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Prevenção a quedas entre idosos é alvo de lei estadual

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Foto: Ronaldo Mazza

A queda por causa de acidentes domésticos é uma das principais causas de morte entre idosos no Brasil. Numa tentativa de reduzir o número de acidentes e prevenir quedas e fraturas de ossos, o governo do estado de Mato Grosso sancionou a Lei nº 10.942/19, no dia 17 de setembro deste ano, que cria o Programa Estadual Educativo e de Prevenção de Quedas Acidentais, tendo como alvo a diminuição da ocorrência de fraturas no público da terceira idade. A iniciativa da prevenção e conscientização para evitar esse desfecho foi do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM).

As campanhas de conscientização serão realizadas em postos de saúde, hospitais, farmácias e clubes da terceira idade, por meio de cartazes com orientações sobre o assunto.

“O objetivo é desenvolver campanhas de conscientização de prevenção para alertar sobre os riscos das quedas entre pessoas da terceira idade. Além disso, o idoso deve receber orientações em relação aos cuidados durante o banho e também instalação de equipamentos dentro de casa para dar suporte”, explicou Botelho.

Segundo dados do Ministério da Saúde, esses acidentes são a 5ª causa de mortalidade em idosos, no Brasil, e mostram que o país tinha 28 milhões de idosos em 2016, 13,5% do total da população. Em dez anos, esses dados chegarão a 38,5 milhões (17,4% do total de habitantes).

Foto: Ronaldo Mazza

Em 2031, o número de idosos (43,2 milhões) vai superar pela primeira vez o número de crianças e adolescentes, de 0 a 14 anos (42,3 milhões). Antes de 2050, os idosos já serão um grupo maior do que a parcela da população com idade entre 40 e 59 anos. Tanto que a projeção é que, em 2042, a população brasileira atinja 232,5 milhões de habitantes, sendo 57 milhões de idosos (24,5%).

Os números divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) comprovam que os óbitos em 2014 por quedas acidentais nas pessoas com mais de 60 anos em Mato Grosso foram de 133 mortes; em 2015 os números foram os mesmos, 133 pessoas; em 2016 saltou para 149 mortes, em 2017 foi batido o recorde de mortes com 190 óbitos registrados. Já em 2018, as estatísticas apontam que morreram 138 pessoas; em 2019, foram registradas 70 mortes até o momento. (Veja infográfico na matéria).

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O aposentado Marcos Feliciano Gonçalves Ferreira, de 78 anos, foi um desses exemplos de queda acidental. Ele conta que tudo aconteceu enquanto tomava banho. Num descuido, escorregou e fraturou o fêmur.

“A recuperação foi longa e cansativa e ainda dependia de outras pessoas para me ajudar, mas consegui deixar a muleta depois de quase dois meses de sacrifício com os exercícios de fisioterapia”, destacou.

Para Ferreira, a lei proporciona a conscientização das pessoas da terceira idade, principalmente quanto às precauções no cotidiano.

Foto: FABLICIO RODRIGUES / ALMT

“Sempre ouvia falar de pessoas que caíam e tinham fraturas, mas quando aconteceu comigo, a situação mudou e agora tenho mais cuidado em tudo. Essa lei vai ser muito boa, principalmente para prevenir esses casos de acidentes”, resumiu ele.

Estima-se que 30% das pessoas com mais de 65 anos de idade caem pelo menos uma vez por ano. Depois dos 80 anos de idade, essa porcentagem pode chegar a 50%, um número considerado alto pelo Ministério da Saúde.

De acordo com informações da diretora e fisioterapeuta do Centro Integral de Reabilitação Dom Aquino Correa (Cidrac), Patrícia Dourado Neves, independentemente da idade, todas as pessoas correm o risco de cair. Porém, para a pessoa idosa, uma queda pode representar um problema grave, levando inclusive a limitações funcionais que antes não existiam. Assim, um idoso que era ativo passa a depender de cuidados de outras pessoas.

“A lei vai facilitar bastante a prevenção, pois o estado necessita – de uma forma geral – trabalhar esse problema. Toda a melhora do paciente precisa de uma orientação sobre precaução. Idosos precisam tomar uma série de cautelas, evitar os tapetes, utilizar barras para banheiros, evitar locais escorregadios e úmidos”, reiterou ela.

