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Inspirado em Ulysses, general Ramos integra ‘turma da maçaneta’ de Bolsonaro

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IstoÉ

General Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira
Marcos Corrêa/PR – 3.7.19

General Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira

O general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, chefe do Comando Militar do Sudeste, com sede em São Paulo, assumiu na quarta-feira (3) a Secretaria de Governo de Bolsonaro com a hercúlea missão de acabar com a desarticulação do governo no Congresso. Amigo do presidente há mais de 40 anos e seu principal conselheiro, ele sabe que vai precisar de habilidade de enxadrista para melhorar a relação com os parlamentares , atender seus pedidos de cargos e verbas sem incorrer no famigerado toma lá dá cá e, ao mesmo tempo, evitar que ala ideológica do governo contamine as negociações no fio do bigode com o Congresso. Sua inspiração é o ex-deputado Ulysses Guimarães, presidente da Câmara falecido em 1992 num acidente aéreo.

Para ele, o “Senhor Diretas” sempre buscou o diálogo e soube conduzir a redemocratização com maestria, impedindo, inclusive, que os militares perdessem na Constituinte a missão de zelar pela segurança nacional. Militar há 46 anos, o general Ramos quer valer-se dos ensinamentos legados por Ulysses para abrir as portas do Congresso e permitir que os projetos de Bolsonaro tramitem sem solavancos.

Não à toa, o primeiro ato do general como ministro será visitar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “Ele (Ulysses) impediu que o ódio imperasse. Hoje tem gente com ódio na direita e na esquerda, mas no que isso ajuda o Brasil?”, questiona.

Ramos não pode ser considerado um neófito. Mais jovem, quando coronel, Ramos foi assessor parlamentar do Exército na Câmara e no Senado. O conhecimento dos bastidores do mundo político deve ajudá-lo no cumprimento da nova função. “Com a experiência que eu tenho de vida, acho que o mais importante é o diálogo, a transparência, exposição de ideias com clareza. Eu valorizo muito o relacionamento interpessoal em qualquer nível, seja na parte profissional, seja na parte pessoal”, disse o novo ministro à IstoÉ .

A pedido de Bolsonaro, o general vai reformular a estrutura da articulação política, que envolvia a Secretaria de Governo e a Casa Civil. A partir de agora, só o general Ramos ocupará o papel de negociador com o Congresso. Onyx Lorenzoni, da Casa Civil, que vinha dividindo a função com o general Santos Cruz, demitido há duas semanas , vai cuidar apenas da parte burocrática do governo. Bolsonaro estava convencido que Lorenzoni era um dos entraves no Congresso. Afinal, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, não o engolia. O ministro trabalhou claramente contra a candidatura de Rodrigo à presidência da Câmara em fevereiro, o que estremeceu a relação de ambos. Agora, sob Ramos, espera-se que as divergências sejam aplainadas.

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“Bolsonaro não é tutelável”

bolsonaro e general ramos
Marcos Corrêa/PR – 4.7.19

Presidente Jair Bolsonaro ao lado do General Ramos, novo ministro da Secretaria de Governo

O fato de ser uma pessoa da extrema confiança do presidente joga a favor dele. Ramos e Bolsonaro são amigos desde 1973, quando juntos entraram para a Escola de Preparação de Cadetes do Exército, em Campinas. Mais tarde, foram vizinhos. O general viu bem de perto os filhos de Bolsonaro crescerem, e conquistou o respeito dos mesmos. Um episódio recente fornece a exata dimensão da intimidade de Ramos com o mandatário do País. Quando o presidente foi visitar Israel, há três meses, o general lhe telefonou: “Cara, você chega lá e diz ‘eu amo Israel’ em hebraico. Eles vão adorar”. Ramos mandou a frase pelo WhatsApp. Bolsonaro aquiesceu. “Pô Ramos, deu certo. Bateram palmas pra mim”, respondeu o presidente em seguida.

