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Brasil completa 28 dias sem novos casos e se prepara para declarar erradicação nesta quarta

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O Brasil atingiu nesta quarta-feira (18.06) a marca de 28 dias sem registro de novos casos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em granjas comerciais. O período, conhecido como vazio sanitário, começou após a desinfecção da propriedade em Montenegro (RS), onde foi identificado o primeiro foco da doença no país.

Com o fim desse intervalo, o governo brasileiro se prepara para comunicar oficialmente à Organização Mundial da Saúde Animal (Omsa) a erradicação do surto. A informação foi confirmada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura (Mapa), Luis Rua, que também afirmou que todos os países importadores da carne de aves brasileira serão notificados.

O cenário, porém, ainda é de cautela no comércio exterior. Segundo balanço do Mapa divulgado na semana passada, 21 países e blocos econômicos — incluindo a União Europeia — mantêm embargos à carne de aves de todo o território nacional. Outros 19 restringem as compras apenas ao Rio Grande do Sul, e quatro limitam a suspensão ao município de Montenegro.

Enquanto isso, as exportações de carne de frango recuaram 13% em maio em relação ao mesmo mês de 2024, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Apesar disso, o impacto no consumo interno foi mínimo, já que a maior parte da produção é destinada ao mercado nacional.

Desde o foco em Montenegro, o Mapa investigou outras seis suspeitas de gripe aviária em granjas comerciais, localizadas em Santa Catarina, Tocantins, Minas Gerais e novamente no Rio Grande do Sul. Todas foram descartadas após análise laboratorial.

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O Ministério reforça que a influenza aviária não é transmitida pelo consumo de carne de aves ou ovos, e que os produtos seguem seguros para consumo. Com o reconhecimento da erradicação, o governo espera que os países importadores retomem as compras e reduzam ou encerrem as restrições comerciais.

Fonte: Pensar Agro

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Pesquisa revela que uso de herbicidas cresceu 128% no Brasil

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Uma pesquisa realizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com a Universidade de Rio Verde (UniRV), revelou que o uso de herbicidas nas lavouras brasileiras aumentou 128% entre 2010 e 2020. O levantamento, feito a pedido do Ministério da Agricultura e Pecuária, mostra que o volume comercializado passou de 157,5 mil toneladas no início da década para 329,7 mil toneladas no final do período. O salto no consumo chamou a atenção da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que solicitou uma análise técnica sobre os motivos por trás da escalada.

O avanço se deve principalmente à dependência do glifosato como ferramenta de controle de plantas daninhas. O herbicida, que representa mais de 30% de todos os agrotóxicos vendidos no país, tornou-se pilar da agricultura brasileira após a adoção em larga escala de culturas resistentes à substância. No entanto, o uso contínuo do produto favoreceu o surgimento de espécies resistentes, obrigando os agricultores a adotarem misturas com dois, três ou até quatro princípios ativos para manter o controle das invasoras.

Entre os ingredientes que mais cresceram em vendas na década estão o cletodim (alta de 2.672%), triclopir (953%) e haloxifope (896%). Para os pesquisadores, o cenário é um alerta para o esgotamento do modelo atual. O glifosato não foi substituído, foi complementado. A resposta ao problema foi aumentar a carga química, o que traz impactos ambientais e econômicos cada vez maiores, explica a Embrapa.

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O estudo também aponta alternativas para reduzir a dependência de herbicidas químicos. Uma das frentes é o manejo físico, com sistemas como o consórcio milho-braquiária, que reduz a emergência de plantas daninhas ao manter o solo coberto após a colheita. O uso de pulverizadores inteligentes, com sensores de presença, e até tecnologias emergentes como lasers e jatos de água quente com espuma selante, também são citados como ferramentas promissoras, embora ainda pouco adotadas.

