Agro News
Com desinfecção encerrada, começa a contagem do vazio sanitário
Com a conclusão da limpeza e desinfecção da granja em Montenegro (RS) — onde foi registrado o primeiro caso de gripe aviária em aves comerciais no Brasil — tem início nesta quinta-feira (22.05) o período de vazio sanitário.
O prazo de 28 dias é uma exigência da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) para que o país volte a ser reconhecido como livre da doença e, com isso, possa pleitear o fim de embargos impostos por parceiros comerciais às exportações de carne de frango.
As ações de desinfecção no local começaram no dia 16 de maio, logo após a confirmação do foco. As aves remanescentes foram sacrificadas, e ovos e camas aviárias foram eliminados. A limpeza se estendeu a todos os ambientes da propriedade — dos galpões ao escritório — e incluiu vistorias em um raio de 10 quilômetros.
“A limpeza é fundamental para que os desinfetantes atuem com eficácia. Sem essa etapa, a ação química dos produtos pode ser comprometida”, explicou a médica veterinária Alessandra Krein, do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul.
No painel da Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves (SRN), atualizado duas vezes por dia pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), constam atualmente nove municípios com investigações em andamento. Desses, dois casos suspeitos ocorrem em granjas comerciais — Ipumirim (SC) e Aguiarnópolis (TO).
Os demais envolvem aves de subsistência ou silvestres, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Ceará, Pará e Tocantins. Os testes laboratoriais dessas ocorrências ainda não foram concluídos.
Casos em Estância Velha (RS), Nova Brasilândia (MT) e Gracho Cardoso (SE), antes sob suspeita, já foram descartados após exames. Segundo o sistema do Mapa, foram realizadas 3.971 investigações de suspeitas de influenza aviária ou Doença de Newcastle desde o início do monitoramento.
Em entrevista coletiva, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que a transparência com que o governo brasileiro tem conduzido o episódio é decisiva para recuperar a confiança internacional. “O Brasil é o único país do mundo que mantém um sistema com atualizações em tempo real sobre gripe aviária. Todo o mundo pode acompanhar passo a passo a forma como estamos lidando com o problema”, destacou.
O ministro também ressaltou que a chegada do vírus H5N1 ao país foi tardia em comparação a outras nações. “Desde os primeiros registros internacionais, em 2006, foram quase 20 anos até que o vírus atingisse nossas granjas comerciais. Isso mostra a robustez do nosso sistema sanitário”, disse.
Uma nota técnica emitida pelo COEZOO-RS informa que também foi iniciada a higienização de um incubatório em Formiga (MG), que recebeu ovos férteis oriundos da granja contaminada em Montenegro. Todos os ovos já haviam sido descartados, segundo o governo mineiro.
O setor produtivo acompanha com atenção o prazo do vazio sanitário. A expectativa é que, sem novos casos em granjas comerciais até o final do período, o Brasil possa solicitar oficialmente à OMSA o retorno ao status de país livre da gripe aviária — um passo decisivo para retomar mercados internacionais e garantir a competitividade da avicultura nacional.
Fonte: Pensar Agro

Agro News
Simpósio técnico sobre avicultura reunirá especialistas e produtores
Entre os dias 5 e 7 de agosto, Florianópolis será o ponto de encontro de profissionais, pesquisadores, empresários e estudantes ligados à cadeia produtiva da avicultura. A capital catarinense sediará o 15º Simpósio Técnico de Incubação, Matrizes de Corte e Nutrição, promovido pela Associação Catarinense de Avicultura, consolidando-se como um dos eventos mais relevantes do setor no Brasil.
O simpósio acontecerá no CentroSul, com uma programação presencial que promete três dias de intensos debates sobre inovação, desafios sanitários, nutrição e gestão na avicultura moderna. O evento tem como objetivo atualizar conhecimentos técnicos e promover a troca de experiências entre os diferentes elos da cadeia produtiva.
