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Relatório final de CPI apresenta propostas para investigar e coibir invasões urbanas e rurais

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Um canal de comunicação que permita denúncias de violações do direito de propriedade, a opção de se fazer as denúncias necessárias às autoridades competentes, Ministério Público Federal (MPF) e Estadual (MPE), o fortalecimento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o fomento à criação de cooperativas entre os assentados e trabalhadores rurais são algumas alternativas apontadas para enfrentar o problema das invasões urbanas e rurais no Estado. Essas propostas constam no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das invasões urbanas e rurais no estado de Mato Grosso, por meio do Projeto de Resolução n° 89/2025, aprovado por unanimidade, em plenário, no último dia 12. O documento foi encaminhado ao governo de estado e às comissões da Assembleia Legislativa.

Com o relatório concluído, o presidente da CPI, deputado Gilberto Cattani (PL), fez um balanço dos trabalhos realizados. “A CPI das Invasões foi muito produtiva. Nós conseguimos levantar dados significativos sobre o que acontece dentro do complexo mundo das invasões que existem no nosso estado. Nós temos uma cultura de invasão, principalmente na capital do estado”, destacou ele,

O parlamentar lembra que a maioria dos bairros na capital são fruto de invasão. “Isso é muito ruim para o nosso estado e para o nosso país como um todo, porque o direito de propriedade é um direito sagrado, que está na Constituição Federal. Posteriormente esses bairros foram regulamentados de forma ilícita”, falou Cattani.

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De acordo com o presidente da CPI, a equipe técnica levantou que “existem muitos atores políticos das variadas classes políticas que se envolvem incentivando essa prática criminosa no nosso estado. Isso está no relatório da CPI. Outro ponto importante é que também existe uma ligação muito fina entre as invasões e o crime organizado e precisamos combater isso”, disse.

Cattani destacou ainda outros pontos do relatório final, assinado pelo deputado Carlos Avallone (PSDB), relator da Comissão, entre as sugestões, está a de que o governo estadual crie um “Portal de Transparência da Reforma Agrária em Mato Grosso” contendo informações claras e precisas, com indicadores a respeito dos assentamentos, do número de assentados, da demanda existente, divulgação dos relatórios de execução física e financeira, resultados dos projetos que estão sendo desenvolvidos e outras informações pertinentes, bem como informações aos assentados, visando esclarecer seus direitos, fornecer-lhes instruções para a manutenção e sustentabilidade dos assentamentos, divulgar os projetos que podem trazer melhorias de infraestrutura aos assentamentos, entre outros.

“Importante também a criação de canais de denúncia com ampla publicidade, nos moldes dos outros canais existentes à disposição da população em geral, com telefone disponível, que permita denúncias de violações do direito de propriedade”, disse Cattani.

Titulação – A CPI também sugere que o governo do estado realize uma revisão do modelo atual de titulação das áreas de assentamento criando um plano de mecanização agropecuária para a agricultura familiar.

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“O fortalecimento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e de negociação pode ser a solução de conflitos fundiários coletivos em Mato Grosso. Outra melhoria para combater as invasões é fomentar a criação de cooperativas entre os assentados e trabalhadores rurais, visando à sua melhor inserção comercial na comunidade local, com aproveitamento dos excedentes de sua produção agrícola familiar e sustentável”, revelou ele.

Investigação – O relatório final recomenda ao Ministério Público Estadual (MPE) que investigue participação de agentes políticos, policiais envolvidos em assassinatos e movimentos sociais na incitação à invasão de áreas.

Para o Ministério Público Federal (MPF), a CPI solicita informações sobre a situação da área do assentamento Antônio Conselheiro, situado no município de Tangará da Serra, que teve sua reserva ambiental invadida e utilizada para atividades ilegais, como o tráfico de drogas.

