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Chuvas fortes causam prejuízos nas lavouras e deixam famílias desalojadas

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As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul nesta semana têm causado prejuízos no campo e transtornos para a população. Segundo a Defesa Civil, já são 86 municípios com registros de danos, cerca de 2 mil pessoas desalojadas, quase mil em abrigos e duas mortes confirmadas. Uma pessoa segue desaparecida.

Na zona rural, técnicos da Emater-RS seguem visitando propriedades para avaliar os estragos. As principais perdas estão sendo registradas em lavouras de milho segunda safra e de fumo, principalmente em regiões como a Fronteira Oeste, Vale do Rio Pardo e Quarta Colônia. Nessas áreas, a colheita do milho já estava prevista para os próximos dias, mas muitas plantações foram atingidas por enxurradas e erosão do solo.

Além das lavouras, produtores também perderam equipamentos como motobombas, usadas na irrigação, e tiveram estruturas danificadas pela força da água. Em Santa Maria, por exemplo, uma das regiões mais afetadas, mesmo com o arroz já quase totalmente colhido, os prejuízos em máquinas e acessos foram grandes.

A situação preocupa ainda mais por causa da previsão de continuidade das chuvas. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os volumes devem ultrapassar os 500 milímetros em algumas áreas até o fim da semana. Há alertas para deslizamentos, alagamentos e rajadas de vento de até 100 km/h.

E não é só a chuva que traz riscos. A partir do domingo (23), uma frente fria deve derrubar as temperaturas e trazer geadas para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e até parte do Mato Grosso do Sul e interior paulista. Esse frio pode afetar as culturas de inverno que estão em fase inicial, como trigo, canola e aveia, além de comprometer áreas de milho que ainda não estão prontas para a colheita no Paraná.

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A Emater-RS lembra que os produtores devem seguir atentos às orientações técnicas para evitar maiores prejuízos. O solo gaúcho, já bastante afetado pelas enchentes do ano passado, continua vulnerável, e o risco de erosões e perda de fertilidade segue alto.

Neste momento, o trabalho dos técnicos, das cooperativas e da assistência rural é fundamental para orientar os produtores na recuperação das áreas e na proteção das lavouras que ainda estão em desenvolvimento. A Defesa Civil também segue monitorando a situação e avaliando a necessidade de decretar estado de emergência nas regiões mais atingidas.

Fonte: Pensar Agro

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Agroindústria e serviços puxam crescimento do PIB do agro

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O agronegócio de Minas Gerais teve um desempenho robusto em 2024. Segundo dados divulgados pela Fundação João Pinheiro (FJP), o Produto Interno Bruto (PIB) do setor atingiu R$ 235 bilhões, um crescimento nominal de R$ 20,5 bilhões em relação ao ano anterior. A valorização média de 10,2% nos preços das commodities foi o principal motor da expansão, compensando a queda de 0,5% no volume produzido.

Os resultados foram apresentados pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) e do Sistema Faemg Senar. Os dados apontam que o agronegócio respondeu por 22,2% do PIB mineiro, que totalizou R$ 1,058 trilhão em 2024.

Preço alto, produção estável

A queda na produção foi sentida principalmente nas atividades primárias, como lavouras e pecuária. No entanto, o aumento nos preços médios de grãos, café, leite e outras commodities — algumas com grande peso na pauta estadual — sustentou a rentabilidade do campo. O núcleo agropecuário (atividades agrícolas, pecuária e produção florestal) gerou R$ 70 bilhões em valor adicionado bruto (VAB), contra R$ 61,8 bilhões em 2023.

“A forte valorização de produtos agrícolas relevantes para Minas Gerais foi determinante para esse resultado”, avaliou o pesquisador da FJP, Raimundo Leal.

Indústria e serviços também crescem

Ao contrário do campo, a agroindústria mineira registrou crescimento real de 1,7% em 2024. Segmentos como a fabricação de alimentos, bebidas, biocombustíveis e derivados do fosfato puxaram o desempenho, junto com a aquisição de insumos estratégicos como petróleo refinado e energia elétrica.

