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Alternativas à judicialização de conflitos no agronegócio

Gilberto Gomes da Silva
O agronegócio brasileiro, pilar fundamental da nossa economia, é impulsionado por produtores rurais que diariamente enfrentam desafios para manter suas atividades. Nesse cenário dinâmico, conflitos podem surgir em razão de questões fundiárias, contratos, parcerias, arrendamentos, fornecimento de insumos, entre outros temas inerentes ao setor. Para solucionar essas disputas de forma ágil e eficaz, os métodos extrajudiciais de resolução de conflitos se apresentam como uma alternativa vantajosa, reduzindo custos e evitando a morosidade de longas batalhas judiciais.
Dentre as opções disponíveis, destacam-se a arbitragem, a mediação e a conciliação. Na arbitragem, por exemplo, as partes em conflito escolhem um ou mais árbitros, especialistas na matéria, que atuarão como juízes privados, proferindo uma decisão final, denominada laudo arbitral. Essa decisão tem o mesmo efeito de uma sentença judicial, garantindo a devida segurança jurídica. Entre as principais vantagens desse método estão a celeridade na solução do conflito, a confidencialidade e a especialização dos árbitros em questões do agronegócio.
Na mediação, um terceiro imparcial, o mediador, facilita o diálogo entre as partes para que elas encontrem, de forma colaborativa, uma solução consensual para o conflito. Diferentemente da arbitragem, o mediador não impõe uma decisão, mas auxilia na construção de um entendimento comum. Esse método é especialmente útil em disputas de longa data ou que envolvam questões emocionais e continuidade de relações comerciais. Além disso, costuma ser mais econômico do que um processo judicial.
Já a conciliação é um procedimento semelhante à mediação, mas o conciliador pode ter um papel mais ativo, sugerindo soluções para o impasse e auxiliando na formalização de um acordo. A conciliação é um método simples e rápido, ideal para conflitos pontuais e de menor complexidade. Assim como a mediação, a conciliação é mais econômica do que um processo judicial.
Para que o produtor rural faça a melhor escolha na solução de suas disputas, é essencial contar com profissionais especializados que possam orientar sobre o método mais adequado para cada situação, garantindo que seus direitos sejam preservados e os interesses protegidos. Ao optar pelos meios extrajudiciais de resolução de conflitos, o produtor rural ganha em agilidade, reduz custos e evita desgastes prolongados, permitindo que mantenha seu foco na produtividade e na sustentabilidade da sua produção.
Especialmente, reduz uma carga econômica considerável em seu negócio na medida em que facilita o diálogo e a negociação do possível desacordo, uma vez que em todos os métodos indicados, a condução visa a via consensual utilizando técnicas negociais avançadas.
*Gilberto Gomes da Silva é advogado, especialista em Direito Civil e Processual Civil, com MBA em Direito Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). E-mail: [email protected]
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O que é Síndrome de Fim de Ano?

Foto- Eluise Dorileo é psicóloga, terapeuta familiar
Chegamos ao final de mais um ano. Você começa a se comparar com quem diz que viveu um ano perfeito.
Se cobra internamente, sente uma exaustão acumulada, os lutos que viveu,
as expectativas que não atingidas que machucam… E dá vazão para o medo do futuro.
Você reflete e acha que poderia ter feito mais…
Esquece das batalhas que sobreviveu e que quase ninguém viu e das dores que ninguém nota e de quanto persistiu para continuar mesmo quando sua mente dizia para desistir.
Essa Síndrome acontece no final do ano porque mesmo sem querer, nosso inconsciente faz um balanço automático. Onde vemos nossos erros, nossos acertos, o que perdemos, quem já se foi e o que não consegui realizar.
E é normal o sentimento de ‘que falhou’, embora não tenha falhado. Chegou até o final do ano inteiro e isso se chama: CORAGEM.
Pode aparecer alguns sintomas como parto no peito, falta de ar, ansiedade, sensação de vazio, insônia, crises de pânico, vontade de sumir e esgotamento físico e mental.
Isso significa que seu corpo está pedindo descanso.
Sua alma está pedindo acolhimento.
Seu espírito está pedindo silêncio.
Reduza o ritmo, seja gentil com você, caminhe devagar, respire fundo, fale com alguém, se acolha: você não precisa ser forte o tempo inteiro.
Respire. Renasça com o ano novo. Vida que segue.
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Dia Internacional contra a Corrupção: prevenir para proteger o cidadão