Outra aposta da Embrapa são os bioherbicidas. A instituição já desenvolve um produto biológico à base de fungos para o controle da corda-de-viola. De acordo com Procópio, soluções específicas para espécies como buva, trapoeraba e caruru podem gerar impacto significativo: Só com um bioherbicida eficaz contra a buva, o Brasil poderia economizar de 15% a 20% do uso total de herbicidas em determinadas regiões.

O avanço das nanoformulações e o desenvolvimento de insumos à base de ácidos e óleos essenciais também são apontados como caminhos possíveis para uma transição mais segura e sustentável.

Para impulsionar essa virada, o estudo recomenda a criação de incentivos diretos aos produtores que comprovarem redução no uso de químicos. A proposta envolve políticas públicas de certificação e bonificação, com valorização comercial para alimentos produzidos com menor impacto ambiental.

É possível premiar o agricultor que faz mais com menos, que adota estratégias de manejo eficiente e contribui para uma produção mais limpa. Isso precisa ser reconhecido não apenas com selo, mas com renda, defende a Embrapa.

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O levantamento técnico responde a uma demanda internacional, mas lança luz sobre uma questão estratégica para o futuro do agro brasileiro: como conciliar produtividade, rentabilidade e sustentabilidade em um cenário cada vez mais desafiador.

Leia a pesquisa completa diretamente no site da Embrapa, clicando aqui.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio calcula perdas de até R$ 2 bilhões com tarifas de Donald Trump

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O agronegócio brasileiro pode perder até R$ 2 bilhões nos próximos meses com a entrada em vigor da tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos nacionais. O impacto atinge diretamente cadeias como carne bovina, café, manga e suco de laranja, que respondem por uma fatia expressiva das exportações para o mercado norte-americano. Com o novo cenário, frigoríficos interromperam a produção voltada aos EUA e exportadores de frutas e bebidas já avaliam redirecionar parte da carga ou absorver os prejuízos.

Somente no setor de carnes, cerca de 30 mil toneladas — avaliadas em mais de US$ 150 milhões — já foram produzidas e estão nos portos ou em trânsito. Com a tarifa adicional, os embarques se tornaram inviáveis, segundo a Associação das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). O Brasil, que já enfrentava taxa de 36% sobre a carne bovina, passará a enfrentar um custo total que supera 80% em tributos para acessar o mercado norte-americano.

A crise também afeta diretamente a fruticultura. A região do Vale do São Francisco, responsável por 90% da manga exportada pelo Brasil, relata uma “pane logística”, segundo representantes do setor. A safra, planejada com seis meses de antecedência, envolve 2.500 contêineres de frutas já colhidas e embaladas. Redirecionar para a Europa ou mercado interno não é uma opção viável, segundo os produtores, que temem o colapso de preços e a perda da produção ainda no campo.

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Outro setor ameaçado é o de sucos cítricos. O Brasil é responsável por 70% de todo o suco de laranja importado pelos EUA. Com a nova tarifa, somada aos US$ 415 por tonelada já pagos atualmente, a operação se torna insustentável. No último ano, o país faturou US$ 1,3 bilhão com os embarques do produto aos americanos — que agora estão em risco. No café, a ameaça é semelhante. O Brasil responde por um terço de todo o consumo norte-americano. Em 2024, 8,2 milhões de sacas foram enviadas para os Estados Unidos, que não produzem café em escala comercial.

Diante do cenário, o governo brasileiro promoveu nesta terça-feira (15.07) uma rodada de reuniões com representantes da indústria e do agronegócio. O objetivo é construir uma estratégia conjunta para tentar adiar ou derrubar a medida antes de 1º de agosto. Entre as sugestões apresentadas pelas entidades exportadoras está a solicitação de prorrogação da tarifa para contratos já firmados e em andamento.

Integrantes do Comitê Interministerial de Negociação, criado por decreto presidencial, reconheceram os impactos da medida sobre o agro e reforçaram que o momento exige diplomacia ativa. O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin,  afirmou que a decisão americana é “equivocada” e que os próximos dias serão decisivos para sensibilizar o governo dos EUA. A avaliação do Executivo é que a tarifa não prejudica apenas o Brasil, mas também encarece a cadeia produtiva norte-americana — que depende de insumos agrícolas brasileiros para abastecer mercados como o de hambúrgueres, bebidas e frutas processadas.

