Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

Agro News

Carne de frango pode voltar a ser exportada a partir do dia 28

Publicado

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) excluiu, nesta terça-feira (03.06), no município de Anta Gorda (cerca de 180 km da capital, Porto Alegre), no Rio Grande do Sul, o último caso suspeito de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em plantel comercial . Com isso, se até o próximo dia 28 o país não registrar novos episódios em criações comerciais, poderá retomar o status de nação livre de IAAP, condição essencial para reabilitar plenamente as exportações avícolas.

A quarentena, prevista nos protocolos internacionais de saúde animal, é monitorada pelo Ministério da Agricultura e segue recomendações da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). A contagem regressiva teve início após o último foco confirmado em granja comercial, detectado em 16 de maio, em Montenegro (RS), na região metropolitana de Porto Alegre. Desde então, não houve novos registros em produção industrial.

A confirmação do caso na granja de Montenegro teve reflexo imediato no comércio exterior: mais de 20 países — entre eles Japão, África do Sul e o bloco da União Europeia — suspenderam temporariamente a compra de carne de frango e derivados oriundos do Brasil. Embora a restrição varie conforme o nível de risco definido por cada país, muitos aplicam embargos automáticos diante da notificação de focos em ambientes comerciais.

Atualmente, o painel “Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves”, mantido pelo Mapa, indica seis investigações em curso, todas relacionadas a aves silvestres ou de fundo de quintal, sem impacto sobre a cadeia industrial. A manutenção da vigilância em pontos estratégicos e a notificação imediata de casos suspeitos seguem como pilares da estratégia de contenção.

Veja Mais:  Matopiba tem ótimas perspectivas de crescimento em 2025

O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango, com embarques que superaram 5 milhões de toneladas em 2023, movimentando mais de US$ 10 bilhões. A suspensão imposta por mercados estratégicos afeta diretamente o setor, que opera com altos padrões de biosseguridade e rastreabilidade.

A eventual retomada do status sanitário de país livre de IAAP será fundamental para reverter embargos, reabilitar mercados e garantir a fluidez das exportações. Além disso, possibilitará ao Brasil emitir certificados sanitários internacionais que atestem a ausência da doença em granjas comerciais, documento exigido por compradores mais rígidos.

Desde o início dos focos, o Mapa e os serviços estaduais de defesa agropecuária intensificaram ações de vigilância e controle, com apoio do setor produtivo. Medidas como isolamento imediato das áreas afetadas, abate sanitário, desinfecção e monitoramento de zonas periféricas foram adotadas conforme os protocolos internacionais.

Produtores rurais e granjeiros também reforçaram a adoção de práticas preventivas, como o controle de acesso às unidades produtivas, uso de barreiras sanitárias, revisão dos sistemas de ventilação e proteção contra entrada de aves silvestres — principal vetor da doença.

Com a proximidade do fim do período de quarentena, cresce a expectativa no setor produtivo pela retomada do status de país livre da IAAP. No entanto, a decisão final dependerá da manutenção do controle sobre a doença até 28 de junho e da avaliação técnica da OMSA, que acompanha os desdobramentos sanitários no país.

Veja Mais:  Produtores gaúchos não aceitam medidas do CMN e bloqueiam rodovias

O Brasil segue como referência mundial em sanidade avícola. A eventual reabilitação plena do status internacional reforçará essa posição, oferecendo garantias de segurança aos mercados compradores e estabilidade ao setor produtivo nacional. Até lá, o alerta permanece: vigilância contínua e compromisso coletivo são fundamentais para consolidar a recuperação do setor.

Fonte: Pensar Agro

Comentários Facebook

Agro News

Agronegócio calcula perdas de até R$ 2 bilhões com tarifas de Donald Trump

Publicado

O agronegócio brasileiro pode perder até R$ 2 bilhões nos próximos meses com a entrada em vigor da tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos nacionais. O impacto atinge diretamente cadeias como carne bovina, café, manga e suco de laranja, que respondem por uma fatia expressiva das exportações para o mercado norte-americano. Com o novo cenário, frigoríficos interromperam a produção voltada aos EUA e exportadores de frutas e bebidas já avaliam redirecionar parte da carga ou absorver os prejuízos.

Somente no setor de carnes, cerca de 30 mil toneladas — avaliadas em mais de US$ 150 milhões — já foram produzidas e estão nos portos ou em trânsito. Com a tarifa adicional, os embarques se tornaram inviáveis, segundo a Associação das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). O Brasil, que já enfrentava taxa de 36% sobre a carne bovina, passará a enfrentar um custo total que supera 80% em tributos para acessar o mercado norte-americano.

