Política MT
Alan Porto é convocado para explicar sobrecarga de trabalho e falta de merendeiras nas escolas estaduais

O secretário de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc), Alan Porto, participou nesta terça-feira (10) de uma reunião na Assembleia Legislativa, para prestar esclarecimentos sobre as constantes reclamações da comunidade escolar em relação à insuficiência de profissionais de apoio à alimentação nas escolas estaduais, especialmente as merendeiras.
O convite feito pela deputada Janaína Riva (MDB) e pelo deputado Henrique Lopes (PT), em função das dificuldades relatadas por alunos e profissionais da educação em todo o estado. O encontro reuniu representantes de sindicatos e trabalhadores da educação, com o objetivo de debater soluções para o problema que afeta diretamente as merendeiras em todo o estado.
A deputada Janaína Riva reconheceu os avanços na qualidade da alimentação escolar em Mato Grosso, ressaltando que os cardápios são cuidadosamente elaborados por nutricionistas para atender às necessidades dos alunos. Mas, segundo ela, apesar da melhora na oferta alimentar, as merendeiras continuam enfrentando uma sobrecarga física e mental significativa.
De acordo com a parlamentar, essas profissionais acumulam diversas funções, desde o recebimento e controle dos alimentos até a limpeza das cozinhas, o que compromete a qualidade do trabalho e o atendimento adequado aos estudantes. Janaína também manifestou preocupação com relatos de escolas integrais que não estariam ofertando todas as refeições previstas, limitando-se a três refeições em vez das seis previstas.
Embora tenha afirmado que ainda busca confirmar casos específicos, ela enfatizou a importância de valorizar as merendeiras, reconhecendo o papel fundamental que desempenham na alimentação dos alunos. A deputada reforçou que o “objetivo é garantir condições melhores para essas profissionais, permitindo que possam realizar seu trabalho com mais qualidade e respeito”.
O secretário de Estado de Educação, Alan Porto, ressaltou o esforço do Governo de Mato Grosso para garantir uma alimentação escolar de qualidade aos estudantes da rede pública. Ele lembrou que, quando assumiu a pasta, o valor destinado pelo governo federal por aluno à alimentação era de apenas R$ 0,56, e que hoje esse montante foi quadruplicado.
Alan também destacou a valorização dos profissionais de apoio, em especial os da área de nutrição, que passaram por um processo de profissionalização e tiveram suas carreiras elevadas, com, segundo ele, aumento significativo de salário como forma de reconhecimento ao trabalho que realizam nas escolas.
Sobre as denúncias de sobrecarga enfrentada por merendeiras em algumas unidades escolares, o secretário afirmou que, em certos casos citados, os dados não condizem com a realidade. Ele mencionou, por exemplo, que na Escola Damião Mamedes do Nascimento, em Jangada, há três profissionais de apoio nutricional já atribuídos e um cargo ainda disponível, sendo que a soma de estudantes por turno não ultrapassa os 160 alunos.
Mas a merendeira Célia Costa, da Escola Estadual Damião Mamedes do Nascimento, em Jangada, afirmou que há sobrecarga enfrentada diariamente no preparo da merenda escolar. Segundo ela, embora exista uma portaria que estipule uma merendeira para cada 250 alunos, na prática a realidade é bem mais dura.
“Não somos apenas cozinheiras. A gente limpa a cozinha, recebe e higieniza os alimentos, faz o controle de estoque, a per capita dos alunos, e ainda precisa servir café da manhã, lanche e almoço com cardápios variados e ricos, como arroz, feijão, salada e farofa. É humanamente impossível dar conta sozinha”, desabafou.
Ela destacou que, mesmo com dedicação, não é possível oferecer uma merenda de qualidade com apenas uma profissional por turno, e defendeu que, para atender bem os 60 alunos do seu período, seriam necessárias ao menos duas merendeiras para garantir o cumprimento de todas as tarefas com eficiência e segurança alimentar.
