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Brasil perde 15% da safra durante o transporte, por falta de infraestrutura

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O agronegócio brasileiro enfrenta desafios significativos relacionados às perdas de grãos durante o transporte, impactando diretamente a rentabilidade dos produtores rurais. A infraestrutura logística do país, composta por rodovias, ferrovias e portos, apresenta deficiências que contribuem para o desperdício de commodities agrícolas. Estima-se que o Brasil perca até 15% da sua produção de grãos devido a falhas no sistema logístico, o que equivale a bilhões de reais em prejuízos todos os anos.

A soja, principal produto agrícola exportado pelo Brasil, sofre com as condições precárias das rodovias e a baixa eficiência das ferrovias. De acordo com o Ministério da Infraestrutura, 60% das rodovias brasileiras apresentam péssimas condições de conservação, o que aumenta o tempo de viagem e o risco de danos às cargas.

Além disso, o Brasil possui apenas cerca de 30 mil quilômetros de ferrovias operacionais, o que é insuficiente para atender à demanda de transporte do agronegócio, principalmente para grandes distâncias e áreas isoladas. Isso resulta em congestionamentos nos portos e longas filas de caminhões, elevando os custos operacionais e reduzindo a competitividade no mercado internacional.

Estudos revelam que a falta de infraestrutura adequada encarece em média 36,27% o preço dos produtos agrícolas brasileiros em relação aos similares de outros países, conforme levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Especificamente, as perdas logísticas no transporte de grãos são estimadas em até 4 bilhões de dólares por safra, segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja). Isso afeta diretamente a rentabilidade dos produtores, que enfrentam custos adicionais e perdas significativas, principalmente durante o transporte por rodovias.

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De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a quantidade de grãos perdidos durante o transporte e armazenamento representa até 10% da produção total, variando conforme a cultura e as condições do transporte. Por exemplo, a soja perde, em média, 1,5% de sua produção durante o transporte, enquanto o milho pode sofrer perdas de até 3% devido ao manuseio inadequado e falta de cuidados no percurso.

Diversas medidas são recomendadas para aprimorar a logística e reduzir perdas durante o transporte:

  • Investimentos em Infraestrutura: Melhorias nas rodovias, ferrovias e portos são essenciais para garantir a fluidez no escoamento da produção agrícola. A Associação Brasileira de Logística (Abralog) sugere um investimento de R$ 15 bilhões para modernização da infraestrutura de transporte no país, o que poderia reduzir significativamente as perdas logísticas.

  • Adoção de Tecnologias de Monitoramento: Implementação de sistemas de monitoramento em tempo real para acompanhar a integridade das cargas. O uso de sensores e rastreadores inteligentes tem ajudado a minimizar perdas, como já é observado em algumas regiões produtoras de soja.

  • Capacitação de Motoristas e Operadores Logísticos: Treinamentos focados em boas práticas de transporte e manuseio de cargas. A capacitação pode reduzir danos que ocorrem devido a manobras incorretas e falta de cuidados com a carga durante o transporte.

  • Parcerias Público-Privadas (PPPs): Colaborações entre governo e setor privado são essenciais para viabilizar projetos de infraestrutura. O modelo de PPPs tem sido considerado uma solução para aumentar a eficiência das rodovias e ferrovias, além de garantir maior qualidade no transporte de produtos agrícolas.

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A redução das perdas de grãos durante o transporte no Brasil exige um esforço conjunto entre produtores, autoridades governamentais e empresas de logística. Investimentos em infraestrutura, adoção de tecnologias avançadas e capacitação profissional são fundamentais para minimizar desperdícios, aumentar a competitividade do agronegócio brasileiro e assegurar a sustentabilidade econômica do setor. Com perdas logísticas que podem chegar a até 4 bilhões de dólares por safra, o potencial de ganho para o produtor rural brasileiro é imenso, caso essas questões sejam resolvidas de forma eficiente.

