Nacional
Indígenas pedem demarcação de terras em sessão de homenagem ao Acampamento Terra Livre

A Câmara dos Deputados promoveu sessão solene nesta terça-feira (8) para celebrar o 21º Acampamento Terra Livre, realizado em Brasília. Autora do pedido para realização da sessão, a deputada Célia Xakriabá (Psol-MG) falou para um plenário repleto de indígenas. “Este é o Congresso Nacional que nós sonhamos para o futuro, este é o Congresso de um Brasil que começa por nós. Nós somos os primeiros brasileiros e, no entanto, somos os últimos a chegar ao Congresso Nacional”, disse ela.
Ao comemorar a existência hoje da chamada “bancada do cocar”, a deputada lembrou que levou mais de 30 anos depois da eleição do primeiro parlamentar indígena, Mário Juruna Xavante, em 1982, para que fosse eleita uma mulher indígena para a Câmara – a atual presidente da Fundação Nacional dos Indígenas (Funai), ex-deputada Joênia Wapichana.
O movimento Terra Livre reúne cerca de 9 mil lideranças indígenas em Brasília até sexta-feira. Dentre os presentes no plenário da Câmara, estava o cacique Raoni Metuktire, liderança histórica do povo Kayapó.
Em seu discurso, o cacique Raoni, que tem 93 anos e não fala português em solenidades públicas, pediu aos povos indígenas que continuem na luta pela defesa de seus territórios e de seu modo de vida.
“Há muito tempo, comecei a ter esse papel para defender o nosso povo e até hoje eu luto para defender o nosso direito, para que haja uma terra, para que a nova geração tenha seu próprio modo de vida dentro do território. E é isso que eu peço para vocês, que continuem lutando, que tenham força”, afirmou Raoni.

Assim como o cacique Raoni, Joênia Wapichana reivindicou a demarcação de territórios indígenas. Ela também reclamou do chamado marco temporal. Decorrente de uma lei aprovada pelo Congresso, o marco estabelece que os povos indígenas têm direito apenas à posse das terras que ocupavam ou já disputavam em 5 de outubro de 1988, data de promulgação da Constituição Federal. A constitucionalidade da norma está sendo questionada no Supremo Tribunal Federal.
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, também pediu a revogação do marco temporal. “Nossas raízes são profundas, pois tocam uma ancestralidade de cada homem, de cada mulher que nasceu no chão deste Brasil tão grande e diverso. A luta dos povos indígenas é a mãe de todas as lutas, e por isso nós seguimos falando “não” à mineração nos territórios indígenas, “não” ao marco temporal, nunca mais o Brasil sem nós.”
O deputado Ivan Valente (Psol-SP) disse que o artigo 231 da Constituição foi a maior conquista dos povos indígenas e não pode ser negociado no Supremo Tribunal Federal. Esse artigo garante aos indígenas o direito sobre as terras que ocupam tradicionalmente.
“O marco temporal é uma jogada dos ruralistas, os mesmos que dão cobertura para a grilagem, para as queimadas, para a invasão das terras indígenas, para a pistolagem no campo. Eles só querem ganhar dinheiro. Os indígenas estão aí para proteger os seus costumes, o seu território, a biodiversidade brasileira, a vida no Brasil, as florestas, as águas cristalinas, eles são os maiores defensores da natureza em tempos de destruição da natureza”, disse.
De acordo com a ministra Sonia Guajajara, o Acampamento Terra Livre é a maior mobilização indígena do mundo. Ainda segundo a ministra, hoje o Brasil conta com mais de 305 povos. O último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostrou que a população originária quase dobrou de tamanho desde 2010. Hoje, vive no país quase 1,7 milhão de indígenas, que ocupam cerca de 14% do território nacional.
Reportagem – Maria Neves
Edição – Geórgia Moraes
Fonte: Câmara dos Deputados