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Enquanto isso, produtores seguem em alerta. Para muitos, o problema não está no médio prazo, mas nas próximas semanas, já que parte da carga é perecível e o calendário de colheita está em andamento. “Ou se encontra uma solução rápida ou haverá perdas irrecuperáveis para o campo e a indústria”, alertou um dos representantes do setor durante o encontro em Brasília.

Fonte: Pensar Agro

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Lançado em Cuiabá o Congresso da Aviação Agrícola 2025

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Lançado na manhã desta terça-feira (15.07), em Cuiabá, o Congresso da Aviação Agrícola 2025 (Congresso AvAg), um dos maiores encontros do setor no mundo. O evento de lançamento ocorreu no auditório da AMPA e da Aprosoja, no Centro Político Administrativo da capital mato-grossense, reunindo autoridades do setor público, lideranças do agro, empresários aeroagrícolas e representantes das empresas expositoras já confirmadas para o congresso.

O evento teve a participação da presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Hoana Almeida Santos e Claudio Júnior, Diretor Operacional do Sindag; Lucas Beber, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) e Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio (IA), além de outras autoridades.

Com o lançamento, a contagem regressiva está aberta: faltam 35 dias para o início do evento, que será realizado de 19 a 21 de agosto no Aeroporto Executivo de Santo Antônio de Leverger (MT), município vizinho a Cuiabá. O local, que já sediou a edição anterior, volta a receber uma estrutura de grande porte para abrigar aeronaves, painéis técnicos, estandes, palestras e demonstrações de campo voltadas à aviação rural — setor responsável por operar em mais de 100 milhões de hectares no país.

Sob o tema “Um olhar para o futuro”, a programação inclui painéis sobre inovação tecnológica, sustentabilidade, segurança operacional e os rumos regulatórios do setor, além de atividades voltadas à formação técnica e networking entre os principais players do mercado. Entre os destaques, estão a mostra de equipamentos e o 1º Leilão da Aviação Agrícola, cuja arrecadação será destinada ao Fundo de Defesa da Aviação Agrícola Brasileira.

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Outro momento aguardado da agenda será a palestra do ex-jogador Neto Zampier, sobrevivente do acidente aéreo da Chapecoense, que falará sobre superação e propósito. A conexão com os desafios da aviação rural deve provocar reflexões sobre segurança, resiliência e tomada de decisão em contextos extremos — temas caros ao setor.

Com cerca de 2,5 mil aeronaves em operação e a segunda maior frota do mundo, a aviação agrícola brasileira movimentou mais de R$ 8 bilhões em 2024. Projeções apontam que esse valor deve crescer até 25% até 2027, impulsionado pelo aumento da demanda por agricultura de precisão, manejo ambiental e combate a incêndios. Mato Grosso, por sua vez, lidera em número de aeronaves e área atendida, sendo o principal polo de operações aeroagrícolas do país.

O evento deste ano deve superar os recordes de 2024, quando o Congresso AvAg recebeu mais de 4.800 visitantes, contou com 224 marcas expositoras e movimentou cerca de R$ 250 milhões em negócios.

Serviço: 

Congresso AvAg 2025
Local: Aeroporto Executivo de Santo Antônio de Leverger (MT)
Data: 19 a 21 de agosto de 2025
Tema: Um Olhar para o Futuro
Atividades:

  • Painéis técnicos (inovação, segurança, sustentabilidade, regulamentação)

  • Mostra de tecnologias e equipamentos

  • Demonstrações de voo e aplicação aérea

  • Congresso Científico

  • 1º Leilão da Aviação Agrícola

  • Palestra motivacional com Neto Zampier (ex-Chapecoense)

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INSCRIÇÕES: no site congressoavag.org.br

Fonte: Pensar Agro

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