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Na área de serviços, atividades ligadas à comercialização, hospedagem, alimentação fora do lar e finanças também contribuíram de forma expressiva para o crescimento do setor.

“Mesmo com desafios climáticos e oscilações na produção, o agronegócio mineiro demonstrou resiliência por meio da integração de toda a cadeia produtiva”, avaliou Antônio de Salvo, presidente do Sistema Faemg Senar.

Participação consistente na economia

O agronegócio mineiro vem mantendo uma presença sólida na composição do PIB estadual ao longo dos últimos anos. Em 2022, o setor movimentou R$ 203,1 bilhões, o equivalente a 22,4% do PIB mineiro. Em 2023, esse valor chegou a R$ 214,5 bilhões, representando 22,1% da economia estadual. Já em 2024, os R$ 235 bilhões significam 22,2% de participação, consolidando o agro como um dos principais motores do crescimento regional.

Para o secretário estadual de Agricultura, Thales Fernandes, os números mostram o peso do setor na geração de empregos, no dinamismo comercial e nas exportações mineiras. “A mensuração precisa do PIB agropecuário nos permite entender a importância econômica e estratégica dessa atividade para Minas Gerais”, afirmou.

Fonte: Pensar Agro

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Brasil deve ter safra recorde, mas gargalo histórico continua

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O Brasil caminha para colher a maior safra de grãos de sua história, estimada em 336,1 milhões de toneladas em 2025, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No entanto, o recorde vem acompanhado de um velho problema: não há espaço suficiente para guardar toda essa produção. A capacidade estática atual de armazenagem do país é de 212,6 milhões de toneladas, o que gera um déficit de 124,3 milhões de toneladas — volume que corre o risco de ser armazenado a céu aberto, sujeito a perdas por chuva, sol e deterioração, como já ocorreu em anos anteriores.

O descompasso entre produção e infraestrutura logística é antigo, mas se agrava a cada ano. Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), enquanto a produção de grãos cresce, em média, 5,3% ao ano, a capacidade de armazenagem avança apenas 3,4% ao ano. O resultado é um desequilíbrio estrutural que pressiona todos os elos da cadeia produtiva.
Impactos no campo e na cidade

Para o produtor rural, a escassez de armazéns significa aumento de custos. Como não pode armazenar sua colheita na fazenda, ele é forçado a escoar rapidamente, o que eleva o frete, pressiona o mercado com excesso de oferta e provoca queda nos preços pagos pela saca. A comercialização apressada muitas vezes reduz a margem de lucro — ou a elimina.

Na indústria, o problema se reflete no custo de aquisição e estocagem. Para garantir matéria-prima, tradings e cooperativas precisam comprar grandes volumes e armazenar por períodos mais longos, o que encarece o processo produtivo. No fim da cadeia, o consumidor paga mais pelo alimento.

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Segundo a Conab, apenas 63,3% dos grãos colhidos no país têm hoje armazém garantido. Esse índice inclui estruturas públicas e privadas. Quando se considera apenas a capacidade de armazenagem dentro das propriedades rurais — um recurso que permitiria ao produtor negociar melhor —, o percentual despenca para 16,8%.
Armazenagem no campo ainda é exceção

A concentração de silos fora da porteira contribui para a sobrecarga logística durante as colheitas. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) recomenda que a capacidade estática de armazenagem seja 1,2 vez maior que a produção anual de grãos. Seguindo esse parâmetro, o Brasil deveria ter capacidade para mais de 400 milhões de toneladas, o que está longe da realidade atual.