Nacional
“Perdeu, Mané” Mulher que pichou é condenada pelo STF a 14 anos de prisão
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta sexta-feira (25) a 14 anos de prisão a cabelereira Débora Rodrigues dos Santos, acusada de participar dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e de pichar a frase “Perdeu, mané” na estátua A Justiça, localizada em frente ao edifício-sede da Corte.
A condenação a 14 anos por cinco crimes foi obtida pelos votos dos ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, Flávio Dino e Cármen Lúcia. Cristiano Zanin votou pela condenação a 11 anos, e Luiz Fux aplicou pena de um ano e seis meses de prisão.
Com o fim do julgamento, a cabelereira está condenada pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.
Após a publicação da decisão, a defesa de Débora poderá recorrer da decisão. Ela está em prisão domiciliar.
Divergência
O julgamento foi suspenso no mês passado por um pedido de vista do ministro Luiz Fux, que devolveu o caso para julgamento.
Na manifestação proferida hoje, Fux votou pela condenação a um ano e seis meses de prisão somente pelo crime de deterioração de patrimônio tombado. O ministro absolveu a acusada dos crimes contra a democracia.
“O que se colhe dos autos é a prova única de que a ré esteve em Brasília, na Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023 e que confessadamente escreveu os dizeres “Perdeu, Mané” na estátua já referida”, justificou o ministro.
Após o voto de Fux, Moraes publicou um adendo ao seu voto para reafirmar que ela participou dos atos golpistas e também deve ser condenada pelos crimes contra democracia, não só pela depredação.
Segundo Alexandre de Moraes, Débora confessou que saiu do interior de São Paulo, veio para Brasília e ficou acampada em frente do quartel do Exército para participar dos atos golpistas.
en”Débora Rodrigues dos Santos buscava, em claro atentado à democracia e ao estado de direito, a realização de um golpe de Estado com decretação de intervenção das Forças Armadas”, afirmou o ministro.
Defesa
No início do julgamento, os advogados afirmaram que receberam o voto do ministro Alexandre com “profunda consternação”. Segundo a defesa, o voto pela condenação a 14 anos de prisão é um “marco vergonhoso na história do Judiciário brasileiro”.
Via TNOnline
Nacional
Comissão aprova projeto de unificação de protocolos de atendimento pré-natal no País

A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3981/23, que deixa claro no Estatuto da Criança e do Adolescente que todos os estabelecimentos e profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) devem seguir os protocolos de pré-natal formulados, revisados e atualizados pelo Ministério da Saúde.
A utilização padronizada de protocolos de abrangência nacional não excluirá a adoção complementar de publicações dos estados e municípios, conforme as particularidades regionais.
A ideia da autora do projeto, deputada Dani Cunha (União-RJ), é implementar, nas unidades de atendimento pré-natal, boas práticas a serem adotadas por todas as equipes de saúde do SUS, sem esquecer a diversidade da população brasileira.
Proteção integral
A relatora, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), recomendou a aprovação da proposta. Ela disse que o texto se alinha com o princípio de proteção integral dos direitos fundamentais da criança e do adolescente, por meio da atenção à saúde da mulher e da gestante.
“O atendimento pré-natal será norteado por padrões mais uniformes, sem prejuízo das ações e especificidades regionais”, declarou Laura Carneiro. “Desse modo, espera-se que seja ampliado o acesso aos programas e às políticas de saúde da mulher e de acompanhamento reprodutivo no SUS, cujas equipes de atenção primária terão materiais técnicos norteadores de abrangência nacional.”
A lei vigente assegura às gestantes nutrição adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do SUS.
Próximos passos
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado agora pelas comissões de Saúde; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Anteriormente, o texto foi aprovado também pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher.
Para virar lei, a medida precisa ser aprovada pelos deputados e pelos senadores.
Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei
Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Ana Chalub
Fonte: Câmara dos Deputados
Nacional
Comissão aprova projeto que exige estratégia na escola para prevenção de acidentes e doenças

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei para ampliar as atuais atribuições dos estabelecimentos de ensino na promoção de um ambiente escolar seguro.
A proposta altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que já prevê ações contra as drogas. Com a mudança, a LDB também exigirá estratégias para prevenção e conscientização dos riscos de acidentes e doenças.
O texto aprovado é o substitutivo da relatora, deputada Franciane Bayer (Republicanos-RS), para o Projeto de Lei 5430/23, do deputado Bruno Ganem (Pode-SP). A versão original previa a criação nas escolas de comissões internas para prevenção de acidentes, doenças e violência.
“Deve-se preservar a autonomia das escolas para que tomem as providências que julgarem mais oportunas e adequadas para o cumprimento das responsabilidades legais”, disse a relatora, ao descartar as comissões internas.
Próximos passos
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Para virar lei, terá de ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.
Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei
Da Reportagem/RM
Edição – Pierre Triboli
Fonte: Câmara dos Deputados
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