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Banco Central eleva crescimento econômico para 3,2% em 2024

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O Banco Central (BC) revisou sua projeção de crescimento econômico para 2024, elevando-a de 2,3% para 3,2%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira (26.09).

O ajuste se deve ao impacto menor do que o esperado das enchentes no Rio Grande do Sul e à surpresa positiva no desempenho da economia no segundo trimestre deste ano. No entanto, a autarquia alertou para uma desaceleração em 2025, com uma estimativa de crescimento mais modesto, em torno de 2%.

Imagem: assessoria

O presidente do Instituto do Agronegócio (IA), Isan Rezende (foto), fez uma rápida análise dos números apresentados no relatório trimestral do BC e suas implicações para o agronegócio brasileiro. “Os números apresentados pelo BC indicam um cenário misto para o agronegócio: há um crescimento econômico no curto prazo, que pode beneficiar a demanda interna e trazer fôlego ao setor em 2024”, disse Isan.

Apesar do otimismo, o presidente do IA alerta: “a previsão de desaceleração em 2025 e o aumento da inflação sugerem desafios significativos à frente. Custos de produção mais altos e um mercado de crédito possivelmente mais restrito são fatores que devem ser monitorados de perto pelos produtores e investidores do agronegócio”.

A nova previsão para 2024 está alinhada com a do Ministério da Fazenda, que também espera um crescimento de 3,2% no Produto Interno Bruto (PIB). Já o mercado financeiro, segundo a pesquisa Focus mais recente, projeta um aumento de 3% na economia para o ano que vem.

“O Banco Central destacou que a revisão para cima reflete o bom desempenho observado no segundo trimestre, mas ponderou que a economia deve desacelerar na segunda metade de 2024 e ao longo de 2025. Entre os principais fatores que contribuirão para essa desaceleração estão a expectativa de um menor impulso fiscal, a interrupção da flexibilização monetária iniciada em 2023, e o esgotamento do uso de fatores produtivos ociosos”, completou Rezende.

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Por setores, o BC projeta uma retração de 1,6% na agropecuária em 2024, seguida de uma recuperação com crescimento de 2% em 2025. Para a indústria, as previsões são mais otimistas, com aumento de 3,5% em 2024 e 2,4% no ano seguinte. Já para o setor de serviços, que é um dos pilares da economia, o crescimento previsto é de 3,2% para o próximo ano, desacelerando para 1,9% em 2025.

O Banco Central também revisou suas projeções de inflação para cima. A inflação acumulada em 12 meses voltou a subir, assim como as expectativas para o curto e médio prazos. Segundo o BC, o aumento da inflação está relacionado ao ritmo mais forte da economia, à desvalorização do real e à elevação das expectativas inflacionárias.

As novas estimativas indicam uma inflação de 4,3% em 2024, de 3,7% em 2025 e de 3,3% em 2026. O centro da meta de inflação para esses anos permanece em 3%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. No entanto, a probabilidade de que a inflação ultrapasse o teto da meta subiu de 28% para 36% em 2024 e de 21% para 28% em 2025.

Sobre a política de juros, o Banco Central reiterou que continuará monitorando o cenário econômico antes de tomar qualquer decisão sobre futuras reduções ou elevações da taxa Selic. O BC reafirmou seu compromisso em garantir que a inflação convergirá para a meta nos próximos anos, sem, contudo, fornecer pistas claras sobre os próximos passos do Comitê de Política Monetária (Copom).

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6 PONTOS: – Os números apresentados no relatório trimestral do BC podem influenciar diretamente o agronegócio:

1. Crescimento Econômico e Demanda Interna – O crescimento de 3,2% previsto para 2024 pode estimular o consumo interno de produtos agropecuários. Um crescimento econômico mais robusto tende a elevar a renda disponível das famílias, o que pode gerar maior demanda por alimentos e outros produtos agrícolas, especialmente no mercado interno. Isso é particularmente relevante para o setor, que, além de ser exportador, tem no mercado doméstico uma importante fonte de receita.

2. Desaceleração em 2025 – O alerta de desaceleração para 2025, com previsão de crescimento de apenas 2%, pode preocupar o agronegócio em termos de demanda interna e externa. Uma economia que cresce mais devagar tende a consumir menos, impactando negativamente o setor agropecuário. Além disso, o BC citou a expectativa de menor impulso fiscal e interrupção da flexibilização monetária, o que pode restringir investimentos no setor, dificultando o crédito para produtores e empresas.

3. Projeções para a Agropecuária – O BC estima um recuo de 1,6% na agropecuária em 2024, o que pode sinalizar desafios específicos para o setor. Problemas climáticos, como as enchentes no Rio Grande do Sul, e questões relacionadas à produtividade podem influenciar essa retração. Para 2025, o crescimento de 2% esperado para a agropecuária pode representar uma recuperação moderada, mas ainda assim abaixo do ritmo que o setor vinha apresentando em anos anteriores.

