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Raio X: Direita x Esquerda polarização enfraquece o Legislativo em Rondonópolis

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Foto- Assessoria

Em Rondonópolis, o debate político tem sido marcado por uma polarização crescente entre ideologias de direita e esquerda, reflexo de um cenário nacional que se faz sentir também nas câmaras municipais. Embora a diversidade de opiniões seja saudável para a democracia, a forma como esse confronto tem se desenrolado localmente acaba fragilizando o Legislativo, tornando mais difícil o diálogo e a construção de políticas públicas eficientes.

Cada lado traz argumentos válidos. Parlamentares de direita costumam enfatizar a eficiência administrativa, contenção de gastos públicos e incentivos à iniciativa privada, defendendo uma gestão mais enxuta orientada ao mercado e apontando erros da gestão passada de esquerda no município. Já os representantes de esquerda destacam a necessidade de políticas sociais robustas, proteção dos vulneráveis e igualdade de oportunidades, buscando garantir que os investimentos públicos beneficiem a maior parte da população.

O problema surge quando o embate ideológico se transforma em disputa simbólica, em vez de debate construtivo. O foco deixa de ser a solução para problemas concretos, como saúde, transporte, educação e segurança, e passa a ser uma briga de retórica e posicionamento político. Essa divisão não apenas enfraquece o Legislativo, como também prejudica os cidadãos, que esperam resultados práticos do trabalho dos vereadores.

O caminho está na valorização do diálogo e do consenso. Reconhecer que cada visão tem seus méritos e buscar propostas híbridas pode gerar políticas mais equilibradas, capazes de atender tanto às demandas sociais quanto às limitações orçamentárias do município. Em vez de se prender a rótulos ideológicos, os legisladores de Rondonópolis têm a oportunidade de priorizar a governabilidade e o interesse público, construindo um Legislativo mais sólido e efetivo para todos.

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Olhar a infância como potência educativa

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Márcia Amorim Pedr’Angelo é psicopedagoga

A forma como enxergamos a infância revela muito sobre a sociedade que estamos construindo. Quando a criança é vista apenas como alguém em formação, limitada a um futuro que ainda não chegou, a educação perde a chance de reconhecê-la em sua totalidade. É no brincar, na imaginação e nos vínculos afetivos que se moldam as bases da autonomia, da criatividade e da convivência.

Meu percurso como educadora começou no lugar mais exigente: a maternidade. Ao olhar para o meu primeiro filho, percebi a ausência de um sistema que o escutasse de verdade, que respeitasse seu ritmo e transformasse sua curiosidade em conhecimento significativo. Desse incômodo surgiu a decisão de criar uma proposta que unisse rigor e afeto. Um caminho que reconhecesse cada criança como sujeito central e não como peça a ser ajustada a um molde.

Olhar a infância como potência educativa é entender que brincar é uma linguagem de descoberta. Nesse espaço, a criança testa hipóteses, cria soluções, exercita a convivência e elabora sentidos para o mundo que a cerca. Brincar é experimentar e aprender com liberdade. Quando esse direito é negado, perde-se não apenas um momento lúdico, mas a principal forma de desenvolvimento integral.

Essa perspectiva também exige considerar a infância como tempo de redescoberta do mundo. As perguntas feitas pelas crianças desestabilizam certezas e obrigam os adultos a reaprender. Quando a escola se dispõe a escutá-las de verdade, encontra caminhos para metodologias mais coerentes.

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Outro aspecto essencial é o suporte emocional. A criança precisa sentir-se segura para arriscar, errar e criar. Essa segurança nasce de relações de confiança, de vínculos afetivos e de um ambiente que acolhe a diversidade de experiências. Sem essa base, a infância perde parte de sua força e os adultos que dela emergem carregam marcas de insegurança e silenciamento.

À medida que o Dia das Crianças se aproxima, essa reflexão se torna ainda mais oportuna. A data não deve se reduzir ao consumo ou a gestos superficiais. É a oportunidade de reafirmar que proteger a infância é proteger o presente da sociedade e desenhar com mais responsabilidade o seu futuro.

Márcia Amorim Pedr’Angelo é psicopedagoga, fundadora das escolas Toque de Mãe e Colégio Unicus, e coordenadora da Unesco para a Educação em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

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Trump fala com Lula e embaralha a direita – Eduardo isolado e 2026 em jogo

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Ilson Galdino, advogado e servidor-público municipal

No dia 6 de outubro, um telefonema rompeu a bolha bolsonarista. A ligação de Donald Trump para o Presidente Lula surpreendeu até os mais atentos e expôs uma mudança de temperatura no tabuleiro político; quem achava que o elo exclusivo com a Casa Branca passava pelo bolsonarismo precisou recalibrar o mapa.

Eduardo Bolsonaro, em autoexílio nos Estados Unidos, tomou um golpe simbólico nesse rearranjo. Autoproclamado interlocutor da direita brasileira com Washington, foi pego de surpresa, não pela notícia em si, mas pelo teor e pela boa repercussão do diálogo entre Trump e Lula. O episódio acendeu um alerta, a diplomacia entre Brasil e EUA pode estar se reconfigurando sem a intermediação do bolsonarismo.

