Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

Nacional

Produção tradicional de cachaça em Paraty é tema de documentário da TV Câmara

Publicado

A produção de cachaça em Paraty, reconhecida como Indicação Geográfica desde 2007, é mais do que uma atividade econômica: é um elo com a história, a cultura e a identidade da região. A partir desta semana, um documentário da TV Câmara, realizado com apoio do Sebrae, mergulha nesse universo, revelando a paixão e a resiliência dos produtores que mantêm viva essa tradição.

A produção “Onde a Serra Encontra o Mar” relembra que a história da cachaça em Paraty remonta aos primeiros engenhos do Brasil. O produtor do alambique Coqueiro, Eduardo Mello, conta que a ideia dos pioneiros era extrair açúcar. No entanto, a abundância de chuvas e a umidade do solo não favoreciam o produto. Com isso, o plantio da cana acabou sendo direcionado para a produção de cachaça.

Mello ressalta que a cachaça exige dedicação de ponta a ponta, desde a matéria-prima até o fermento caiçara, feito com elementos do próprio engenho. “A gente respira cachaça, vive cachaça. Nós produzimos cachaça aqui por amor”, comenta. O produtor conta que sua família é uma das poucas que mantiveram a produção de modo ininterrupto.

A qualidade da cachaça de Paraty sempre foi um diferencial, como destaca Maria Izabel, produtora do alambique que leva seu nome: “Paraty tem essa tradição, porque a qualidade da cachaça se destacava”. Ela diz que há registros históricos que mostram que, durante o período do Brasil Colônia, o produto já possuía um preço diferenciado na Europa. “É o que a gente chama de terroir”, diz a produtora, referindo-se às características únicas da região.

Veja Mais:  Lei reconhece Angelim (PE) como Capital Nordestina do Cuscuz

A produtora reviveu a tradição da cachaça em sua família, que remonta ao século 18, mas havia sido interrompida no século 20. “Quando eu nasci, já não se fazia cachaça. Eu vim morar nesse sítio em 1988, morei durante muitos anos sem energia elétrica, sem estrada”, comenta Izabel. Para retomar a produção, ela conta que teve a mentoria de um mestre cachaceiro que a ensinou a preparar o fermento, destilar e identificar os momentos de separação da cabeça, coração e cauda da cachaça (frações do líquido que são separadas para obter um produto de qualidade e seguro para o consumo).

A filosofia de produção em Paraty, hoje, vai muito além do lucro. Maria Izabel descreve seu alambique como um organismo: “Eu falo que é orgânico, porque acaba funcionando tudo como um organismo. Tudo uma coisa só. O espaço faz parte da produção. Eu não vou destruir para plantar cana e produzir mais.” Ela comenta que valoriza a diversidade e a sustentabilidade, não removendo árvores que sombreiam a cana, o que, segundo Izabel, ajuda a prevenir pragas.

A coordenadora de Negócios de Base Tecnológica do Sebrae, Hulda Giesbrecht, diz que o reconhecimento como Indicação Geográfica contribuiu para conferir ao produto da região a garantia das suas qualidades, com base na sua origem, como as condições de clima, o tipo de solo e as tradições relacionadas ao saber-fazer. “As Indicações Geográficas possuem duas funções principais: agregar valor ao produto e proteger a região produtora”, acrescenta.

Veja Mais:  Proposta cria banco nacional de preços de bens e serviços para contratações públicas

No início do ano, outro documentário produzido pela TV Câmara, com apoio do Sebrae, conquistou o prêmio de Melhor Curta-Metragem de Meio Ambiente/Natureza no Festival Internacional de Cinema de Kodaikanal, no sul da Índia. O documentário “Ilha do Ferro – a Arte do Imaginário” foi filmado na comunidade da Ilha do Ferro, no município de Pão de Açúcar (AL), em 2024.

Serviço
O documentário “Onde a Serra Encontra o Mar” estreia nesta quinta-feira (11), às 20h30, na TV Câmara. O programa será reprisado:
• Sexta-feira (12): 13h
• Sábado (13): 0h, 17h30, 22h
• Domingo (14): 8h, 16h30 e 22h30
• Terça-feira (16): 7h

Da TV Câmara
Edição – WS

Fonte: Câmara dos Deputados

Comentários Facebook

Nacional

Comissão aprova regras sobre parcerias público-comunitárias para gerir riscos de desastres

Publicado

A Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados aprovou regras gerais para a contratação de organizações populares na implementação de políticas públicas de gestão de riscos e desastres ambientais. A contratação ocorrerá por meio de parcerias público-comunitárias (PPC).

A proposta busca fortalecer a participação social para reduzir a vulnerabilidade social e ambiental e ajudar na identificação, na prevenção e na mitigação de riscos.

O projeto de lei permite a contratação direta pelo poder público, sem licitação, de entidades privadas sem fins lucrativos e de pessoas físicas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). O projeto altera a Lei de Licitações e a Lei do Voluntariado.

A implantação das parcerias deverá ser feita a partir de diagnóstico territorial sobre possíveis ameaças e vulnerabilidades da área do contrato, com delimitação de áreas de risco e elaboração de planos de ação com participação da comunidade.

