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Lula diz que Trump não é ‘xerife do mundo’ e promete taxar EUA se apelo à OMC não der resultado

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Lula falou sobre o assunto ao ser questionado sobre o multilateralismo e o livre-comércio com o Japão e outros países

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump, não é o “xerife do mundo” ao comentar que está “preocupado” com as taxações impostas pelo país americano à importação de produtos de outros países.

“Eu, sinceramente, estou muito preocupado com o comportamento do governo americano com essa taxação de todos os produtos de todos os países. Estou preocupado porque, no fundo, no fundo, o livre-comércio é que está sendo prejudicado. Estou preocupado porque o multilateralismo está sendo derrotado. Estou preocupado porque o presidente americano não é xerife do mundo. Ele é apenas presidente dos Estados Unidos”, disse Lula em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (27), em Tóquio, ao fim da visita ao Japão.

O petista declarou que, “ao invés de tomar medidas unilaterais”, Trump deveria “conversar com os governadores de outros países, com os presidentes, com os políticos de outros países para tomar suas decisões”.

De acordo com o presidente, o Brasil deve recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a imposição de tarifas. Se não houver resultado, o governo adotará a reciprocidade tarifária.

“Eu não sei o que o Japão vai fazer. No caso do Brasil, nós vamos recorrer à OMC e, se não tiver resultado, a gente vai utilizar os instrumentos que nós temos, que é a reciprocidade e taxar os produtos americanos. É isso que nós vamos fazer. Espero que o Japão faça o mesmo. Espero que o Japão possa recorrer à OMC, mas é uma decisão soberana do governo japonês em que eu não posso dar palpite”, disse Lula.

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O presidente falou sobre o assunto ao ser questionado sobre o multilateralismo e o livre-comércio na relação entre o Japão e outros países, incluindo os Estados Unidos. “Pelo que eu conheço, os Estados Unidos importam muito o carro japonês e também tem muitas empresas japonesas produzindo carro lá. Eu, sinceramente, não sei qual é o benefício de você aumentar em 25% os carros comprados do Japão”, disse.

Lula acredita que “vai ficar mais caro para o povo americano comprar” e que isso “pode resultar no aumento da inflação” e, consequentemente, dos juros. “Eu não prevejo um quadro positivo nessa política de aumento de taxação. Eu acho que seria muito melhor discutir uma política de preços que fosse justa para quem vende, justa para quem compra, para os dois países”.

Visita à Ásia

O presidente decidiu viajar para o Japão e Vietnã para fortalecer as relações comerciais com os países asiáticos. Em reunião com empresários brasileiros ligados à Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), em Tóquio, Lula afirmou que quer recuperar os US$6 bilhões de balança comercial que Brasil e Japão perderam na última década.

“Em 2011, o fluxo da balança comercial entre Brasil e Japão chegou a US$17 bilhões e hoje caiu para US$11 bilhões. Então significa que, de pronto, a gente tem US$6 bilhões para recuperar nessa minha visita aqui”, disse.

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Depois de Tóquio, na sexta-feira (28), Lula deve se encontrar com o presidente do Vietnã, Luong Cuong, e o primeiro-ministro do país, Pham Minh Chinh. O presidente entende que o país asiático, por ser emergente, pode se interessar em estabelecer e ampliar relações comerciais com o Brasil.

FOTO: Ricardo Stuckert/PR

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Comissão aprova aumento de pena para abuso contra vulneráveis por pessoa de confiança

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A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4638/24, que aumenta pela metade as penas para corrupção de menor e estupro de vulnerável quando praticados por quem exerça influência sobre a vítima em razão de profissão, função ou vínculo de confiança. O texto altera o Estatuto da Criança e o Adolescente (ECA) e o Código Penal.

A proposta também estabelece que empresas de transporte escolar, escolas, igrejas, clínicas, hospitais e instituições de assistência social devem criar mecanismos de controle, supervisão e denúncia de comportamentos abusivos. A ausência desses mecanismos poderá levar à responsabilidade civil e administrativa.

Autora do projeto, a deputada Franciane Bayer (Republicanos-RS) argumenta que profissionais com funções essenciais, como educadores, cuidadores, médicos, líderes religiosos, entre outros, podem, em determinadas situações, se aproveitar dessa confiança para explorar as vítimas, deixando-as em uma situação ainda mais vulnerável.

