Política MT
Audiência pública na ALMT debate proposta orçamentária de R$ 40,7 bilhões para 2026

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa de Mato Grosso realizou, nesta terça-feira (4), a primeira audiência pública para discutir o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA 1576/2025). A proposta do governo estadual estima uma receita total de R$ 40,7 bilhões para o exercício de 2026, representando um crescimento de 10,02% em relação a 2025, que é de R$ 37,076 bilhões.
Do montante previsto, R$ 28,67 bilhões são destinados ao orçamento fiscal e R$ 12,13 bilhões à seguridade social. O projeto também reserva R$ 4,92 bilhões para investimentos diretos, com foco nas áreas de infraestrutura rodoviária, saúde, educação e segurança pública, setores considerados prioritários pela gestão estadual.
Com a nova estrutura administrativa da área de segurança, a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) contará com orçamento de R$ 4,38 bilhões, enquanto a Secretaria de Justiça (Sejus-MT), criada recentemente para gerir o sistema penitenciário e as unidades socioeducativas, terá R$ 944,9 milhões. Juntas, as duas pastas somam R$ 5,33 bilhões.
O Poder Executivo concentrará a maior parte dos recursos, com R$ 34,34 bilhões. O orçamento também prevê R$ 3,32 bilhões para o Poder Judiciário, R$ 1,045 bilhão para a Assembleia Legislativa, R$ 963,9 milhões para o Ministério Público, R$ 749,8 milhões para o Tribunal de Contas e R$ 369,9 milhões para a Defensoria Pública.
A apresentação dos números do PLOA foi feita pelo secretário adjunto da Secretaria de Fazenda, Ricardo Capistrano. Ele afirmou que a pasta trouxe informações técnicas justamente para rebater as críticas feitas sobre a execução orçamentária da saúde. Segundo ele, o setor tem sido contemplado tanto com os valores iniciais previstos na Lei Orçamentária quanto com suplementações ao longo do exercício, o que tem garantido a manutenção dos investimentos e das políticas públicas.
Foto: VANDERSON FERRAZ SANTOS
Capistrano explicou que 2026 será um ano de transição para a saúde, marcado pela consolidação de investimentos realizados nos últimos anos, com a entrega de hospitais e ampliação de estruturas profissionais, permitindo ao Estado avaliar, a partir de 2027, o custo real de manutenção desse novo aparato.
O adjunto da Sefaz disse que, embora o orçamento pareça menor, trata-se de um período de consolidação das obras e serviços e não de expansão imediata. Ele citou, como exemplo, o Hospital Central, que será entregue ainda neste ano, e cujo funcionamento servirá de base para dimensionar as futuras despesas. Capistrano reforçou que a saúde pública continuará sendo contemplada com recursos adequados tanto na proposta inicial quanto nas suplementações previstas, garantindo a continuidade das ações do governo.
Por fim, ele justificou a ausência do secretário Rogério Gallo, que está em Brasília e pretende participar da próxima audiência pública para detalhar a política fiscal do estado.
O presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), deputado Eduardo Botelho (União), questionou o secretário adjunto da Sefaz, Ricardo Capistrano, sobre as sucessivas divergências entre os valores orçados e os efetivamente realizados nas contas do estado.
Botelho afirmou que, historicamente, o orçamento enviado à Assembleia Legislativa tem ficado bem abaixo da arrecadação real, o que caracteriza uma subestimação sistemática das receitas. Ele citou exemplos de anos anteriores, lembrando que, de 2019 para 2020, a variação foi de 11%, e que apenas durante a pandemia, em 2021, o percentual ficou mais próximo do previsto, em 9%.
O parlamentar demonstrou preocupação com o fato de as diferenças terem aumentado nos anos seguintes, alcançando patamares de 30%, 34%, 28% e 23%, o que, segundo ele, ultrapassa o limite aceitável de erro, estimado em cerca de 10%. Botelho afirmou que é inconcebível que técnicos experientes da Secretaria de Fazenda errem a ponto de apresentar projeções tão distantes da realidade e cobrou explicações sobre os critérios utilizados para a elaboração das estimativas do orçamento de 2026.
Durante a audiência, o deputado Júlio Campos (União) questionou o secretário adjunto da Sefaz, Ricardo Capistrano, sobre a origem dos investimentos previstos de aproximadamente R$ 3,9 bilhões para 2026, indagando se os valores seriam provenientes do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) ou do orçamento da fonte 100. Capistrano esclareceu que os recursos são majoritariamente oriundos do Fethab, com receitas vinculadas às commodities, e incluem majoritariamente essa fonte no montante previsto.