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4. Inflação e Custos de Produção – A alta nas projeções de inflação, especialmente a acumulada de 4,3% para 2024, pode aumentar os custos de produção no agronegócio, principalmente em insumos como fertilizantes, combustíveis e maquinário agrícola. A inflação mais alta encarece o custo de vida no campo e também pode pressionar os preços finais dos produtos, reduzindo as margens de lucro dos produtores. O BC apontou ainda que a inflação de alimentos in natura está bem acima da de industrializados, o que pode indicar maior volatilidade de preços para produtos agropecuários.

5. Política Monetária e Crédito Rural – O fato de o BC ter sinalizado o fim da flexibilização monetária pode influenciar a política de juros nos próximos anos. Com a interrupção de cortes na taxa Selic, o custo do crédito para o agronegócio pode se manter elevado, dificultando o acesso dos produtores a financiamento para compra de insumos, expansão de lavouras e investimentos em tecnologia. O crédito rural, que é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento do setor, pode sofrer com essas restrições, afetando principalmente pequenos e médios produtores.

6. Exportações e Cenário Internacional – Apesar de a economia brasileira mostrar crescimento, a falta de “forte impulso externo” mencionada pelo BC é um fator de atenção. O agronegócio brasileiro é altamente dependente das exportações, e a ausência de estímulos externos pode impactar a demanda internacional por commodities agrícolas. A desaceleração global, combinada com a valorização do real, pode diminuir a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.

Fonte: Pensar Agro

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Colheita avança com produtividade acima da média

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A colheita da soja na região Oeste da Bahia segue em ritmo acelerado, com índices de produtividade superiores aos registrados na safra anterior. De acordo com o mais recente boletim da safra, as primeiras áreas colhidas apresentam médias entre 69 e 80 sacas por hectare, enquanto no mesmo período do ciclo passado os rendimentos variavam entre 62 e 76 sacas por hectare.

Esse desempenho positivo reflete as condições climáticas favoráveis e a eficiência no manejo fisiológico e fitossanitário adotado pelos produtores.

Embora o cenário geral seja promissor, algumas áreas pontuais demonstram médio potencial produtivo, reforçando a importância do monitoramento constante das lavouras. Entre os destaques da safra, as áreas irrigadas apresentam médias de 71 sacas por hectare, superando as expectativas iniciais e consolidando a irrigação como uma estratégia eficiente para maximizar a produtividade.

Com o avanço da maturação das plantas, novas áreas estão sendo colhidas, e a tendência é de que os trabalhos de campo ganhem ainda mais ritmo nas próximas semanas.

Até o momento, 53% da safra já foi comercializada, acompanhando o bom desempenho da colheita. Na última segunda-feira (3), o valor da saca disponível foi cotado a R$ 119,88, refletindo um cenário de mercado estável e favorável aos produtores.

Com produtividade elevada e preços atrativos, as perspectivas para o restante da safra seguem positivas. No entanto, os produtores permanecem atentos às oscilações do mercado e às condições climáticas, fatores determinantes para a conclusão da colheita e a rentabilidade da safra.

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Fonte: Pensar Agro

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Mapa lança “Passaporte Agro” para facilitar o acesso aos novos mercados

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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, lançou o Passaporte Agro, uma iniciativa criada para oferecer suporte direto a exportadores brasileiros que desejam acessar mercados internacionais recém-abertos.

A nova ferramenta vem em adição ao AgroInsights, ampliando o portfólio de produtos e serviços oferecidos pelo Mapa, com o objetivo de gerar oportunidades para os exportadores brasileiros por meio de informações qualificadas. A iniciativa está alinhada às diretrizes do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, que tem intensificado os esforços para expandir e consolidar a presença do Brasil nos mais de 300 mercados abertos nos últimos dois anos.

O Passaporte Agro será disponibilizado de forma contínua à medida que novos mercados sejam abertos, reunindo informações detalhadas e atualizadas para fornecer subsídios que auxiliem os exportadores na efetivação de suas vendas. Com isso, a ferramenta visa reduzir barreiras operacionais e facilitar o acesso dos produtos brasileiros aos mercados internacionais recém-abertos.

Entre os conteúdos oferecidos, estão orientações sobre o registro de produtos, listas de potenciais compradores, diretrizes para procedimentos alfandegários e informações mercadológicas específicas. O objetivo é reduzir barreiras operacionais e incentivar as empresas – especialmente aquelas com menor experiência no comércio exterior – a iniciarem suas exportações de forma estruturada e segura.

Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, o Passaporte Agro reforça a estratégia do governo de não apenas abrir mercados, mas também garantir que os produtores brasileiros tenham o suporte necessário para transformar essas oportunidades em negócios concretos.

