Portal Agro
Alta do dólar impulsiona margem dos frigoríficos de carne bovina
Como resultado disso, a margem das indústrias — sobretudo as exportadoras — teve expressiva melhora.
As empresas de médio porte, que dependem mais do mercado doméstico e chegaram a trabalhar no vermelho em alguns momentos do ano, também contaram com um inesperado e positivo efeito da paralisação dos caminhoneiros. A greve afetou o escoamento e a produção de carne bovina no fim de maio, levando a desabastecimento pontual do atacado, o que elevou os preços no mercado interno, com reflexo positivo na rentabilidade.
Além disso, o preço do boi gordo ficou menor em decorrência da greve, o que fez os frigoríficos ganharem nessas duas pontas. “Compraram [o gado] mais barato e venderam a carne muito mais cara”, disse o analista da consultoria MB Agro, César Castro Alves.
“Tivemos um fôlego de um mês pós-greve”, admitiu Paulo Bellincanta, que é sócio-fundador do frigorífico Frialto e associado da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).
Conforme o levantamento da consultoria MB Agro, o ‘spread’ — indicador de margem bruta que mede a diferença entre a carne vendida no atacado e o preço do boi gordo — atingiu em junho o melhor nível em praticamente um ano. No último mês, essa diferença ficou em 1,03%. A média da série histórica, que começou em 2010, é de 0,96% Em geral, esse indicador é baixo (muitas vezes negativo) porque não contempla a venda subprodutos como couro.
Na exportação, que contou com a ajuda do dólar apreciado, a melhora é ainda mais substancial, segundo a MB Agro. No primeiro trimestre, a diferença de preço entre a carne bovina exportada e a cotação do boi gordo no país ficou em 4%, de acordo com Alves. Em abril, esse indicador alcançou 9% e em maio, 24%.
A melhora é um reflexo, principalmente, da alta do dólar, disse o analista da MB Agro. “Com carne e boi estável, o dólar ajudou muito”, afirmou. No segundo trimestre, o cotação do dólar (ptax) ficou, em média, em R$ 3,60, de acordo com o Valor Data. Trata-se de uma apreciação de 11% na comparação com a média do primeiro trimestre, de R$ 3,24. “O dólar é o que está tornando o equilíbrio da indústria de carne bovina possível”, afirmou ao Valor o executivo de um frigorífico, que não quis ser identificado.
Na avaliação de Bellincanta, o dólar favorável às exportações tem reflexos positivos no mercado interno, sobretudo para os frigoríficos de médio porte. “Os três grandes se voltaram para as exportações com mutia força, o que dá um respiro no mercado interno”, disse, em alusão a JBS, Marfrig e Minerva.
Para o segundo semestre, as expectativas também são positivas, conforme o presidente da Abiec, Antônio Camardelli. “A perspectiva para o segundo semestre é ótima”, afirmou, ressaltando a possibilidade da reabertura do mercado americano de carne bovina in natura e a abertura da Indonésia ainda neste ano.
Fonte: Avisite
Portal Agro
Exportação de carne suína de Mato Grosso bate recorde histórico em 2024
Portal Agro
Dia do Agricultor (28/7): produção de grãos deverá atingir 330 milhões de toneladas na próxima década
Ministério da Agricultura prevê crescimento de 27% no setor até 2031; soja, milho, algodão e trigo puxam a evolução do setor
Enquanto outros setores produtivos mostraram dificuldades para crescer durante a pandemia, o agronegócio brasileiro “puxou para cima” o PIB nacional em 2020 – e deve continuar o bom desempenho também na próxima década. Segundo o estudo Projeções do Agronegócio, Brasil 2020/21 a 2030/31, realizado pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, a produção de grãos no Brasil deverá atingir mais de 330 milhões de toneladas nos próximos dez anos, uma evolução de 27%, a uma taxa anual de 2,4%. Soja, milho, algodão e trigo deverão se manter como os grandes protagonistas no campo.
O levantamento concluiu ainda que o consumo do mercado interno, o crescimento das exportações e os ganhos de produtividade, aliados às novas tecnologias, deverão ser os principais fatores de expansão do agronegócio brasileiro, que representou, no ano passado, mais de 26% de todo o produto interno bruto do país.
Na contramão
O setor de farinha de trigo, por exemplo, foi fortemente impactado pelo aumento no consumo de pães e massas no mercado interno durante a pandemia, e teve um crescimento de 9% no faturamento do ano passado, segundo estudo da Abimapi (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados).
E a tendência seguiu assim no primeiro trimestre de 2021. A Herança Holandesa – linha de farinhas de trigo da Unium, marca institucional das indústrias das cooperativas paranaenses Frísia, Castrolanda e Capal – registrou no período, uma produção de 36,6 mil toneladas de farinha de trigo, e um faturamento que ultrapassou os R$ 67 milhões, números robustos para o setor no estado. “Os primeiros meses do ano foram muito positivos para o moinho da Unium. Nossa estimativa de produção para 2021 é de 140 mil toneladas, mesmo com um segundo semestre mais desafiador, com o preço do dólar influenciando no custo da matéria-prima”, explica o coordenador de negócios do moinho de trigo da Unium, Cleonir Ongaratto.
