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“É a conexão mais profunda”, diz mãe deficiente visual sobre amamentação

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“Nossos olhos não se encontram, mas nossas mãos sim. Meu calor te envolve enquanto te nutro. Esse é o seu lugar, o meu lugar”. É dessa forma que Sabrina Porto, de 33 anos, descreve os momentos em que amamenta a filha Kendra, de 2 anos e 1 mês. Por ser deficiente visual total, a mãe encontrou na amamentação
uma forma de se conectar à pequena de uma maneira única e particular.


Sabrina Porto, 33 anos, é deficiente visual e conta em entrevista ao Delas como a amamentação a conecta à filha
Arquivo pessoal

Sabrina Porto, 33 anos, é deficiente visual e conta em entrevista ao Delas como a amamentação a conecta à filha

Em entrevista o  Delas
, Sabrina conta sobre a jornada de amamentação
, que nem sempre é fácil, que tem trilhado coma filha. “Eu sempre tive muita certeza de que eu queria amamentar, mas não entendia nada sobre”, fala.

Quando engravidou, esse desejo se intensificou, e Sabrina mergulhou em um mundo de práticas alternativas ligadas ao parto natural e humanizado. Foi nesse processo que entrou em contato com os benefícios de amamentar e as inúmeras possibilidades que o ato poderia oferecer à sua futura filha.


Eu tinha certeza de uma coisa: meu parto não seria como eu queria, mas eu iria amentar”

No entanto, por conta de alterações nos exames e complicações na hora de dar à luz, o sonho do parto natural e em casa não foi possível. Com isso, o desejo de amamentar apenas se intensificou.

“Eu tinha certeza de uma coisa: meu parto não seria como eu queria, mas eu iria amentar. Eu sabia o quanto a nutrição do leite materno
era rica e o quanto era importante para a criança. Então, eu sabia que iria amamentar”, fala.

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No dia do parto, Sabrina precisou recorrer a uma maternidade para ter uma cesárea e a filha nascer com segurança. A mãe conta que apesar de não ter saído como o planejado, seu marido e sua doula trabalharam para fazer que a experiência da cesariana fosse o mais humanizada e respeitosa possível.

E foi nesse momento que a sua trajetória amamentando a pequena Kendra começou. “Na própria mesa de cirurgia ela já mamou e essa foi a coisa mais incrível do mundo”, relembra.

A mãe conta que durante a gravidez conheceu vários grupos online de mães que trocam experiências sobre a maternidade. Por conta disso, quando a filha nasceu, ela já havia lido muito sobre o ato de amamentar e conhecia as melhores dicas para conseguir nutrir a pequena da melhor forma.

“Eu já tinha lido tanto que consegui fazer a pega!”, fala. Sabrina relembra que foi nessa hora que ela entendeu o que de fato significaria amamentar sua filha. “Quando eu senti aquela boquinha pela primeira vez no meu peito eu senti algo como uma doação profunda. É uma sensação de poder nutrir o seu filho e ser alimento dele”, conta.

Amamentação conecta mãe e filha


Por não enxergar, a amamentação foi a forma que Sabrina encontrou para se conectar profundamente à filha
Arquivo pessoal

Por não enxergar, a amamentação foi a forma que Sabrina encontrou para se conectar profundamente à filha

Pelo fato de Sabrina ser uma pessoa com deficiência visual
total, ela encontrou na amamentação uma forma de se conectar e até se comunicar com a filha. “É a calma dela, é o nosso aconchego, é o contato. É a nossa conversa silenciosa”, diz.

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Ao contrário do que se pode imaginar, a falta de visão não foi um empecilho. Na verdade, foi uma ponte para uma conexão profunda. “Embora eu não enxergue e a gente não consiga trocar olhares, nós encontramos outras formas de nos comunicarmos”, afirma.


É a calma dela, é o nosso aconchego, é o contato. É a nossa conversa silenciosa”

Dessa forma, o tato foi sentido que se tornou um grande aliado de Sabrina e Kendra. A mãe relembra que desde muito pequena a filha tem o toque como principal contato com ela. “Às vezes ela mama de olhinho fechado e faz carinho no meu rosto. Em 90% das vezes em que ela mama é segurando a minha mão ou fazendo carinho. É a conexão mais profunda que eu tenho com ela”, comenta.

Apesar de descrever com muito carinho esse momento que tem com a filha, Sabrina reconhece que não é possível romantizar a amamentação
. “Embora seja cansativo, afinal, existem noites difíceis e reconheço que não é um mar de rosas, mas, sim, é uma conexão muito profunda”.