O deputado Henrique Lopes (PT) destacou durante a reunião a importância de evitar a formação de “ilhas de excelência” dentro da rede estadual de ensino, onde apenas algumas poucas escolas recebam modernização e investimentos enquanto a grande maioria continua enfrentando dificuldades estruturais.
Ele ressaltou que, embora cerca de 10% das unidades escolas (628 delas) já contam com equipamentos mais modernos, o desafio é atender às necessidades das outras 566 escolas que ainda convivem com problemas. Henrique enfatizou a necessidade de um levantamento detalhado da demanda para que as melhorias sejam aplicadas de forma equitativa, considerando a realidade de cada escola.
Além disso, o deputado abordou a valorização dos profissionais da educação, mencionando mudanças no Catálogo Nacional de Cursos e na legislação que ampliam o reconhecimento dessas categorias, e questionou se o Estado pretende suprir as demandas por meio da automação e modernização, ou se haverá necessidade de ampliar vagas por meio de concursos ou terceirização.
A merendeira da Escola Estadual Professor Honório Rodrigues Amorim/Várzea Grande, Irani Dias Oliveira, fez um desabafo contundente sobre a sobrecarga enfrentada pelas merendeiras nas escolas estaduais de tempo integral. Representando suas colegas ela destacou que, embora a merenda oferecida seja de qualidade, a falta de profissionais impede que o serviço seja realizado com eficiência e dignidade.
Segundo ela, as poucas merendeiras disponíveis se desdobram em múltiplas tarefas, enfrentando jornadas exaustivas e condições precárias de trabalho, como o uso de utensílios inadequados e o risco de adoecimento por esforço excessivo.
Ela também criticou o que considera uma distribuição injusta de recursos humanos nas escolas, relatando que em sua unidade há apenas duas merendeiras para quase 200 alunos, enquanto outros setores contam com número elevado de funcionários para atender a um único estudante. “Meus braços não aguentam mais”, afirmou, pedindo providências urgentes para que as profissionais possam exercer suas funções com dignidade e segurança.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Valdeir Pereira, criticou a falta de transparência na distribuição de vagas para merendeiras e demais profissionais de apoio nas escolas estaduais, cobrando a publicização do lotacionograma, documento que detalha a quantidade de servidores prevista para cada unidade escolar.
“A Portaria 1138/2024, assinada pela própria Secretaria de Educação, estabelece no artigo 52 que deve haver um profissional da nutrição para cada 250 alunos, e que esse critério precisa ser seguido de forma clara e uniforme. Há situações em que escolas com a mesma demanda recebem tratamentos diferentes. Não temos a caneta do secretário para decidir quem contrata e quem não contrata. O que está na lei deve ser cumprido”, afirmou Pereira.
Um dos principais encaminhamentos definidos hoje, em conjunto entre o Parlamento e a Seduc, foi para a realização de um levantamento detalhado da demanda real por merendeiras nas escolas estaduais de Mato Grosso. De acordo com Janaina Riva, o objetivo é mapear, de forma oficial, as unidades de ensino que enfrentam maiores dificuldades, como forma de subsidiar medidas concretas para solucionar a escassez de profissionais.
“A iniciativa será conduzida com apoio dos deputados e da comunidade escolar, que contribuirá com relatos e informações diretamente à Assembleia Legislativa, por meio da Comissão de Educação, que por sua vez repassará à Seduc para análise e providências”, explicou a parlamentar.
Nesse mesmo contexto, o secretário de Educação, Alan Porto, reforçou o compromisso de avaliar individualmente os casos relatados e garantiu que providências serão tomadas para assegurar alimentação escolar de qualidade aos mais de 318 mil estudantes da rede estadual.
A deputada Janaína Riva destacou que a “atuação fiscalizadora do Legislativo continuará, e que a expectativa é de que as informações reunidas pelas escolas e profissionais, como as merendeiras, cheguem de forma oficial para que possam gerar ações efetivas”.