Campos também perguntou sobre a inclusão da estatal MT Par e das receitas dos pedágios da BR-163 no orçamento, mencionando a expectativa de um repasse de R$ 350 milhões à Nova Rota Oeste no início de 2026. Em resposta, Capistrano informou que o orçamento de investimento da Nova Rota Oeste ainda não está contemplado, mas que o estado trabalha na elaboração de uma proposta específica para o exercício de 2027, conforme orientação recente do Tribunal de Contas.
O deputado Carlos Avallone (PSDB) demonstrou preocupação com a possibilidade de o orçamento estadual para 2026 estar subestimado em até 30%. Segundo ele, há inconsistências evidentes, especialmente na área da saúde, onde o orçamento previsto para o próximo ano seria cerca de R$ 1 bilhão menor que o de 2025, mesmo com a conclusão de cinco a seis hospitais, incluindo o Hospital Central.
Avallone relatou ter buscado explicações junto aos secretários de Saúde e Fazenda, mas afirmou não ter se convencido dos argumentos apresentados, destacando que os custos de manutenção hospitalar, estimados em até R$ 40 milhões mensais no caso do Hospital Central, tornam a redução orçamentária inviável. Para o parlamentar, a subestimação dos valores pode gerar sérios problemas na execução das políticas públicas, principalmente na saúde.
Entre as secretarias e órgãos do Executivo, a Educação lidera a dotação orçamentária com R$ 5,80 bilhões, seguida pelo MTPrev, com R$ 5,53 bilhões, e pela Segurança Pública, com R$ 4,38 bilhões. A Saúde terá orçamento de R$ 4,24 bilhões, a Infraestrutura de R$ 3,43 bilhões, a Fazenda de R$ 1,11 bilhão e a Assistência Social e Cidadania de R$ 384,5 milhões.
Para o exercício de 2026, o Governo de Mato Grosso prevê uma renúncia fiscal líquida de R$ 11,6 bilhões, conforme dados apresentados na proposta orçamentária. A maior parte desse montante é referente ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que totaliza R$ 10,4 bilhões. Em seguida, aparecem o IPVA, com R$ 488,7 milhões; o ITCD, com R$ 138,5 milhões; as taxas estaduais, com R$ 120 milhões; e os juros e penalidades, que somam R$ 468,8 milhões.
Em relação ao endividamento, até 31 de julho de 2025, o estoque da dívida pública consolidada de Mato Grosso atingia R$ 4,76 bilhões. Desse total, a dívida interna, que inclui as administrações direta e indireta, representa 77,09%, o equivalente a R$ 3,67 bilhões. Já a dívida externa, vinculada à administração direta, corresponde a 22,91%, ou R$ 1,09 bilhão. Os números refletem a composição das obrigações financeiras do Estado, que seguem sob controle dentro dos limites estabelecidos pela legislação fiscal.
A defensora pública-geral de Mato Grosso, Maria Luziane Ribeiro de Castro, afirmou durante a audiência pública que, apesar dos avanços institucionais, o orçamento destinado ao órgão ainda é insuficiente diante da crescente demanda por atendimentos. Segundo ela, até o dia 3 de novembro, a Defensoria já havia realizado 558 mil atendimentos, uma média de 2,7 mil por dia, o que evidencia a relevância do serviço para a população vulnerável.
Mas, de acordo com a defensora, o crescimento orçamentário da Defensoria foi aproximadamente 4,48% , sendo muito pequeno diante das necessidades da nossa instituição. Para suprir a demanda, de acordo com Castro, é preciso um investimento estimado de 48,7 milhões e não os R$ 500 mil previstos no PLOA.
Ela frisou que todo recurso destinado à Defensoria deve ser considerado um investimento social, pois retorna em forma de atendimento à população. A defensora ainda citou a inauguração de 12 novos núcleos em 2025, incluindo unidades em Matupá e Guarantã do Norte, como exemplo do esforço em ampliar o acesso da população ao atendimento jurídico com dignidade.
