Agro News
Maioria dos produtores do Centro-Oeste atendem exigências socioambientais
Uma nova radiografia das lavouras de soja e milho no Centro-Oeste do país revela que 85% dos produtores da região estão em condições de receber crédito rural conforme as exigências socioambientais e financeiras em vigor. A informação vem de um levantamento feito pela Serasa Experian, especializada em análises de risco e dados geográficos, divulgado nesta terça-feira (10.06).
A pesquisa analisou mais de 166 mil imóveis rurais usando cruzamento de dados públicos e privados, imagens de satélite e informações do Cadastro Ambiental Rural (CAR). O objetivo foi verificar se as propriedades atendem aos critérios definidos pelo Manual de Crédito Rural (MCR), como ausência de embargos ambientais, respeito a áreas protegidas e baixo risco de inadimplência.
O resultado traz alento para o setor: a maior parte das propriedades analisadas está regularizada, sem pendências ambientais ou sociais que impeçam o acesso ao financiamento. Dentro desse grupo de aprovação, 48% apresentam perfil considerado de baixo risco — ou seja, estão com tudo em dia. Outros 37% também podem receber crédito, mas exigem análise mais criteriosa por parte das instituições financeiras.
Já os 15% restantes foram classificados como de alto risco para investimento, principalmente por questões como sobreposição com terras públicas, presença de alertas ambientais ou inconsistências no CAR. Nesses casos, o acesso ao crédito pode ser negado até que os problemas sejam resolvidos.
O estudo também mostra que os critérios exigidos vêm sendo cada vez mais embasados em tecnologias como georreferenciamento e imagens de satélite, que ajudam a identificar alterações no uso da terra e a maturidade socioambiental das áreas produtivas. A análise de dados geográficos se tornou uma ferramenta estratégica para reduzir riscos e aumentar a confiança dos agentes financeiros.
No recorte por estados, Goiás se destacou com os melhores índices de conformidade, seguido por Mato Grosso do Sul. O Distrito Federal teve alta taxa de propriedades ainda em avaliação, e o Mato Grosso apresentou o maior percentual de imóveis reprovados.
Municípios como Rio Verde (GO) e Dourados (MS) apareceram com os maiores números absolutos de propriedades aprovadas, confirmando o peso produtivo dessas regiões no cenário agrícola nacional.
Para os especialistas envolvidos na análise, a boa performance da maioria dos produtores reforça que o cumprimento dos critérios socioambientais, além de ser uma exigência legal, é uma vantagem competitiva. Em tempos de crédito seletivo e exigente, estar regularizado virou sinônimo de oportunidade.
Fonte: Pensar Agro

Agro News
Lançado em Cuiabá o Congresso da Aviação Agrícola 2025
Lançado na manhã desta terça-feira (15.07), em Cuiabá, o Congresso da Aviação Agrícola 2025 (Congresso AvAg), um dos maiores encontros do setor no mundo. O evento de lançamento ocorreu no auditório da AMPA e da Aprosoja, no Centro Político Administrativo da capital mato-grossense, reunindo autoridades do setor público, lideranças do agro, empresários aeroagrícolas e representantes das empresas expositoras já confirmadas para o congresso.
O evento teve a participação da presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Hoana Almeida Santos e Claudio Júnior, Diretor Operacional do Sindag; Lucas Beber, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) e Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio (IA), além de outras autoridades.
Com o lançamento, a contagem regressiva está aberta: faltam 35 dias para o início do evento, que será realizado de 19 a 21 de agosto no Aeroporto Executivo de Santo Antônio de Leverger (MT), município vizinho a Cuiabá. O local, que já sediou a edição anterior, volta a receber uma estrutura de grande porte para abrigar aeronaves, painéis técnicos, estandes, palestras e demonstrações de campo voltadas à aviação rural — setor responsável por operar em mais de 100 milhões de hectares no país.
Sob o tema “Um olhar para o futuro”, a programação inclui painéis sobre inovação tecnológica, sustentabilidade, segurança operacional e os rumos regulatórios do setor, além de atividades voltadas à formação técnica e networking entre os principais players do mercado. Entre os destaques, estão a mostra de equipamentos e o 1º Leilão da Aviação Agrícola, cuja arrecadação será destinada ao Fundo de Defesa da Aviação Agrícola Brasileira.
Outro momento aguardado da agenda será a palestra do ex-jogador Neto Zampier, sobrevivente do acidente aéreo da Chapecoense, que falará sobre superação e propósito. A conexão com os desafios da aviação rural deve provocar reflexões sobre segurança, resiliência e tomada de decisão em contextos extremos — temas caros ao setor.
Com cerca de 2,5 mil aeronaves em operação e a segunda maior frota do mundo, a aviação agrícola brasileira movimentou mais de R$ 8 bilhões em 2024. Projeções apontam que esse valor deve crescer até 25% até 2027, impulsionado pelo aumento da demanda por agricultura de precisão, manejo ambiental e combate a incêndios. Mato Grosso, por sua vez, lidera em número de aeronaves e área atendida, sendo o principal polo de operações aeroagrícolas do país.
O evento deste ano deve superar os recordes de 2024, quando o Congresso AvAg recebeu mais de 4.800 visitantes, contou com 224 marcas expositoras e movimentou cerca de R$ 250 milhões em negócios.
