Policial
Investigação apurou que associação foi criada para promover organização criminosa e candidato a vereador

A investigação da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Rondonópolis que culminou na Operação Infiltrados, deflagrada no dia 27 de setembro, apontou indícios que uma associação foi criada com o objetivo de promover uma organização criminosa junto aos bairros da região da Vila Operária, onde o grupo comanda o tráfico de drogas.
A Associação dos Familiares e Amigos de Recuperandos de Rondonópolis (Afar) foi alvo de mandado de busca e apreensão, sequestro de bens e bloqueio de valores e sua presidente, L.V.D.C, de 29 anos, presa. A decisão do Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá determinou ainda a suspensão das atividades e o repasse de valores que a entidade vinha recebendo da Prefeitura de Rondonópolis.
Um termo de colaboração estabelecido em abril deste ano entre o órgão público e a Afar, a prefeitura se comprometeu a repassar o montante de R$ 120 mil anuais para as atividades da associação, que foi declarada de utilidade pública conforme a Lei 13.161/2023, aprovada pela Câmara Municipal no ano passado.
Assistencialismo
A Derf de Rondonópolis apurou indícios de que a associação foi utilizada para a lavagem de dinheiro e realização de eventos e assistencialismo em benefício da facção criminosa e ainda a promoção de um candidato a vereador no pleito eleitoral deste ano.
Informações levantadas ao longo das investigações apontaram que o domínio do tráfico de entorpecentes se estendia a outras atividades como a realização de bingos, rifas e torneios de futebol para angariar dinheiro que seria, em tese, revertido nas ações assistencialistas, como a distribuição de cestas básicas, recurso adotado pela organização criminosa para se aproximar das comunidades, especialmente de jovens e crianças, visando difundir a ideologia do crime e da violência sob auxílio social aparentemente inofensivos.
A associação promovia a entrega de cestas básicas, brinquedos e doces em datas comemorativas, como também patrocinava torneios de futebol, com o objetivo de desenvolver empatia junto à comunidade local, buscando dessa forma mais adeptos à facção, trazendo maior efetividade em suas ações criminosas.
A Afar era presidida por L.V.D.C., cujos irmãos foram identificados como líderes do tráfico de entorpecentes na região da Vila Operária, que abrange 21 bairros de Rondonópolis. Os dois irmãos e uma irmã dela, todos alvos da Operação Infiltrados e foragidos até o momento, foram também investigados e alvos de outra operação, a Reditus, de 2018.
Uso político
Durante a investigação que embasou a Operação Infiltrados, a equipe da Derf reuniu informações que apontaram o uso da associação para angariar apoio popular para elegerem candidatos a cargos políticos. Um grupo em aplicativo de mensagens foi criado com esse intuito, com a obrigatoriedade dos integrantes em permanecer, sendo vedada a saída e com determinações das atividades que deveriam ser realizadas, além do compartilhamento de frases e símbolos em alusão à organização criminosa.
Em abril de 2024, a Afar assinou com a Prefeitura de Rondonópolis um termo de colaboração para repasse mensal de R$ 10 mil mensais (120 mil/ano). A estratégia era a inserção do advogado da associação, A.C.C.C, vulgo “Capitão”, como candidato à Câmara de Vereadores do município.
A associação acordou entre seus membros o total apoio à candidatura do advogado ao pleito eleitoral de 2024. A partir de então, o advogado passou a liderar as atividades da Afar com a organização de eventos que supostamente auxiliariam na reabilitação de egressos do Sistema Penitenciário. As atividades incluíam trabalhos voluntários para arrecadação e distribuição de alimentos a pessoas de baixa renda e assim obter credibilidade, além de eventos esportivos, realização de bingos, entre outras atividades, preferencialmente nas regiões periféricas de Rondonópolis.
