
Cláudio Ferreira fez discurso na sala do prefeito- Foto: Ilcimar Aranhas/PORTAL MT
Em meio a um cenário de expectativas e desafios, a administração de Cláudio Ferreira, já em seus primeiros 40 dias, traça um novo rumo para Rondonópolis, com a formação quase completa de seu primeiro escalão.
Faltando apenas a nomeação para o Desenvolvimento Econômico, as recentes escolhas marcam um governo que busca equilibrar a técnica e a política.
A composição da equipe destaca o perfil técnico de grande parte dos secretários, que já demonstram comprometimento em apresentar resultados para a população.
Entre os principais objetivos da nova gestão, destaca-se a ambiciosa meta de tornar Rondonópolis uma cidade 100% digital.
A informatização dos processos entre os munícipes e a administração pública promete não apenas economia de papel, mas também maior agilidade e transparência nas tramitações.
Desde o atendimento nas UBS (Unidade Básica de Saúde), até os serviços oferecidos em todos os setores, a digitalização é vista como uma ferramenta indispensável para modernizar a gestão e aproximá-la da população, facilitando o acesso aos serviços públicos e otimizando recursos.
Essa transformação digital tem o potencial de elevar a eficiência administrativa e reforçar o compromisso do governo com a sustentabilidade e a inovação.
No entanto, entre esses nomes, uma escolha se sobressai pelo viés político: a nomeação do ex-deputado federal Victorio Galli como assessor especial no escritório da Prefeitura em Brasília (DF).
A decisão reforça o alinhamento do governo municipal a um perfil de direita conservadora.
No campo técnico, um dos nomes que chamam atenção é o de Rane Curto, que assume o comando da Fazenda ao lado de seus adjuntos nas pastas de Receita, Planejamento e Finanças.
Com experiência consolidada na administração pública, ela traz um olhar atento para um desafio atual: a descontinuidade de serviços devido à falta de servidores efetivos em alguns cargos estratégicos.
Outro ponto de atenção é a indicação de Tânia Balbinotti para a Secretaria de Saúde.
Ela assume a pasta em um momento crítico, marcado pela escassez de medicamentos, falta de insumos e a preocupação com o surto de dengue e Chikungunya que assola o município.
A complexidade da gestão da saúde pública requer não apenas capacidade técnica, mas também habilidade para lidar com a burocracia e os desafios impostos pela legislação.
A transição para o setor público tem sido um grande desafio para alguns gestores que vieram da iniciativa privada.
Enquanto no setor privado a eficiência e a rapidez nas entregas são primordiais, na administração pública, todas as ações devem estar rigorosamente alinhadas à legalidade e ao interesse coletivo.
Esse fator impõe um ritmo diferente, exigindo dos novos gestores um olhar mais analítico e constante adaptação.
Para amenizar essa curva de aprendizagem, servidores efetivos têm exercido um papel essencial, auxiliando os recém-nomeados na compreensão das rotinas e prazos do setor público.
O que se espera dos nomeados é uma postura mais humilde, educada e respeitosa, capaz de facilitar a integração e contribuir para uma sinergia mais efetiva.
Um exemplo disso são as eficientes recepcionistas do Gabinete do Prefeito, Gabriela Guaragni e Vanderléia Lourenço, que merecem elogios.
Agora, com quase todo o primeiro escalão definido, a gestão de Cláudio Ferreira entra em uma fase decisiva: a entrega de resultados aguardados pela população.
A capacidade da equipe em superar os entraves burocráticos será um fator crucial para o sucesso dessa administração.