Obras e serviços permitidos
A parceria poderá ser feita para:

  • obras e serviços de engenharia para recuperação de áreas degradadas, implantação de sistemas de alerta e implantação de obras de proteção civil;
  • compra de bens e serviços necessários para projetos de prevenção, preparação, resposta e recuperação de desastres;
  • ações de educação, capacitação e treinamento para prevenção e resposta comunitária;
  • iniciativas de desenvolvimento local para geração de renda, inclusão social e fortalecimento da economia local.

Os contratos devem ser monitorados e avaliados a partir de indicadores que meçam o alcance de objetivos e impacto social, ambiental e econômico das ações.

Veja Mais:  Polícia prende 4º suspeito de participar de assalto milionário no aeroporto

Participação
O projeto prevê alguns mecanismos de participação comunitária na implementação das parcerias, como:

  • consulta pública para definição de prioridades, com atenção a populações vulneráveis;
  • gestão compartilhada da parceria, a partir da atuação de comitês gestores;
  • criação de associações comunitárias, conselhos locais e outros meios de participação direta.

Transparência e controle social
Entre as diretrizes e os objetivos previstos estão:

  • transparência e controle social em relação a todas as etapas de execução das obras;
  • participação direta da população afetada, em especial grupos vulneráveis;
  • assegurar a segurança habitacional de pessoas em situação de vulnerabilidade; e
  • integrar ações de prevenção, preparação, resposta e recuperação diante de emergências.

O texto aprovado é um substitutivo do deputado Gilson Daniel (Pode-ES) ao Projeto de Lei 3364/24, do deputado Pedro Campos (PSB-PE) e de outros cinco parlamentares. O projeto original previa a regulamentação dessas parcerias pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

Segundo Gilson Daniel, o texto é eficiente na promoção da gestão participativa de riscos de desastres e no fortalecimento das comunidades. “Ao instituir normas gerais para contratações por meio de parcerias, o texto propõe importante ferramenta para integrar a comunidade em ações de gestão de riscos e desastres fundamentadas em processos colaborativos”, disse.

Próximos passos
A proposta ainda será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

Veja Mais:  Proposta cria banco nacional de preços de bens e serviços para contratações públicas

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Pierre Triboli

Fonte: Câmara dos Deputados

Comentários Facebook
Continue lendo

Nacional

Comissão especial debate relação de trabalho de motoristas e entregadores de aplicativo

Publicado

A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a regulamentação do trabalho por aplicativo (PLP 152/25) promove audiência pública na terça-feira (16) para discutir as possíveis relações de trabalho de motoristas e entregadores que atuam por meio das plataformas digitais.

O debate será às 15 horas, no plenário 7.

Veja quem foi convidado 

A audiência pública atende a pedido dos deputados Augusto Coutinho (Republicanos-PE), Leo Prates (PDT-BA), Hildo Rocha (MDB-MA), Any Ortiz (Cidadania-RS) e Reimont (PT-RJ).

Segundo os parlamentares, a regulação deve considerar diferentes perspectivas, incluindo a proteção social dos trabalhadores, a segurança jurídica das empresas e os impactos econômicos do setor.

“Motoristas e entregadores vinculados a plataformas já fazem parte da rotina de milhões de brasileiros, seja como fonte de renda ou como meio de acesso a serviços essenciais. O setor enfrenta desafios que exigem diálogo para garantir direitos, segurança jurídica e inovação”, afirma Reimont.

Da Redação – GM

Fonte: Câmara dos Deputados

Comentários Facebook
Veja Mais:  Gusttavo Lima planeja candidatar à Presidência da República
Continue lendo

Nacional

Comissão aprova política para democratizar acesso e valorizar a música

Publicado

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 1143/25, que institui a Política Nacional de Incentivo à Música. O objetivo é democratizar o acesso a material didático e instrumentos musicais, além de espaços de apresentação musical. A música será valorizada com educação musical e eventos.

A política conta com oito diretrizes:

  •  promoção da educação musical;
  •  distribuição de material didático e equipamentos musicais às escolas;
  •  formação e valorização dos profissionais do magistério que ministram a educação musical;
  •  valorização dos músicos e profissionais que integram as cadeias criativa, produtiva, distributiva e mediadora dos instrumentos musicais, partituras e matérias didáticos e substratos para gravação de áudios com conteúdo musical;
  •  concessão de prêmios a criadores, autores, artistas, técnicos e suas obras, filmes, espetáculos musicais;
  •  fomento a festivais de música;
  •  admissão de doações e os patrocínios na produção cultural em relação a todos os gêneros musicais;
  •  incentivo à criação e manutenção de espaços de apresentação musical e a museus e espaços de preservação da memória musical brasileira.

O relator, deputado Reimont (PT-RJ), concordou com o autor da proposta, deputado Augusto Puppio (MDB-AP). “A integração da música na educação escolar oferece às crianças e adolescentes tanto a aprendizagem musical em si quanto a melhoria do desempenho escolar em geral, além de ter impactos positivos em sua saúde física e mental”, argumentou Reimont.

Próximas etapas
A proposta segue para análise, em caráter conclusivo, das comissões de Cultura; Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, o texto precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.

Veja Mais:  Projeto aprovado autoriza trabalhador com deficiência a usar FGTS para comprar carro

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Francisco Brandão
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados

Comentários Facebook
Continue lendo

ALMT Segurança nas Escolas

Rondonópolis

Polícia

Esportes

Famosos

Mais Lidas da Semana