Entre 2021 e 2024, em prisões realizadas de suspeitos ligados à facção criminosa e em investigações feitas pela Derf, foram apreendidos diversos materiais, como cartelas de jogos e bingos, anúncios de eventos esportivos e cestas básicas que apontaram a Afar como um “braço” da organização criminosa.
Em junho de 2022, foram apreendidas no bairro Cidade Natal, diversas cartelas de bingo da Afar e cestas básicas. Em agosto do mesmo ano, a Polícia Civil apreendeu cartelas de bingo do 6º Torneio e Show de Prêmios Beneficente da Afar.
No ano de 2023, durante a Operação Fumacê, da Delegacia de Alto Araguaia, contra integrantes de organização criminosa envolvida com tráfico de drogas, tortura, homicídio foi apreendido material da campanha do advogado, que naquele ano disputou o cargo eletivo de deputado federal.
No ano passado, a mesma associação foi alvo de uma investigação da Gerência de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil, com o cumprimento de mandado de busca e apreensão durante a Operação Armadillo, que apurou o envolvimento de diversas pessoas na escavação de um túnel para a fuga de líderes criminosos da Penitenciária Central do Estado.
Durante as buscas na associação, a presidente LV.D.C., no momento da abordagem, tentou quebrar seu celular, que estava apreendido, tomando o aparelho das mãos de uma investigadora, que conseguiu retomar o celular e imobilizar a investigada. A prática de quebrar o celular é uma determinação da organização criminosa a membros que possuem funções de chefia ou, a fim de proteger os dados de outros membros.
Em maio deste ano, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão em uma residência no Jardim Brasília, usada para armazenar entorpecentes que abasteciam o bairro e arredores, policiais da Derf apreenderam cartelas de bingo da Afar, camiseta do time Futebol Clube Unidos da Região Sul e cestas básicas, que são distribuídas através da associação. Investigações anteriores já apontavam o time de futebol como sendo da organização criminosa.
O dinheiro dos bingos é proveniente da venda de drogas em toda a região sul de Mato Grosso, sendo recorrente a apreensão de cartelas em pontos de tráfico. Os valores decorrentes da venda de drogas ingressam com aparência lícita no caixa da Afar, que faz a compra das cestas básicas.
Um dos investigados foi identificado como o responsável em recolher valores da “camisa” dos integrantes da organização criminosa e também sobre o resultado das venda de cartelas de bingo da Afar. A aquisição das cartelas é obrigatória aos integrantes da organização criminosa e os inadimplentes são punidos com a realização de trabalhos sociais.
Além da compra dos bingos, a investigação constatou que os integrantes do grupo criminoso são obrigados ainda a impor a familiares e simpatizantes a adesivagem de veículos com slogans do número do advogado candidato e a participarem de reuniões de campanha e de grupos no aplicativo WhatsApp, criados para angariar votos para o candidato a vereador.
Leia mais sobre a Operação Infiltrados:
Fonte: Policia Civil MT – MT

Policial
Suspeito de homicídio do próprio irmão em Nova Marilândia é preso pela Polícia Civil

A equipe da Delegacia de Arenápolis cumpriu, nesta segunda-feira (10.02), a prisão temporária de um indígena investigado pelo homicídio de um irmão e da tentativa de homicídio contra outros dois familiares. Os crimes ocorreram no último sábado, na zona rural de Nova Marilândia, e envolveu membros da mesma família, todos pertencentes à comunidade indígena local.
Durante uma briga familiar, a vítima, Kelve Zoromara, de 32 anos, foi morta com disparos de arma de fogo, que também atingiram mais duas pessoas – um irmão e um sobrinho do suspeito, que foram socorridos. O autor dos crimes fugiu logo depois.
A investigação da Delegacia de Arenápolis apontou que o crime foi desencadeado por desavenças anteriores entre membros da mesma família, além de disputas pelo uso de maquinários agrícolas e ameaças mútuas entre os envolvidos. Familiares da mesma etnia enfrentavam uma crise que foi amplificada por questões financeiras.
