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Dia Internacional contra a Corrupção: prevenir para proteger o cidadão

Paulo Farias- Secretário Controlador-geral do Estado
No dia 9 de dezembro, o mundo se mobiliza para refletir sobre os prejuízos que a corrupção causa à vida das pessoas e para renovar o compromisso com a integridade na gestão pública. A data faz referência à Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, assinada em 2003, que marcou um avanço global no enfrentamento a esse problema que reduz recursos da saúde, da educação, da infraestrutura e corrói a confiança da população nas instituições.
Em Mato Grosso, essa reflexão ganha um significado especial. O Estado vem sendo reconhecido nacionalmente pela promoção da integridade e pela atuação firme no combate à corrupção. Segundo dados do Conselho Nacional de Controle Interno – CONACI, Mato Grosso figura entre os estados que mais aplicaram a Lei Anticorrupção (Lei 12.846/2013) ao longo de seus dez primeiros anos de vigência, com mais de R$ 1,5 bilhão recuperados aos cofres públicos. Um resultado que nos coloca na segunda posição do país, ao lado do Espírito Santo e de Minas Gerais.
Certa vez, me perguntaram se esse resultado era motivo de comemoração ou preocupação. E a resposta depende da lente com que olhamos o tema. Sob a perspectiva do passado, esse desempenho é positivo, pois demonstra que Mato Grosso foi capaz de identificar e responsabilizar atos de fraude e corrupção que ocorreram principalmente entre 2010 e 2014. Foi a prova de que o sistema de controle interno respondeu quando o interesse público foi atacado.
Mas sob a perspectiva do futuro, permanecer no topo do ranking seria um sinal indesejado. Significaria que falhamos em nossa missão maior: evitar que casos como esses voltem a acontecer.
Por isso, Mato Grosso vem ampliando seu foco na prevenção. Atuamos para fortalecer estruturas que impeçam o desperdício e as irregularidades antes que elas se concretizem e prejudiquem o cidadão. O Programa Integridade MT, o Guia de Integridade para Fornecedores e Prestadores de Serviço do Poder Executivo, o fortalecimento dos mecanismos de análise de risco e ferramentas tecnológicas como o CGE Alerta são exemplos do caminho que escolhemos trilhar.
A prevenção não exclui a responsabilização. Ela promove o equilíbrio. O objetivo de um sistema de integridade não é punir mais, mas punir quando necessário e prevenir sempre que possível. Por isso, seguimos aprimorando também nossas capacidades de detecção e atuação sancionatória, para que, se irregularidades ocorrerem, o Estado seja capaz de identificá-las e agir de forma proporcional e justa.
O Dia Internacional contra a Corrupção nos lembra de que não há espaço para acomodação. Integridade não é tarefa exclusiva de órgãos de controle: ela precisa estar presente nas decisões de gestão, no comportamento das empresas que contratam com o governo e na atitude de cada cidadão que exige transparência e respeito ao dinheiro público.
O futuro que queremos para Mato Grosso é aquele em que atos irregulares sejam cada vez mais raros. Um futuro no qual o reconhecimento nacional não venha pelo volume de punições, mas pela confiança da sociedade em um Estado que faz o que é certo, entrega resultados e garante que cada investimento público gere valor para quem mais importa: o cidadão.
Integridade é o caminho. E este caminho se faz todos os dias.
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O futuro da saúde é mais humano e a aromaterapia faz parte disso

Tabata Mazetto -Foto Divulgação
Por muito tempo, a saúde foi tratada como algo dividido: o corpo de um lado, a mente do outro, as emoções tentando se encaixar em algum lugar entre um exame e uma receita. Mas isso já não dá mais conta da vida real. As pessoas não vivem em pedaços. Elas sentem tudo ao mesmo tempo – corpo, mente, emoções e ambiente.
Tenho percebido isso cada vez mais de perto. Pessoas cansadas. Cansadas de tentar se encaixar em padrões, de silenciar dores, de viver no automático. E profissionais da saúde também exaustos, tentando cuidar de tudo, muitas vezes sem conseguir cuidar de si.