A abertura oficial será no dia 5 de agosto, às 19h30, e contará com uma palestra de destaque nacional sobre as transformações no agronegócio e o papel estratégico da avicultura no cenário brasileiro e global. Em seguida, haverá uma solenidade e um coquetel de confraternização oferecido por uma das patrocinadoras do encontro.
Três grandes eixos técnicos:
A programação foi estruturada em três blocos temáticos distintos, refletindo os principais desafios e tendências da avicultura:
-
Incubação e saúde intestinal (5/08):
O primeiro dia inclui um pré-simpósio promovido por uma empresa do setor de saúde animal e uma série de palestras voltadas à prevenção de riscos invisíveis no trato intestinal das aves, com destaque para abordagens inovadoras no combate às micotoxinas. -
Sanidade e biosseguridade (6/08):
O segundo dia será dedicado ao controle sanitário e à proteção dos plantéis. Estão previstas exposições sobre doenças virais emergentes, atualizações da situação da influenza aviária no mundo, estratégias de biosseguridade e fatores que influenciam a mortalidade embrionária. -
Manejo e gestão de pessoas (7/08):
Encerrando a programação, o foco será voltado ao ambiente de produção e à capacitação de equipes. Os temas incluem liderança técnica, modernização de equipamentos para matrizes e uma mesa-redonda técnica com especialistas, reunindo os principais aprendizados do evento.
A realização do evento em Florianópolis reforça a posição de Santa Catarina como referência na produção avícola, tanto no mercado interno quanto nas exportações. O estado tem papel central na cadeia produtiva nacional e investe continuamente em tecnologia, biosseguridade e qualificação profissional.
As inscrições estão abertas no site www.simposioacav.com.br
Fonte: Pensar Agro
Agro News
Colheita de milho encarece frete por falta de armazenagem
Com a colheita do milho da segunda safra avançando neste mês de julho, o transporte rodoviário de grãos no Brasil volta a ser pressionado por um velho conhecido: o desequilíbrio entre a velocidade da produção e a lentidão da infraestrutura. O problema começa onde termina a lavoura — ou antes: na ausência de silos suficientes para armazenar o que sai do campo.
Dados recentes revelam que a capacidade estática de armazenagem no Brasil cobre apenas entre 60% e 70% do total produzido. Isso significa que milhões de toneladas de grãos precisam ser escoadas imediatamente após a colheita, mesmo que os preços estejam baixos e os custos de frete, em alta. Nos Estados Unidos, para efeito de comparação, a capacidade instalada equivale a 150% da produção.
Essa defasagem estrutural explica parte da explosão no custo do transporte. Em fevereiro deste ano, o frete entre Sorriso (MT) e o porto de Santos (SP), principal rota de exportação de grãos do país, atingiu o maior valor da série histórica. O cenário foi agravado por fatores como o diesel cotado em R$ 6,50 por litro e a expectativa de uma supersafra que encontrou gargalos logísticos ainda não resolvidos.
Com o milho agora substituindo a soja como protagonista do escoamento, a previsão é de que o frete volte a subir nas próximas semanas, especialmente em rotas longas entre o Centro-Oeste e os portos. A situação é ainda mais crítica quando se considera que o transporte rodoviário representa quase 70% de toda a movimentação de grãos no Brasil.
A dependência das rodovias não é recente, mas se mostra cada vez mais onerosa. O custo do transporte interno, por exemplo, pode chegar a representar até 70% do valor total para exportar soja até a China. Distâncias médias entre 1.500 e 2.000 quilômetros, combinadas com combustíveis caros e baixa oferta de caminhões em períodos de pico, tornam a conta difícil de fechar para o produtor.
O levantamento aponta que 61% dos agricultores não possuem estrutura própria de armazenagem, e um em cada quatro sequer conhece linhas de crédito voltadas à construção de silos. Sem alternativas, muitos são obrigados a aceitar preços baixos ou repassar a carga com urgência para evitar perdas.