Dentre os militares mais próximos ao presidente, Ramos é o que se pode chamar de integrante da turma da maçaneta — aquela que tem carta branca para entrar no gabinete presidencial sem precisar marcar horário. Também é um dos poucos com liberdade para falar o que Bolsonaro pode não querer ouvir. No dia em que Bolsonaro disse que os estudantes eram “idiotas inúteis”, Ramos ligou para dizer que ele poderia ter evitado o termo ofensivo. “É que eu estava meio bravo”, explicou o presidente. O general, no entanto, esclarece: “Sou amigo do presidente, mas ele não é tutelável. Ninguém manda nele”.

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O general ainda não entrou em campo oficialmente, mas dá pistas sobre como irá tratar as indicações dos parlamentares para cargos no Executivo: sem preconceito. “Vamos fazer a boa política. O critério para um cargo público é não responder a nenhum processo judicial e ser idôneo”.

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Quanto às verbas publicitárias que estão sob seu guarda-chuva, Ramos adverte: os critérios de distribuição de recursos serão determinados pelo presidente. “Estou numa instituição há 46 anos que respeita a lealdade, hierarquia e a disciplina”, resumiu. O novo articulador do governo também parece tocar de ouvido com o maestro da política econômica, o ministro Paulo Guedes. Apesar de algumas pessoas no Exército comungarem ideias nacionalistas, Ramos promete apoio total às privatizações. “Se a Petrobras tiver que ser privatizada, privatiza. Vai ser melhor para o Brasil? To dentro”.

Ao se despedir do Comando Militar do Sudeste, na quarta-feira, o general se descreveu como alguém “impetuoso e agoniado”. Neste particular, terá de contrariar Ulysses para quem a impaciência era uma das faces da estupidez. “Joaquim Nabuco admoesta que o tempo não perdoa o que se faz sem ele”, dizia aquele em quem Ramos promete se inspirar. Que o tempo e a serenidade ajudem Ramos em sua nova jornada.

No comando da política

  • Ex-comandante Militar do Sudeste, com sede em São Paulo, o general Luiz Eduardo Ramos Baptista entrou no Exército em 1973. Em sua carreira militar, foi também chefe do Comando da 11a Região Militar, em Brasília, e da 1a Divisão do Exército, no Rio de Janeiro
  • Foi responsável pelas ações de segurança durante a Copa do Mundo de futebol, em 2014, e dos jogos Olímpicos e Paralímpicos, em 2016. Participou da missão das Nações Unidas no Haiti e chegou a ser vice-chefe do Estado Maior do Exército
  • Com grande capacidade de diálogo, foi escalado pelo presidente Bolsonaro para ser seu principal articulador político, ocupando a Secretaria de Governo. Será encarregado de apresentar ao Congresso os projetos de interesse do Executivo
  • Essa função era exercida anteriormente pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. A expectativa do governo é ter um homem de confiança que possa melhorar o relacionamento com o Congresso. Ele é amigo de Bolsonaro há quatro décadas
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Preso miliciano envolvido em tiroteio que matou jovem em Seropédica

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Policiais da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense prenderam, nesta segunda-feira (29), Jefferson Araujo dos Santos, conhecido como “Chica”, apontado como chefe da milícia em áreas de Seropédica e que estava envolvido no tiroteio que resultou na morte do universitário Bernardo Paraíso no dia 8 deste mês. O miliciano foi detido em Seropédica, na Baixada Fluminense.

Outro criminoso, que seria braço direito de Jefferson Santos, também foi preso. As investigações apontam que os dois participaram do confronto, provocado por dois grupos de criminosos rivais.

Mais três integrantes da milícia já tinham sido presos. Na operação de hoje, os agentes ainda apreenderam dois fuzis, 11 carregadores de fuzil, mais de 100 munições, rádios comunicadores, dois coletes balísticos, além de um carro clonado.

