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Tristeza e depressão podem fazer emagrecer?

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Psicóloga Raquel Mello*

Na sociedade, é muito comum associarmos magreza com alegria ou realização. Muitas pessoas acreditam que estar magro traz uma sensação de bem-estar, mas nem sempre isso acontece. Muitas vezes, uma pessoa perde peso devido a alguma situação difícil que está passando e, dependendo do caso, pode ser necessário fazer uma dieta de engorda com orientação profissional.

Recentemente, famosas comentaram através de suas redes estarem vivendo esse problema. A atriz Tatá Werneck relatou que está magra por não sentir fome ou vontade de comer por ainda sentir muito a morte do amigo Paulo Gustavo. A ativista pelo direito dos animais e influenciadora Luísa Mell também está com quilos a menos devido a uma situação difícil. Além do término do casamento, ela passou por uma violência médica. São fatores que causam problemas na autoestima, autoimagem e, claro, tristeza.

Não são apenas famosas que sofrem com o emagrecimento por causa da tristeza ou depressão, anônimas também convivem com esse dilema. É importante que as pessoas aprendam a diferenciar tristeza de depressão até para poder ajudar em situações parecidas com um amigo ou familiar. A causa da tristeza geralmente é algum acontecimento específico, como um luto, a perda de algo ou uma frustração. No caso da depressão, não há um motivo específico.

A tristeza é um sentimento normal e não afeta a sua produtividade. Mesmo triste, você consegue fazer as tarefas simples do dia a dia. Alterações de peso e apetite são comuns na depressão, sendo inclusive um dos marcadores significativos para um diagnóstico. Tanto a tristeza como a depressão diminuem os níveis de dopamina e serotonina no cérebro, neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer e isso leva a uma alteração na alimentação.

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Ao perceber que alguém não está bem e está perdendo peso é fundamental evitar fazer comentários falando que a pessoa está muito magra, parecendo doente ou até mesmo fazer um elogio relacionado a essa magreza, pois muitas vezes a pessoa não se sente bem estando magra. Isso ainda pode reforçar transtornos alimentares como anorexia e bulimia.

Quem passa por um momento de sofrimento na depressão ou com transtornos alimentares necessita ser acolhido. Autoestima é o valor que a pessoa atribui a si mesma, quando ocorrem esses comentários. Isso impacta diretamente o que ela pensa sobre si e pode levar a um aumento da autocritica, levando a uma diminuição da autoestima.

Vale ressaltar que a tristeza é uma emoção normal que afeta as pessoas, mas irá passar com relaxamentos, autoconhecimento, autoperdão e outras técnicas. No caso da depressão, é necessário um tratamento com médico e psicólogo. O ponto central é o prejuízo que a tristeza e a depressão trazem para vida da pessoa. O nível de dano e intensidade são o que fazem a diferença.

Portanto, procure por um psicólogo quando o prejuízo social e orgânico estiver aumentando e mudando sua vida. Vá a um especialista se perceber que deixou de ir a lugares que sempre vai, deixou de comer, perdeu ou aumentou demais o peso, não tem prazer na vida, deixou de fazer atividades higiênicas, entre outros. Um profissional irá ajudar na recuperação da autoestima e da vontade de viver. Fique atento a sua saúde mental e busque ajuda.

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(*) Raquel Mello é Psicóloga; Psicoterapeuta Clínica; Coach de carreira; Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental pela CBI of Miami. É ainda Professora Universitária de Pós-graduação em Gestão de Pessoas; Coautora do livro “As Interfaces do Ser Adolescente” e autora do ebook 50 exercícios para alívio da ansiedade.  

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Leucemia Mieloide Aguda: uma luta contra o tempo

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André Crepaldi

Recentemente, Fabiana Justus, filha do empresário e apresentador de televisão Roberto Justus, compartilhou com seus seguidores em uma rede social que está enfrentando uma batalha contra a leucemia mieloide aguda, e acabou trazendo à tona um assunto delicado e que é justamente tratado n a campanha “Fevereiro Laranja”.

A ideia de levar essa temática para o debate nacional é justamente alertar sobre esse tipo de câncer e quais são os sintomas, ainda desconhecidos da população em massa, que devem ser observados para que a doença possa ser tratada o quanto antes aumentando as chances de vida.

A leucemia é uma doença complexa que pode ser classificada de acordo com as células que foram afetadas. Quando as do tipo linfóides são atacadas, ela é denominada leucemia linfoide, linfocítica ou linfoblástica.

Por outro lado, quando as mielóides são o alvo, a enfermidade é chamada de leucemia mieloide ou mieloblástica, como é o caso de Fabiana, conforme diagnóstico fechado pela equipe médica que a acompanha.

