Agro News
Pará lança edital inédito para restauração ecológica e geração de créditos de carbono
O Pará anunciou que terá um projeto de restauração da vegetação nativa pioneiro no Brasil, que combina recuperação ambiental com a geração de créditos de carbono. O lançamento do edital de concessão para a Unidade de Recuperação Triunfo do Xingu (URTX) foi feito pelo governador, Helder Barbalho, durante a COP29 que vai até sexta-feira (22.11) em Baku, no Azerbaijão.
Com uma área de 10,3 mil hectares localizada no município de Altamira, no sudoeste do estado, a concessão, válida por até 40 anos, permitirá que o concessionário seja remunerado a partir do aproveitamento dos créditos de carbono gerados no processo de restauração ecológica. Estima-se que a área seja capaz de sequestrar 3,7 milhões de toneladas de carbono equivalente ao longo do projeto — o equivalente às emissões de 330 mil voltas ao redor da Terra em aviões.
Entre as exigências ao concessionário estão:
- capacitação da mão de obra local;
- apoio às cadeias produtivas agroflorestais;
- parcerias para fornecimento de insumos, mudas e sementes.
Por sua vez, o estado do Pará se compromete a implementar o Plano de Atuação Integrada (PAI), que prevê ações como regularização fundiária e ambiental, investimentos em segurança, infraestrutura e comunicações, além da ampliação dos serviços públicos nas comunidades da região.
O projeto prevê um investimento inicial de R$ 258 milhões para instalação e operação, com uma receita total projetada de quase R$ 869 milhões ao longo da concessão. A iniciativa também deverá gerar mais de 2 mil empregos diretos e indiretos, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico local.
O governador destacou a relevância do projeto como parte da estratégia do estado para liderar o mercado de carbono e promover uma economia verde. “Estamos falando de 10 mil hectares que vão gerar empregos e transformar áreas degradadas em florestas restauradas para o mercado de carbono e manejo florestal. É um modelo que une combate ao desmatamento ilegal, geração de emprego e desenvolvimento sustentável”, afirmou.
Com o edital de concessão aberto por 120 dias, o vencedor será anunciado em março de 2025. O projeto também reforça o papel do Pará como protagonista na agenda ambiental, em especial com o estado sediando a COP30 no próximo ano.
Ao conectar restauração ecológica, desenvolvimento econômico e engajamento social, o modelo da URTX pretende servir como referência para o Brasil atingir suas metas climáticas e estimular iniciativas sustentáveis em outras áreas públicas. Os documentos completos do edital estão disponíveis nos sites da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio).
Fonte: Pensar Agro
Agro News
Agronegócio brasileiro supera desafios e mantém exportações em alta
Em 2024, o agronegócio brasileiro manteve sua força, mesmo enfrentando adversidades como problemas climáticos que impactaram as safras de grãos, café e cana-de-açúcar. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), que monitora o comércio exterior do Brasil, o setor gerou uma receita de R$ 990,78 bilhões (US$ 165,13 bilhões) em exportações. Esse valor, embora 1,2% menor que o registrado em 2023, representa a segunda maior receita da história das exportações do setor, consolidando sua relevância para a economia nacional.
Os produtos do agronegócio representaram 49% de todas as exportações brasileiras em 2024, com a China se destacando como principal destino. O mercado chinês, entretanto, reduziu suas compras em 17,5%, com destaque para a queda nas exportações de soja em grão, principal produto vendido ao país. A receita com a soja caiu para R$ 189 bilhões (US$ 31,5 bilhões), refletindo uma menor participação chinesa no mercado total de exportação brasileira.
Já os Estados Unidos ampliaram sua relevância, consolidando-se como o segundo maior destino dos produtos brasileiros. As vendas para o mercado norte-americano somaram R$ 72,6 bilhões (US$ 12,1 bilhões), um aumento de 23,1%. Produtos como café verde, celulose, carne bovina in natura e suco de laranja lideraram as exportações para os EUA.
A performance positiva do agronegócio foi impulsionada pelo aumento médio de 2,9% nos preços dos produtos exportados. Entre os destaques, o algodão registrou o maior crescimento, com uma alta de 62,4% na receita, alcançando R$ 32,46 bilhões (US$ 5,41 bilhões). O café também apresentou resultados expressivos, batendo recorde de R$ 73,62 bilhões (US$ 12,27 bilhões), mesmo enfrentando desafios logísticos. Outros produtos que se destacaram foram sucos, papel e celulose, açúcar e carnes.
Em contrapartida, houve quedas significativas em alguns segmentos. As exportações de óleo de soja e milho recuaram 47,8% e 40,2%, respectivamente, enquanto o complexo de soja registrou retração de 12,5%. Esses resultados refletem a redução de produtividade e o aumento da demanda doméstica por biodiesel e etanol de milho.
Do lado das importações, o setor desembolsou R$ 250,2 bilhões (US$ 41,7 bilhões), alta de 5,5%, impulsionada principalmente pela compra de fertilizantes. Ainda assim, a participação das importações do agronegócio no total nacional caiu para 15%, o menor nível em sete anos.