Apesar de avanços no uso de hidrovias no chamado Arco Norte e de pequenos incrementos no transporte ferroviário — que passou de 20% para cerca de 23% em uma década —, os modais alternativos ainda não acompanham o ritmo da produção agrícola, que cresceu mais de 40% no mesmo período.
A recente projeção da Companhia Nacional de Abastecimento indica que a safra brasileira de grãos deve alcançar 339,6 milhões de toneladas, um salto de 14% em relação ao ciclo anterior. Mas sem armazenamento nem modais diversificados, essa abundância se transforma em sobrecarga logística.
Fonte: Pensar Agro
Agro News
Produtores de leite em Sergipe discutirão custos da produção
Nesta terça e quarta-feira, dias 15 e 16 de julho, produtores de leite em Sergipe participam de encontros presenciais voltados ao levantamento detalhado dos custos da atividade leiteira no estado. As reuniões fazem parte do projeto nacional Campo Futuro e ocorrem nos escritórios do Sebrae em Nossa Senhora da Glória e em Lagarto, distantes 115 km e 75 km, respectivamente da capital, Aracaju.
Com presença de técnicos especializados e representantes do setor agropecuário, os encontros têm como foco principal identificar, com base na experiência dos próprios produtores, os principais gargalos econômicos que afetam a rentabilidade da produção de leite na região.
Na prática, o levantamento inclui desde os custos com insumos e alimentação do rebanho até despesas com mão de obra e manejo. As informações serão analisadas em painéis técnicos e posteriormente consolidadas para apoiar políticas públicas e programas de assistência ao setor.
A proposta é aproximar a gestão do produtor rural da realidade financeira da sua propriedade, oferecendo dados concretos para decisões mais eficientes. Segundo os organizadores, o desconhecimento sobre os custos reais da produção ainda é um obstáculo para boa parte dos pequenos e médios produtores, que operam com margens cada vez mais apertadas.
O leite, um dos pilares da economia agrícola do interior sergipano, enfrenta desafios crescentes em razão do aumento nos preços dos insumos e da concorrência com grandes bacias leiteiras de outros estados. Iniciativas como essa visam oferecer ferramentas práticas para que o produtor consiga se manter competitivo, mesmo em cenários adversos.
Além de mapear os custos, o evento propõe um espaço de troca entre produtores e técnicos, incentivando o compartilhamento de soluções adotadas no campo. A participação é gratuita e aberta a produtores, trabalhadores rurais e profissionais da cadeia produtiva do leite.
Os dados coletados serão posteriormente utilizados para traçar um diagnóstico regional e nacional da atividade, ajudando a orientar investimentos, políticas de crédito rural e ações de assistência técnica. Em um setor onde o planejamento é fundamental para a sustentabilidade, compreender com precisão o custo do litro de leite pode ser a chave para manter a atividade ativa e viável no médio prazo.
Fonte: Pensar Agro
-
Esportes08/07/2025 - 18:30
Fluminense perde para o Chelsea e é eliminado do Mundial de Clubes
-
Rondonópolis08/07/2025 - 12:48
Inscrições para a Cavalgada da 51ª Exposul seguem abertas
-
Rondonópolis08/07/2025 - 18:12
Câmara acompanha fechamento da Coder e defende direitos dos trabalhadores
-
Rondonópolis08/07/2025 - 23:40
SISPMUR cobra transparência no caso CODER e pede abertura de CEI para apurar irregularidades
-
Esportes09/07/2025 - 18:30
PSG atropela Real Madrid e garante vaga na final do Mundial de Clubes
-
Policial08/07/2025 - 09:59
Polícia Militar apreende quase duas toneladas de drogas em dez dias em Mato Grosso
-
Rondonópolis10/07/2025 - 12:30
Praça Por do Sol será palco do hip-hop em evento com oficinas de grafite e rimas, apresentações e batalha de break
-
Agro News08/07/2025 - 09:00
Safra de soja 25/26 deve alcançar 48,5 milhões de toneladas, diz Imea