Fonte: Pensar Agro

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Tecnologia digital transforma produção agropecuária no Matopiba

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A adoção de tecnologias digitais e práticas sustentáveis está promovendo uma transformação na produção de alimentos e biocombustíveis no Matopiba, região que abrange áreas do Cerrado nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. A modernização do setor agrícola tem impulsionado o crescimento da produção, consolidando a região como um dos principais polos do agronegócio brasileiro.

Nos últimos 20 anos, a produção de soja no Matopiba quintuplicou, refletindo o avanço das tecnologias aplicadas ao campo. Soluções digitais voltadas para a otimização de processos, assistência técnica e planejamento estratégico têm permitido ganhos de produtividade e redução de impactos ambientais. Além das culturas tradicionais, como soja, milho e algodão, a diversificação agrícola tem ganhado espaço, incentivando o cultivo de espécies como a mamona, com grande potencial para o mercado de biocombustíveis.

O desenvolvimento da agricultura regenerativa é um dos pilares dessa evolução, com práticas que incluem rotação de culturas, uso de bioinsumos e fertilizantes sustentáveis. Essas estratégias não apenas aumentam a produtividade, mas também favorecem a recuperação do solo e a redução da dependência de fertilizantes químicos.

A incorporação de ferramentas tecnológicas tem possibilitado um monitoramento preciso da produção, permitindo que os agricultores otimizem a gestão das lavouras e tomem decisões estratégicas com base em dados. Soluções de agricultura de precisão, softwares de gestão e plataformas de análise climática estão entre as inovações que contribuem para uma produção mais eficiente e sustentável.

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Além disso, alternativas de financiamento, como o barter (troca de insumos por colheitas futuras), têm facilitado o acesso dos produtores a novas tecnologias, promovendo maior estabilidade financeira e segurança no planejamento das safras.

A mamona, tradicionalmente cultivada no Nordeste, ressurge como uma cultura estratégica no Matopiba, impulsionada pelo crescimento da demanda por biocombustíveis. Com baixa exigência hídrica e capacidade de recuperar solos degradados, a cultura tem se destacado como uma opção viável para diversificação da produção. Além de contribuir para a sustentabilidade das propriedades, o cultivo da mamona gera novas oportunidades econômicas para os agricultores da região.

Apesar do avanço tecnológico, a expansão da produção no Matopiba enfrenta desafios estruturais. A infraestrutura de transporte e logística ainda apresenta limitações, dificultando o escoamento da produção. Investimentos em rodovias, ferrovias e terminais hidroviários têm sido discutidos como alternativas para melhorar a competitividade da região.

Outro desafio relevante é a necessidade de equilibrar o crescimento agrícola com a preservação ambiental. A região está inserida majoritariamente no bioma Cerrado, exigindo práticas de manejo responsável para garantir a sustentabilidade da produção. Muitas propriedades têm adotado estratégias alinhadas ao Código Florestal, promovendo o uso eficiente da terra e a conservação dos recursos naturais.

A ampliação das práticas de agricultura regenerativa e o avanço da digitalização no campo devem continuar moldando o futuro do agronegócio no Matopiba. Com investimentos em tecnologia, infraestrutura e capacitação, a região se consolida como um dos principais motores do crescimento agropecuário no Brasil, aliando produtividade e sustentabilidade em um cenário de constante evolução.

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Fonte: Pensar Agro

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Agropecuária projeta crescimento de 13,6% no VBP

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A agropecuária de Minas Gerais deve registrar um avanço significativo em 2025, com o Valor Bruto da Produção (VBP) estimado em R$ 167,5 bilhões, um crescimento de 13,6% em relação ao ano anterior. O desempenho do estado supera a média nacional, que projeta um aumento de 11%, alcançando R$ 1,4 trilhão. A projeção, baseada nos dados de janeiro, reflete a boa performance do setor agrícola mineiro.

O principal motor da alta no VBP de Minas Gerais é o setor agrícola, que deve atingir R$ 113,3 bilhões em 2025, um crescimento de 17%. Esse segmento representa 68% do faturamento agropecuário estadual, com destaque para a produção de café, que deve registrar um aumento expressivo de 45%.