Com isso, o saldo da balança comercial do agronegócio atingiu R$ 740,58 bilhões (US$ 123,43 bilhões), uma leve queda de 3,3%. Esse superávit foi fundamental para compensar o déficit na balança comercial geral do país, que, sem o agronegócio, enfrentaria um saldo negativo significativo.
Esses números reforçam a importância do agronegócio como pilar econômico do Brasil, capaz de sustentar a balança comercial mesmo em cenários adversos.
Fonte: Pensar Agro
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Estimativas da produção de arroz gera embate entre entidades e governo
A divulgação do levantamento da safra 2024/25 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) gerou reações contundentes de entidades ligadas à produção de arroz no Rio Grande do Sul. A Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul) e a Farsul (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul) criticaram os dados apresentados, acusando a Conab de superestimar números para influenciar o mercado e pressionar o preço do cereal para baixo.
De acordo com a Conab, a área plantada de arroz no Rio Grande do Sul deve atingir 988 mil hectares, representando um crescimento de 6,4% em relação às projeções do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), que estima 927,8 mil hectares. Essa diferença de 60 mil hectares, segundo as entidades, pode significar uma produção adicional de 500 mil toneladas de arroz, impactando diretamente a formação de preços no mercado interno.
O presidente da Federarroz, Alexandre Velho, criticou a metodologia da Conab e apontou que o órgão desconsiderou dados consolidados pelo Irga, que realiza levantamentos diretamente no campo. Segundo Velho, a Conab estaria usando números “inflados” com objetivos políticos e econômicos, o que poderia gerar prejuízos significativos à cadeia produtiva do arroz.
As entidades destacaram que erros como esse já causaram problemas no passado. Em 2024, o governo federal chegou a considerar a importação de arroz no valor de R$ 7,2 bilhões, alegando risco de desabastecimento – um cenário que, segundo a Federarroz e a Farsul, nunca se concretizou.
A nota conjunta tranquilizou os consumidores ao afirmar que o Brasil produzirá mais arroz do que o necessário para atender à demanda interna, exportando o excedente. Contudo, alertou para os prejuízos econômicos que estimativas equivocadas podem causar aos produtores e à competitividade do arroz brasileiro no mercado internacional.
Em nota oficial, a Conab defendeu a metodologia utilizada em seus levantamentos, afirmando que seus estudos agrícolas, realizados há quase 50 anos, servem para subsidiar políticas públicas. A autarquia ressaltou que suas projeções refletem expectativas de produção com base no mês anterior à publicação e que novos levantamentos serão realizados com o uso de tecnologias avançadas, como o mapeamento por imagens de satélite em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Segundo a Conab, o objetivo é oferecer informações mais confiáveis e detalhadas, reduzindo divergências.
Para as entidades, a falta de alinhamento entre os dados da Conab e do Irga evidencia a necessidade de maior integração entre os órgãos responsáveis. Enquanto o Irga ajusta suas estimativas com base em condições adversas enfrentadas pelos produtores, como eventos climáticos, a Conab trabalha com projeções mais amplas, que podem não refletir a realidade no campo.
A disputa por credibilidade entre os dois levantamentos é vista como um risco para o setor, especialmente em um momento de margens reduzidas para os produtores de arroz. A superprodução artificialmente projetada pela Conab pode desestabilizar o mercado, pressionando ainda mais os preços pagos ao produtor.
Enquanto aguarda os próximos levantamentos, o setor agropecuário reforça a necessidade de dados precisos e políticas públicas alinhadas à realidade, para evitar prejuízos econômicos e sociais à cadeia produtiva do arroz.
Fonte: Pensar Agro
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Exportações de algodão crescem, mas mercado interno enfrenta desafios
O algodão segue como um dos produtos de destaque do agronegócio brasileiro, com Mato Grosso reafirmando sua posição de maior exportador do país. Em dezembro de 2024, o estado foi responsável por 63,58% das exportações nacionais, embarcando 224,35 mil toneladas de pluma, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Entre agosto e dezembro, o estado exportou 729,89 mil toneladas, registrando um aumento de 9,78% em comparação ao mesmo período da safra anterior.
O mercado internacional tem sido crucial para o setor algodoeiro mato-grossense, com destaque para o Vietnã e a China como os principais destinos da fibra. No último mês, o Vietnã importou 52 mil toneladas, enquanto a China adquiriu 48,99 mil toneladas. Essa forte demanda externa, aliada ao crescimento de 5,66% projetado para as exportações totais da safra 2023/24, evidencia o papel estratégico de Mato Grosso na produção global de algodão.
Apesar dos resultados positivos no mercado externo, o setor enfrenta desafios internos. No mercado doméstico, o preço do algodão registrou queda, cotado a R$ 4,13 por libra-peso no CIF de São Paulo em 16 de janeiro, uma retração de 1,43% em relação ao dia anterior.
Paralelamente, a safra brasileira 2024/25, estimada em 3,699 milhões de toneladas, mostra estabilidade em relação à anterior, mas com redução na produtividade média, que caiu para 1.845 quilos por hectare. Em Mato Grosso, principal produtor, a estimativa é de uma leve redução na colheita, alcançando 2,62 milhões de toneladas. Apesar dos ajustes, o estado segue como referência nacional e global na produção e comercialização de algodão.
Fonte: Pensar Agro
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