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Biotech finaliza estudo de índice de maturidade microbiológica de latossolos do cerrado

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Um estudo voltado para avaliação microbiológica do cerrado brasileiro liderado pela Startup Biotech B4A inserida no projeto Agro Bioma Brasil, possibilitou a criação de um banco de dados e o biomonitoramento da microbiota do solo dos sistemas de soja neste bioma. E que ainda resultou na criação do primeiro índice de qualidade microbiológica do solo baseado em metagenômica no Brasil.

A B4A, em parceria com produtores rurais e consultorias, realizou coletas de solo de diversas regiões do cerrado durante um ano, abrangendo áreas com solos saudáveis e em degradação. Os produtores participaram desta etapa efetivamente indicando quais os talhões mais produtivos, áreas que já aplicam manejo regenerativo e talhões degradados, com histórico de uso intenso de defensivos, fertilizantes químicos, e emprego em pastagem. Também foi realizado o resgate de dados físico-químicos e imagens de satélite de cara área.

Segundo o Chief Technology Officer (CTO) B4A e Mestre em Ciência e Tecnologia Ambiental, Robert Cardoso de Freitas, após a coleta destas informações a campo foi realizada uma análise multivariada para entender a variação possível de microbiomas do cerrado. “Essa análise nos mostrou diferentes composições que se assemelham em aspectos ecológicos. Usando os dados dos produtores, associamos essas possíveis composições com o histórico de uso das áreas, para entender se cada composição é resultado de práticas regenerativas ou de práticas tradicionais “, explicou.

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Na continuidade do projeto, os pesquisadores posicionaram microbiotas de diferentes perfis em uma escala que indica a maturidade microbiana do solo, em uma classificação com níveis de C- a A+. Comparações entre talhões classificados como C e A mostram diferenças de produtividade de até 30% e uma relação linear com o acúmulo de matéria orgânica e fósforo disponível para a planta.

Com o diagnóstico por meio do índice de maturidade microbiológica, o produtor terá mais elementos para realizar o manejo do solo de forma mais assertiva, como explica Robert Cardoso. “Microbiotas de solos que enquadramos no nível C possuem evidências fortes do impacto de inadequação físico-químicas que excluem diversos microrganismos benéficos. Esses solos são caracterizados por problemas como acidificação, salinização e compactação. Já em microbiomas classificados no nível B, temos comunidades que, embora não mostrem indícios de degradação severa, possuem desbalanços na utilização de nutrientes e carbono que prejudicam a maturação completa. Por fim, com o índice A, temos comunidades muito bem estabelecidas e com alta resiliência a estresses e capacidade de auto-regulação, expressando funções emergentes como a inibição de patógenos. No entanto, características edafoclimáticas sempre devem ser levadas em consideração quando classificamos a maturidade microbiológica de um solo, por isso a estratificação de nossos bancos de dados é tão importante e abordagens de diagnóstico integradoras oferecem maior granularidade no posicionamento de manejo”, destacou.

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A análise de microbioma do solo já é empregada por produtores rurais como fundamentação para emprego de práticas regenerativas e bioinsumos. “O processo do diagnóstico é simples: com um kit fornecido pela B4A que enviamos pelo Correio, o produtor coleta o solo e nos envia de volta. Realizamos a extração do DNA e sequenciamos os fungos e bactérias. Isso é uma evolução do processo laboratorial com a inteligência e análise de dados, e é um avanço conseguir trabalhar com dados e deixá-los mais aplicáveis na prática, pois na forma bruta são muito complexos”, detalhou Robert.

O diagnóstico pode ser realizado em qualquer período da operação dentro da fazenda, mas por questões práticas para a condução da coleta os momentos de entressafra são mais indicados. Os resultados laboratoriais chegam às mãos do produtor entre 30 e 45 dias do envio.

