Nacional
Comissão aprova responsabilidade de redes sociais sobre conteúdo ofensivo a crianças e adolescentes

A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou proposta que obriga as plataformas digitais a retirar conteúdo de crianças e adolescentes em situações discriminatórias ou que coloquem em risco sua integridade física, psíquica ou moral, assim que comunicados sobre eles pela vítima ou representante legal.
A medida, que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), alcança os maiores de 18 anos na data do pedido.
Foi aprovado um substitutivo da relatora, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), ao Projeto de Lei 4776/23, da deputada Lídice da Mata (PSB-BA). Carneiro defendeu a aprovação do texto e de apensado, mas fez alterações. A principal foi para incluir a obrigação dos provedores em retirar o conteúdo ofensivo a menores de idade.
“As plataformas não podem mais simplesmente fechar os olhos para casos de violação a direitos de crianças e adolescentes, assédio, terrorismo, discriminação, discursos de ódio entre outros, pois há muito tempo deixaram de ser distribuidoras passivas do que é postado pelos usuários”, justificou.
A relatora retirou da versão original a previsão de consentimento de ambos os pais ou responsáveis sobre a divulgação de imagens e informações de crianças e adolescentes.
Outro ponto excluído tratava do direito de adolescentes, a partir de 16 anos, pedirem a remoção de imagens, vídeos ou informações pessoais publicadas em plataformas ou redes sociais – o que é conhecido como “direito ao esquecimento”.
O texto aprovado também altera o Código Civil, para atribuir aos pais e responsáveis pela guarda o dever de respeitar a integridade física, psíquica e moral de seus filhos, a qual abrange a proteção da privacidade, da autonomia, da imagem, da identidade e dos dados pessoais.
Próximos passos
A proposta será agora analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Em seguida, será apreciada pelo Plenário. Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.
Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição – Roberto Seabra
Fonte: Câmara dos Deputados

Nacional
Câmara lança concurso de vídeo “Pelo Fim da Violência contra a Mulher”; veja o edital

A Câmara dos Deputados acaba de publicar o edital da segunda edição do concurso Pelo Fim da Violência contra a Mulher. Serão selecionadas cinco obras audiovisuais, uma de cada região, que tratem dos diferentes tipos de violência contra a mulher, como violência política, violência doméstica, sexual, patrimonial, moral, obstétrica e psicológica. Os vídeos deverão ter entre 10 e 30 minutos de duração e precisam ter sido produzidos a partir de 2020.
O concurso é uma parceria entre a Secretaria da Mulher e a Secretaria de Comunicação Social da Câmara, por meio da TV Câmara.
Cada obra receberá o prêmio de R$ 10 mil pelo licenciamento por dois anos para exibição pela TV Câmara e demais plataformas de comunicação oficiais da Casa e seus parceiros, além de atividades institucionais e educativas promovidas pela Secretaria da Mulher.
As inscrições podem ser feitas até o dia 12 de setembro. A seleção será feita por uma comissão julgadora instituída pela Presidência da Câmara e composta por cinco servidoras efetivas, sendo três da Secretaria de Comunicação da Câmara e duas da Secretaria da Mulher.
Contexto
O objetivo do concurso é incentivar o debate público sobre o tema, além de servir como estímulo para a produção audiovisual independente. A opção por esses temas visa refletir sobre os dados estatísticos para estimular mudanças sociais e culturais que possam contribuir para reduzir o número de casos.
Além disso, por meio desta iniciativa, a TV Câmara cumpre os princípios exigidos das emissoras de televisão pelo artigo 221 da Constituição, notadamente a preferência pela veiculação de conteúdo com finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; a promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação; a regionalização da produção cultural, artística e jornalística; e o respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.
Da TV Câmara
Edição – WS
Fonte: Câmara dos Deputados
Nacional
Comissão aprova novo critério de renda para a solicitação de Benefício de Prestação Continuada

A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que modifica alguns dos critérios de elegibilidade para o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Atualmente, o BPC destina um salário mínimo mensal (R$ 1.509,00, em valores atualizados) às pessoas com deficiência ou com 65 anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida pela família.
Pelo texto aprovado, terão direito ao benefício a pessoa com deficiência ou idosa com renda familiar mensal per capita (por pessoa) igual ou inferior a 3/4 do salário mínimo, ou R$ 1.131,75 em valores de 2025. Atualmente, pela Loas, a renda familiar mensal por pessoa exigida deve ser igual ou inferior a 1/4 salário mínimo, ou R$ 377,25.
A proposta determina ainda que a eventual contratação remunerada de pessoa com deficiência como aprendiz ou estagiário não acarretará a suspensão do BPC, desde que o período concomitante não ultrapasse dois anos. Atualmente, a Loas trata apenas da hipótese de contratação remunerada na condição de aprendiz.
O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Duarte Jr. (PSB-MA), para o Projeto de Lei 4161/21, do deputado Marcos Soares (União-RJ), mantida a ideia original. Ambas as versões alteram a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas).
No parecer, Duarte Jr. também abriu a possibilidade de que a renda familiar por pessoa considerada para o BPC tenha escala gradual, até o limite de um salário mínimo. “O BPC constitui um importante mecanismo de proteção social”, disse.
“A renda familiar exigida atualmente para se requerer o BPC inviabiliza que esse programa social atinja uma parcela considerável de pessoas que dele necessitam urgentemente”, disse o deputado Marcos Soares, autor da versão original.
Próximos passos
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Para virar lei, terá de ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.
Da Reportagem/RM
Edição – Marcia Becker
Fonte: Câmara dos Deputados
Nacional
Projeto que cria Sistema Nacional de Educação divide opiniões em debate na Câmara