Além da defasagem estrutural, há desafios financeiros e técnicos. O alto custo de construção de silos e a falta de mão de obra especializada em armazenagem são entraves para a expansão dessa infraestrutura. Pequenos e médios produtores enfrentam mais dificuldades, mesmo com linhas de crédito do governo federal que prometem juros mais baixos para armazenagem.
Safras em sequência agravam gargalo

A estrutura existente também não acompanha o calendário agrícola. Como destaca Paulo Bertolini, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho), a segunda safra de milho (safrinha) vem logo após a colheita da soja — e acaba ficando sem espaço nos silos, que ainda estão cheios da oleaginosa. “A soja tem o dobro do valor por tonelada do milho. Naturalmente, os armazéns priorizam o grão mais valorizado. O milho sobra e vai para o céu aberto”, afirma.

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O resultado é um ciclo vicioso: queda no preço do milho, aumento da pressão sobre os fretes e perdas por má armazenagem. O produtor tenta se livrar do risco escoando a produção imediatamente, o que pressiona o mercado e reduz a rentabilidade.

A Conab, que monitora estoques e coordena programas públicos de armazenagem, tem alertado sobre o problema. Apesar disso, os avanços no setor ainda são lentos. Os programas federais de incentivo à armazenagem, como o PCA (Programa para Construção e Ampliação de Armazéns), oferecem recursos com juros controlados, mas enfrentam baixa execução orçamentária e burocracia no acesso ao crédito.

Especialistas apontam que, além de investimento público e privado, o país precisa de planejamento estratégico regional, priorizando regiões produtoras com maior carência de armazenagem e calendários logísticos ajustados à realidade das safras.

Enquanto isso, a cada nova safra recorde, o Brasil comemora os números da produção, mas vê crescer também o risco de perdas pós-colheita — um prejuízo silencioso, mas que mina a competitividade do agronegócio.

Fonte: Pensar Agro

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Ministério lança ferramenta que ajuda produtores a exportar

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Em meio à crescente competitividade global, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) lançou o AgroInsight, um sistema digital que funciona como um mapa de negócios para quem atua no agronegócio e deseja exportar seus produtos.

O AgroInsight é um periódico técnico e estratégico, produzido pelos adidos agrícolas brasileiros que estão alocados em diversos países. Esses profissionais funcionam como representantes do Brasil nas questões agrícolas internacionais, identificando tendências, demandas específicas e eventuais barreiras que podem impactar a exportação de produtos agropecuários.

A grande novidade do programa é a criação de um banco de dados interativo, que reúne todas as oportunidades mapeadas pelos adidos no exterior. A ferramenta permite buscas personalizadas por produto, país ou tema, facilitando o acesso a informações relevantes tanto para pequenos produtores quanto para grandes empresas do setor.

Em vez de navegar por múltiplas fontes ou depender de contatos pontuais, o produtor rural agora pode consultar diretamente onde há demanda para seus produtos, quais países estão abertos a negociações e quais nichos de mercado estão em ascensão.

Segundo o Mapa, todos os meses os relatórios trazem, no mínimo, duas oportunidades comerciais por país, abrangendo produtos de origem vegetal e animal em proporções equilibradas. Além disso, os documentos incluem análises de conjuntura, comportamento de mercado e até sugestões de estratégias para entrada em novos mercados.

A plataforma foi pensada com foco na simplicidade: os filtros são intuitivos, a navegação é fluida e as informações são apresentadas de forma clara e objetiva. Com isso, produtores com pouca familiaridade com ferramentas digitais também conseguem explorar o sistema sem dificuldade.

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Como usar: Acesse o site do Ministério da Agricultura, entre na área do AgroInsight, digite o produto que vo quer exportar no campo de busca e veja os países com demanda identificada pelos adidos agrícolas, além de exigências e oportunidades de exportação.

Exemplo: Você produz cebolas e quer exportar porque o preço local está baixo ou sua produção é grande demais. Você entra no link do Mapa e vai descobrir que o Egito está importando cebolas de qualidade média, embaladas em sacos de 10 kg, com preferência por fornecedores da América Latina — uma chance real de negócio.

Fonte: Pensar Agro

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