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Instituição financeira não pode cobrar custeio antes de o produtor buscar indenização do seguro

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Segundo recente entendimento judicial a possibilidade de cobrança do seguro afasta a exigibilidade do título executivo

O Rio Grande do Sul vem enfrentando severos efeitos climáticos nos últimos anos. Só nas últimas quatro safras, foram três estiagens e uma enchente, o que ocasionou grandes perdas aos produtores rurais e, consequentemente, inadimplência junto às instituições financeiras. O quadro, inclusive, vem mobilizando produtores rurais junto às suas entidades de classe, no objetivo de um projeto para que se possa viabilizar um alongamento dessas dívidas.

O advogado Roberto Bastos Ghigino, da HBS Advogados, destaca que os produtores rurais, ao tomar crédito junto às instituições financeiras visando o custeio da safra, são compelidos a contratar outro produto oferecido pela instituição bancária vinculados ao crédito tomado, sendo este, na maioria das vezes, a contratação de apólice de seguro, onde o agente bancário figura como beneficiário. “Todavia, em razão das diversas perdas enfrentadas pelo setor agrícola no Estado, muitos produtores rurais terminam por não conseguir adimplir com seus débitos, situação que termina por gerar processos de execução por parte das instituições bancárias para cobrança dos créditos de custeio tomados”, constata.

Sendo assim o especialista refere recente decisão judicial no estado do Mato Grosso do Sul dando conta que a instituição financeira somente pode exigir em juízo o recebimento de crédito do produtor rural após a liquidação do sinistro junto à seguradora. Segundo o entendimento: “A instituição financeira beneficiária da apólice de seguro pode acionar o seguro e assim pleitear a liquidação do sinistro a fim de receber a correspondente indenização, situação que implicará na parcial ou total quitação do débito, podendo, assim, apenas exigir o recebimento do crédito junto ao produtor rural tomador do recurso após a liquidação junto à seguradora”, detalha.

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Portanto, considerando que o crédito está subordinado à possibilidade de a instituição financeira obter a correspondente indenização junto à seguradora, não haveria viabilidade jurídica para o prosseguimento do processo de execução da dívida junto ao produtor, por ausência de exigibilidade do título. “Referida decisão é de suma importância na medida em que essa é a situação enfrentada pelos produtores rurais no Rio Grande do Sul em muitos casos, vindo a servir como paradigma para situações semelhantes”, conclui.

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Com 40,9% do rebanho de búfalos do Brasil, estado se consolida como potência do agronegócio

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O estado do Pará tem se destacado como uma das grandes potências do agronegócio brasileiro, impulsionado por uma produção crescente de soja, milho, cacau e pecuária bovina. Segundo o “Boletim Agropecuário do Pará”, elaborado pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), o estado tem expandido suas áreas cultivadas, investido em tecnologia e fortalecido sua infraestrutura logística para escoar a produção com mais eficiência.

A publicação informa que o Pará vem se consolidando como uma potência agropecuária e seu potencial de crescimento ainda é enorme. Com investimentos contínuos em infraestrutura, tecnologia e sustentabilidade, o estado se posiciona como um dos principais protagonistas do agronegócio brasileiro, contribuindo significativamente para a economia nacional e o mercado global.

O Estado é líder na região Norte na criação de gado bovino, com um rebanho que saltou de 1,6 milhão de cabeças em 1977 para impressionantes 25 milhões em 2023. Atualmente, o estado ocupa o segundo lugar no ranking nacional, com 10,5% do rebanho brasileiro. Destaque para os municípios de São Félix do Xingu, que lidera o país com 2,5 milhões de cabeças, seguido por Marabá, Novo Repartimento e Altamira, que também figuram entre os dez maiores produtores do Brasil.

A produção de carne também acompanhou esse crescimento, saltando de 128,5 milhões de toneladas em 1997 para 866,6 milhões em 2023, um aumento de mais de seis vezes no período.

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Outro setor que coloca o Pará em posição de destaque é a bubalinocultura. O estado detém 40,9% do rebanho de búfalos do Brasil, com 683,6 mil cabeças registradas em 2023, um crescimento de 6% em relação ao ano anterior. Os municípios de Chaves, Soure e Cachoeira do Arari lideram a criação, consolidando o Pará como referência nacional no setor.