Aos poucos, algo vem mudando. Uma vontade de olhar com mais calma, de escutar com mais presença, de respeitar o tempo do corpo e do sentir. Não é uma ruptura com o que já existe de práticas consolidadas, mas um movimento de ampliar o olhar clínico. Integrar intervenções que dialogam com evidências científicas e com o que o paciente realmente vive no dia a dia. De voltar ao essencial! E, é nesse lugar que a aromaterapia, para mim, sempre fez sentido.
Vai além do alternativo ou complicado, funciona de uma forma simples, direta, que toca a vida do jeito que ela é. Um cheiro que acalma, um aroma que acolhe, um respiro que alivia. Às vezes, é no invisível que a gente encontra o que mais precisava.
O que muitas vezes me entristece é ver tanta gente estudando, buscando, se interessando… mas parando no meio do caminho. O conhecimento fica guardado e a prática é por vezes adiada, como se ainda não fosse suficiente. É como se ainda faltasse alguma autorização para confiar no próprio sentir.
Mas cuidar não nasce apenas do estudo, vem da escuta e presença, na coragem de estar inteiro diante do outro. O que transforma é a aplicação concreta, diária, ética, responsável e alinhada ao propósito de cuidar. E é por isso que a saúde está mudando: porque as pessoas estão mudando.
Já não dá mais para separar o que se sente do que se vive, tratar apenas sintomas e ignorar histórias. E é nesse ponto que a aromaterapia ganha força em território clínico, pois respeita o tempo de cada um, cuida sem invadir e permite que o corpo se comunique, mesmo quando tentamos fingir que não estamos escutando.
Talvez o futuro não esteja em fazer mais, aprender mais, acumular mais. Talvez esteja em fazer com mais consciência. A aromaterapia não é o futuro, é o presente que só faz sentido quando é compartilhado. E talvez a pergunta mais importante não seja “qual caminho seguir?”, mas “como eu escolho cuidar de mim e do outro?”.
Tabata Mazetto – Psicóloga, Aromaterapeuta e Especialista em óleos essenciais.
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Quando o ego é maior que o cargo
Há cargos públicos que exigem o triplo de maturidade, serenidade e senso institucional. E, por ironia trágica, muitas vezes são justamente esses cargos que acabam ocupados por pessoas que carregam o oposto disso tudo: impulsos desmedidos, vaidades inflamadas e um pacote de conflitos internos que não caberia nem num caminhão de mudanças.
É nesse ponto que a gestão pública começa a padecer.

Laudemir Moreira Nogueira
Alguns agentes comissionados, em vez de assumirem a função com visão estratégica, utilizam o posto como palco para externalizar fragilidades emocionais. A estrutura pública passa a funcionar como megafone para dilemas pessoais mal resolvidos, para necessidades de afirmação e para inseguranças que deveriam ter sido tratadas em instâncias adequadas — e não na administração pública.
A caneta, que deveria ser instrumento de política pública, vira válvula de escape. A autoridade, que deveria representar responsabilidade, transforma-se em escudo para compensar medos internos. E as decisões, que deveriam ser técnicas e equilibradas, passam a exalar o perfume inconfundível do improviso emocional.
Quando alguém com poder de decisão não domina suas próprias turbulências internas, o resultado é previsível: decisões precipitadas; direcionamentos pouco transparentes; conflitos desnecessários; ambiente institucional contaminado por disputas de ego; e uma clara dificuldade de separar o cargo da frustração pessoal.
Esse tipo de postura desmonta qualquer ideia de liderança. Porque liderança não é gritar, impor ou marcar território. Liderança é equilíbrio, respeito e lucidez diante da responsabilidade — e nada disso combina com quem usa o cargo para projetar inseguranças.
A gestão, especialmente a pública, existe para servir à coletividade, mas trava quando o gestor trata a função como extensão do próprio ego. O que deveria ser espaço de planejamento vira laboratório de impulsos. O que deveria ser ambiente de coordenação vira arena de tensões fabricadas. O que deveria ser instituição vira cenário. Tudo porque alguém não conseguiu — ou não quis — resolver dentro de si o que despeja sobre a estrutura que está a gerir.
