Cidades
Várzea Grande e Cuiabá aderem à Central de Conciliação de Saúde Pública
O objetivo da parceria é reduzir a judicialização da saúde e otimizar os gastos públicos com procedimentos médicos e hospitalares
Várzea Grande e Cuiabá se uniram ao poder Judiciário de Mato Grosso e ao governo do Estado, para a criação da Central de Conciliação de Saúde Pública. A prefeita Flávia Moretti (PL), e a secretária de Saúde, Deisi Bocalon, participaram na tarde de ontem (03), da solenidade, realizada na sede do Tribunal de Justiça, que marcou a adesão dos dois municípios.
A Central de Conciliação de Saúde Pública visa informar o cidadão de forma objetiva, rápida e qualificada, sobre seu procedimento médico, promovendo soluções eficientes para a população. O objetivo da parceria é reduzir a judicialização da saúde e otimizar os gastos públicos com procedimentos médicos e hospitalares.
O presidente do TJMT, desembargador José Zuquim Nogueira, abriu a reunião, que contou com representantes das secretarias de Saúde estadual e municipais, além do Ministério Público (MPMT), Defensoria Pública (DPMT) e o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec).
A ação é coordenada pelo juiz auxiliar da Presidência do TJMT, Agamenon Alcântara Moreno Júnior. Ele explicou que após várias reuniões realizadas com o governo do Estado, por meio da secretaria Estadual de Saúde, MPMT e DFMT para definir o funcionamento e o fluxo da Central, os municípios foram chamados.
“Queremos ter num mesmo ambiente a Regulação da Saúde do Estado e dos dois municípios, a Defensoria, o Ministério Público e o Cejusc da Saúde. Queremos oferecer ao cidadão, num mesmo lugar, uma informação qualificada, para que ele possa a partir daí, saber tudo sobre o procedimento que vai fazer. E se ele entender que levará muito tempo para ser realizado, haverá a possibilidade de procurar a Defensoria e o Ministério Público, que estarão presentes para entrar com um pedido de conciliação prévia ou judicializar o processo”, explicou o magistrado, que atua na Vara da Saúde de Várzea Grande.
A prefeita Flávia Moretti destacou a necessidade da adesão de Várzea Grande a esse programa relacionado à saúde pública, uma vez que o município não dá conta de resolver algumas questões sozinho. “A gente tem que montar essa força-tarefa mesmo”, destacou.
BANDEIRA DEFENDIDA – Morreti lembra que em 2019, quando era presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), já defendia a vinda da Vara da Saúde para Várzea Grande. “Não judicializando a saúde, mas levando o problema com outro olhar para o cidadão. Salvou muitas vidas e agora chegou naquela fase da evolução da Vara da Saúde do pré-processamento, que é a conciliação, a mediação antecipada, para que as pessoas tenham segurança e não haja necessidade da judicialização. Mas também que os órgãos, tanto estado como municípios, façam seu papel de forma pré-processual, sem necessidade da judicialização. Essa conciliação, essa Central de Conciliação, está sendo proposta pelo Tribunal de Justiça e aceita por Várzea Grande. Várzea Grande vai participar, sem dúvida nenhuma, e é uma outra maneira de a gente avançar no atendimento à saúde do cidadão várzea-grandense”, enfatizou.
A secretária de Saúde, Deisi Bocalon disse que essa parceria, envolvendo o Tribunal de Justiça, o governo do Estado e agora os municípios de Várzea Grande e Cuiabá, será de grande importância uma vez que exuste um polo de saúde. “Os maiores procedimentos e de maior complexidade são realizados aqui na baixada cuiabana. Então é de extrema importância porque visa evitar a judicialização em si. Todos os procedimentos que são judicializados são bem mais caros e isso onera para o Estado e, consequentemente para o município, porque esses pacientes estão internados numa rede hospitalar municipal, ou no HMC ou Pronto-Socorro e Hospital Municipal. E esses pacientes permanecem em torno de dois meses para sair a liminar e poder fazer o procedimento”, destacou.
A secretária disse ainda que disse que com esse programa é uma forma de também agilizar os problemas que ocorrem na rede de saúde. “Se um paciente fica hospitalizado por dois meses, ocupando um leito, esse mesmo leito poderia estar atendendo até seis ou até mais pacientes neste período em que esteve internado. Por conta desse entrave, acaba demorando mais o atendimento sem contar que o paciente corre o risco de infecção hospitalar e de outros fatores”, completou.