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A diretora falou da estrutura do Cidrac para atender os pacientes em Mato Grosso. Patrícia Neves disse que a instituição consegue fazer até 50 atendimentos de trauma semanalmente.

“Como aqui é um centro integrado, oferecemos um tratamento multidisciplinar, como fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, nutricionista e médicos especialistas. Os pacientes que chegam aqui vêm com diagnóstico médico de outro centro, e é acolhido pelos nossos profissionais, por intermédio de uma triagem para verificar qual atendimento necessita. Depois, sai com uma agenda marcada para início do tratamento”, explicou a diretora.

Para a fisioterapeuta Ivana Gláucia Paes de Barros, são várias as causas relacionadas a quedas. Ela ressaltou que há fatores próprios da pessoa, como a perda da massa muscular, e questões do ambiente, como uma calçada quebrada ou um tapete solto, e elogiou a criação da lei.

“A lei é fundamental para alertar sobre os perigos de uma possível queda em casa, principalmente no caso do idoso, que deve evitar tapetes, colocar barras de apoio e deixar luz acesa no banheiro. Prevenir vai aliviar a reabilitação, os custos cirúrgicos e aliviar a mortalidade também”, esclareceu Paes de Barros.

No entanto, a fisioterapeuta faz algumas recomendações para as pessoas da terceira idade evitar as quedas. “A partir de quando que o paciente sofre uma fratura em casa, o processo de recuperação é muito lento. Por isso, entendo que a prevenção é melhor do que a recuperação, porque algumas dessas pessoas acabam precisando, por exemplo, de prótese no quadril quando sofrem queda, ficando limitadas para as atividades funcionais”, revelou.

Vale destacar que, entre as consequências das quedas, a fratura de fêmur é uma das mais graves nas pessoas com 60 anos ou mais de idade. 

Segundo o fisiatra do Cidrac, médico Fabiano Silva Magnino, por ser considerado o maior osso do corpo humano, esse rompimento pode causar perda da funcionalidade e aumento da mortalidade na população idosa.

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“Essa lei foca nas pessoas da terceira idade por ter mais chance de queda acidental. Acho que a prática de atividade física domiciliar é um dos incentivos à precaução do ambiente, como, por exemplo, evitar todo tipo de material escorregadio. Incentivar também o paciente idoso a procurar um educador físico capacitado para orientar exercícios com o propósito de melhorar a capacidade dos ossos e isso acarretar em uma não fratura também é recomendado”, aponta ele.

Outro fator indicado por Magnino está direcionado às variedades de causas relacionadas às quedas. Para o médico, há fatores próprios da pessoa e outros [fatores] externos.

 “O idoso, por si só, já sofre com a perda do movimento e massa muscular, e isso tudo vai interferir no processo de educacional dele, caso ele tenha uma fratura por queda. De uns tempos para cá a população brasileira vem envelhecendo, então, nada mais justo você criar uma lei que ampara as pessoas”, prevê ele.

Confira dicas e conselhos para evitar a queda de pessoas idosas:

– mantenha os ambientes bem iluminados;

– durante a noite, deixe algumas luzes acesas em locais de circulação, como banheiros, corredores ou quartos;

– evite tapetes;

– não deixe fios de luz, roupas, sapatos ou outros objetos espalhados pelo chão;

– ao subir escadas, apoie-se no corrimão;

– guarde objetos de usos frequentes em locais de fácil acesso, não suba em bancos ou cadeiras para alcançá-los;

– instale barras de apoio no banheiro, próximas ao vaso sanitário e no box do chuveiro;

– mantenha os pisos secos e evite encerá-los;

– mesmo dentro de casa, evite usar chinelos e pantufas. Prefira calçados de borracha e salto baixo;

– ao andar na rua, preste atenção em raízes de árvores, buracos e obstáculos nas calçadas;

– atravesse apenas nas faixas de segurança, com calma e respeitando o sinal;

– não sair desacompanhado.