Fonte: ALMT – MT
Política MT
Deputados aprovam em primeira discussão PL que altera o programa Ser Família Habitação

Reunidos em sessão ordinária, os deputados estaduais aprovaram por unanimidade nesta quarta-feira (12), em primeira votação, o Projeto de Lei 1427/2025, que altera a Lei Estadual nº 11.587, de 26 de novembro de 2021, que institui o Programa Estadual de Habitação, o Ser Família Habitação.
De autoria do Governo do Estado, o projeto altera o parágrafo 2° do artigo 1º da Lei n° 11.587, de 26 de novembro de 2021, que passa a vigorar com a seguinte redação:
“§ 2° – O programa previsto no caput deste artigo atenderá famílias com renda mensal definida por meio de Decreto Estadual, com prioridade para famílias com renda mensal de até quatro salários mínimos”
Em sua justificativa, o governo destaca que a alteração tem o objetivo de adequar a legislação estadual às recentes modificações promovidas pelo Governo Federal no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV).
“A medida busca assegurar a plena integração entre os regimes habitacionais federal e estadual, de modo a ampliar, de forma efetiva, o alcance social da política habitacional desenvolvida no Estado de Mato Grosso”.
Conforme o governo, “a principal alteração proposta consiste na ampliação do público-alvo do Programa Estadual Ser Família Habitação, passando a abranger famílias com renda mensal de até R$ 8.000,00 (oito mil reais), em conformidade com os parâmetros atualmente adotados pelo programa federal”.
O governo garante – ainda – disponibilidade orçamentária para a adoção da medida. “No que tange à disponibilidade orçamentária e financeira, a MT Participações e Projetos S.A. – MT PAR informou, de forma satisfatória, a previsão dos recursos necessários para a execução da proposta”.
Para completar a justificativa, o governo argumenta que “a ação está devidamente contemplada no Plano Plurianual (PPА) 2024-2027 e incluída no Plano de Trabalho Anual (PTA), com execução prevista para exercício de 2026”.
Fonte: ALMT – MT
Política MT
AL aprova PL de Janaina e mulheres de MT poderão ter acesso a política estadual voltada à saúde no climatério e na menopausa

As mulheres de Mato Grosso poderão contar com uma política pública específica voltada ao cuidado durante o climatério e a menopausa. A Assembleia Legislativa aprovou, em segunda votação, nesta quarta-feira (12), o projeto de lei nº 95/2025, de autoria da deputada estadual Janaina Riva (MDB), que institui a Política Estadual de Atenção Integral à Saúde das Mulheres no Climatério e na Menopausa. A proposta busca garantir informação, acolhimento e atendimento especializado na rede pública, com foco na qualidade de vida e no bem-estar feminino.
De acordo com o texto aprovado, a política estadual terá como principais diretrizes a promoção de campanhas educativas sobre o climatério e a menopausa; a capacitação e atualização contínua de profissionais de saúde para o atendimento humanizado e especializado; e o estímulo à criação de grupos terapêuticos e redes de apoio para mulheres nessa fase. Também está prevista a inclusão de conteúdos sobre o tema nos programas de educação em saúde desenvolvidos pelo Estado, além da oferta de informações sobre terapias hormonais e não hormonais disponíveis, seus benefícios e possíveis efeitos adversos.
A proposta determina ainda a ampliação do acesso a serviços multidisciplinares de saúde, com atendimento em áreas como ginecologia, endocrinologia, nutrição, psicologia e fisioterapia. Entre as medidas previstas, está a disponibilização de exames e tratamentos necessários ao diagnóstico e manejo das condições associadas ao climatério e à menopausa na rede pública.
Outro ponto de destaque é a criação da Semana Estadual de Conscientização sobre o Climatério e a Menopausa, que será realizada anualmente na terceira semana de outubro, com atividades educativas e informativas para sensibilizar a população e combater estigmas relacionados ao tema.
Na justificativa do projeto, Janaina Riva reforça que a iniciativa nasce da constatação de que muitas mulheres enfrentam essa etapa da vida sem informação e sem suporte adequado. “A falta de informações e o acesso insuficiente a serviços de saúde especializados contribuem para o agravamento dos sintomas associados ao climatério e à menopausa. A implementação de uma política estadual específica busca suprir essas lacunas, promovendo a conscientização, qualificando o atendimento e oferecendo suporte efetivo às mulheres nessa fase”, afirmou a parlamentar.