Outro ponto indicado para as investigações do MPF, é quanto a possíveis envolvimentos de servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). “Investigar funcionários e gestores do Incra por suas ações no assentamento existente no município de Itanhangá, por exemplo, que curiosamente foram assentadas pelo próprio Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária na década de 1990”, afirmou Cattani.

CPI – Em outubro de 2023, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) publicou o ato de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as invasões urbanas e rurais no estado de Mato Grosso, por meio do Ato nº 50/2023. Desde então, a Comissão tem desenvolvido seu trabalho, com foco na realização de oitivas que também se estenderam a outras localidades, como ocorreu em Itanhangá.

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Em dezembro de 2024, a ALMT publicou o Ato n° 34/2024, com prorrogação dos trabalhos da CPI por mais trinta dias, para conclusão e entrega do relatório final.

Fonte: ALMT – MT

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Governo regulamenta lei de Max Russi que exige a linguagem simples nas informações passadas pelo poder público ao cidadão

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Em uma iniciativa que promete revolucionar a maneira como o governo se comunica com a população, o Estado de Mato Grosso acaba de regulamentar a Lei nº 12.336, de 28 de novembro de 2023 sobre a Política Estadual de Linguagem Simples e de Direito Visual. De autoria do presidente da Assembleia Legislativa De Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), a proposta busca garantir uma comunicação clara, objetiva e inclusiva entre a administração pública e os cidadãos.

A Lei, que se aplica a todos os órgãos do Poder Executivo, tem como principal objetivo tornar a informação acessível a todos, independentemente de sua formação educacional ou habilidades de leitura. “A legislação é uma resposta à necessidade de democratizar a informação e garantir que todos os cidadãos possam entender seus direitos e deveres de forma clara”, afirmou Russi.

Dentre as diretrizes estabelecidas, destaca-se o uso de linguagem simples e inclusiva, evitando jargões técnicos e discriminatórios. Além disso, a lei incentiva a utilização de recursos visuais, como gráficos e imagens, para facilitar a compreensão das informações. “A comunicação visual é uma poderosa ferramenta que pode ajudar a transmitir mensagens complexas de maneira mais eficaz”, complementou.

O decreto estadual foi recebido com entusiasmo pelos poderes e segundo o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargador José Zuquim Nogueira, a regulamentação da Lei da Linguagem Simples é um avanço para a democracia e a inclusão. “No Poder Judiciário de Mato Grosso já adotamos essa prática, com projetos como o Manual de Linguagem Simples e capacitações que formaram centenas de pessoas. Temos trabalhado para tornar as decisões judiciais e a comunicação do Judiciário com a sociedade mais compreensível a todos os cidadãos. A linguagem clara transforma vidas, aproxima o cidadão do Estado e garante transparência”, reforçou Zuquim.

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Outro ponto importante da legislação é a ênfase na transparência. Ao tornar as informações mais compreensíveis, espera-se que a confiança entre o governo e a população aumente, promovendo um ambiente de maior colaboração e participação cidadã. “Quando as pessoas entendem melhor o que está acontecendo, elas se sentem motivadas a participar das decisões que impactam suas vidas”, finalizou Max Russi.

Para garantir a efetividade da nova política, a lei prevê a capacitação de servidores públicos em técnicas de comunicação claras e acessíveis. Isso inclui treinamentos sobre escrita, design de documentos e uso de recursos visuais, que serão fundamentais para a implementação bem-sucedida da iniciativa.

Fonte: ALMT – MT

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Frente Parlamentar da Agropecuária apresenta proposta para substituir o PLC 18/2024

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A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) realizou reunião ordinária nesta terça-feira (18), na Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) para discutir a proposta de modificação do mapa da vegetação do sistema do Radam (programa de sensoriamento remoto do território brasileiro) para o do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De autoria do governo do estado, o Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 18/2024 tem por objetivo atualizar a base de dados de referência para a classificação do tipo de vegetação nas propriedades para a emissão do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Consta no PLC, que a substituição do mapa do Radam Brasil, do Governo Federal, pelo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disponibilizaria uma base de referência melhor e mais precisa. Porém, o grupo de trabalho formado pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Procuradoria Geral do Estado (PGE) e Ministério Público do Estado (MPMT) apresentou um estudo apontando a viabilidade de permanência do Radam, com finalidade de efetuar um levantamento sobre os recursos naturais de uma área da Amazônia, possibilitando aprimoramento da proposta.