Fonte: ALMT – MT

Política MT
Deputado Fabinho solicita ao TCE-MT estudo técnico sobre perdas do ICMS em Várzea Grande

Durante a sessão ordinária desta quarta-feira (9), o deputado estadual Fabio Tardin (PSB) protocolou requerimento ao Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT), solicitando a elaboração de estudo técnico sobre os impactos econômicos e federativos da nova fórmula de distribuição do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O objetivo é mensurar, com base em dados concretos, as perdas financeiras enfrentadas por municípios como Várzea Grande, que já registra, apenas em 2025, uma redução superior a R$ 220 milhões em sua arrecadação.
Essas perdas são reflexo direto da Lei Complementar nº 746/2022, que alterou os critérios para distribuição do ICMS entre os municípios de Mato Grosso. A nova metodologia, aplicada na prática a partir deste ano, reduziu o peso da atividade econômica (Valor Adicionado Fiscal – VAF), que antes representava 75% do cálculo, e passou a considerar novos indicadores sociais, de saúde e educação. Com isso, cidades de maior dinamismo econômico, como Várzea Grande, viram sua participação no bolo tributário despencar.
“Sou a favor de uma distribuição mais igualitária, que beneficie os municípios menores e com mais dificuldades. No entanto, não podemos aceitar que cidades polo como Várzea Grande, que produzem, arrecadam, geram empregos e movimentam a economia, sejam penalizadas justamente por sua força econômica”, argumentou Fabinho.
O deputado destacou que o levantamento a ser realizado pelo TCE-MT será essencial para embasar futuras medidas, seja no campo legislativo ou institucional.
“Precisamos agir com responsabilidade, com base em dados técnicos confiáveis, para assegurar justiça fiscal aos municípios que tanto contribuem para o crescimento do nosso estado”, concluiu.
Fonte: ALMT – MT
Política MT
Wilson Santos evidencia o papel da gestão estadual no endividamento dos servidores públicos

Com mais de 62 mil servidores públicos endividados por empréstimos consignados, o deputado estadual Wilson Santos (PSD) destacou em sessão plenária, nesta quarta-feira (9), o envolvimento direto do governo do estado com bancos e sociedades de crédito. Para embasar suas críticas, ele desmembrou pontos do Decreto nº 691/2016 da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), contradizendo a declaração do governador Mauro Mendes (União), de que o estado não é responsável pela situação.
O parlamentar reconheceu os avanços da atual gestão estadual, como os investimentos em infraestrutura rodoviária, a construção de hospitais e o ajuste fiscal. No entanto, fez questão de enfatizar que, no que se refere aos empréstimos consignados, houve falhas gravíssimas, e que é necessário fazer justiça aos servidores públicos.
“Essa questão dos consignados vai entrar para a história. O governo é extremamente eficiente e com recorde em investimentos. Além disso, como o vice-governador Otaviano Pivetta disse, o governo errou e foi omisso em relação aos consignados”, pontuou.
Durante a apresentação do decreto no plenário, o deputado destacou diversos artigos que comprovam as responsabilidades do governo estadual na concessão dos empréstimos consignados. Conforme o documento, os descontos em folha dos servidores ativos, inativos e pensionistas só podem ocorrer mediante autorização prévia e formal.
No entanto, Wilson Santos denunciou que grande parte dos mais de 300 mil contratos firmados não apresenta as devidas autorizações. Ele destacou ainda que o próprio decreto estabelece ser responsabilidade da Seplag controlar e averbar as consignações em favor das instituições financeiras, bem como autorizar os descontos diretamente na folha de pagamento, com ciência da Administração Pública Estadual.
O parlamentar ressaltou ainda que a secretaria tem autorização para celebrar contratos ou firmar convênios com entidades públicas ou privadas para a gestão e o processamento das consignações facultativas.
