Nacional
Educação e mudanças climáticas: escolas preparadas para formar cidadãos conscientes
Em meio a comemorações como o Dia da Água, Hora do Planeta e Dia da Árvore, educadores buscam integrar práticas de sustentabilidade e preservação ambiental às aulas para despertar nas novas gerações o compromisso com o ambiente
A urgência em debater a crise climática já é pauta constante no meio acadêmico. As instituições de ensino, por exemplo, vêm se mobilizando para inserir, de forma transversal, temas como sustentabilidade, cultura oceânica, reciclagem e preservação ambiental em seus currículos. A integração dessas práticas ao cotidiano escolar, principalmente entre as crianças, tem como objetivo formar cidadãos do mundo, indivíduos críticos e preparados para enfrentar os desafios das mudanças climáticas, destaca Luciana Gomes, diretora institucional pedagógica do Ensino Fundamental I, do Colégio Visconde de Porto Seguro, em São Paulo.
Para a pedagoga, a educação ambiental é mais do que abordar problemas climáticos nas aulas: “É preciso despertar nos alunos um senso de pertencimento, responsabilidade e ação. Não basta apenas falar sobre mudanças climáticas; é essencial que as crianças compreendam, de maneira progressiva (considerando cada faixa etária), o impacto de suas atitudes no cotidiano (no consumo de energia elétrica, no descarte de lixo e no respeito aos recursos naturais, por exemplo) ampliando esse olhar para as questões globais, como as mudanças climáticas, a preservação e o uso sustentável dos oceanos. Entender o local para agir no global é um conceito que destaca a importância de compreender as realidades locais para contribuir com ações que possam ter impacto global.”
Luciana reforça que, aproveitando algumas datas comemorativas dedicadas ao meio ambiente, como a Hora do Planeta (último sábado de março), um movimento global de conscientização sobre os desafios socioambientais, os professores têm a oportunidade de aplicar atividades que conectem teoria e prática. O Dia da Árvore (21 de abril), por exemplo, pode tornar mais visíveis os benefícios da biofilia, uma abordagem que valoriza a conexão entre os indivíduos e a natureza e contribui para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social dos estudantes. Uma das ações com nossos alunos do 1o ano é o projeto “Guardiões das Árvores”. Cada turma adota uma árvore do Colégio, que passará a ser observada tornando-se alvo de pesquisas. Esse projeto contribui para que as crianças façam diversos registros de suas descobertas, propiciando ações investigativas e a promoção de diferentes formas de relação com o meio ambiente.
Os professores devem adotar uma abordagem interativa e investigativa para despertar nos estudantes um maior engajamento com o ambiente. Luciana sugere, por exemplo, o uso de projetos coletivos, como hortas ou campanhas de coleta seletiva, considerando no desenvolvimento dos objetivos de aprendizagem ações práticas que possibilitem vivências que contribuam para a conscientização sobre a importância da preservação do meio ambiente e do uso responsável dos recursos naturais.
Reflexão – Outra estratégia eficaz é a realização de debates e rodas de conversa. O momento de discussão pode ser conduzido de forma dinâmica, explorando temas como as consequências da poluição dos oceanos, o efeito estufa e a ameaça à biodiversidade. A reflexão sobre esses assuntos ajuda a despertar o senso crítico e a empatia nos alunos, estimulando-os a pensar sobre o futuro de maneira mais profunda.
“É importante também trabalhar o protagonismo juvenil, ou seja, fazer com que os alunos se sintam parte da solução, ao mostrar que suas escolhas e atitudes impactam consideravelmente o planeta. No Colégio isso é feito de maneira interdisciplinar, por meio de projetos nos quais os alunos são desafiados a buscar soluções para as questões mais urgentes relacionadas ao ambiente. Assim, ao tomarem contato com questões tão contemporâneas, eles poderão instigar nos adultos reflexões que vão além dos muros da escola”, destaca Iara Bertolani, diretora pedagógica institucional do Ensino Fundamental II.
As escolas devem ser exemplos de práticas sustentáveis. O Colégio Visconde de Porto Seguro realiza campanhas educativas para sensibilizar a comunidade escolar sobre a importância da preservação ambiental. “É importante que a escola tenha uma postura ativa, porque os alunos veem nas atitudes dos professores e gestores um reflexo do que é ensinado nas salas de aula”, comenta a pedagoga.
Iara Bertolani reforça que, em tempos de mudanças climáticas, cada gesto conta. “A formação de cidadãos conscientes, capazes de enfrentar os desafios ambientais de maneira responsável e prática, começa nas escolas. Ao preparar as futuras gerações para lidarem com a sustentabilidade e a preservação ambiental, estamos moldando um futuro mais equilibrado e saudável para todos”, finaliza.
Sobre o Colégio Visconde de Porto Seguro
Fundado em 1878, o Colégio Visconde de Porto Seguro é uma conceituada instituição de ensino do Brasil, com campus em São Paulo e Valinhos, que prima pela inovação educacional e pelo desenvolvimento de múltiplos talentos e competências dos alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio, tanto no Currículo Internacional como no Currículo Bilíngue. Comprometido com uma ampla e sólida formação pluricultural e plurilinguística, conquistou diversas certificações internacionais, como o selo de Exzellente Deutsche Auslandsschule, do governo alemão, que qualifica o Porto como uma escola alemã de excelência no exterior; a da Fundação Alemã Casa do Pequeno Cientista e a da Rede de Escolas Associadas da Unesco. Em 2022, passou a ser reconhecido como uma Escola Internacional, conforme o termo de acordo internacional com o governo da Alemanha.