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Partido Novo cresce 125% em seis meses e atinge recorde de filiados em Mato Grosso

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O crescimento é alavancado pela reestruturação desenvolvida desde outubro de 2023

O partido Novo em Mato Grosso alcançou, apenas nos últimos seis meses, um aumento de 125% no número de filiações. O dado é de um levantamento do diretório estadual, que aponta que o número atual representa um recorde para a sigla no estado. O crescimento é alavancado pelo processo de reestruturação desenvolvido desde outubro de 2023, quando uma nova diretoria assumiu o comando.

“É um resultado que estamos buscando desde que assumimos. Sabíamos que tínhamos esse potencial de crescimento e capacidade para fazer isso acontecer. Agora, estamos colhendo fruto de um trabalho planejado e incansável de todos dirigentes e nossa perspectiva é de crescer ainda mais”, afirma o presidente estadual Sérgio Antunes.

O avanço do Novo em MT segue os mesmos passos que a legenda tem dado em nível nacional. De acordo com relatório divulgado em março, o partido registrou, em um ano, um crescimento de 50%, saltando de 31 mil para cerca de 46 mil correligionários em todo o Brasil. Além disso, se em 2020 estava presente em somente em 46 cidades brasileiras, hoje está estabelecido em 333.

O trabalho dentro do partido, liderado pelo diretório estadual, tem rendido bons resultados e deve ser confirmado nas eleições municipais deste ano. Neste momento, com filiados em 64 municípios do estado, o planejamento do Novo é disputar o pleito em 30 cidades, seja pela majoritária ou proporcionais.

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As novidades deste ano são as disputas de prefeituras no interior. Já estão definidos como pré-candidatos o produtor rural Carlos Kan, em Diamantino; Padre Sebastião, em Querência; o militar aposentado Márcio Gonçalves, em Guarantã do Norte; e os empresários e pecuaristas Jairo Júnior, em Vila Bela da Santíssima Trindade, e Carlos Roberto Figueiredo, em Rosário Oeste.

Além disso, na Capital, o Novo escolheu o empresário Reginaldo Teixeira como pré-candidato ao Palácio Alencastro. “Essa é a primeira vez que estamos ampliando nossas candidaturas para o interior e estamos com uma resposta muito positiva. Da mesma forma, apresentamos em Cuiabá uma opção que consideramos uma verdadeira mudança”, completa Sérgio.

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CST da Moradia vai discutir alternativas para solucionar o déficit habitacional em MT

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Apesar de ser garantido na Carta Constitucional o acesso a uma moradia digna, isso ainda não é realidade para muitos brasileiros. Com o aumento de pessoas vivendo em moradias inadequadas ou até a falta de um lar, o déficit habitacional no Brasil vem crescendo a cada ano. 

Em Mato Grosso o déficit habitacional atinge quase 65 mil famílias de baixa renda em 23 dos 142 municípios mato-grossenses. Somente em Cuiabá, 22 mil famílias carentes não possuem casa própria. Em Várzea Grande são mais de 7,5 mil. Os dados são da Associação Comunitária de Habitação do Estado de Mato Grosso (ACDHAM) e abrangem os municípios onde a entidade está presente. 

Em uma tentativa de equalizar esse problema, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso deverá instituir a Câmara Setorial Temática da Moradia Popular, requerida pelo Wilson Santos (PSD). Obter um diagnóstico atualizado do déficit habitacional em Mato Grosso é a primeira pauta de trabalho definida durante reunião de preparação da CST, que aconteceu na manhã de quinta-feira (18). “Acreditamos que esse número seja muito maior e que deve chegar a mais de 120 mil famílias no estado”, avaliou o parlamentar.

“O desafio de resolver isso integralmente não é fácil e sabemos que não tem uma solução simples e rápida, não existe a possibilidade de construir esse grande número de casas em cinco ou dez anos”, reconheceu Santos. “Precisamos parar de empurrar esse problema com a barriga e buscar alternativas. Um dos caminhos, neste momento, na minha concepção, é o loteamento urbanizado” , avaliou.

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O grupo formado por agentes públicos, representantes dos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, sociedade civil e iniciativa privada, vai discutir propostas para subsidiar políticas públicas de enfrentamento à situação que representa um grave problema social.