A mãe entende o ato de amamentar como uma forma natural de acalmar e nutrir a filha, sem precisar recorrer aos acessórios de plástico, como mamadeiras ou chupetas.

Além disso, Sabrina entende o amamentar como uma conexão que se limita apenas a ela e a filha. Por isso, é algo tão especial. “Eu tenho um marido super companheiro e que faz tudo, mas ele sempre me fala: ‘a única coisa que eu não posso fazer é amamentar’. E é isso. É uma coisa que ninguém pode fazer por mim. Somos só eu e ela. É algo nosso”.

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Sabrina ainda comenta que mesmo conhecendo muito sobre o tema e com a certeza de que iria amamentar, a insegurança em relação a esse momento foi uma realidade durante a gestação.


É uma dança muito linda e muito nossa, que ninguém consegue dançar por nós”

“Eu tinha muito medo por não enxergar. Eu me perguntava como seria quando ela olhasse para mim e não encontrasse o meu olhar de volta, porque eu sei que quem enxerga troca muito olhar na hora de amamentar”, lembra a mãe.

“Mas nós descobrimos juntas o nosso caminho de toque, de aconchego, de abraço. Eu faço carinho no cabelo dela, ela faz carinho em mim… É uma dança muito linda e muito nossa, que ninguém consegue dançar por nós”, conta.

Dificuldades da amamentação


O preconceito com pessoas com deficiência visual, como Sabrina, foi um dos fatores que dificultou a amamentação
Arquivo pessoal

O preconceito com pessoas com deficiência visual, como Sabrina, foi um dos fatores que dificultou a amamentação

Sabrina conta que nem sempre foi fácil trilhar esse caminho com Kendra, principalmente pelo fato de ela e o marido serem  deficientes visuais
totais. De acordo com a mãe, houve muito preconceito em relação a isso e várias pessoas chegaram a acreditar que eles não seriam capazes de cuidar da filha e, no caso dela, de nutrir Kendra. Ainda na maternidade chegaram a oferecer fórmulas infantis à criança, afirmando que ela estava com baixa glicemia – o que não era verdade.

No primeiro ano de vida de Kendra, as dificuldades continuaram com profissionais afirmando que o leite de Sabrina não era suficiente para o desenvolvimento da criança. “Misturou-se o preconceito em relação à amamentação
com o preconceito relação à nossa deficiência porque acharam que nós não seríamos capazes de cuidar dela”, fala. Apesar de todas as dificuldades, a mãe e o pai seguiram e provaram que ambos são capazes de garantir o desenvolvimento da filha.

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Cardiologista alerta sobre risco de infartos durante jogos da copa

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Brasilienses assistem jogo entre Brasil x Sérvia em bares da capital federal/

O futebol é conhecido por aflorar as emoções dos brasileiros, principalmente em época de Copa do Mundo. Neste período, para pessoas que têm predisposição a doenças cardíacas é preciso ter cuidado para não sobrecarregar o coração.

Um estudo recente, realizado pela Universidade de São Paulo (USP), apontou que o número de infartos aumenta entre 4% a 8% durante partidas de futebol da Seleção Brasileira. A pesquisa foi realizada utilizando dados obtidos nos torneios entre 1998 e 2010, com o objetivo de analisar a saúde dos torcedores. O estudo – publicado na revista científica Arquivos Brasileiros de Cardiologia, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) – comparou a incidência de infartos durante os jogos e em períodos de normalidade, levando em conta pessoas com mais de 35 anos.

O cardiologista chefe da Clínica PrimeCor, Francisco Pupo, explica que o infarto do miocárdio ocorre quando inúmeras células que ficam na região do coração morrem por conta da formação de um coágulo que interrompe o fluxo sanguíneo. Como consequência, as artérias entopem e dificultam a oxigenação no órgão.

“A explicação para o estudo é que durante os momentos de fortes emoções pode ocorrer vasoconstrição das artérias do coração. Ou seja, é quando essas artérias subitamente se estreitam. Isso acaba dificultando a circulação do coração, podendo levar ao infarto”, detalha Pupo.

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Vale ressaltar que outras situações de exposição a níveis altos de estresse também podem servir como gatilho para o problema de saúde. Além disso, homens acima dos 45 anos, assim como mulheres que já passaram dos 55 anos, correm maior risco de infartar.
Segundo o cardiologista, pessoas que têm antecedentes de doenças cardíacas possuem maior risco para essa ocorrência. “Já aqueles que possuem um estilo de vida saudável, com práticas esportivas, controle dos níveis de pressão e boa alimentação estão mais protegidos”, reforça Pupo.