A deputada cita ainda estudos realizados no Hospital Universitário Júlio Müller, em Cuiabá, que apontam que fatores como sintomas depressivos, doenças crônicas e sintomas climatéricos estão associados a uma autoavaliação negativa da saúde entre mulheres de meia-idade. “Esses dados reforçam a importância de uma política pública estruturada, capaz de garantir às mulheres mato-grossenses o direito à saúde integral e à qualidade de vida”, destacou.
Com a aprovação definitiva, o projeto segue para sanção do governador. Caso se torne lei, Mato Grosso será um dos primeiros estados do país a adotar uma política pública estadual voltada exclusivamente à saúde da mulher no climatério e na menopausa. Atualmente estados como Paraná e Rio de Janeiro já oferecem o serviços às mulheres e alguns municípios como São Paulo, por exemplo.
Fonte: ALMT – MT
Política MT
Após novos casos de violência, Wilson Santos cobra medidas efetivas de segurança escolar

Com os recentes episódios de violência dentro de unidades escolares de Mato Grosso, o deputado estadual Wilson Santos (PSD) alertou para a necessidade de medidas eficazes que inibam qualquer tipo de agressão contra alunos, corpo pedagógico e demais profissionais da comunidade escolar. Ele defende que o governo estadual adote estratégias e políticas de prevenção e enfrentamento para evitar atentados e garantir a integridade de todos.
Segundo o parlamentar, essa é uma problemática social de dimensão nacional, que reflete as desigualdades existentes no país. “A violência é originada da desigualdade social e as escolas devem ser espaços de desenvolvimento de crianças e jovens, preparando-os para um futuro digno e promissor. Não podemos transformar as escolas em ambientes de medo e insegurança. É urgente combater os obstáculos existentes e aplicar soluções concretas”, afirmou.
A pauta da violência escolar ganhou destaque em abril de 2023, após a tragédia em uma creche de Blumenau (SC), que resultou na morte de quatro crianças, reacendendo o debate sobre segurança nas instituições de ensino em todo o país. No entanto, o deputado lembra que o tema não é recente e que, desde 2019, vem defendendo a criação de mecanismos permanentes de proteção nas escolas.
Naquele ano, Wilson apresentou o Projeto de Lei n.º 688/2019, que tornava obrigatória a adoção de sistemas de segurança nos estabelecimentos de ensino de Mato Grosso. “Em 2019, apresentamos esse projeto para garantir a segurança de nossos alunos e professores. Agora, em 2025, no mês de fevereiro, a proposta foi aprovada no plenário da Assembleia e encaminhada ao governo para sanção. Três meses depois, fomos surpreendidos com o veto total à matéria. É lamentável, pois se trata de uma política pública essencial para a integridade física e psicológica da comunidade escolar”, criticou o parlamentar.
O projeto previa que as escolas públicas adotassem sistemas de monitoramento por câmeras, controle de acesso com portas giratórias e detectores de metais, além de equipamentos eletrônicos para identificação de pessoas e prevenção de incidentes.
Wilson Santos citou o caso ocorrido em Rondonópolis, no início desta semana, em que um adolescente de 16 anos, após alegar sofrer bullying, esfaqueou uma colega de 13 anos, provocando ferimentos graves. “Se essa lei estivesse em vigor, acredito que episódios como esse, poderiam ter sido evitados. Um detector de metais ou uma porta giratória impediria a entrada de uma arma branca dentro da escola”, ressaltou.
Antes desse caso, na última sexta-feira (8), em Pontes e Lacerda, outro episódio de violência chamou atenção, em que um aluno agrediu uma colega com um chute pelas costas durante o intervalo escolar, motivado por uma discussão em um jogo de cartas. O ato foi filmado a pedido do agressor e viralizou nas redes sociais, o que gerou indignação e preocupação entre pais e professores. “Esses são casos que chegaram à mídia. E quantos outros não chegam ao nosso conhecimento? Precisamos de políticas públicas efetivas. A violência nas escolas vai desde o bullying até agressões físicas e verbais e isso compromete o processo de ensino e aprendizagem e o bem-estar de todos os envolvidos no ambiente escolar”, finalizou o deputado.
Em resposta aos casos recentes, o secretário de Estado de Educação (Seduc), Alan Porto, informou que as famílias e as comunidades escolares estão recebendo acompanhamento psicossocial e que as devidas providências foram adotadas. Ele adiantou que uma das estratégias do governo é converter escolas com histórico de violência em unidades cívico-militares, visando reforçar valores de respeito, disciplina e segurança.
Fonte: ALMT – MT
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