Outras culturas também apresentam bom desempenho, como a laranja (46%), arroz (45%), algodão (16%), milho (15%), soja (9%), trigo (4%), cana-de-açúcar (1%) e uva (1%). Essas lavouras juntas representam 92,1% da receita gerada pela agricultura no estado.

No setor pecuário, o VBP deve alcançar R$ 54,2 bilhões, um crescimento de 7,3%, representando 32% do faturamento total da agropecuária mineira. A bovinocultura se destaca, com previsão de R$ 19,2 bilhões, um avanço de 21,8% em relação ao ano anterior. A avicultura também deve crescer, alcançando R$ 8,5 bilhões (6,5%), enquanto a produção de leite tem expectativa de crescimento modesto, chegando a R$ 17,7 bilhões (0,3%).

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Por outro lado, alguns segmentos enfrentam retração, como a suinocultura, que deve recuar 3,2%, atingindo R$ 6,7 bilhões, e a produção de ovos, com queda de 6,3%, totalizando R$ 2,1 bilhões.

O VBP é um dos principais indicadores da economia rural, calculado a partir da produção agropecuária e dos preços de mercado, com dados do IBGE, da Conab e do Cepea/USP. O crescimento projetado para 2025 reforça a importância da agropecuária mineira no cenário nacional, consolidando sua posição como um dos principais polos produtivos do Brasil.

Fonte: Pensar Agro

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Tendência de alta, preços firmes e exportações aquecidas animam produtor

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Com um cenário de demanda aquecida e preços firmes, a pecuária nacional se mantém em posição estratégica para consolidar seu crescimento no mercado global, garantindo competitividade e bons resultados para o setor. O mercado do boi gordo encerrou a última semana com sinais de valorização, impulsionado pelo bom escoamento da carne no atacado e pelo ritmo favorável das exportações.

A primeira quinzena de março registrou alta nos preços, refletindo a maior demanda interna e a retomada dos embarques brasileiros para o mercado internacional. A expectativa para os próximos dias é de estabilidade nas cotações, com tendência de ajustes pontuais dependendo da oferta de animais e da demanda externa.

Os preços médios da arroba apresentaram variações positivas em importantes praças pecuárias. Em São Paulo, a cotação chegou a R$ 294,11, representando um avanço em relação à semana anterior. No Mato Grosso, os negócios giraram em torno de R$ 299,16, enquanto Minas Gerais registrou leve recuo, fechando a semana a R$ 290,29. No Mato Grosso do Sul, a arroba do boi foi cotada a R$ 294,32, mantendo-se firme diante do ritmo de abates mais curtos.

No mercado atacadista, os preços também refletiram o bom desempenho da demanda. O quarto traseiro foi comercializado a R$ 25,00 o quilo, registrando alta de 2,04% na comparação semanal. O quarto dianteiro acompanhou a tendência de valorização e chegou a R$ 18,50 por quilo, enquanto a ponta de agulha permaneceu estável em R$ 17,00 por quilo. O movimento de alta foi impulsionado pelo maior consumo na primeira quinzena de março, período sazonalmente mais aquecido.

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As exportações seguem como fator determinante para a sustentação dos preços no mercado interno. O Brasil mantém um ritmo acelerado de embarques de carne bovina, consolidando sua posição de liderança global no setor. O volume exportado nos primeiros dias de março registrou alta significativa em relação ao mesmo período do ano anterior, com incremento tanto na quantidade exportada quanto no faturamento. A demanda chinesa continua sendo um dos principais motores do mercado, enquanto as tensões comerciais entre Estados Unidos e China podem abrir novas oportunidades para a carne brasileira no mercado asiático.

A expectativa para a segunda quinzena de março é de menor espaço para novas altas nos preços, uma vez que o consumo interno tende a desacelerar neste período. No entanto, o mercado segue atento à oferta de animais terminados e ao comportamento das exportações, que podem manter a firmeza nas cotações. Além disso, o Brasil se aproxima da marca histórica de maior produtor mundial de carne bovina até 2027, ultrapassando os Estados Unidos em volume total produzido.

Fonte: Pensar Agro

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