Sintomas e dicas de prevenção

Entre os principais sintomas de infarto estão a dor forte no peito, falta de ar, náuseas, palidez, sensação de desmaio, suor frio e vômito. Caso esses sintomas surjam, é importante procurar ajuda médica.

Em contrapartida, manter uma alimentação rica em fibras e vitaminas, praticar exercícios físicos, evitar o consumo de alimentos gordurosos, com alto teor calórico, também evitar o consumo de álcool e cigarros são formas de prevenir o infarto. Além é claro de consultar um médico cardiologista, pelo menos uma vez no ano, para verificar algum indício de riscos.

Pensando na copa também é importante ter uma boa noite de sono antes dos jogos e durante as partidas beber água. “Caso o nervosismo bata, é importante tentar baixar a adrenalina, não exagerar no consumo de álcool, de café e de alimentos gordurosos e açucarados durante a partida. E claro, sair da frente da TV e pare de ver o jogo se perceber que está com palpitações, respiração ofegante e sudorese”, orienta Pupo.

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Confira os signos mais chorões do mundo místico!

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Confira os signos mais chorões do mundo místico!
Reprodução: Alto Astral

Confira os signos mais chorões do mundo místico!

Por acaso você é aquela pessoa do grupo de amigos que fica emocionada e começa a chorar por tudo? Saiba que para alguns signos do Zodíaco, qualquer probleminha basta para começar aquele drama! Já para outros, só enfrentando o fundo do poço para soltar algumas lágrimas e ficar mais emotivo.

Se você é apaixonado pelo mundo místico, já conhece muito bem as nuances do Mapa Astral e sabe que os signos podem, sim, influenciar os mais diversos aspectos da nossa personalidade. Dessa forma, que tal entender como os astros ditam na maneira com a qual os doze signos lidam com as emoções? Abaixo, confira o ranking dos 6 signos mais emotivos do Zodíaco:

Câncer

Não é novidade para ninguém que o signo mais chorão do Zodíaco é Câncer. Afinal, o canceriano é considerado o mais emotivo e sentimental do horóscopo. Seja assistindo a filmes, séries e novelas ou ouvindo uma declaração de amor, Câncer não sente vergonha de deixar as lágrimas rolarem.

Peixes

O segundo lugar é do signo mais amável e companheiro do mundo místico: Peixes. Há momentos que o coração desse signo fica tão mole que é inevitável segurar as lágrimas. Quando ele chora, se sente mais calmo e até mesmo mais leve.

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Escorpião

Escorpião chora? Por incrível que pareça, sim! Esse signo é julgado por ser frio, mas há um grande coração por trás de toda apatia dos escorpianos. Ele não é de chorar na frente das pessoas, porém, quando está sozinho, esse signo pode soltar todas as emoções guardadas dentro de si.

Você viu?

Libra

Esse é o signo que pega facilmente as dores de outras pessoas. Quem convive com librianos sabe que eles têm uma tendência a chorar por causa dos conflitos e aflições que os amigos ou a família estão passando. Conte uma história de vida triste e emocionante para Libra que você verá a maior choradeira!

Áries

Sabe aquele choro de raiva? Então, no caso de Áries, é desse tipo de choro que estamos falando. O ariano pode ficar tão irritado com algo ou alguém que pode começar a soltar as lágrimas! Mas, como tudo na vida, as lágrimas são passageiras e logo ele assume o controle das emoções.

Leão

Leão não vai chorar na frente das pessoas, principalmente se forem seus inimigos. Porém, esse signo pode se extravasar quando sente que está sendo deixado de lado, que não consegue fazer algo ou quando as pessoas não fazem o que ele quer. Nessas horas, o leonino se esconde no quarto e liberta o chororô.

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Consultoria: João Bidu

Fonte: IG Mulher

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Corpo Espetáculo revela vivências LGBTQIA+ por meio de fotos e documentário transgressores

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Mayara Lima- Foto: Assessoria

Onze corpos que falam, dançam, atuam, pintam-se e se vestem das cores da diversidade. Esses corpos se manifestam de forma transgressora e potente, opondo-se aos padrões heteronormativos. Esses corpos também estão a dizer: “queremos ocupar nossos espaços, ser reconhecidos por isso e resistir continuando vivos”.