De acordo com o deputado Ondanir Bortolini, Nininho (PSD), a sugestão trazida pelo governo do estado em mudar a base do Radam para o IBGE poderá trazer prejuízo de mais 7 milhões e 800 mil hectares de áreas que hoje são consolidadas, que já foram abertas, e estão produzindo.

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“Essas áreas já foram caracterizadas como Cerrado, se mudar a plataforma elas passariam a ser floresta, traria um transtorno imenso. Nós defendemos manter a base do Radam. Estamos reunidos com Ministério Público, IBAMA, com o IBGE, SEMA, fazendo essa discussão para chegarmos a uma conclusão”, explicou Nininho.

O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado (Sedec), Cesar Alberto Miranda Lima dos Santos Costa, disse que o estudo técnico é importante para que o estado possa cumprir a lei, o Código Florestal e as normativas estaduais.

“Pelos dados apresentados hoje, o grupo de trabalho mostrou a viabilidade de manter o Radam. Vamos estudar, aguardar a finalização do estudo, e podem ter certeza que o governo do estado vai estar sempre ao lado do produtor e, obviamente, e observando para que a legislação florestal, ambiental do Brasil sejam respeitadas”, disse César.

Presidente da Famato, Vilmondes Tomain, falou sobre os reflexos negativos da mudança do Radam para o IBGE. “O estudo apresentado identificou que a modificação da plataforma colocaria vários produtores rurais na ilegalidade, pois aumentaria a área de floresta e diminuiria a de cerrado. A lei retroagiria, fazendo com que o produtor que desmatou dentro da legalidade estaria cometendo crime ambiental. A Assembleia Legislativa entendeu que isso é prejudicial e nós também e vamos defender isso”, enfatizou Tomain.

Membro do grupo de trabalho, o deputado Carlos Avallone (PSDB) disse que há um entendimento de que a mudança da escala poderá criar tumulto. “Mudando a escala, áreas que eram Cerrado vão virar florestas e áreas que eram florestas vão virar Cerrado. A discussão é complexa e a gente tem que arrumar uma forma para que a legislação seja cumprida”, explicou Avallone.

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Fonte: ALMT – MT

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Comissão de Saúde da ALMT realiza visita técnica ao Hospital Central de Cuiabá nesta quarta-feira (19)

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A Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) realizará, nesta quarta-feira (19), às 15h30, uma visita técnica ao Hospital Central de Cuiabá. O objetivo é acompanhar o andamento das obras, verificar o percentual de execução e obter informações sobre o funcionamento da unidade.

O presidente da comissão, deputado estadual Paulo Araújo (PP), destacou que a vistoria é fundamental para esclarecer pontos cruciais, como as especialidades clínicas que serão ofertadas e o modelo de gestão que será adotado pelo hospital.

“A população de Mato Grosso aguarda há anos a entrega desse hospital. Queremos entender em que fase estão as obras, qual a previsão de abertura e como será o atendimento à população”, afirmou o parlamentar.

A comissão pretende obter detalhes técnicos diretamente no local, buscando garantir transparência e eficiência na entrega da unidade de saúde.

O Hospital Central de Cuiabá é uma das principais promessas da gestão estadual para reforçar a rede de saúde pública, oferecendo atendimento especializado e ampliando a capacidade hospitalar do estado.

Serviço

O quê: Visita técnica da Comissão de Saúde da ALMT ao Hospital Central de Cuiabá

Quando: Quarta-feira, (19/03), às 15h30

Onde: Hospital Central de Cuiabá.

Fonte: ALMT – MT

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