Lucas do Rio Verde
Residência Médica: Prefeitura divulga resultado final do processo de seleção

Já está disponível no site da Prefeitura de Lucas do Rio Verde, o resultado final do processo seletivo para Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade.
São ofertadas seis vagas, sendo quatro de ampla concorrência, uma destinada as pessoas com algum tipo de deficiência e outra, àqueles que se autodeclaram negros e pardos.
Segundo a supervisora do Programa de Residência Médica Dra. Lorenna Bertolazo, nesta quarta-feira (12), será publicado o edital de homologação do processo seletivo.
Os candidatos aprovados, respeitando as vagas reservadas, devem realizar a matrícula nos dias 17 e 18 de fevereiro. Aqueles que não fizerem dentro do prazo, serão desclassificados.
As aulas começam no dia 1º de março. O curso tem duração de dois anos, com aulas práticas, oficinas e estágio supervisionados em diversos campos de atuação.
O programa também oferece uma bolsa mensal do governo federal no valor de R$ R$ 4.106,09 e um incentivo financeiro da Secretaria Municipal de Saúde no valor de R$ 9 mil.
Esta será a nona turma de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade, ofertada pelo município. No próximo dia 21, serão formados quatro novos especialistas, da turma 2023/2025.
“O Programa de Residência Médica contribui muito com a qualidade do serviço médico prestado nas nossas unidades básicas. Em sete edições, já foram formados 26 especialistas”, finaliza a supervisora.
Cidades
ETA Velha volta a funcionar e milhares de moradores terão abastecimento retomado
Abastecimento será retomado de forma gradativa. Esses primeiros dias tendem a ter menos pressão até que tudo se estabilize
Uma explosão de felicidade e alívio tomou conta da equipe do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE VG) na noite desta segunda-feira (12). Às 23h40, a bomba de captação da ETA Velha (ETA I) voltou a funcionar, após cinco dias de trabalho ininterrupto. O barulho da bomba retomando sua operação foi recebido com aplausos e comemoração pelos trabalhadores, que se dedicaram incansavelmente, die e noite, para garantir que milhares de moradores voltassem a receber água.
Foram cinco dias de esforço exaustivo, montagem e desmontagem da bomba por três vezes para diagnosticar e resolver o problema. A equipe enfrentou noites sem descanso, batalhando contra dificuldades mecânicas e estruturais para garantir que a água voltasse a chegar às casas dos várzea-grandenses.
O diretor-presidente do DAE, Sandro Azambuja, esteve presente no local ao longo de toda a operação, e acompanhou de perto a retomada da captação. Após a primeira hora de produção, monitorou pessoalmente a operação, garantindo que tudo estivesse funcionando dentro da normalidade. Após colocar em funcionamento a bomba, a equipe do DAE seguiu durante toda a madrugada monitorando o funcionamento da bomba.
“Foi um trabalho árduo, que exigiu esforço e dedicação máxima da equipe. Sabemos o quanto a população sofreu e estamos aqui para garantir que o abastecimento seja restabelecido o mais rápido possível. Quando ouvimos o som da bomba funcionando, foi um momento de alívio. Mas o trabalho continua, pois sabemos que ainda temos muitos desafios pela frente”, afirmou Sandro.
O DESAFIO DESDE O INÍCIO – A ETA I precisou ser desligada inicialmente para a manutenção da adutora que se rompeu na rua Maracanã, no Centro Norte. Naquele momento, acreditava-se que, ao resolver essa questão, o abastecimento seria retomado sem problemas. No entanto, um efeito dominó de falhas começou a surgir, como consequência de sucateamento, furtos e vandalismo.
Durante os dias seguintes, enquanto a ETA I aguardava a finalização da adutora, outros problemas foram surgindo. A bomba da ETA Cristo Rei, localizada na mesma estrutura, também parou de funcionar, exigindo que as equipes do DAE se dividissem entre as duas emergências. Ao mesmo tempo, o Morro do Urubu, que recebe água da ETA I e abastece o Pronto-Socorro e Hospital Municipal de Várzea Grande, começou a perder nível, forçando o DAE a realocar a produção da ETA II (Júlio Campos).
“Nos últimos dias, a população sofreu com a falta d’água, e o DAE precisou reforçar a distribuição com caminhões-pipa, priorizando hospitais, escolas e regiões mais críticas. Mas, mesmo diante das dificuldades, a equipe não desistiu”, pontuou Sandro.
ABASTECIMENTO SERÁ RETOMADO GRADATIVAMENTE – Com o retorno da ETA Velha, a água será distribuída de forma gradual para evitar danos à rede. Como os canos ficaram secos por dias, a pressão inicial será reduzida, pois o primeiro passo é encher a tubulação antes que a água comece a chegar com força total às casas.