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“O Passaporte Agro e o AgroInsights são respostas diretas às demandas do setor produtivo e exportador brasileiro, desenvolvidas após um período de escuta ativa com os principais atores do agronegócio. Com essas ferramentas, não apenas abrimos mercados, mas garantimos que exportadores e produtores tenham acesso a informações estratégicas para aproveitá-los de forma eficiente e competitiva, conhecendo a real dimensão das novas oportunidades comerciais”, destacou o ministro Carlos Fávaro.

“A rede de Adidos Agrícolas nos permite ter acesso a informações qualificadas, que de fato serão úteis aos exportadores que desejam iniciar negócios com um mercado recém-aberto, especialmente para aqueles com menor maturidade no comércio internacional. É o Governo sendo ativo, em uma relação de parceria com o setor privado, para que os produtos brasileiros ampliem sua participação no mundo, trazendo renda e emprego para nosso país”, complementa o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua.

Em princípio, o Passaporte Agro será disponibilizado para as associações que representam os setores produtivos envolvidos nas aberturas comerciais. Essa iniciativa também se soma a outras oferecidas pela ApexBrasil, pelo MDIC e pelo MRE.

Fonte: Pensar Agro

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Mercado fecha a semana com estabilidade e baixa liquidez

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Ao longo do mês de janeiro, o mercado do boi gordo apresentou firmeza nos preços, impulsionado pelo bom ritmo de escoamento da carne bovina na primeira quinzena. Esse fator favoreceu reajustes moderados na arroba e sustentou uma tendência de alta gradual ao longo do período.

No entanto, na segunda metade do mês, a demanda enfraquecida e a postura mais cautelosa das indústrias frigoríficas limitaram novos avanços nos preços. Esse comportamento reflete um padrão sazonal comum ao período, em que o mercado tende a perder força após as compras mais aquecidas do início do mês.

Na semana que passou o mercado físico do boi gordo fechou com poucos negócios, refletindo uma oferta reduzida de animais para abate e uma demanda que segue em ritmo mais lento na segunda quinzena do mês. Apesar da menor disponibilidade de gado terminado, o consumo contido tem impedido altas expressivas nos preços da arroba.

Segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o Indicador do boi gordo em São Paulo fechou a R$ 326,00/@ no dia 30 de janeiro, registrando leve alta de 0,2% na comparação semanal. No acumulado do mês, a valorização foi de 2,7%. Já no mercado atacadista, a carcaça casada bovina teve recuo de 2,9% na semana, sendo cotada a R$ 22,70/kg no atacado paulista.

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A expectativa para o curto prazo é de estabilidade nos preços da arroba, mas a chegada do início de mês pode trazer maior movimentação no consumo e sustentar reajustes positivos.

Na B3, o mercado futuro do boi gordo segue como uma ferramenta essencial para mitigação de riscos e garantia de margens atrativas. A diferença de preços entre os contratos de maio e outubro chama atenção, considerando o histórico dos últimos anos.

Nos últimos 10 anos, a média dessa diferença foi de R$ 6,96/@. Nos últimos 5 anos, o valor subiu para R$ 8,93/@ e, nos últimos 3 anos, para R$ 7,29/@. Já no cenário atual, os contratos de maio estão precificados a R$ 313,95/@, enquanto outubro apresenta R$ 335,00/@, uma diferença de R$ 21,05/@, bem acima da média histórica.

Esse comportamento pode indicar que maio está subprecificado ou que outubro está superprecificado. De qualquer forma, a venda de outubro a R$ 335/@ representa uma alternativa interessante para quem busca maior previsibilidade e segurança nas operações.

Cotações regionais da arroba do boi gordo

Os preços médios da arroba do boi gordo a prazo, segundo o Cepea, foram:

  • São Paulo: R$ 329,10
  • Goiás: R$ 306,25
  • Minas Gerais: R$ 314,71
  • Mato Grosso do Sul: R$ 312,95
  • Mato Grosso: R$ 322,42
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No atacado, os preços da carne bovina seguem firmes, com expectativa de alta no curto prazo devido à recomposição dos estoques entre atacado e varejo, favorecida pela entrada dos salários na economia.

Entre os cortes, os dianteiros e a ponta de agulha apresentam maior potencial de valorização, acompanhando a demanda da população que ainda enfrenta restrições financeiras.

As cotações atuais são:

  • Quarto traseiro: R$ 25,00/kg
  • Quarto dianteiro: R$ 18,50/kg
  • Ponta de agulha: R$ 17,80/kg

A tendência para fevereiro, segundo o Cepea,  é de maior firmeza nos preços da arroba e da carne bovina, à medida que a reposição entre elos da cadeia avança e a demanda se fortalece com o passar das semanas.

Fonte: Pensar Agro

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