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Carta de Ribeirão Preto destaca papel do agronegócio

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Produtores rurais e representantes de mais de 40 países reuniram-se em Ribeirão Preto (310 km da capital São Paulo), durante a 35ª edição da Conferência Mundial de Agronegócio e Alimentos (Ifama), com um objetivo claro: discutir como o setor pode enfrentar os desafios da segurança alimentar e da sustentabilidade diante do crescimento populacional e das mudanças climáticas. O resultado foi a elaboração de um documento que será apresentado na COP 30, em Belém (PA), em novembro deste ano.

A carta, assinada por representantes do Ifama e da Harven Agribusiness School, reforça o papel do agronegócio como aliado estratégico na luta contra os problemas climáticos. O documento defende que é possível produzir mais alimentos e bioenergia para atender uma população global crescente — que deve passar de 8,2 bilhões em 2024 para 9,6 bilhões em 2050 — sem abrir mão da preservação ambiental.

Para isso, são propostas duas estratégias principais: ampliar o uso de áreas subutilizadas, como pastagens degradadas, para produção agrícola; e investir em tecnologias que melhorem a produtividade por hectare, reduzindo perdas e otimizando recursos.

A carta enumera cinco eixos de ação que podem orientar políticas públicas e práticas privadas rumo a uma agricultura mais sustentável e eficiente:

  1. Adoção de sistemas sustentáveis de produção e agricultura regenerativa

  2. Aplicação de tecnologias ao longo das cadeias alimentares

  3. Uso de bioinsumos e tecnologias genéticas

  4. Conversão energética com base em fontes renováveis

  5. Criação de políticas públicas voltadas à descarbonização da produção agropecuária

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Os autores do documento citam um estudo recente do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que projeta aumento nas importações globais de diversas commodities agrícolas nos próximos dez anos. Entre os produtos com maior crescimento estimado estão arroz, carne suína, soja, frango, milho, algodão e carne bovina — o que evidencia o papel do agronegócio na segurança alimentar global.

Além disso, o relatório alerta para a urgência de ações concretas: mais de 295 milhões de pessoas em 53 países enfrentavam fome aguda em 2024 — número 14 milhões superior ao do ano anterior.

Durante o evento, a diretora-geral adjunta da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), Beth Bechdol, destacou que a transformação dos sistemas alimentares passa pela ciência, inovação e políticas públicas inclusivas. Ela chamou atenção para a necessidade de ampliar o acesso de pequenos produtores a insumos essenciais, como sementes, fertilizantes e vacinas, especialmente em contextos de crise climática e geopolítica.

“A transformação é urgente”, afirmou, ao lembrar que a perda de biodiversidade, a escassez de água e a instabilidade econômica colocam em risco a segurança alimentar em diversos países.

O congresso da Ifama, realizado pela primeira vez no Brasil, foi promovido pela Harven Agribusiness School — única representante brasileira na associação global. Além de discussões técnicas, o evento contou com fóruns, debates e apresentações acadêmicas. Os participantes também puderam conhecer de perto a diversidade da produção agrícola paulista, que representa cerca de 24% do PIB agropecuário nacional, com destaque para café, cana, laranja e bioenergia.

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Ao final, a mensagem deixada aos produtores é clara: o agro precisa estar no centro das soluções climáticas. Com o uso inteligente de tecnologias, políticas públicas bem desenhadas e gestão eficiente, é possível crescer com sustentabilidade e garantir alimento para um mundo em transformação.

Fonte: Pensar Agro

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Brasil projeta exportar quase 12 milhões de toneladas em julho, alta de 24%

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O mercado brasileiro de soja mantém forte ritmo nas exportações, com a previsão de embarcar 11,929 milhões de toneladas em julho. Este volume representa um aumento de 24% em relação às 9,579 milhões de toneladas exportadas em julho do ano passado, mostrando que a demanda internacional pelo produto nacional segue em alta.

Esse crescimento reforça a posição do Brasil como principal fornecedor global da oleaginosa, aproveitando uma safra robusta e condições favoráveis para o escoamento da produção. Em junho, o país já havia registrado um volume recorde de 13,931 milhões de toneladas embarcadas, mantendo o ritmo acelerado de vendas externas.

No acumulado do primeiro semestre de 2025, o Brasil deverá exportar cerca de 80,9 milhões de toneladas, superando os 75,7 milhões exportados no mesmo período do ano anterior. O aumento das exportações está ligado a fatores externos, como a alta nas taxas de exportação na Argentina, que encarece o produto concorrente, e à recuperação econômica dos principais compradores, especialmente a China, maior importador mundial da soja.

Para o produtor rural, esses números representam boas oportunidades de venda, sobretudo para quem já iniciou a comercialização da safra 2025/26. No entanto, especialistas alertam que a alta demanda exige atenção redobrada para a logística, incluindo o transporte e a infraestrutura dos portos, que precisam acompanhar o crescimento para evitar gargalos e perdas.

Além disso, o mercado externo continua sensível a variações cambiais e geopolíticas, que podem impactar o preço da soja e a rentabilidade do produtor. Por isso, planejar a comercialização com cautela é fundamental para aproveitar o momento favorável sem expor a produção a riscos desnecessários.

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Em síntese, o cenário atual aponta para um Brasil com soja em destaque no comércio internacional, sustentado por volumes recordes e demanda firme, mas que precisa investir em eficiência e estratégias para consolidar e ampliar sua participação no mercado global.