Testemunhas relataram que o suspeito chegou ao local em uma motocicleta, atirando contra o irmão e as outras duas vítimas, que estavam em uma caminhonete.
Na manhã de segunda-feira, advogados do investigado procuraram a Polícia Civil em Nortelândia para informar que o suspeito desejava se entregar voluntariamente e prestar esclarecimentos sobre os crimes.
O delegado Hugon Abdon confirmou que havia um mandado de prisão temporária expedido contra o investigado, após representação da Polícia Civil. Ainda assim, o suspeito manteve a decisão de se apresentar às autoridades.
No período da tarde, uma equipe da delegacia, acompanhada por uma guarnição da Polícia Militar, seguiu até a zona rural de Nova Marilândia até o ponto de encontro. No local, o investigado foi informado sobre o mandado de prisão e conduzido, acompanhado de seus advogados, à unidade da Polícia Civil em Arenápolis, onde foi formalizado o cumprimento da prisão temporária.
As investigações seguem em andamento para esclarecer todos os fatos e relacionados aos crimes e determinar as responsabilidades legais.
Fonte: Policia Civil MT – MT
Policial
Polícia Civil prende autor de assassinato em Sorriso e esclarece três crimes ocorridos em janeiro

Policiais da Delegacia de Sorriso cumpriram, nesta segunda-feira (10.02), mandados de prisão e de buscas contra o autor de um homicídio ocorrido há dez dias no município.
G.F.B., de 20 anos, teve a prisão preventiva decretada pela 1a Vara Criminal de Sorriso, após a investigação da Divisão de Homicídios identificá-lo como autor do assassinato de Gledson Cachone dos Reis, de 37 anos.
O crime foi registrado na noite do dia 31 de janeiro, no bairro Santa Clara. A vítima foi encontrada caída na rua, ao lado de uma bicicleta e o corpo tinha perfurações de arma cortante. Conforme a perícia no local, Gledson ainda tentou correr após ser atacado, mas caiu alguns metros depois.
Com o mandado cumprido contra de GF.B., a Polícia Civil esclareceu os três homicídios ocorridos no mês de janeiro em Sorriso, com as prisões de todos os autores, totalizando nove indiciados pelos crimes.
“O sucesso das investigações manteve o índice de elucidação dos crimes dolosos contra a vida em 100% no município e retirou do convívio social um indivíduo com longo histórico de envolvimento com o crime organizado’, pontuou o delegado Bruno França Ferreira.
Fonte: Policia Civil MT – MT
Policial
PRF apreende mais de 100 kg de drogas e munições em Rondonópolis/MT
Durante uma fiscalização, em Rondonópolis (MT), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu mais de 100 kg de drogas e diversas munições de arma de fogo. A abordagem, realizada por volta das 10h00, desta segunda-feira (10/02), ocorreu após análise de risco e suspeita de tráfico de drogas em um veículo de carga marca Volvo.
O motorista, ao ser questionado sobre a viagem, apresentou conversa desconexa e informações contraditórias, o que levou a equipe a aprofundar a fiscalização com o apoio do cão farejador K9 Zion. O cão indicou a presença de entorpecentes no tanque de combustível do veículo, onde foram encontrados 14 tabletes de cloridrato de cocaína (15,3 kg), 5 tabletes de skunk (5,5 kg) e 85 tabletes de pasta base de cocaína (91,95 kg), totalizando mais de 100 kg de drogas.
Além dos entorpecentes, foram encontradas diversas munições de arma de fogo: 12 de calibre 12, 66 de calibre .40 e 3 de calibre 32. O motorista confessou que carregou a droga em Cuiabá e levaria para Goiânia, recebendo dinheirol pelo transporte. Diante do flagrante, ele foi preso e encaminhado à Polícia Judiciária Civil em Rondonópolis, juntamente com o veículo e o material apreendido
🟡🔵A PRF segue atenta e atuante no combate ao crime em Mato Grosso!
Fonte: PRF – MT
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