Há quem imagine que respeito nasce do cargo. Não nasce. Ele surge da coerência, da prudência e da capacidade de olhar para o público com grandeza, e não com ambições pessoais mesquinhas. Respeito nasce de quem entende que autoridade é responsabilidade, não arma; que imparcialidade é requisito, não detalhe; que ética é fundamento, não ornamento; que maturidade emocional é tão essencial quanto qualquer formação técnica.
Sem isso, o cargo perde brilho, a gestão perde rumo e a sociedade perde confiança.
A verdade é simples, embora desconfortável: quem não governa a si mesmo não tem condições de governar nada que envolva o interesse público. A estrutura do Estado não é esconderijo para vulnerabilidades emocionais, nem palco para dramas particulares, nem extensão de conflitos internos.
Ocupantes de altos cargos comissionados precisam levar ao gabinete mais maturidade do que vaidade, mais equilíbrio do que impulso, mais visão pública do que dramas pessoais. Porque o cargo é grande. E, quando o ocupante não acompanha essa grandeza, quem encolhe não é ele — é a função que deveria atender o interesse maior, o público.
*Laudemir Moreira Nogueira – Advogado e Diretor Presidente do Hospital de Câncer de Mato Grosso.
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Psicólogo explica a “Dezembrite” e orienta como lidar com emoções difíceis no fim do ano

A reta final do ano costuma ser palco de festas, reencontros e celebrações. Mas, para uma parcela significativa da população, esse período aciona um gatilho emocional nem sempre agradável. Trata-se da chamada “Dezembrite”, termo popular que descreve sentimentos de tristeza, melancolia e esgotamento que surgem especificamente nesta época e que, em alguns casos, podem se intensificar e gerar até mesmo quadros de ansiedade e depressão.
“Para quem perdeu entes queridos ou vive questões emocionais não superadas, as festividades podem trazer à tona lembranças dolorosas e a sensação de fechamento de ciclos”, explica o psicólogo Filipe Colombini. “Além disso, o uso excessivo das redes sociais aumenta as comparações com a vida alheia, o que tende a agravar a tristeza sazonal”, completa.
A pressão emocional do período também aparece em números. Levantamento da International Stress Management Association aponta que 80% das pessoas experimentam níveis elevados de estresse no fim de ano – resultado de tarefas acumuladas, ritmo acelerado no trabalho, férias escolares, planejamento para o ano seguinte e a habitual autocobrança.
Colombini destaca ainda que a cultura de celebração contínua e consumo reforça uma imagem idealizada do período, muitas vezes distante da realidade. “Há uma imposição social de felicidade que, quando não corresponde ao que a pessoa sente, gera ainda mais desconforto. A tentativa de manter positividade o tempo todo pode impedir que emoções legítimas sejam elaboradas”, acrescenta.
Como enfrentar esse período com mais equilíbrio emocional?
Para atravessar o fim de ano de forma mais saudável, o especialista destaca três pilares fundamentais:
- Autoconhecimento
Refletir sobre as próprias emoções, limites e gatilhos ajuda a compreender porque esse período pode ser mais sensível. “Quando a pessoa se conhece, consegue desenvolver estratégias personalizadas para lidar com as dificuldades”, afirma o psicólogo. - Autocontrole
Trata-se da capacidade de administrar reações emocionais diante das pressões festivas, evitando impulsos que podem aumentar o estresse. - Decisões alinhadas aos próprios valores
Escolher compromissos, encontros sociais e atividades com base nas prioridades pessoais é essencial. “Isso inclui dizer ‘não’ quando necessário, preservando o bem-estar”, destaca Colombini.
Mais sobre Filipe Colombini: psicólogo, especialista em orientação parental e atendimento de crianças, jovens e adultos. Especialista em Clínica Analítico-Comportamental. Mestre em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Professor do Curso de Acompanhamento Terapêutico do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas – Instituto de Psiquiatria Hospital das Clínicas (GREA-IPq-HCFMUSP). Professor e Coordenador acadêmico do Aprimoramento em AT da Equipe AT. Formação em Psicoterapia Baseada em Evidências, Acompanhamento Terapêutico, Terapia Infantil, Desenvolvimento Atípico e Abuso de Substâncias.
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Beatriz Marques Dias/ Caroline Fakhouri
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