Fonte: Pensar Agro

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Evento vai destacar a força da aviação agrícola no agro brasileiro

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Com a segunda maior frota do mundo e atuação em praticamente todas as culturas comerciais, a aviação agrícola brasileira tem se consolidado como um dos pilares técnicos do agronegócio. Mais do que uma atividade complementar, ela representa um elo estratégico entre tecnologia, produtividade e sustentabilidade na produção de alimentos, fibras e energia renovável.

Atualmente, o Brasil conta com cerca de 2,5 mil aeronaves agrícolas registradas, operando em uma área que ultrapassa 100 milhões de hectares por ano. O setor movimentou mais de R$ 8 bilhões em 2024, conforme projeções de entidades ligadas à aviação rural, e tem expectativa de crescimento próximo de 25% até 2027, impulsionado pelo aumento da demanda por precisão nas lavouras e pela ampliação da fronteira agrícola.

O equipamento é empregado principalmente na aplicação de defensivos, fertilizantes e semeadura de culturas de cobertura. Sua principal vantagem é a capacidade de cobrir grandes áreas em curto espaço de tempo, o que reduz perdas por pragas, doenças ou intempéries climáticas. Essa agilidade é essencial em lavouras como soja, milho, algodão, cana-de-açúcar, arroz, trigo e também em culturas permanentes como café, citros e eucalipto.

Além da velocidade, o setor investe fortemente em tecnologia de precisão, com sistemas embarcados de controle de vazão, georreferenciamento e mapeamento por imagens. Aeronaves tripuladas e drones trabalham de forma integrada com dados gerados por satélites e sensores no solo, contribuindo para uma agricultura mais racional e ambientalmente controlada.

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Outro diferencial da aviação agrícola brasileira é sua crescente participação em ações ambientais, como o combate a incêndios florestais e a pulverização de áreas de preservação com insumos biológicos. Em estados como Mato Grosso, Tocantins e Pará, aviões agrícolas são frequentemente acionados em operações de controle de queimadas ou combate a focos de incêndio em áreas de difícil acesso.

Apesar da alta tecnificação, o setor ainda enfrenta desafios. Um deles é o desconhecimento sobre sua atuação, muitas vezes confundida com práticas irregulares. Para operar, os prestadores de serviços precisam estar homologados por órgãos federais e seguir rigorosas normas de segurança operacional e ambiental. Todas as aeronaves são registradas na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e as aplicações seguem padrões definidos pelo Ministério da Agricultura, com registro de rotas, volumes e produtos.

Em termos de distribuição, o Centro-Oeste lidera o uso da aviação agrícola, com destaque para Mato Grosso, que possui a maior frota em operação no país. Isso se deve à dimensão territorial, à concentração de grandes lavouras e à busca por janelas mais curtas de aplicação. O Sul do país também é forte usuário, especialmente em culturas como arroz irrigado, soja e tabaco.

Nos últimos anos, o setor também tem apostado na capacitação de operadores e técnicos, além da ampliação do uso de aeronaves remotamente pilotadas (drones), que atendem áreas menores ou aplicações localizadas, complementando o trabalho das aeronaves maiores.

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EVENTO – Em meio a esse cenário de crescimento e valorização do setor, será lançado na próxima terça-feira (15.07), em Cuiabá, o Congresso da Aviação Agrícola 2025 (Congresso AvAg), que acontecerá em agosto no Aeroporto Executivo de Santo Antônio de Leverger (MT).

O lançamento oficial marcará a contagem regressiva de 35 dias para um dos maiores eventos do setor no mundo, reunindo fabricantes, operadores, pesquisadores e lideranças do agro. A programação inclui painéis sobre inovação, sustentabilidade, segurança operacional e regulamentação, além de mostra tecnológica e o inédito Leilão da Aviação Agrícola, com renda voltada à defesa institucional do segmento.

Fonte: Pensar Agro

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Produtores da faixa de fronteira ganham mais cinco anos para regularizar imóveis

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O Senado aprovou nesta terça-feira (08.07) a prorrogação, por mais cinco anos, do prazo para regularização de imóveis rurais com mais de 15 módulos fiscais localizados em áreas de fronteira. A medida beneficia diretamente propriedades rurais nos cerca de 150 municípios que compõem a faixa de fronteira brasileira — uma região estratégica que ocupa aproximadamente 27% do território nacional.

A proposta altera a Lei nº 13.178/2015 e dá novo fôlego a produtores que enfrentam dificuldades para atender às exigências legais de regularização, especialmente em estados como Mato Grosso, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Acre e Amazonas. Entre os principais entraves estão a conclusão de processos de georreferenciamento, a atualização de cadastros no Incra e a ratificação de títulos fundiários emitidos originalmente por estados da Federação.

A regularização fundiária é essencial para garantir o acesso pleno dos produtores ao crédito rural, à emissão de títulos definitivos de posse e à segurança jurídica sobre as áreas exploradas. Sem esse processo concluído, muitos imóveis seguem com restrições no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e enfrentam barreiras junto a instituições financeiras, cooperativas e programas de incentivo à produção.

Além de beneficiar o setor produtivo, a medida pode ajudar a reduzir conflitos fundiários e ampliar o controle sobre terras situadas em regiões sensíveis, muitas vezes marcadas por pressão fundiária, grilagem e atividades ilegais. A expectativa do setor é que a ampliação do prazo também estimule o avanço da titulação em áreas ocupadas há décadas, mas ainda pendentes de regularização formal.

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A proposta aprovada agora segue para sanção presidencial. Caso não houvesse prorrogação, o prazo final para a regularização expiraria no final deste ano, colocando milhares de produtores em situação irregular.

Fonte: Pensar Agro

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