Na agricultura, o estado também exibe força, sendo o maior produtor de mandioca (3,8 milhões de toneladas), dendê (2,8 milhões) e açaí (1,6 milhão). Outros cultivos importantes incluem banana, abacaxi, cacau e pimenta-do-reino. Entre 2000 e 2023, o valor da produção cresceu em média 7,6% ao ano, atingindo um recorde de R$ 28,6 bilhões no último ano.

A soja e o milho são os grandes destaques entre os grãos, impulsionando as exportações. Em 2023, o Pará exportou 5,5 milhões de toneladas de produtos agropecuários, um aumento de 33,5% em relação ao ano anterior. A soja representou 61,3% desse volume, movimentando US$ 1,6 bilhão, enquanto o milho teve um crescimento de 44,7%, somando US$ 401,6 milhões. Paragominas e Santarém lideram as exportações no estado, consolidando o Pará como um player importante no comércio global.

O agronegócio paraense tem desempenhado um papel fundamental na geração de empregos. Em 2023, o setor empregava cerca de 509 mil pessoas, um crescimento de 274,2% desde 2002. A criação de gado para corte lidera a oferta de empregos, seguida pelo cultivo de dendê e a produção de frangos. O açaí teve um crescimento expressivo de 36,5% na oferta de empregos em um ano.

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Diante da expansão acelerada do setor, o desafio é equilibrar crescimento e sustentabilidade. O presidente da Fapespa, Marcel Botelho, destaca que o estado tem investido em tecnologia e parcerias com universidades para intensificar a produção sem ampliar o desmatamento. O uso de drones, inteligência artificial e técnicas de manejo sustentável são algumas das estratégias adotadas para garantir produtividade aliada à preservação ambiental.

Fonte: Pensar Agro

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Parlamentares articulam reforço no seguro rural e mais investimentos em logística

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Deputados e senadores estão intensificando articulações com ministros da área econômica do governo para garantir um reforço no orçamento do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) em 2025. O objetivo é incluir mais R$ 1 bilhão no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), totalizando R$ 2 bilhões para a política de seguro agrícola.

“Vamos tentar hoje e amanhã com os ministros que compõem a junta orçamentária que venha um ofício garantindo esse recurso. É o que podemos fazer agora, pois não há mais prazo para emendar o projeto”, afirmou o deputado Pedro Lupion, nesta terça-feira (18.03).

Com o rompimento das relações com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, após a suspensão das linhas equalizadas do Plano Safra, a articulação ocorre diretamente com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. A senadora Tereza Cristina está à frente das negociações.

A votação do PLOA 2025 na Comissão Mista de Orçamento (CMO) está prevista para sexta-feira (22), antes de seguir para análise do Congresso Nacional em abril. Segundo apuração, não houve pedido formal do Ministério da Agricultura à equipe econômica para reforço orçamentário. Paralelamente, o governo redirecionou R$ 1,05 bilhão para políticas do Ministério do Desenvolvimento Agrário, incluindo o Crédito Fundiário, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e estoques da Conab.

Além do seguro rural, parlamentares defendem a necessidade de atrair investimentos estrangeiros para infraestrutura e logística, setores que enfrentam gargalos críticos diante do crescimento da produção agropecuária. O deputado Pedro Lupion alertou que os altos custos de produção e a falta de armazenagem adequada comprometem a competitividade do setor, tornando essencial o aporte de capital privado.

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“Não dá para depender apenas da infraestrutura que temos hoje. Precisamos buscar grandes fundos internacionais para solucionar essas questões”, afirmou. O tema já foi discutido com o economista Marcos Troyjo, e a intenção é apresentar as principais demandas logísticas do agronegócio brasileiro a investidores da Arábia Saudita, China, Japão e Estados Unidos.

Lupion também destacou o impacto do aumento dos custos de frete, que dobraram em relação a 2024, e a necessidade de priorizar investimentos no Plano Safra para garantir armazenagem e escoamento eficiente da produção agrícola.

“Precisamos mostrar aos grandes investidores globais a importância do agronegócio brasileiro e buscar soluções concretas para manter nossa competitividade no mercado internacional”, concluiu.

Fonte: Pensar Agro

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