disse a deputada.
Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição – Ana Chalub
Fonte: Câmara dos Deputados

Nacional
“Perdeu, Mané” Mulher que pichou é condenada pelo STF a 14 anos de prisão
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta sexta-feira (25) a 14 anos de prisão a cabelereira Débora Rodrigues dos Santos, acusada de participar dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e de pichar a frase “Perdeu, mané” na estátua A Justiça, localizada em frente ao edifício-sede da Corte.
A condenação a 14 anos por cinco crimes foi obtida pelos votos dos ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, Flávio Dino e Cármen Lúcia. Cristiano Zanin votou pela condenação a 11 anos, e Luiz Fux aplicou pena de um ano e seis meses de prisão.
Com o fim do julgamento, a cabelereira está condenada pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.
Após a publicação da decisão, a defesa de Débora poderá recorrer da decisão. Ela está em prisão domiciliar.
Divergência
O julgamento foi suspenso no mês passado por um pedido de vista do ministro Luiz Fux, que devolveu o caso para julgamento.
Na manifestação proferida hoje, Fux votou pela condenação a um ano e seis meses de prisão somente pelo crime de deterioração de patrimônio tombado. O ministro absolveu a acusada dos crimes contra a democracia.
“O que se colhe dos autos é a prova única de que a ré esteve em Brasília, na Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023 e que confessadamente escreveu os dizeres “Perdeu, Mané” na estátua já referida”, justificou o ministro.
Após o voto de Fux, Moraes publicou um adendo ao seu voto para reafirmar que ela participou dos atos golpistas e também deve ser condenada pelos crimes contra democracia, não só pela depredação.
Segundo Alexandre de Moraes, Débora confessou que saiu do interior de São Paulo, veio para Brasília e ficou acampada em frente do quartel do Exército para participar dos atos golpistas.
en”Débora Rodrigues dos Santos buscava, em claro atentado à democracia e ao estado de direito, a realização de um golpe de Estado com decretação de intervenção das Forças Armadas”, afirmou o ministro.
Defesa
No início do julgamento, os advogados afirmaram que receberam o voto do ministro Alexandre com “profunda consternação”. Segundo a defesa, o voto pela condenação a 14 anos de prisão é um “marco vergonhoso na história do Judiciário brasileiro”.
Via TNOnline
Nacional
Comissão aprova projeto de unificação de protocolos de atendimento pré-natal no País

A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3981/23, que deixa claro no Estatuto da Criança e do Adolescente que todos os estabelecimentos e profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) devem seguir os protocolos de pré-natal formulados, revisados e atualizados pelo Ministério da Saúde.
A utilização padronizada de protocolos de abrangência nacional não excluirá a adoção complementar de publicações dos estados e municípios, conforme as particularidades regionais.
A ideia da autora do projeto, deputada Dani Cunha (União-RJ), é implementar, nas unidades de atendimento pré-natal, boas práticas a serem adotadas por todas as equipes de saúde do SUS, sem esquecer a diversidade da população brasileira.
Proteção integral
A relatora, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), recomendou a aprovação da proposta. Ela disse que o texto se alinha com o princípio de proteção integral dos direitos fundamentais da criança e do adolescente, por meio da atenção à saúde da mulher e da gestante.
“O atendimento pré-natal será norteado por padrões mais uniformes, sem prejuízo das ações e especificidades regionais”, declarou Laura Carneiro. “Desse modo, espera-se que seja ampliado o acesso aos programas e às políticas de saúde da mulher e de acompanhamento reprodutivo no SUS, cujas equipes de atenção primária terão materiais técnicos norteadores de abrangência nacional.”
A lei vigente assegura às gestantes nutrição adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do SUS.
Próximos passos
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado agora pelas comissões de Saúde; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Anteriormente, o texto foi aprovado também pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher.
Para virar lei, a medida precisa ser aprovada pelos deputados e pelos senadores.
Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei
Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Ana Chalub
Fonte: Câmara dos Deputados
Nacional
Comissão aprova projeto que exige estratégia na escola para prevenção de acidentes e doenças

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei para ampliar as atuais atribuições dos estabelecimentos de ensino na promoção de um ambiente escolar seguro.
A proposta altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que já prevê ações contra as drogas. Com a mudança, a LDB também exigirá estratégias para prevenção e conscientização dos riscos de acidentes e doenças.
O texto aprovado é o substitutivo da relatora, deputada Franciane Bayer (Republicanos-RS), para o Projeto de Lei 5430/23, do deputado Bruno Ganem (Pode-SP). A versão original previa a criação nas escolas de comissões internas para prevenção de acidentes, doenças e violência.
“Deve-se preservar a autonomia das escolas para que tomem as providências que julgarem mais oportunas e adequadas para o cumprimento das responsabilidades legais”, disse a relatora, ao descartar as comissões internas.
Próximos passos
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Para virar lei, terá de ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.
Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei
Da Reportagem/RM
Edição – Pierre Triboli
Fonte: Câmara dos Deputados
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