Além disso, destacou que a Agência de Fomento – Desenvolve MT é responsável pela divulgação do cartão de crédito consignado MT Card junto aos servidores do Executivo estadual. Para ele, essa atuação institucional comprova o envolvimento direto do Estado na operacionalização dos consignados.
Wilson Santos também assinalou a falta de transparência das empresas consignatárias que, conforme ele, não disponibilizaram aos servidores os dados referentes aos débitos contratados, seja por meio físico ou virtual. Entre as informações que deveriam ter sido apresentadas, estão o valor total do empréstimo, o número de parcelas pendentes, a taxa do custo efetivo total (mensal e anual), os encargos cobrados e as condições para quitação antecipada.
“Este TAC será para reduzir esses juros absurdos que foram praticados nos empréstimos consignados aos servidores públicos. Após essa redução, ficará um valor residual. Nós queremos que seja aplicada uma multa com base na tipificação do dano moral que o Executivo praticou sobre os seus servidores. Deve ser uma multa pesada, de muitos milhões, que permitirá reduzir esses montantes de bilhões e bilhões de impostos compulsórios para um valor justo, transparente, decente. A partir deste último valor, será feito um Refiz (Programa de Refinanciamento) para a quitação dos débitos. Esse é o nosso caminho”, concluiu o deputado.
Fonte: ALMT – MT
Política MT
Assembleia Legislativa aprova em primeira votação projeto que altera o Fethab

Deputados estaduais de Mato Grosso, reunidos em sessão ordinária nesta quarta-feira (9), aprovaram em primeira votação o Projeto de Lei 1099/2025, de autoria do Poder Executivo, que altera a Lei nº 7.263/2000, que cria o Fundo de Transporte e Habitação (Fethab). A proposta foi aprovada por maioria, com votos contrários do deputado Valdir Barranco (PT) e da deputada em exercício Graciele Marques dos Santos (PT).
O projeto de lei, cuja elaboração contou com contribuição da Assembleia Legislativa, estabelece o congelamento dos valores da UPF (Unidade Padrão Fiscal), que é usada para o cálculo do Fethab. O valor do fundo é corrigido anualmente, nos meses de janeiro a junho. De julho a dezembro, a correção considera os valores vigentes da UPF para os respectivos meses, referentes ao mesmo ano.
Conforme texto aprovado nesta terça-feira, a correção da contribuição do Fethab cobrada entre janeiro e junho vai considerar o valor da UPF de julho do ano anterior. No período de julho a dezembro, o fundo estadual levará em consideração o valor da unidade de padrão fiscal de janeiro do mesmo ano.
Em defesa do projeto, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), esclareceu que a proposta atende a um pedido da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja). Em sua avaliação, “o estado tem condição de fazer esse congelamento sem qualquer perda de receita”.
A deputada Janaina Riva (MDB) também defendeu a aprovação do projeto e apontou a necessidade de mudanças estruturais na forma como a contribuição é calculada e reajustada em Mato Grosso. Para a parlamentar, é urgente criar um índice que acompanhe a realidade do mercado e evite que os produtores sejam penalizados quando os preços caem.
“Esse congelamento é importante, precisa ser aprovado, mas não resolve o problema”, disse. “É indispensável que a gente possa criar um índice, um percentual na nota fiscal dos produtos, para não penalizar quem produz. O produto está mais caro, cresce a contribuição. Mas o preço caiu, precisa também cair a contribuição do Fethab”, observou.
Embora tenha votado a favor do projeto na primeira votação, o deputado Wilson Santos (PSD) anunciou que vai apresentar uma emenda para a segunda votação. “Esse é um projeto que merece muita discussão. Sou fã do Fethab, mas já foi desvirtuado. Era 70% para o plano rodoviário e 30% para moradia popular, mas isso não é cumprido. Vou levantar, mas acredito que não chega a 5% para habitação. Por conta disso, vou fazer uma emenda a esse projeto. Vou repetir a emenda que fiz no ano passado: R$ 100 milhões para loteamentos populares”, disse.
Fonte: ALMT – MT
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