Nacional
Comissão aprova Semana Nacional de Apoio à Amamentação Negra

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3945/21, que cria a Semana Nacional de Apoio à Amamentação Negra, a ser realizada nos dias 25 a 31 de agosto, quando é celebrado o Mês do Aleitamento Materno.
O texto altera a Lei 13.435/17, que determina que, no decorrer do mês de agosto, serão intensificadas ações intersetoriais de conscientização e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno.
As autoras da proposta, deputadas Talíria Petrone (Psol-RJ) e Sâmia Bomfim (Psol-SP) e a ex-deputaa Áurea Carolina (MG), justificam que o aleitamento materno deve ser abordado da perspectiva racial – se a falta de acesso ao sistema público de saúde é uma das causas para a interrupção precoce da amamentação, as mulheres negras, majoritariamente moradoras de regiões carentes de equipamentos públicos, estão mais sujeitas a tal situação.
Durante a semana comemorativa serão realizados eventos, palestras, audiências públicas e outras atividades congêneres com os seguintes objetivos:
- criar mecanismos para identificar e mensurar a disparidade racial no campo do aleitamento materno;
- desenvolver campanhas direcionadas à população negra de estímulo ao aleitamento materno; e
- promover o aleitamento materno como um direito básico da mãe e da criança.
A relatora, deputada Benedita da Silva (PT-RJ) foi favorável ao texto com alterações que não modificam o conteúdo da proposta. “Não aceitamos desigualdades espúrias entre mulheres e homens, mas também agimos para superar desigualdades espúrias entre as próprias mulheres. Consideramos inaceitável que se naturalize qualquer situação de desvantagem das mulheres negras frente às mulheres brancas”, disse.
Próximos passos
A proposta será analisada de forma conclusiva pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, o texto ainda precisa ser analisado pela Senado.
Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei
Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição – Ana Chalub
Fonte: Câmara dos Deputados
Nacional
Comissão aprova meia-entrada para mulheres em jogos de futebol

A Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que assegura às mulheres o direito à meia-entrada em ingressos de partidas de futebol em todo o país. Para ter acesso ao benefício, será necessário apresentar documento oficial.
O texto aprovado é um substitutivo da relatora, deputada Helena Lima (MDB-RR), ao Projeto de Lei 168/23, apresentado pela deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP). O projeto original previa a criação de uma nova lei, mas o substitutivo altera a Lei 12.933/13, já estabelece a meia-entrada para estudantes, idosos, pessoas com deficiência e jovens de baixa renda entre 15 e 29 anos.
A lei atual também limita o benefício a 40% do total dos ingressos disponíveis para cada evento.
Pouca presença nos estádios
Helena Lima afirma que as arquibancadas ainda são pouco acolhedoras para as mulheres. O estudo Mulheres & Futebol, do W.LAb, de abril de 2024, revelou que, embora 94% das mulheres torçam para algum time, apenas um terço assiste aos jogos presencialmente. Os principais motivos para essa ausência são a falta de segurança (40%) e o custo dos ingressos (23%).
“Incentivar a presença feminina nas arenas desportivas por meio da concessão de meia-entrada é uma medida que desnaturaliza a exclusão das mulheres desses espaços”, conclui a deputada.
Próximos passos
A proposta será analisada em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.
Reportagem – Lara Haje
Edição – Natalia Doederlein
Fonte: Câmara dos Deputados
Nacional
Comissão aprova obrigatoriedade de bares e casas noturnas prestarem auxílio a mulheres em situação de risco

A Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que obriga estabelecimentos como casas noturnas e de shows, além de bares e restaurantes, a adotarem medidas para auxiliar mulheres que estejam em situação de risco dentro de suas instalações. O descumprimento poderá acarretar multa ou até suspensão do alvará de funcionamento.
Pelo texto aprovado, o estabelecimento deverá comunicar imediatamente a situação de risco à polícia e disponibilizar meios de contato seguros para que a
mulher busque ajuda. Essas ações não devem colocar a vida dos trabalhadores da boate em risco.
Além disso, deverão ser afixados avisos, preferencialmente nos banheiros femininos, com os seguintes dizeres: “Não está se sentindo segura? Este estabelecimento presta auxílio à mulher que se sinta em situação de risco. Procure a direção”. Também passa a ser obrigatório aviso com o telefone da Central de Atendimento à mulher, o Ligue 180.
A relatora, deputada Ivoneide Caetano (PT-BA), recomendou a aprovação do substitutivo adotado pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, ao Projeto de Lei 2737/20, apresentado pela ex-deputada Rejane Dias (PI). A deputada Lêda Borges (PSDB-GO) fez alterações para assegurar que os trabalhadores desses locais sejam protegidos de eventuais situações de risco ao realizar a assistência à mulher.
“O projeto tem alto potencial mitigador de riscos à segurança da mulher, porém precisamos ficar atentos a não criar outros problemas para o setor de serviços que gera muito emprego”, justificou a relatora.
Próximos passos
A proposta ainda será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Para virar lei, o projeto precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.
Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição – Rachel Librelon
Fonte: Câmara dos Deputados
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