O relator, deputado Sargento Portugal (Pode-RJ), disse que a proposta representa um avanço normativo essencial e imediato e fortalece o empenho do Brasil em criar um ambiente mais seguro, justo e inclusivo para grupos mais vulneráveis.

“Ao instituir proteções direcionadas a crianças e adolescentes com deficiência, contemplando o aumento de punições para agressores que ocupam posição de autoridade ou confiança, o texto se alinha a princípios e diretrizes consagrados em instrumentos internacionais e na legislação nacional”, disse o relator.

Próximos passos
A proposta será ainda analisada pelas comissões de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Em seguida, irá ao Plenário.

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Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Murilo Souza
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados

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Projeto prevê aplicação da economia azul na Baía de Guanabara

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O Projeto de Lei 1000/25 cria as  Zonas Azuis de Desenvolvimento (ZDAs) na Baía de Guanabara (RJ) para incentivar o desenvolvimento sustentável, a restauração ambiental e a exploração economicamente viável da área. A Câmara dos Deputados analisa o texto.

O autor da proposta, deputado Marcos Tavares (PDT-RJ), explica que a medida baseia-se no conceito de economia azul, desenvolvido em países como Noruega, Dinamarca e Singapura, que prevê o uso sustentável dos recursos marinhos para impulsionar a geração de empregos.

“A aplicação dessa abordagem na Baía de Guanabara representa uma oportunidade estratégica para transformar a região em um polo de inovação e desenvolvimento sustentável, gerando benefícios econômicos e ambientais de longo prazo”, reforçou o deputado.

Exploração sustentável
Entre as atividades previstas no projeto a serem realizadas nessas áreas destacam-se o turismo ecológico e os projetos de aquicultura sustentável, biotecnologia marinha, energia renovável e reciclagem de resíduos.

As ZDAs serão delimitadas pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, em parceria com o governo do Rio de Janeiro e os municípios litorâneos.

Reciclagem
O texto também cria o Programa de Incentivo à Reciclagem e Remediação
Ambiental da Baía de Guanabara que vai dar incentivos fiscais às empresas que atuem na remoção e reciclagem de resíduos retirados da baía.

A proposta garante desconto de até 50% do Imposto de Renda para
empresas que destinem pelo menos 30% do faturamento a atividades de
despoluição e reciclagem de resíduos marinhos.

Veja Mais:  Hugo Motta sobre anistia: o país precisa de pacificação e não de crise institucional

Próximos passos
A proposta que tramita em caráter conclusivo será analisada pelas comissões de Ciência, Tecnologia e Inovação; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição – Natalia Doederlein

Fonte: Câmara dos Deputados

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Comissão aprova projeto que permite apresentação ao SUS de exame feito na rede privada

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A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que garante que um exame feito na rede privada seja aceito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), para fins de diagnóstico e de preparação para procedimentos e cirurgias. Segundo o texto, a garantia não motivará alterações na ordem de pacientes inscritos em listas de espera para os procedimentos.

As medidas estão previstas no Projeto de Lei 4459/23, do deputado Jefferson Campos (PL-SP), aprovado conforme uma nova versão (substitutivo) elaborada pela relatora, deputada Ana Paula Lima (PT-SC). Ela modificou o texto para deixá-lo mais claro e incluiu a medida na Lei Orgânica da Saúde.

Ana Paula disse que a maioria dos profissionais e serviços no SUS já aceitam esses exames, mas ainda há casos de recusa, com prejuízos para os pacientes e para a saúde pública.

“Sabemos que, no Sistema Único de Saúde, cirurgias e outros procedimentos são adiados por falta de algum exame que o paciente demora mais para conseguir realizar na rede pública”, observou a relatora. “Aceitar, nesses casos, exames realizados na rede privada parece, mais que uma coisa normal, algo positivo, que ajuda o sistema a funcionar melhor, evitando a ociosidade de profissionais e de recursos físicos.”

Próximos passos
A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, a medida precisa ser aprovada pelos deputados e pelos senadores.

Veja Mais:  Projeto protege debate sobre programas políticos em empresas privadas

Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Rachel Librelon

Fonte: Câmara dos Deputados

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