Wilson Santos citou a habitação como uma das principais políticas públicas que contempla a família em sua totalidade e destacou a importância de debater o tema com todos os entes envolvidos. “Nos vamos notificar também todos os órgão envolvidos e responsáveis por habitação e loteamento para pedir um diagnóstico da situação no estado, para estudar alternativas que possam ser trabalhadas desde já”, defendeu Santos.

Para Emídio de Souza, presidente da ACDHAM, apontou a redução da destinação de recursos do Fundo de Transporte e Habitação (Fethab) para a habitação e a falta de sensibilidade dos gestores municipais e estaduais como alguns dos principais fatores que dificultam a redução do déficit habitacional. “O que precisa acontecer é investimento em moradias para as faixas 0 e 1 da população, que são aquelas com pouco ou quase nada de recursos para acessar um financiamento”, afirmou. Segundo ele, a moradia social precisa ser prioridade para atender famílias em situação de vulnerabilidade.  

A consultora do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Izza Karol Pizza explicou que o Estado já solicitou um estudo de áreas para construção habitacional. “Esse é uma grande precaução do Governo do Estado, que já está fazendo um levantamento de áreas que atendam os requisitos para desenvolvimento de projetos habitacionais”, adiantou.  “A união de esforços a partir do trabalho da CST é muito oportuna e pode trazer novas soluções e propostas”, avaliou.

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Participaram da reunião o deputado Beto Dois a Um (PSB), e representantes do Ministério Público, do MT Participações e Projetos S/A (MT Par), da Caixa Econômica Federal e outras instituições.


Secretaria de Comunicação Social

Telefone: (65) 3313-6283

E-mail: [email protected]


Fonte: ALMT – MT

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Thiago Silva destaca a atuação no fortalecimento das forças de segurança de MT

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Foto- Assessoria

Representando a Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o deputado estadual Thiago Silva (MDB) prestigiou a troca de comando do 2° Comando Regional e do 3° Batalhão de Bombeiros Militar (3° BBM) de Rondonópolis entre o coronel Fabrício Gomes da Costa para o tenente-coronel Ednaldo Fernando Rodrigues. Na cerimônia, ele defendeu a importância do ensino cívico-militar e destacou a atuação em prol do fortalecimento da segurança pública do Estado.

“Nossa equipe está dando o retorno necessário para a sociedade. Parabenizo o coronel Fabrício pelo seu trabalho, diversas ações importantes realizadas como a inauguração da Regional, ampliação dos nossos trabalhos e dos projetos sociais. Sucesso! Ednaldo tenho certeza que será bem recebido pela sociedade e terá um norte com o trabalho realizado por Fabrício”, disse o comandante-geral Alessandro Borges.

Foto- Assessoria

“Quando olhamos para trás, o que vemos são histórias construídas, desafios vencidos, dificuldades e alegrias compartilhadas. Neste instante, sinto alegria pelo fato de concluir minha missão à frente do Comando Regional e do terceiro Batalhão. Manifesto a minha gratidão e meu reconhecimento nesta nobre missão de servir um agradecimento”, declarou o coronel Fabrício que comandou as unidades da instituição por sete anos.

Thiago Silva parabenizou o trabalho realizado por Fabrício para Rondonópolis e região e desejou boa sorte para Ednaldo com o novo desafio. Também, aproveitou para destacar a sua atuação nos cinco anos à frente da Assembleia Legislativa, em que já realizou a destinação de emendas, apresentou indicações e interviu junto à gestão estadual para garantir a entrega de equipamentos, armamentos, fardamentos e viaturas para as instituições da segurança pública e, assim, contribuir com o trabalho dos servidores em prol da sociedade.

Foto- Assessoria

O parlamentar reforçou a sua defesa na área da educação, em que foi um dos responsáveis pela implantação da Escola Militar Dom Pedro II em Rondonópolis, cuja metodologia aplicada leva ensinamentos de disciplina, organização e patriotismo. “Na Assembleia, fui relator do projeto de lei que cria as escolas cívico-militares no Estado. Parabenizo o governador Mauro Mendes por entender a importância destas escolas para a para a formação de futuras gerações”, salientou.

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A cerimônia ocorreu no anfiteatro do Senai, com a presença de autoridades civis, militares, políticas e locais, familiares, dentre outros convidados.

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