Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

Agro News

Safra 25/26 deve bater novo recorde e alcançar 354,7 milhões de toneladas de grãos

Publicado

Levantamento divulgado nesta terça-feira (14.10), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta para a colheita, na safra 25/26 que está sendo plantada, de 354,7 milhões de toneladas, 0,8% acima do volume anterior, que já havia quebrado recordes com 351,9 milhões de toneladas.

Apesar dos números positivos no geral, os dados mostram um cenário misto: enquanto a área de cultivo deve crescer 3,3%, chegando a 84,4 milhões de hectares, a produtividade média tende a diminuir. A expectativa para 2025/26 é de 4.306 quilos por hectare, 2,4% abaixo da safra anterior, reflexo de desafios climáticos e custo de insumos.

A soja é a grande responsável pelo otimismo. O país deve colher 177,6 milhões de toneladas, avanço de 3,6% e novo recorde histórico. O aumento é explicado pelo crescimento da área plantada — 49 milhões de hectares, alta de 3,6% sobre o último ciclo. Para muitos produtores, isso representa oportunidade: com a demanda aquecida e preços mais firmes, o cultivo segue como principal aposta.

O milho, que vinha de safra recorde, deve recuar para 138,6 milhões de toneladas, queda de 1,8%. Curiosamente, a área plantada cresce 3,9%, mas a produtividade média das três safras do cereal cai 5,4%, mostrando os impactos da seca, custos e manejo.

No algodão, a produção esperada é de pouco mais de 4 milhões de toneladas (-1,1%), mas os agricultores projetam ampliar a área em 2,5%. Assim como no milho, a produtividade deve cair, ficando em 1.885 quilos por hectare.

Veja Mais:  Quaresma impulsiona mercado de peixes e anima produtores

No arroz, a Conab aponta encolhimento: projeção de 11,4 milhões de toneladas (-10,1%), com corte na área (1,6 milhão de hectares, -5,6%) e na produtividade (-4,8%). O feijão segue a mesma tendência, com previsão de 3,04 milhões de toneladas e recuos em área e produtividade.

O trigo, ainda com safra 2025 em andamento, deve fechar o ciclo com produção de 7,6 milhões de toneladas, queda de 2,4% em relação ao último ciclo, mas acima da estimativa anterior. O sorgo é o destaque positivo: a produção tende a crescer 8,4%, acima dos 6,6 milhões de toneladas, com mais área (10%) e leve redução na produtividade.

Para o produtor rural, o levantamento da Conab aponta caminhos para planejamento, de olho nas oportunidades oferecidas pela soja e sorgo, e atento aos riscos no milho, arroz e feijão. Mesmo com desafios, o Brasil deve se manter como potência agrícola global, reforçando o papel do agro no abastecimento e exportações.

Fonte: Pensar Agro

Comentários Facebook

Agro News

Trump reacende esperança para o café, mas gargalos nos portos travam exportações

Publicado

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que pretende reduzir “algumas tarifas” sobre as importações de café, nesta terça-feira (11.11). A medida, ainda sem detalhamento sobre prazos ou países beneficiados, reacende a expectativa de alívio entre exportadores brasileiros, que desde agosto enfrentam uma sobretaxa de 50% sobre o produto enviado aos EUA.

O Brasil é o maior fornecedor de café do mundo e tem nos Estados Unidos um de seus principais mercados consumidores. Com a tarifa em vigor, as exportações brasileiras para o mercado americano despencaram 46% em agosto e mais de 50% em setembro, segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). O impacto atingiu toda a cadeia, reduzindo receitas e pressionando margens de cafeicultores, que já convivem com custos de produção elevados e câmbio volátil.

Em outubro, durante encontro na Malásia, Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discutiram a possibilidade de um acordo para reverter as tarifas. Ainda não há, porém, definição sobre prazos ou condições. Lula afirmou, no início de novembro, que voltará a tratar do tema diretamente com o líder americano caso não haja avanço até o fim da COP30, em Belém.

Entraves – Mesmo com a sinalização positiva no campo diplomático, o setor enfrenta outro desafio imediato: a lentidão nos portos brasileiros. De acordo com o Cecafé, 939 mil sacas de café — o equivalente a 2.848 contêineres — ficaram retidas em setembro por falta de espaço em navios e atrasos nas escalas. O prejuízo com armazenagem, pré-stacking e taxas de detenção chegou a R$ 8,99 milhões, o terceiro maior já registrado pela entidade.

Veja Mais:  Mapa avalia que 31,8% das exportações brasileiras para a Europa podem ser afetadas pela “moratória”

No mesmo período, 57% das embarcações, ou 202 de um total de 355 navios, enfrentaram atrasos ou alterações de rota nos principais portos do país. O problema é agravado pela demora na realização do leilão do terminal Tecon Santos 10, considerado essencial para ampliar a capacidade de movimentação de cargas no Porto de Santos, responsável por grande parte das exportações do agronegócio.