Dividida entre farinha e farelo de trigo, a produção da Unium não foi interrompida durante o período mais crítico do isolamento social, e a companhia conseguiu ainda investir R$ 756 mil em seus produtos em 2020. Ongaratto afirma que o principal objetivo foi garantir que todos os clientes fossem atendidos e que os supermercados estivessem abastecidos. “E a tendência é que continuemos dessa forma. Temos um estudo para uma duplicação da moagem no moinho da Herança Holandesa, que deve ser aprovado pela diretoria da Unium ainda este ano, pois acreditamos que o setor continuará crescendo no futuro”, finaliza o coordenador.
Portal Agro
Dia do Suinocultor (24/7): tradição familiar é pilar do desenvolvimento do setor
No interior do Paraná, imigração holandesa e herança entre gerações são pontos fortes dos bons resultados da indústria de proteína animal
Os caminhos que levaram a médica veterinária Deborah de Geus a se apaixonar pela suinocultura foram traçados antes mesmo dela nascer. Descendente de imigrantes holandeses que chegaram ao Brasil no período pós-segunda guerra, a paranaense de 38 anos soube desde pequena qual seria sua “estrada profissional”.
Seu avô, pioneiro na produção de suínos, foi o grande incentivador desse tipo de ofício, no início da década de 1970. “Quando meus pais se casaram, em 1972, meu avô, sogro de meu pai, o presenteou com uma ‘porquinha’, e esse foi o começo de tudo. Já em 1977, meus pais construíram sua primeira maternidade, na época, para alojar dez matrizes, e essa paixão seguiu comigo desde então”, relembra Deborah.
Dedicada, ela buscou se aprimorar e, ao atingir a idade adulta, se formou em Medicina Veterinária pela Fundação Luiz Meneghel, em Bandeirantes (PR). “Sempre tive como objetivo trabalhar na suinocultura, então busquei me especializar. Após a faculdade, trabalhei em uma agroindústria em São Paulo e também em uma consultoria, com a qual obtive diversos aprendizados. Anos depois, retornei e comecei a administrar a empresa familiar, função que exerci nos últimos dez anos”, conta a cooperada da Frísia, na Região dos Campos Gerais, no Paraná.
Seu empenho ao ofício familiar, que também a credenciou para o cargo de presidente da Comissão Técnica da Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), mostra que o exemplo de Deborah não é um caso isolado, mas uma prova de que o setor tem se beneficiado dos aprendizados do cooperativismo e da herança cultural dos antepassados.
União faz a diferença
Outras duas cooperativas paranaenses, a Castrolanda e a Capal, também possuem bons exemplos de hereditariedade na indústria da suinocultura. Junto da Frísia, as três cooperativas com origem holandesa compõem a Alegra, indústria de alimentos focada em produtos de proteína animal, preocupada com o bem-estar dos suínos e com a sustentabilidade de suas operações.
O cooperado da Castrolanda, Cornélio Borg, por exemplo, foi ao encontro dos interesses do pai, que sempre teve como foco principal a agricultura. Formado em agronomia, Cornélio buscou otimizar a granja de suínos da família ao triplicar a produção. Atualmente, os Borg contam com 1.100 matrizes por mês. “Essa é uma atividade que sempre gostei e procurei me especializar nela. Meu pai criou a granja há uns vinte e cinco anos, mas nunca foi sua atividade mais forte, então, fiz um estágio na Castrolanda, focado em suínos, e hoje administro esse ‘braço’ do negócio da família”, explica Cornélio.
Pai de uma menina de apenas um ano de idade, ele já pensa no futuro e em uma possível “herança” para a filha. “Essa será uma decisão dela, é claro, mas espero que ela tenha a paixão que herdei do meu pai. Tenho certeza que irá gostar, pois é algo de família, mas não cabe a mim decidir se ela vai seguir os passos do pai e do avô”, brinca o suinocultor.
Henry Martinnus Kool, cooperado da Capal, também é produtor de suínos. Com uma granja que tem capacidade para 6 mil animais por ciclo, ele tem três filhos, duas meninas e um menino, que, segundo conta, já o acompanham e gostam de lidar com os animais. “Esse foi um trabalho que começou com o meu pai e que, desde pequeno, eu também aprendi a amar. Atualmente, temos duas granjas e meus filhos me seguem de um lado para outro. Só o futuro poderá dizer o que eles farão quando adultos, mas torço para que a suinocultura continue como um negócio importante para a família”, finaliza Henry.
-
Rondonópolis20/01/2025 - 10:30
Centro de Comercialização da Agricultura Familiar é aberto ao público
-
Cidades19/01/2025 - 15:01
Prefeitura faz entrega emergencial de cestas básicas no grande Parque do Lago
-
Mato Grosso19/01/2025 - 15:31
Corpo de Bombeiros reforça medidas de segurança durante o período chuvoso
-
Esportes20/01/2025 - 00:30
Grêmio vence o Palmeiras e se classifica para semifinal da Copinha
-
Esportes20/01/2025 - 00:30
Corinthians vence o Vasco e avança para a semifinal da Copinha
-
Cidades19/01/2025 - 16:01
Defesa Civil de Várzea Grande monitora córregos e realiza ações preventivas
-
Policial18/01/2025 - 16:00
Polícia Civil prende pai por estupro das filhas de 13 e 16 anos em Colniza
-
Esportes20/01/2025 - 00:01
Vasco empata com o Boavista e segue sem vencer no Carioca