Os primeiros bairros a serem abastecidos pela ETA I serão:
Manhã
– Centro / Nova Várzea Grande
– Costa Verde
– Nova Era
– Nossa Senhora da Guia
Tarde
– Canelas
– Ouro Branco
– Paula II (próximo ao Canelas)
Noite
– Ipase
– Imperador
– Aeroporto
– Planalto Ipiranga
– Ikaray
– Novo Horizonte (próximo à Estrada do Capão)
A normalização completa do abastecimento seguirá conforme o cronograma de intermitência, garantindo que todos os bairros atendidos pela ETA I voltem a receber água nos próximos dias.
COMPROMISSO E TRANSPARÊNCIA – O diretor-presidente do DAE, Sandro Azambuja, reforçou o compromisso da autarquia em enfrentar os desafios e trabalhar com total transparência.
“Estive aqui acompanhando cada detalhe desse processo, porque sei o impacto que a falta de água tem na vida das pessoas. Estamos trabalhando com todo o empenho para restabelecer o abastecimento da cidade e minimizar os danos causados pelos problemas estruturais que encontramos. Hoje conseguimos vencer mais uma batalha, mas ainda temos muito trabalho pela frente”, declarou Sandro.
Com o retorno da ETA I, a expectativa é que o Pronto-Socorro e demais bairros atendidos pelo Morro do Urubu voltem a receber água normalmente, aliviando a pressão sobre a ETA II.
O DAE segue atuando com monitoramento contínuo e reforça que qualquer problema no abastecimento deve ser comunicado pelos canais oficiais para que a equipe possa verificar e atender cada situação com prioridade.
Cidades
Em reunião com vereadores, vice-prefeito reafirma parceria e apresenta ações para melhorias no abastecimento
Em prol da população várzea-grandense, os dois poderes dialogaram sobre a crise hídrica em um esforço conjunto para busca de soluções
O vice-prefeito de Várzea Grande, Sebastião dos Reis Gonçalves (Tião da Zaeli/PL), e o presidente do Departamento de Água e Esgoto (DAE-VG), Sandro Azambuja, estiveram reunidos ontem (10) com os vereadores para dialogar sobre a crise hídrica do Município. Em pauta, ações emergenciais, apresentação do Comitê de Crise Hídrica e a prestação de contas ao Legislativo das ações já implementadas.
O vice-prefeito destacou que é importante manter a transparência com a Câmara, como também ouvir as sugestões dos parlamentares e tecer uma linha do tempo para comprovar que os problemas atuais, que afetam o abastecimento, derivam do sucateamento da autarquia, acumulado ao longo dos anos e não dos últimos 40 dias.
“Essa é uma reunião informativa para que os parlamentares possam entender o que nós estamos fazendo, como também para que eles possam apontar como podemos melhorar. Como resultado, temos várias sugestões positivas feitas pelos vereadores, afinal estamos todos no mesmo barco, pois todos fomos eleitos para servir ao povo”, pontuou Tião da Zaeli.
O presidente do DAE disse que, junto com os servidores da autarquia, está se esforçando dia e noite para normalizar o abastecimento e trazer confiabilidade ao sistema. “Estamos sendo cobrados pelos moradores, mas estamos nos esforçando ao máximo para normalizar todo atendimento com equipes trabalhando dia e noite. Infelizmente, houve diversos crimes de furto e vandalismo aos nossos equipamentos, fora o sucateamento, fatores que prejudicaram o povo várzea-grandense. Nossos esforços estão sendo redobrados para que tudo seja normalizado em breve”, disse Azambuja.
O presidente da Câmara Municipal, Wanderley Cerqueira (MDB), reconheceu que os problemas que comprometem o abastecimento na cidade são antigos. “O DAE tem uma dívida de R$ 500 milhões”. Ele destacou que é o papel da Câmara fiscalizar.
COMITÊ DE CRISE HÍDRICA – Diante dos recentes problemas que levaram ao colapso no abastecimento de água em toda a cidade, a prefeita Flávia Moretti determinou a criação de um Comitê de Crise para solucionar os transtornos e unir esforços de todas as secretarias municipais.
Para responder com agilidade às demandas da população, o Comitê de Crise definiu uma série de medidas emergenciais como: monitoramento e segurança em diversos pontos do DAE-VG, contratação de carros-pipas, instalação de sensores de segurança e transparência na informação repassada aos munícipes.
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