Serviço:
Congresso AvAg 2025
Local: Aeroporto Executivo de Santo Antônio de Leverger (MT)
Data: 19 a 21 de agosto de 2025
Tema: Um Olhar para o Futuro
Atividades:
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Painéis técnicos (inovação, segurança, sustentabilidade, regulamentação)
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Mostra de tecnologias e equipamentos
-
Demonstrações de voo e aplicação aérea
-
Congresso Científico
-
1º Leilão da Aviação Agrícola
-
Palestra motivacional com Neto Zampier (ex-Chapecoense)
INSCRIÇÕES: no site congressoavag.org.br
Fonte: Pensar Agro
Agro News
Embrapa desenvolve tecnologia que usa satélites para monitorar pastagens
Uma nova ferramenta de monitoramento remoto criada por cientistas brasileiros, com apoio da NASA, promete transformar a forma como o país avalia a produtividade de suas pastagens. Desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o sistema combina dados climáticos com imagens de satélites para estimar a quantidade de massa verde disponível em diferentes áreas de pecuária, com até 86% de precisão — sem a necessidade de visitas de campo.
O método foi testado ao longo de dois anos em áreas da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP), abrangendo diferentes sistemas produtivos: desde o manejo extensivo até áreas integradas com lavoura. O diferencial da metodologia está na capacidade de diferenciar o material nutritivo — essencial para a alimentação do rebanho — do restante da vegetação seca ou degradada. Isso permite, por exemplo, que produtores ajustem o uso da terra em tempo real, respondendo com maior eficiência à variação climática ou a falhas de manejo.
Os dados são processados a partir de imagens dos satélites Landsat-8, operado pelos Estados Unidos, e Sentinel-2, da Agência Espacial Europeia, reunidos em uma base internacional de análise. Segundo os pesquisadores, o modelo teve melhor desempenho em áreas de pasto extensivo, mas mostrou resultados consistentes em todos os contextos testados, o que abre caminho para sua aplicação em larga escala.
Além dos benefícios diretos à gestão das fazendas, a Embrapa avalia que a nova tecnologia pode subsidiar programas públicos voltados à recuperação de pastagens degradadas. O Brasil possui mais de 113 milhões de hectares dedicados à atividade, e grande parte enfrenta algum grau de desgaste. A expectativa institucional é de que sistemas integrados de produção, como lavoura-pecuária, saltem dos atuais 17 milhões para 30 milhões de hectares até 2030 — meta que depende de um monitoramento mais eficiente e preciso da capacidade forrageira.
A plataforma também pode auxiliar na construção de indicadores para políticas climáticas e de sustentabilidade no setor agropecuário, sobretudo diante das exigências crescentes de rastreabilidade e conservação ambiental nos mercados internacionais.
Fonte: Pensar Agro
Agro News
Projeto transfere ao Incra a titulação de terras da reforma agrária
A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta, de autoria do deputado Nelson Ned Previdente (MT), que promete acelerar a titulação de terras em assentamentos da reforma agrária. O texto, relatado pelo deputado Lúcio Antonio Mosquini (RO), transfere ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a responsabilidade pela realização e pelo custeio do georreferenciamento de lotes — etapa obrigatória para que os imóveis rurais possam ser registrados oficialmente em nome dos assentados.
Pela regra atual, cabe às famílias custear o serviço técnico, que inclui levantamento topográfico e mapeamento detalhado da área. A exigência tem sido apontada por especialistas como um dos principais entraves à regularização fundiária no país, sobretudo entre os pequenos produtores.
Com a mudança, o governo assume a tarefa e libera os assentados da despesa, o que deve destravar parte da fila da titulação rural. Segundo estimativas do próprio Incra, o Brasil deve assentar até 295 mil famílias entre 2023 e 2026, dentro do programa “Terra da Gente”. Em 2024, cerca de 71 mil famílias já foram beneficiadas com títulos definitivos — muitos ainda pendentes de georreferenciamento.
“A proposta corrige uma injustiça e garante que os procedimentos técnicos sejam realizados com responsabilidade pública. Estamos formalizando algo que o Incra já faz, mas agora com segurança jurídica e respaldo legal”, afirmou Mosquini após a votação.
O autor do projeto, o deputado Nelson Ned, defendeu a iniciativa como essencial para dar celeridade e segurança à política agrária. Para ele, exigir que famílias de baixa renda arquem com um processo técnico e oneroso compromete os objetivos centrais da reforma agrária: “Isso atrasa a vida de quem já vive e produz no campo, sem acesso pleno à terra”.
O texto aprovado também reforça o papel do Estado como agente executor da política fundiária, formalizando uma prática já adotada em alguns assentamentos, onde o Incra executa o georreferenciamento por meio de parcerias com universidades, prefeituras e entidades conveniadas.
A proposta também recebeu apoio da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que defende a titulação como um passo necessário para garantir segurança jurídica ao produtor e permitir o acesso a crédito rural e políticas públicas. Em nota, a entidade afirmou que a medida “traz justiça social aos produtores assentados” e contribui para a formalização do setor rural.
Segundo a FPA, além de facilitar o registro das terras, a proposta tende a impulsionar o desenvolvimento produtivo em assentamentos, ao permitir que as famílias regularizadas invistam com mais segurança e ampliem sua integração aos mercados.
Com a aprovação na Comissão de Agricultura, o projeto segue agora para análise nas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça (CCJ). Se aprovado, seguirá ao plenário da Câmara e, posteriormente, ao Senado.
Fonte: Pensar Agro
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