Agro News
Frio, seca e risco de temporais marcam o início do inverno que começa nesta sexta-feira
O inverno de 2025 começa oficialmente nesta sexta-feira (20.06), às 23h42, com previsão de uma estação mais fria que nos últimos dois anos, marcada por maior presença de massas de ar polar, risco de geadas amplas no Sul e possibilidade de chuvas acima da média em algumas regiões do país.
As condições oceânicas no Pacífico estão neutras e devem permanecer assim durante grande parte da estação, o que tende a manter o clima sob influência direta dos sistemas atmosféricos típicos do período, como frentes frias, ciclones extratropicais e áreas de instabilidade regionais.
No Sul do Brasil, a chegada de frentes frias mais intensas deve trazer temperaturas baixas com frequência, principalmente em junho e julho, meses historicamente mais frios. O Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o Paraná terão maior chance de registrar geadas e até episódios de neve nas áreas de maior altitude, especialmente se houver combinação de frio intenso com alta umidade.
Agosto e setembro tendem a apresentar maior variabilidade térmica, com alternância entre dias frios e outros de calor fora de época, favorecendo a formação de tempestades severas, com granizo e rajadas de vento. Essa instabilidade, somada ao solo encharcado em parte do território gaúcho, pode afetar diretamente o calendário agrícola, o desenvolvimento das culturas de inverno e o planejamento das próximas safras.
No Sudeste, o inverno será mais seco no interior de São Paulo, Triângulo Mineiro e parte de Minas Gerais, com temperaturas próximas ou acima da média. Já nas faixas leste de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Zona da Mata mineira, a influência de massas de ar frio vindas do mar deve manter os termômetros mais comportados e com menor variação.
O Centro-Oeste, em especial Mato Grosso, Goiás e o norte de Mato Grosso do Sul, terá um inverno com calor mais frequente e chuvas abaixo da média, o que aumenta a preocupação com incêndios florestais e impactos sobre o solo e a pastagem. Ainda assim, áreas do sul de Mato Grosso do Sul podem ter precipitações próximas ao normal.
No Norte do país, o período marca o fim das chuvas mais intensas na maior parte da região, especialmente no Amazonas e no Pará, e a tendência é de temperaturas elevadas e umidade reduzida, o que também eleva o risco de queimadas, principalmente em áreas de floresta degradada e campos naturais.
Já o Nordeste segue em ritmo de transição, com o litoral leste ainda recebendo chuvas ocasionais em julho, mas com tendência de seca prolongada no interior e semiárido, típico da estação. Para os produtores rurais de todo o país, o inverno de 2025 exigirá atenção redobrada com o manejo de lavouras e rebanhos, especialmente diante de eventos extremos como geadas, tempestades e calor fora de época.
A alternância de temperaturas e o padrão de chuvas regionalizado exigem planejamento mais cuidadoso das atividades agrícolas e pecuárias, além de acompanhamento próximo das previsões meteorológicas, para minimizar perdas e aproveitar melhor as janelas climáticas favoráveis.
Fonte: Pensar Agro

Agro News
Após alta de até 670% nos tributos, governo vai ajustar regra para o álcool
Durante a regulamentação da reforma tributária, a substituição do termo “álcool” por “etanol combustível” no texto final resultou em uma distorção que elevou significativamente a carga de PIS/Cofins sobre o álcool não carburante — utilizado em segmentos como cosméticos, bebidas, produtos de limpeza e medicamentos. Como consequência a mudança restringiu o benefício fiscal ao etanol automotivo e deixou as demais aplicações sujeitas a uma alíquota de quase 30%, pressionando os custos do setor produtivo.
Antes da alteração, o regime tributário para o álcool industrial era monofásico e permitia que as usinas recolhessem cerca de R$ 130 por metro cúbico vendido. Com a nova regra, esse valor saltou para aproximadamente R$ 1.000, gerando um aumento expressivo e inesperado na carga tributária incidente sobre um insumo essencial para diversas cadeias produtivas.
Para evitar efeitos colaterais como aumento de preços ao consumidor final e perda de competitividade industrial, o governo federal prepara um decreto que deve reduzir as alíquotas de forma emergencial. A medida está em análise final na Casa Civil e na Receita Federal, e a expectativa é de que o texto seja publicado nos próximos dias.
Embora a correção formal da falha exigisse uma nova lei complementar — o que demandaria maioria qualificada no Congresso e mais tempo de tramitação —, o decreto surge como alternativa viável para mitigar os impactos no curto prazo. O objetivo é devolver equilíbrio fiscal à cadeia do álcool industrial, resguardar setores estratégicos e preservar a estabilidade dos preços ao consumidor.
A medida também busca reduzir o risco de judicialização e disputas tributárias, que podem surgir diante da insegurança jurídica causada pela redação atual da lei. Representantes da indústria e especialistas tributários vêm alertando para os efeitos adversos do novo modelo, que acabou atingindo insumos que não estavam no escopo original da reforma.