A crise também afeta diretamente a fruticultura. A região do Vale do São Francisco, responsável por 90% da manga exportada pelo Brasil, relata uma “pane logística”, segundo representantes do setor. A safra, planejada com seis meses de antecedência, envolve 2.500 contêineres de frutas já colhidas e embaladas. Redirecionar para a Europa ou mercado interno não é uma opção viável, segundo os produtores, que temem o colapso de preços e a perda da produção ainda no campo.

Veja Mais:  Dia do Caminhoneiro: homenagem aos profissionais que mantêm o Brasil em movimento

Outro setor ameaçado é o de sucos cítricos. O Brasil é responsável por 70% de todo o suco de laranja importado pelos EUA. Com a nova tarifa, somada aos US$ 415 por tonelada já pagos atualmente, a operação se torna insustentável. No último ano, o país faturou US$ 1,3 bilhão com os embarques do produto aos americanos — que agora estão em risco. No café, a ameaça é semelhante. O Brasil responde por um terço de todo o consumo norte-americano. Em 2024, 8,2 milhões de sacas foram enviadas para os Estados Unidos, que não produzem café em escala comercial.

Diante do cenário, o governo brasileiro promoveu nesta terça-feira (15.07) uma rodada de reuniões com representantes da indústria e do agronegócio. O objetivo é construir uma estratégia conjunta para tentar adiar ou derrubar a medida antes de 1º de agosto. Entre as sugestões apresentadas pelas entidades exportadoras está a solicitação de prorrogação da tarifa para contratos já firmados e em andamento.

Integrantes do Comitê Interministerial de Negociação, criado por decreto presidencial, reconheceram os impactos da medida sobre o agro e reforçaram que o momento exige diplomacia ativa. O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin,  afirmou que a decisão americana é “equivocada” e que os próximos dias serão decisivos para sensibilizar o governo dos EUA. A avaliação do Executivo é que a tarifa não prejudica apenas o Brasil, mas também encarece a cadeia produtiva norte-americana — que depende de insumos agrícolas brasileiros para abastecer mercados como o de hambúrgueres, bebidas e frutas processadas.

Veja Mais:  Orçamento de 25 prevê R$ 1,06 bilhão para seguro rural e corte de verbas para Embrapa

Enquanto isso, produtores seguem em alerta. Para muitos, o problema não está no médio prazo, mas nas próximas semanas, já que parte da carga é perecível e o calendário de colheita está em andamento. “Ou se encontra uma solução rápida ou haverá perdas irrecuperáveis para o campo e a indústria”, alertou um dos representantes do setor durante o encontro em Brasília.

Fonte: Pensar Agro

Comentários Facebook
Continue lendo

Agro News

Lançado em Cuiabá o Congresso da Aviação Agrícola 2025

Publicado

Lançado na manhã desta terça-feira (15.07), em Cuiabá, o Congresso da Aviação Agrícola 2025 (Congresso AvAg), um dos maiores encontros do setor no mundo. O evento de lançamento ocorreu no auditório da AMPA e da Aprosoja, no Centro Político Administrativo da capital mato-grossense, reunindo autoridades do setor público, lideranças do agro, empresários aeroagrícolas e representantes das empresas expositoras já confirmadas para o congresso.

O evento teve a participação da presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Hoana Almeida Santos e Claudio Júnior, Diretor Operacional do Sindag; Lucas Beber, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) e Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio (IA), além de outras autoridades.

Com o lançamento, a contagem regressiva está aberta: faltam 35 dias para o início do evento, que será realizado de 19 a 21 de agosto no Aeroporto Executivo de Santo Antônio de Leverger (MT), município vizinho a Cuiabá. O local, que já sediou a edição anterior, volta a receber uma estrutura de grande porte para abrigar aeronaves, painéis técnicos, estandes, palestras e demonstrações de campo voltadas à aviação rural — setor responsável por operar em mais de 100 milhões de hectares no país.

Sob o tema “Um olhar para o futuro”, a programação inclui painéis sobre inovação tecnológica, sustentabilidade, segurança operacional e os rumos regulatórios do setor, além de atividades voltadas à formação técnica e networking entre os principais players do mercado. Entre os destaques, estão a mostra de equipamentos e o 1º Leilão da Aviação Agrícola, cuja arrecadação será destinada ao Fundo de Defesa da Aviação Agrícola Brasileira.