O diretor técnico do Cecafé, Eduardo Heron, alerta que a lentidão do processo ameaça a competitividade do café brasileiro no exterior. Segundo ele, “enquanto os entraves burocráticos persistirem, os exportadores terão prejuízos ampliados, os cafeicultores receberão menos e o país deixará de arrecadar bilhões em receitas”.

A impossibilidade de embarcar todo o volume planejado impediu o ingresso de R$ 1,87 bilhão em receitas de exportação apenas em setembro, considerando o preço médio de US$ 370,72 por saca. O atraso nos navios também encarece o produto, já que o tempo adicional de armazenagem e as taxas portuárias acabam repassadas ao produtor.

Além do café, outros segmentos do agronegócio, como açúcar, algodão e celulose, também sofrem com os gargalos logísticos. A Auditoria de Infraestrutura Portuária e Ferroviária (AudPortoFerrovia), do Tribunal de Contas da União (TCU), apontou irregularidades no modelo de leilão proposto pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o que paralisou o processo e aumentou a incerteza no setor.

Veja Mais:  Quaresma impulsiona mercado de peixes e anima produtores

Apesar das dificuldades, o Brasil deve encerrar 2025 como líder global em exportações de café, com expectativa de 42 milhões de sacas embarcadas, segundo o Cecafé. O país vem diversificando seus destinos, com destaque para Alemanha, Japão e México, que ampliaram as compras após a alta das tarifas americanas.

A possível redução das taxas pelos Estados Unidos, se confirmada, traria fôlego ao setor, mas especialistas alertam que o impacto será limitado enquanto o país não resolver os gargalos logísticos e ampliar a infraestrutura portuária.

Fonte: Pensar Agro

Comentários Facebook
Continue lendo

Agro News

Consumo recorde e alta do enxofre marcam o mercado de fertilizantes

Publicado

O mercado brasileiro de fertilizantes segue aquecido em 2025 e caminha para um novo recorde de consumo. Dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA) mostram que, entre janeiro e agosto, foram entregues 30,5 milhões de toneladas de fertilizantes no país, um aumento de 9% em relação ao mesmo período do ano passado. Só em agosto, foram 5,2 milhões de toneladas, o maior volume mensal do ano.

O ritmo acelerado de entregas reflete a confiança do produtor rural, que segue antecipando compras para garantir o abastecimento da safra 2025/26. O Brasil, que figura entre os maiores consumidores de fertilizantes do mundo, importa cerca de 85% dos insumos usados nas lavouras — e isso mantém o setor atento a qualquer oscilação no mercado internacional.

Entre janeiro e outubro, as importações de matérias-primas do complexo NPK somaram 37,8 milhões de toneladas, alta de 4,6% sobre 2024. Mesmo com o câmbio e o frete ainda pressionando custos, o país mantém forte apetite por adubos, sustentado pela agricultura em expansão e pela busca por maior produtividade.

Um movimento importante em 2025 foi a mudança no tipo de produto adquirido. O mercado passou a priorizar fertilizantes menos concentrados, como sulfato de amônio (SAM) e superfosfato simples (SSP), em detrimento de produtos mais fortes como a ureia e o MAP. Essa substituição tem explicação prática: os produtos menos concentrados demandam maior volume físico para atender a mesma necessidade nutricional, o que eleva as movimentações portuárias e o total entregue.

Veja Mais:  Agricultura familiar ganha mais segurança jurídica com Pronaf previsto em lei

O principal fator de preocupação no ano, porém, tem sido o salto nos preços do enxofre, insumo essencial para a produção de ácido sulfúrico, que é base da fabricação de fertilizantes fosfatados como SSP, TSP, MAP e DAP.

Em janeiro, o enxofre era negociado a cerca de R$ 950 a tonelada. Em novembro, algumas ofertas já ultrapassavam R$ 2.320), um aumento de mais de 130% em menos de um ano. O avanço é consequência direta da redução de oferta global, provocada por paradas em unidades russas da Gazprom, o que transformou o país — tradicional exportador — em importador do produto. A escassez no Mar Negro e no Mar Báltico desorganizou o mercado e fez disparar as cotações internacionais.

Com isso, a indústria brasileira de fertilizantes sente o impacto no custo de produção. Empresas que fabricam fosfatados passaram a enfrentar margens menores, o que pode resultar em repasse gradual de preços ao produtor rural nos próximos meses.

Mesmo com o aumento dos custos, o mercado segue otimista. As entregas e as importações continuam em ritmo forte, e analistas avaliam que o país deve encerrar 2025 com novo recorde histórico de consumo, confirmando a posição do Brasil como terceiro maior mercado de fertilizantes do mundo, atrás apenas da China e da Índia.

Veja Mais:  Pesquisa da Embrapa Cerrados consegue restaurar bioma degradado

Especialistas reforçam, contudo, a importância do planejamento antecipado de compras, especialmente em estados como Mato Grosso, onde cerca de 20% dos insumos para a safra 2026/27 já foram adquiridos. A estratégia ajuda a minimizar o impacto da volatilidade e garantir a adubação no momento certo.