Especialistas ouvidos nesta terça-feira (15) pela subcomissão da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados que discute o projeto que institui o Sistema Nacional de Educação (SNE) apresentaram visões divergentes sobre o tema.
Já aprovado pelo Senado, o PLP 235/19 cria o SNE, com o objetivo de alinhar, harmonizar e articular políticas, programas e ações da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios na área educacional. A proposta está agora em análise na Câmara dos Deputados e tramita em regime de urgência em conjunto com o PLP 25/19, de autoria da ex-deputada e atual senadora Professora Dorinha Seabra Rezende (União-TO).
O SNE foi previsto no atual Plano Nacional de Educação e deveria ter sido implantado em 2016.
A deputada Adriana Ventura (Novo-SP), que solicitou o debate, questionou a urgência para aprovar a matéria. “A gente ouve muito a questão de que precisa aprovar o quanto antes, mas a pergunta é: para quê? Para quem? Qual é o objetivo? A gente precisa ter clareza, até para a sociedade estar bem confortável”, disse.
Gestão democrática
Coordenadora da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Sumika de Freitas defendeu uma gestão mais democrática da educação e, nesse sentido, acha importante a aprovação de um Sistema Nacional de Educação.
Para ela, no projeto aprovado pelo Senado, é preciso aprimorar a participação democrática, tanto nos municípios quanto na comunidade educacional acadêmica e na sociedade civil.

“A democracia participativa se fortalece com o aprimoramento da gestão democrática, no reconhecimento dos fóruns de educação, do Conselho Nacional de Educação (CNE) e de outras instâncias autônomas e plurais, onde temos um conjunto de pesquisadores”, afirmou. “É importante ouvir essas vozes plurais na implementação e no monitoramento de planos de educação em todos os níveis da Federação”, acrescentou.
Centralização
Já para o diretor-executivo do Instituto Millenium, Wagner Lenhart, o projeto que cria o Sistema Nacional de Educação pode levar à maior centralização dos recursos e da gestão. Ele defende mais autonomia para os municípios.
“Os estados e municípios, até por serem mais próximos da população, deveriam ser os protagonistas dessa agenda, não só executando a política pública, mas também tendo um espaço de autonomia tanto para execução orçamentária quanto para testar modelos – inovar, trazer formas novas de fazer as coisas”, avaliou.
Wagner Lenhart criticou também a “criação de modelos ou novas comissões, novos grupos de trabalho”, que, do seu ponto de vista, dificultam a agilidade das decisões e a inovação. Para ele, as deliberações de colegiados desse tipo devem ter caráter consultório e orientativo, e não vinculantes e obrigatórios.
“Essas estruturas centralizadas caminham no sentido de engessamento, de lentidão na tomada de decisão e não me parece que é o que qualquer organização, seja ela pública ou privada, precisa para ter sucesso nesse mundo tão desafiador que a gente vive hoje”, opinou.
Ele sugeriu ainda que o projeto de lei complementar se atenha a regras gerais, deixando para a legislação ordinária e infralegal o detalhamento das disposições, e que se preserve o “espaço de autonomia da rede privada”.
Pacto federativo
Presidente do Instituto IDados, o professor João Batista Oliveira acredita que o projeto é inconstitucional por violar o pacto federativo e o artigo 211 da Constituição, que prevê competências concorrentes entre União, estados e municípios, sem subordinação.
Segundo ele, o projeto dificulta as decisões técnicas, além de diluir as responsabilidades e fragilizar a accountability – ou seja, a prestação de contas à sociedade. Na avaliação do professor, a proposta também atrasa a execução orçamentária e aumenta a burocracia.

João Batista critica especialmente a ideia de formar comissões tripartites nacionais (com participação de União, estados e municípios) para pactuação e cooperação entre os entes federados sobre a gestão do sistema. Conforme o texto aprovado no Senado, o mandato de representante nas comissões é de três anos, com uma recondução.
“A ideia de instâncias tripartites, participação de não eleitos, no meu modo de ver, viola a Constituição, reduz o poder do voto, complica o que já não é simples, dilui responsabilidades e o mais grave de tudo: em nada vai ajudar a melhorar a educação”, declarou.
Financiamento
Professor da Universidade Federal de Goiás e presidente da Fineduca (Associação Nacional de Pesquisa e Financiamento da Educação), Nelson Amaral disse que a estruturação do sistema de educação é questão entrelaçada com o financiamento.
No entendimento dele, é preciso formular propostas para que seja atingida a meta de investimento de 10% do PIB brasileiro na educação. Ele explicou que países que aumentaram o valor investido por aluno na educação, como Coreia do Sul e Singapura, aumentaram também seu PIB.
“E de nada adianta um sistema nacional se não houver a introdução de um volume de recursos que possibilite a resolução de problemas, porque não é a forma de gerenciar essa estrutura federativa que o Brasil adotou na Constituição que vai resolver a situação”, disse. “A nossa visão é de que há necessidade de um aporte maior de recursos”, continuou.
O docente defende mobilização nacional pelo refinanciamento da dívida pública e aplicação dos recursos na educação. Para ele, o novo arcabouço fiscal é incompatível com a prioridade da educação.
“Não é priorizar a educação e aumentar o recurso do setor que é incompatível com o novo arcabouço fiscal – essa é a argumentação que a gente escuta o tempo todo. Na nossa análise, o novo arcabouço fiscal que é incompatível. Então, ele tem que ser repensado em algum momento aí pela frente. Senão vai ser impossível fazer qualquer coisa.”
Reportagem – Lara Haje
Edição – Marcelo Oliveira
Fonte: Câmara dos Deputados
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