Veja Mais:  Produtores gaúchos não aceitam medidas do CMN e bloqueiam rodovias

Outro momento aguardado da agenda será a palestra do ex-jogador Neto Zampier, sobrevivente do acidente aéreo da Chapecoense, que falará sobre superação e propósito. A conexão com os desafios da aviação rural deve provocar reflexões sobre segurança, resiliência e tomada de decisão em contextos extremos — temas caros ao setor.

Com cerca de 2,5 mil aeronaves em operação e a segunda maior frota do mundo, a aviação agrícola brasileira movimentou mais de R$ 8 bilhões em 2024. Projeções apontam que esse valor deve crescer até 25% até 2027, impulsionado pelo aumento da demanda por agricultura de precisão, manejo ambiental e combate a incêndios. Mato Grosso, por sua vez, lidera em número de aeronaves e área atendida, sendo o principal polo de operações aeroagrícolas do país.

O evento deste ano deve superar os recordes de 2024, quando o Congresso AvAg recebeu mais de 4.800 visitantes, contou com 224 marcas expositoras e movimentou cerca de R$ 250 milhões em negócios.

Serviço: 

Congresso AvAg 2025
Local: Aeroporto Executivo de Santo Antônio de Leverger (MT)
Data: 19 a 21 de agosto de 2025
Tema: Um Olhar para o Futuro
Atividades:

  • Painéis técnicos (inovação, segurança, sustentabilidade, regulamentação)

  • Mostra de tecnologias e equipamentos

  • Demonstrações de voo e aplicação aérea

  • Congresso Científico

  • 1º Leilão da Aviação Agrícola

  • Palestra motivacional com Neto Zampier (ex-Chapecoense)

Veja Mais:  Orçamento de 25 prevê R$ 1,06 bilhão para seguro rural e corte de verbas para Embrapa

INSCRIÇÕES: no site congressoavag.org.br

Fonte: Pensar Agro

Comentários Facebook
Continue lendo

Agro News

Embrapa desenvolve tecnologia que usa satélites para monitorar pastagens

Publicado

Uma nova ferramenta de monitoramento remoto criada por cientistas brasileiros, com apoio da NASA, promete transformar a forma como o país avalia a produtividade de suas pastagens. Desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o sistema combina dados climáticos com imagens de satélites para estimar a quantidade de massa verde disponível em diferentes áreas de pecuária, com até 86% de precisão — sem a necessidade de visitas de campo.

O método foi testado ao longo de dois anos em áreas da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP), abrangendo diferentes sistemas produtivos: desde o manejo extensivo até áreas integradas com lavoura. O diferencial da metodologia está na capacidade de diferenciar o material nutritivo — essencial para a alimentação do rebanho — do restante da vegetação seca ou degradada. Isso permite, por exemplo, que produtores ajustem o uso da terra em tempo real, respondendo com maior eficiência à variação climática ou a falhas de manejo.

Os dados são processados a partir de imagens dos satélites Landsat-8, operado pelos Estados Unidos, e Sentinel-2, da Agência Espacial Europeia, reunidos em uma base internacional de análise. Segundo os pesquisadores, o modelo teve melhor desempenho em áreas de pasto extensivo, mas mostrou resultados consistentes em todos os contextos testados, o que abre caminho para sua aplicação em larga escala.

Além dos benefícios diretos à gestão das fazendas, a Embrapa avalia que a nova tecnologia pode subsidiar programas públicos voltados à recuperação de pastagens degradadas. O Brasil possui mais de 113 milhões de hectares dedicados à atividade, e grande parte enfrenta algum grau de desgaste. A expectativa institucional é de que sistemas integrados de produção, como lavoura-pecuária, saltem dos atuais 17 milhões para 30 milhões de hectares até 2030 — meta que depende de um monitoramento mais eficiente e preciso da capacidade forrageira.

Veja Mais:  Brasil prorroga emergência contra gripe aviária em meio a preocupações globais

A plataforma também pode auxiliar na construção de indicadores para políticas climáticas e de sustentabilidade no setor agropecuário, sobretudo diante das exigências crescentes de rastreabilidade e conservação ambiental nos mercados internacionais.

Fonte: Pensar Agro

Comentários Facebook
Continue lendo

ALMT Segurança nas Escolas

Rondonópolis

Polícia

Esportes

Famosos

Mais Lidas da Semana