Enquanto isso, a direita brasileira busca uma rota mais pragmática. Eduardo tem se isolado, tomando decisões unilaterais, sem diálogo consistente com empresários, políticos aliados e lideranças partidárias. Esse distanciamento cria atritos num momento em que parte significativa da direita flerta com o centro, em busca de viabilidade eleitoral e institucional. Mesmo com Jair Bolsonaro ainda sendo um cabo eleitoral poderoso, a aposta em anistia ou dosimetria perde força à medida que Brasília e Washington retomam conversas por canais oficiais e, não por atalhos pessoais.

O vácuo de liderança começa a ser disputado. Setores da oposição à esquerda de Bolsonaro, mas à direita do governo, movimentam-se para liderar a direita, aproveitando o desgaste do isolacionismo de Eduardo. Para agravar, ele cogitou sair do PL levando consigo até 35 deputados, a tentativa de pavimentar uma candidatura presidencial em 2026 e preservar o espólio político do pai, mas essa conta não fecha sem base orgânica, articulação com as estruturas partidárias e um programa que dialogue com o eleitor além da bolha.

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Se você acompanha a política com atenção, sabe que telefonemas não derrubam governos nem elegem presidentes, mas sinalizam prioridades. A ligação de Trump para Lula não muda o passado, mas reposiciona o presente; e indica que a diplomacia tende a falar mais alto que o sectarismo. Para a direita, o recado é claro, liderança não se decreta, se constrói. Para o bolsonarismo, fica o dilema, ampliar o horizonte ou continuar reduzindo o mapa.

A ligação de Trump para Lula funcionou como um catalisador que expôs o isolamento de Eduardo Bolsonaro nos EUA e abriu espaço para uma reorganização da direita brasileira em direção ao centro. Nesse contexto, a influência do bolsonarismo perde capilaridade institucional, enquanto outros atores tentam ocupar o espaço de liderança à direita mirando 2026.

Com isso, abre-se uma disputa silenciosa, quem será o novo líder da direita?

Mas a política é feita de alianças e, quem insiste em jogar sozinho corre o risco de se tornar irrelevante. O recado de 6 de outubro é claro quem não dialoga, se isola. E quem se isola, perde.

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O futuro do agronegócio passa pela confiança e pela inovação

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*Henrique Mazzardo

O ano de 2024 ficará marcado como um dos mais desafiadores da última década para o agronegócio brasileiro. A alta inadimplência, a retração do crédito e o aumento das recuperações judiciais criaram um ambiente de incertezas e exigiram das empresas uma postura firme, disciplinada e, sobretudo, responsável.

Na Fiagril, tivemos a clareza de que atravessar esse cenário exigia resiliência e adaptação. Encerramos o ano com faturamento bruto acima de R$ 3,5 bilhões, superando R$ 1 bilhão em vendas de insumos e movimentando mais de R$ 1,5 milhão de toneladas de grãos. Esses números refletem não apenas a força do nosso time e dos nossos parceiros, mas também a solidez de um modelo de negócios que se mantém fiel ao propósito de apoiar o produtor rural em todas as fases da produção.

Nossa estratégia foi guiada pela otimização de processos, pelo controle rigoroso de riscos e pela disciplina na gestão de custos. Ao mesmo tempo, reforçamos os investimentos em governança e compliance, com o objetivo de garantir previsibilidade e manter a confiança de fornecedores e clientes. Com isso, preservamos a saúde financeira da operação e honramos todos os compromissos, mesmo em um ano de tantas turbulências.

Neste ano, estamos confiantes de que a retomada virá sustentada pela força do nosso modelo de barter e pelo crescimento dos bioinsumos, que avançaram 13% no último ano. Entre produtos da empresa, destaco o Barter Ultra, uma modalidade que permite ao produtor não apenas travar preços mínimos no momento da negociação, mas também participar da valorização das commodities no ato da entrega. É uma forma de mitigar riscos e compartilhar oportunidades.

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Cada vez mais, vemos produtores migrando para o barter como uma alternativa ao crédito tradicional. Isso ocorre porque essa modalidade oferece previsibilidade, segurança e alinhamento de interesses. Na Fiagril, estruturamos essa operação com base em uma análise de risco sólida, em uma assistência técnica próxima e em uma relação de confiança construída ao longo de décadas.

Mas o crescimento, para nós, não se mede apenas em resultados financeiros. Nosso Relatório de Sustentabilidade 2024, publicado pelo quinto ano consecutivo, reafirma esse compromisso. Reforçamos nossa adesão ao Pacto Global da ONU, seguimos alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e mantivemos nossos padrões de integridade e rastreabilidade.

Foram mais de 400 mil horas de capacitação oferecidas a colaboradores e parceiros, o fortalecimento do aplicativo Confia, que facilita acesso a crédito, cotações e digitalização de operações, além do apoio a iniciativas sociais e esportivas em todas as regiões onde atuamos.

Em 2025, a Fiagril completa 38 anos de história. Nossa trajetória foi construída sobre valores que permanecem atuais: proximidade com o produtor, compromisso com a sustentabilidade e confiança nos relacionamentos. Esses pilares continuam sendo a base sobre a qual vamos construir um novo ciclo de crescimento.

Estamos prontos para avançar. E vamos juntos, com responsabilidade e visão de futuro, fortalecer ainda mais a parceria com o produtor rural e contribuir para um agronegócio brasileiro mais sustentável, competitivo e inclusivo.

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*Henrique Mazzardo é CEO e membro do Conselho Administrativo da Fiagril 

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