Na corrida contra o relógio, pacientes com essa enfermidade enfrentam uma batalha. Esta forma agressiva de câncer afeta as células sanguíneas, levando à produção descontrolada de glóbulos brancos imaturos na medula óssea. O diagnóstico precoce é crucial.

Porém, muitas vezes a doença só é detectada em estágios avançados, dificultando o tratamento. Os sintomas podem variar desde fadiga extrema até infecções frequentes e sangramentos inexplicáveis. Manchas roxas, dores na perna, febre e gânglios aumentados também são comumente relatados.

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O tratamento tradicional inclui quimioterapia, radioterapia e, em alguns casos, transplante de medula óssea. Dentre as leucemias, a mieloblástica evolui de forma mais rápida. Entretanto, vale ressaltar que quando ocorrida entre os mais jovens, como é o caso de Fabiana, que possui 37 anos de idade, as chances de cura são animadoras.

Isso, principalmente, quando se faz um transplante de medula óssea. A maior dificuldade neste caso, no entanto, é encontrar um doador compatível, por isso é importante que todos se cadastrem para ser um doador. O procedimento é seguro e rápido e a sua doação pode salvar vidas.

*André Crepaldi é oncologista e atua na clínica Oncolog em Cuiabá

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A Internet: ágora moderna

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Foto- Assessoria

A democracia, por pressupor a participação de todas as pessoas capacitadas na tomada de decisões governamentais, seja diretamente por meio de plebiscito, seja indiretamente por meio de representantes eleitos, sempre teve como pressuposto, como necessidade inerente, a livre circulação das idéias. Na Grécia antiga isso se fazia na ágora, local em que os cidadãos se reuniam para debater os problemas da cidade e decidir os rumos da política.

Conforme a democracia se expandiu para abarcar nações inteiras e faixas cada vez mais amplas da população – mulheres e jovens, por exemplo – o local do debate público, não podendo comportar todo mundo no mesmo lugar físico, também se expandiu para se tornar cada vez mais imaterial: livros, jornais, rádio, TV.

A mais nova ágora da democracia é a Internet. Por meio da internet absolutamente qualquer pessoa pode manifestar sua opinião por meio de vídeos, áudios ou textos, levantar seu protesto, sugerir melhorias, pedir auxílio, sem limitação.

Fica claro que qualquer um que busque regulamentar a discussão política nas redes sociais da internet – seja sob o pretexto de combate ao discurso de ódio, seja sob a absurda e auto-contraditória alegação de proteção da democracia – é um inimigo do regime democrático e só pretende impossibilitá-lo.

Se quisermos que a democracia sobreviva no Brasil, devemos lutar para que a Internet – e todos os meios de divulgação de idéias – seja um ambiente de comunicação livre de censura ideológica.

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Cláudio Ferreira – Empresário, biólogo, professor e deputado estadual

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Israel x Hamas: Quais são as perspectivas para o futuro?

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Thays Felipe David de Oliveira

No último dia 7 de outubro, o grupo islâmico Hamas, que é considerado atualmente como terrorista por algumas potencias, como Estados Unidos, realizou um bombardeio surpresa em Israel. Esse ataque pode ser considerado como um dos maiores nos últimos anos, já tendo vitimado mais de 1,9 mil pessoas, entre militares e civis.

É válido salientar que a tensão persistente entre Israel e o Hamas é um tema que tem desafiado os esforços internacionais de resolução de conflitos por décadas, remontando ao estabelecimento do Estado de Israel em 1948, quando milhares de palestinos foram deslocados de seus territórios.

Desde então, as tensões têm persistido, exacerbadas por disputas territoriais, questões de segurança e desafios na implementação de acordos de paz anteriores. Com o ataque do último final de semana, um dos maiores que Israel já sofreu, e conforme as réplicas já realizadas na Faixa de Gaza, comandada pelo Hamas, é possível que haja um escalonamento do conflito no médio a longo prazo.

Além disso, as grandes potências mundiais, como Estados Unidos, França, Itália, Alemanha e Reino Unido, já se pronunciaram a favor de Israel e estão enviando apoio em material bélico. Por outro lado, o Hamas detém o apoio do Irã e de alguns países do continente africano.

Por fim, em relação a quanto tempo pode perdurar esse conflito, é possível afirmar que não há previsão de paz, nem que ela ocorra em pouco tempo, resultando em implicações devastadoras para as populações envolvidas. Civis inocentes sofrem as consequências diretas da violência, resultando em perdas de vidas e danos materiais significativos.

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Neste contexto, a comunidade internacional tem um papel vital a desempenhar na resolução do embate, através de esforços diplomáticos e pressões construtivas. Só assim será possível favorecer um ambiente propício para o diálogo e a negociação de soluções sustentáveis para a paz.

*Thays Felipe David de Oliveira, doutora em Ciência Política e professora do curso de Relações Internacionais da Estácio

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