Assim se define a Instalação Artística Corpo Espetáculo, um projeto que criou espaço para que 11 pessoas LGBTQIA+, sendo a maioria pessoas trans, possam falar de suas existências e dialogar, por meio da arte e da fotografia, suas histórias, perspectivas e modos de estar no mundo.

O idealizador do projeto, Ricardo Almeida, conhecido como Paçoca, e que é o diretor artístico, design de figurinos e maquiagem da instalação, explica que o Corpo Espetáculo se trata de uma abertura de espaço para que as pessoas dialoguem e absorvam as vivências de pessoas LGBTQIA+ para além do que elas são.

“Fizemos um recorte muito pautado em pessoas transexuais, que possuem certa invisibilidade. São trans, travestis, intersexo, queers, drag queens, pessoas que não seriam objeto de diálogo em espaços elitizados. Suas fotos e seus depoimentos que se transformaram em um documentário tratam sobre vivências, trabalhos e os desafios que essas pessoas enfrentam em suas vidas”.

Us modeles

O Corpo Espetáculo contou com a participação de modeles que moram em Cuiabá, Rondonópolis e Primavera do Leste. As fotos, em locais que demonstram os espaços ocupados por essas pessoas, retratam por meio dos figurinos e da maquiagem um pouco da forma como elas se expressam, seja como multiartistas, estudantes, ativistas, e acima de tudo, como sonhadores de uma existência com dignidade e respeito.O projeto também mostra a realidade desses artistas, sendo que muitos são vítimas da violência estrutural.

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De forma autêntica e impactante, o Corpo Espetáculo fotografou e entrevistou a travesti preta Lupita Amorim, a drag queen Dan Close; o multiartista Pedro Scalart, que se define como uma bicha preta e afeminada; e Geo Rodrigues que é uma pessoa trans não binárie.

Já de Rondonópolis, participaram Abayomi Jamila, pessoa não binárie; Adriana Liário, mulher trans e sobrevivente de diversos ataques transfóbicos; Majur, indígena que é a primeira mulher trans a se tornar cacique em Mato Grosso; e Nicolas de Jesus, que é homem trans e que expressa nas artes sua visão sobre a vida.

Em Primavera do Leste, us modeles do Corpo Espetáculo são: Camila Lima, mulher trans que se dedica ao ativismo em nome das causas LGBTQIA+ e que produz fantasias de carnaval, um trabalho que realiza em conjunto com Mayara Lima, também mulher trans; e Monique Lorrayne, mulher trans que está ganhando as redes sociais como influencer digital.

O projeto também contou com a contribuição de 10 profissionais, que atuaram para quebrar tabus, oportunizar a discussão de gênero e de sexualidade, sendo a maioria pessoas LGBTQIA+.

“Queremos que a sociedade mude, sabemos que isso demora para acontecer, mas a exposição vem contribuir com isso, é uma forma de expressão e de valorização desses corpos que estão à margem, que não são figuras de representação, ou qualquer coisa positiva ainda para a maioria das pessoas. Espero que a exposição dê essa visibilidade e que a sociedade pare com o preconceito”, expõe Cássyo Ander, produtor-geral do Corpo Espetáculo.

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Corpo Espetáculo

A Corpo Espetáculo é um projeto aprovado na seleção estadual nº 5 – Edital Nascente da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), por meio dos recursos da Lei Federal nº 14.017/2020, designada Lei Aldir Blanc.

O resultado da Instalação Artística pode ser acompanhado de forma virtual pelas redes sociais. No instagram a página com as fotos é a @corpoespetaculo. Já a história de cada modele pode ser conferida no blog do projeto: https://corpoespetaculo.medium.com/

O Corpo Espetáculo também vai realizar duas oficinas intuitivas online, que apresentará técnicas de pinturas em diferentes objetos, espaços ou corpos, considerando para isso: tela para pintura, maquiagem, roupas, esculturas, muros e outros locais e objetos que podem se transformar em arte. Também será proporcionado o debate de conceitos de arte, de espaço, corpo, performance, objeto artístico, entre outros assuntos.

As oficinas vão ser realizadas em duas datas, sendo os dias 7 e 20 de agosto, com transmissão pela plataforma Google Meet.

Já a exibição de estreia do documentário Corpo Espetáculo será no sábado, dia 14 de agosto, também pela plataforma Google Meet, e depois ficará disponível no canal da instalação artística no Youtube.

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