A publicação do decreto é aguardada com expectativa pelo mercado, que considera a medida essencial para evitar a perda de competitividade e novos prejuízos à indústria nacional.
Fonte: Pensar Agro
Agro News
Mesmo com preços apertados, soja garante rentabilidade
A boa produtividade média obtida nas lavouras em 2024/25 ajudou os produtores brasileiros a compensar os preços da soja menos favoráveis ao longo do ano, reduzindo o custo por saca e mantendo margens positivas. Mesmo com os custos de produção ainda elevados e juros altos, a área plantada deve crescer 1,2% e levar a produção nacional à marca histórica de 179,875 milhões de toneladas na safra 2025/26, segundo projeções de especialistas.
Apesar do cenário desafiador nos custos, a soja segue como principal cultura do país, impulsionada também pelo bom desempenho no mercado externo. As exportações devem crescer 4% em 2026, passando de 104 milhões para 108 milhões de toneladas. O esmagamento interno também deve aumentar, de 57 para 59 milhões de toneladas, segundo a Safras & Mercado.
A oferta total de soja prevista para 2026 é de 189,35 milhões de toneladas, aumento de 9% em relação ao ano anterior. A demanda interna também deve crescer, alcançando 170,4 milhões de toneladas, enquanto os estoques finais devem dobrar, passando de 9,47 milhões para 18,945 milhões de toneladas.
O avanço esperado em relação à safra anterior, que colheu 171,931 milhões de toneladas, é de 4,6%. A produtividade também deve subir, passando de 3.627 para 3.749 quilos por hectare. Os produtores devem cultivar 48,217 milhões de hectares, ante 47,641 milhões no ciclo anterior, com destaque para o Centro-Oeste e o Matopiba, onde há disponibilidade de áreas e recuperação produtiva.
No Mato Grosso, maior estado produtor, a expectativa é positiva após uma safra de recuperação em 2025. Áreas de pastagens seguem disponíveis para conversão, o que reforça o potencial de crescimento. Já o Rio Grande do Sul enfrenta uma situação mais delicada: as recorrentes adversidades climáticas das últimas safras devem frear investimentos em tecnologia e expansão, deixando as lavouras mais vulneráveis a novas perdas.
Fonte: Pensar Agro
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Governo busca mercados alternativos para exportações
Com uma possível entrada em vigor da tarifa de 50% sobre produtos agropecuários brasileiros prevista para 1º de agosto, o governo federal já mapeou os principais mercados de destino que podem absorver parte das exportações impactadas. Embora negociações diplomáticas com os Estados Unidos estejam em curso, autoridades admitem que o tempo é curto para evitar prejuízos imediatos aos exportadores.
A medida norte-americana afeta diretamente setores como suco de laranja, carne bovina, café, pescados e frutas — itens com forte presença na pauta exportadora brasileira. A interrupção de embarques destinados ao mercado dos EUA já é realidade para algumas empresas, que suspenderam o processamento de produtos voltados exclusivamente àquele destino.
Diante desse cenário, o Ministério da Agricultura intensificou a atuação da equipe internacional para identificar rotas alternativas. No caso da carne bovina, o foco está em ampliar a habilitação de frigoríficos para exportação ao Vietnã, país que abriu seu mercado recentemente. A expectativa é conquistar de 30% a 50% da demanda vietnamita, que gira em torno de 300 mil toneladas anuais. Paralelamente, está prevista para setembro uma auditoria do México que pode resultar na ampliação de 45% no número de plantas habilitadas para exportação de carne brasileira.
Outros mercados também estão no radar. Para o suco de laranja, produto mais afetado pela nova tarifa, as negociações com a China buscam uma equalização tarifária que permita a entrada do produto com menor custo. Arábia Saudita e países do Oriente Médio também estão entre os potenciais compradores. Para o café, os esforços se concentram na China e na Austrália, esta última com alto volume de importação, mas baixa participação brasileira. No caso das frutas, que têm nos Estados Unidos um importante destino, parte das exportações deve ser redirecionada para a Europa e para o mercado asiático.
Com cerca de 90% dos pescados exportados tendo os EUA como destino, esse setor demanda ainda identificação de novos compradores. A rede de adidos agrícolas no exterior foi mobilizada para intensificar a busca ativa por oportunidades. O governo também planeja ações de promoção comercial nos mercados estratégicos, em parceria com o setor privado.
Embora exista a possibilidade de recuo ou adiamento da medida por parte do governo dos EUA, o cenário permanece imprevisível. O Brasil, por sua vez, já considera utilizar instrumentos de reciprocidade econômica, caso não haja avanço nas tratativas.
A estratégia do governo brasileiro é atuar de forma articulada com os setores afetados, reforçando a diplomacia comercial e buscando soluções práticas para minimizar os impactos econômicos da taxação. Mesmo com a janela curta até 1º de agosto, a atuação conjunta entre o poder público e a iniciativa privada pretende garantir escoamento para os produtos e preservar o espaço do Brasil no comércio agrícola internacional.
Fonte: Pensar Agro
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