Segundo as investigações, “Chica” teria se aliado a traficantes de uma facção criminosa, formando uma narcomilícia. Ele assumiu o controle do grupo que explora região após a morte do miliciano Tauã de Oliveira Francisco, o “Tubarão”, morto durante uma ação da Polícia Civil, no início de fevereiro deste ano. 

Os criminosos tentaram fugir pulando para a casa de vizinhos, mas acabaram presos. 

Relembre o caso

Bernardo Paraíso, 24 anos, era estudante de Ciências Biológicas, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFFRJ). Ele foi atingido quando estava indo ao supermercado em companhia de uma amiga, também estudante da universidade. 

Fonte: EBC GERAL

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PMs são presos no DF por suspeita de torturar soldado em curso

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O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) cumpriu nesta segunda-feira (29) 14 mandados de prisão temporária contra policiais suspeitos de torturar um soldado durante curso de Patrulhamento Tático Móvel do Batalhão de Choque (BPChoque). O comandante do batalhão foi afastado do cargo até o fim das investigações. 

De acordo com o soldado Danilo Martins, durante o curso para progressão da carreira, ele foi agredido, humilhado e torturado durante oito horas. Em razão das agressões, precisou ficar seis dias internado na UTI. 

Em entrevista à TV Brasil, Martins contou que foi obrigado a cantar músicas vexatórias, correr com troncos acima da cabeça, fazer flexões com punho cerrado em asfalto e brita e recebeu pauladas na cabeça, chutes no tronco e teve as mãos pisoteadas. “Quando eles viram que eu não ia desistir, eles iam aumentando a intensidade [das agressões]”, disse. 

Danilo Martins está na Polícia Militar desde 2020, mas afirmou que não pretende retornar após a violência sofrida. “A partir do momento que sofri isso dentro da corporação […] todo o meu futuro na polícia foi eliminado”.

O soldado e a família foram recebidos hoje por deputados da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal. De acordo com o presidente do colegiado, Fábio Felix (Psol), os parlamentares irão cobrar do governo distrital e do Judiciário a apuração e responsabilização dos envolvidos. “Não podemos naturalizar isso no serviço público e em nenhuma instituição”, ressaltou o deputado distrital. 

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Polícia Militar

Em nota, a Polícia Militar do Distrito Federal informou que não admite desvios de conduta e irá apurar os fatos de forma criteriosa e imparcial, observando todo o processo legal e permitindo a ampla defesa dos envolvidos. 

* Com informações da TV Brasil

Fonte: EBC GERAL

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Comissão promove debate sobre autorização para uso de remédio para distrofia muscular

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A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados promove audiência pública nesta terça-feira (30) para debater o processo de autorização, por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do medicamento Elevidys para o tratamento da distrofia muscular de Duchenne. A doença é degenerativa e acomete 1 a cada 3.500 nascidos vivos do sexo masculino no mundo.

O tratamento com microdistrofina Elevidys foi aprovado nos EUA para pacientes pediátricos ambulatoriais de 4 a 5 anos com distrofia muscular de Duchenne com uma mutação confirmada no gene DMD, explica o deputado Pinheirinho (PP-MG), que pediu a realização do debate. O medicamento, considerado inovador, consiste em uma terapia de transferência de genes de dose única para infusão intravenosa projetada para abordar a causa subjacente da doença por meio da produção direcionada de microdistrofina no músculo esquelético.

“A importância do tratamento para as crianças com 5 anos de idade é dar a expectativa de melhor eficácia nos testes, como vem ocorrendo nos Estados Unidos. O tempo está passando, trazendo a diminuição e a perda da oportunidade para esse grupo de pessoas no tratamento da DMD, caso não haja a agilidade da Anvisa em autorizar o registro do medicamento no Brasil”, diz o deputado.

Confira aqui a lista de convidados para o debate

A audiência pública será realizada às 9 horas, no plenário 7.

Da Redação – AC

Fonte: Câmara dos Deputados

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