Fonte: Pensar Agro

Comentários Facebook
Continue lendo

Agro News

Congresso mundial sobre azeite debate avanço da olivicultura no Brasil

Publicado

A Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB), em São Paulo, recebe nesta quarta-feira (12.11) o Olive Oil World Congress (OOWC), evento internacional que reúne especialistas, produtores e chefs de cozinha para discutir ciência, qualidade e mercado do azeite de oliva. A edição brasileira marca um momento estratégico: o país, embora ainda pequeno na produção, consolida-se como um dos maiores consumidores mundiais e busca ampliar sua presença no setor.

O simpósio “Azeite e Saúde”, parte da programação, é realizado em parceria com a Associação Brasileira de Produtores, Importadores e Comerciantes de Azeite de Oliveira (OLIVA) e com a Casa do Azeite, contando com o apoio da Interprofesional do Azeite de Oliva, Gallo e Filippo Berio. A abertura será feita por Rita Bassi, presidente da OLIVA, junto de autoridades e representantes do setor.

Entre os destaques, o diretor executivo do Conselho Oleícola Internacional, Jaime Lillo, apresenta “O azeite de oliva no mundo atual”, enquanto o pesquisador Miguel Ángel Martínez, da Universidade de Harvard, traz as mais recentes evidências sobre a dieta mediterrânea e seus impactos na saúde. Uma mesa-redonda mediada por Rita Bassi contará com a participação de Andrea Romanos (Harvard), Ramón Estruch (Universidade de Barcelona), Áureo Augusto Delgado (gastroenterologista brasileiro) e Mariana Del Bosco (nutricionista da ABESO), analisando o papel do azeite na prevenção de doenças.

O congresso também marca o início do OOWC 2026, com painéis dedicados à qualidade e autenticidade do azeite. Teresa Pérez, da Interprofesional do Azeite de Oliva (Espanha), falará sobre características físicas e químicas do produto; Mariana Matos, da Casa do Azeite (Portugal), explicará os fatores que determinam a excelência “da azeitona à garrafa”; e o chef Beto Almeida demonstrará o uso do azeite na culinária brasileira. O evento será encerrado com um debate aberto e uma degustação guiada de azeites de diferentes origens.

Veja Mais:  Mapa avalia que 31,8% das exportações brasileiras para a Europa podem ser afetadas pela “moratória”

Brasil quer deixar de ser apenas importador

Hoje, o Brasil consome cerca de 97 mil toneladas de azeite por ano, o que representa pouco mais de 3% do consumo mundial, mas ainda depende quase totalmente de importações para atender à demanda interna. Em 2024, o país comprou aproximadamente 77 mil toneladas, o equivalente a cerca de R$ 4,1 bilhões. O preço médio da tonelada importada subiu mais de 35% em relação ao ano anterior, impulsionado por oscilações climáticas em países produtores e pelo aumento global da demanda.

Do outro lado, a produção nacional cresce de forma gradual. Segundo dados recentes, o Brasil já produz em torno de 530 toneladas de azeite por ano, principalmente no Rio Grande do Sul, responsável por mais de 70% do total, seguido por Minas Gerais e São Paulo. A cultura da oliveira tem se expandido, apoiada em novas tecnologias de cultivo e extração, e o produto brasileiro começa a ser reconhecido por sua qualidade e pureza.

Mesmo pequeno em volume, o setor vem conquistando espaço em feiras internacionais e prêmios de qualidade, o que reforça a importância de eventos como o OOWC no país. A realização em São Paulo é vista como um passo para aproximar a cadeia produtiva nacional dos padrões internacionais e estimular a entrada de novos produtores.

Veja Mais:  Pesquisa da Embrapa Cerrados consegue restaurar bioma degradado

“O congresso reforça a necessidade de conectar ciência, qualidade e mercado. É uma oportunidade para entender o que o consumidor busca, como garantir autenticidade e o que diferencia um azeite comum de um azeite premium”, afirmou a organização.

Com consumo crescente, potencial de expansão agrícola e interesse do consumidor por produtos saudáveis e rastreáveis, o Brasil tem espaço para se tornar referência regional na olivicultura. A troca de conhecimento e a aproximação com grandes produtores internacionais podem acelerar esse processo e reduzir a dependência das importações nos próximos anos.

Serviço

Evento: Olive Oil World Congress – OOWC
Data: 12 de novembro de 2025 (quarta-feira)
Local: Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB), São Paulo (SP)
Programação: Palestras, mesa-redonda, lançamento do OOWC 2026 e degustação de azeites
Organização: OLIVA, Casa do Azeite e Interprofesional do Azeite de Oliva

Fonte: Pensar Agro

Comentários Facebook
Continue lendo

ALMT Segurança nas Escolas

Rondonópolis

Polícia

Esportes

Famosos

Mais Lidas da Semana