Paulo Farias- Secretário Controlador-geral do Estado
No dia 9 de dezembro, o mundo se mobiliza para refletir sobre os prejuízos que a corrupção causa à vida das pessoas e para renovar o compromisso com a integridade na gestão pública. A data faz referência à Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, assinada em 2003, que marcou um avanço global no enfrentamento a esse problema que reduz recursos da saúde, da educação, da infraestrutura e corrói a confiança da população nas instituições.
Em Mato Grosso, essa reflexão ganha um significado especial. O Estado vem sendo reconhecido nacionalmente pela promoção da integridade e pela atuação firme no combate à corrupção. Segundo dados do Conselho Nacional de Controle Interno – CONACI, Mato Grosso figura entre os estados que mais aplicaram a Lei Anticorrupção (Lei 12.846/2013) ao longo de seus dez primeiros anos de vigência, com mais de R$ 1,5 bilhão recuperados aos cofres públicos. Um resultado que nos coloca na segunda posição do país, ao lado do Espírito Santo e de Minas Gerais.
Certa vez, me perguntaram se esse resultado era motivo de comemoração ou preocupação. E a resposta depende da lente com que olhamos o tema. Sob a perspectiva do passado, esse desempenho é positivo, pois demonstra que Mato Grosso foi capaz de identificar e responsabilizar atos de fraude e corrupção que ocorreram principalmente entre 2010 e 2014. Foi a prova de que o sistema de controle interno respondeu quando o interesse público foi atacado.
Mas sob a perspectiva do futuro, permanecer no topo do ranking seria um sinal indesejado. Significaria que falhamos em nossa missão maior: evitar que casos como esses voltem a acontecer.
Por isso, Mato Grosso vem ampliando seu foco na prevenção. Atuamos para fortalecer estruturas que impeçam o desperdício e as irregularidades antes que elas se concretizem e prejudiquem o cidadão. O Programa Integridade MT, o Guia de Integridade para Fornecedores e Prestadores de Serviço do Poder Executivo, o fortalecimento dos mecanismos de análise de risco e ferramentas tecnológicas como o CGE Alerta são exemplos do caminho que escolhemos trilhar.
A prevenção não exclui a responsabilização. Ela promove o equilíbrio. O objetivo de um sistema de integridade não é punir mais, mas punir quando necessário e prevenir sempre que possível. Por isso, seguimos aprimorando também nossas capacidades de detecção e atuação sancionatória, para que, se irregularidades ocorrerem, o Estado seja capaz de identificá-las e agir de forma proporcional e justa.
O Dia Internacional contra a Corrupção nos lembra de que não há espaço para acomodação. Integridade não é tarefa exclusiva de órgãos de controle: ela precisa estar presente nas decisões de gestão, no comportamento das empresas que contratam com o governo e na atitude de cada cidadão que exige transparência e respeito ao dinheiro público.
O futuro que queremos para Mato Grosso é aquele em que atos irregulares sejam cada vez mais raros. Um futuro no qual o reconhecimento nacional não venha pelo volume de punições, mas pela confiança da sociedade em um Estado que faz o que é certo, entrega resultados e garante que cada investimento público gere valor para quem mais importa: o cidadão.
Integridade é o caminho. E este caminho se faz todos os dias.
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O futuro da saúde é mais humano e a aromaterapia faz parte disso

Tabata Mazetto -Foto Divulgação
Por muito tempo, a saúde foi tratada como algo dividido: o corpo de um lado, a mente do outro, as emoções tentando se encaixar em algum lugar entre um exame e uma receita. Mas isso já não dá mais conta da vida real. As pessoas não vivem em pedaços. Elas sentem tudo ao mesmo tempo – corpo, mente, emoções e ambiente.
Tenho percebido isso cada vez mais de perto. Pessoas cansadas. Cansadas de tentar se encaixar em padrões, de silenciar dores, de viver no automático. E profissionais da saúde também exaustos, tentando cuidar de tudo, muitas vezes sem conseguir cuidar de si.
Aos poucos, algo vem mudando. Uma vontade de olhar com mais calma, de escutar com mais presença, de respeitar o tempo do corpo e do sentir. Não é uma ruptura com o que já existe de práticas consolidadas, mas um movimento de ampliar o olhar clínico. Integrar intervenções que dialogam com evidências científicas e com o que o paciente realmente vive no dia a dia. De voltar ao essencial! E, é nesse lugar que a aromaterapia, para mim, sempre fez sentido.
Vai além do alternativo ou complicado, funciona de uma forma simples, direta, que toca a vida do jeito que ela é. Um cheiro que acalma, um aroma que acolhe, um respiro que alivia. Às vezes, é no invisível que a gente encontra o que mais precisava.
O que muitas vezes me entristece é ver tanta gente estudando, buscando, se interessando… mas parando no meio do caminho. O conhecimento fica guardado e a prática é por vezes adiada, como se ainda não fosse suficiente. É como se ainda faltasse alguma autorização para confiar no próprio sentir.
Mas cuidar não nasce apenas do estudo, vem da escuta e presença, na coragem de estar inteiro diante do outro. O que transforma é a aplicação concreta, diária, ética, responsável e alinhada ao propósito de cuidar. E é por isso que a saúde está mudando: porque as pessoas estão mudando.
Já não dá mais para separar o que se sente do que se vive, tratar apenas sintomas e ignorar histórias. E é nesse ponto que a aromaterapia ganha força em território clínico, pois respeita o tempo de cada um, cuida sem invadir e permite que o corpo se comunique, mesmo quando tentamos fingir que não estamos escutando.
Talvez o futuro não esteja em fazer mais, aprender mais, acumular mais. Talvez esteja em fazer com mais consciência. A aromaterapia não é o futuro, é o presente que só faz sentido quando é compartilhado. E talvez a pergunta mais importante não seja “qual caminho seguir?”, mas “como eu escolho cuidar de mim e do outro?”.
Tabata Mazetto – Psicóloga, Aromaterapeuta e Especialista em óleos essenciais.
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