Agro News
Entenda o “tarifaço” do Trump e o que isso significa para o agro brasileiro?
O anúncio do presidente americano, Donald Trump, nesta quarta-feira (02.04) sobre novas tarifas de importação para diversos países gerou preocupações globais, mas o agronegócio brasileiro pode sair relativamente preservado – e até beneficiado em alguns setores.
Os Estados Unidos são o segundo principal parceiro comercial do Brasil. Somente em 2024, os produtos norte-americanos responderam por 15,5% nas importações recebidas pelo Brasil. Por outro lado, 12% das exportações nacionais foram destinadas aos EUA. Entre todas as vendas, os destaques ficam por conta do petróleo bruto, do ferro e aço, das aeronaves e do café.
O chamado “tarifaço” é um conjunto de novas taxas aplicadas pelos Estados Unidos sobre produtos importados de vários países. No caso do Brasil, a tarifa geral foi definida em 10%, a mais baixa entre todas as anunciadas. Isso significa que produtos brasileiros terão um aumento menor de preço no mercado americano em comparação com os de países concorrentes, o que pode garantir uma vantagem competitiva para o Brasil.
Um dos produtos mais impactados será o café. Atualmente, os EUA não cobram impostos sobre a importação do grão, mas, com o novo tarifaço, o café brasileiro passará a ser taxado em 10%. O grande diferencial é que o Vietnã, um dos principais concorrentes do Brasil, enfrentará uma tarifa muito maior, de 46%. A Colômbia também foi taxada em 10%, o que mantém o Brasil competitivo.
Outro possível benefício vem do aumento da demanda global por soja. Com as novas tarifas, pode haver uma mudança nas relações comerciais, abrindo espaço para que a China e a União Europeia aumentem suas compras do Brasil. Além disso, a pecuária brasileira pode ganhar mercado nos EUA, já que os americanos enfrentam desafios na produção interna e precisarão importar mais carne nos próximos anos.
Alguns setores ainda enfrentam dúvidas sobre como serão aplicadas as tarifas. O açúcar brasileiro, por exemplo, já opera dentro de uma cota preferencial nos EUA e pode ter pouco impacto imediato. Já no caso do etanol, há receio de que o Brasil sofra pressões para reduzir sua tarifa de importação de 18% sobre o etanol americano, o que poderia afetar produtores nacionais.

Isan Rezende
Na prática, o tarifaço pode significar novas oportunidades para os produtos brasileiros no mercado internacional. Como o Brasil recebeu uma das tarifas mais baixas, a competitividade da produção agropecuária pode ser mantida e, em alguns casos, até ampliada. O cenário exige atenção e adaptação por parte dos exportadores, mas há espaço para crescimento, principalmente no setor de café, carne e soja.
Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio, analisou os impactos do tarifaço dos EUA no setor agropecuário brasileiro. Para ele o efeito é misto para o agronegócio brasileiro. “Por um lado, setores como o café e a carne bovina podem se beneficiar da redução da competitividade de outros países que foram mais penalizados. Por outro, segmentos como o etanol e o açúcar ainda enfrentam incertezas sobre como essas tarifas serão aplicadas na prática”.
“O produtor rural brasileiro deve enxergar esse cenário como uma oportunidade estratégica. Se soubermos aproveitar o momento, podemos ampliar nossa participação no mercado americano, principalmente no café e na carne, onde concorrentes diretos como Vietnã e Austrália foram mais afetados. Isso pode significar um aumento na demanda e na valorização dos nossos produtos. No entanto, é fundamental que o Brasil continue atento às negociações comerciais. Um tarifaço como esse pode desencadear reações de outros países, levando a mudanças no fluxo de importações e exportações. Se a União Europeia e a China, por exemplo, buscarem alternativas para evitar os produtos americanos, isso pode gerar novas oportunidades para nós”, analisou Rezende.
Na visão do presidente do IA, o impacto real desse tarifaço vai depender de como as políticas comerciais se desenrolam nos próximos meses. “O agronegócio brasileiro tem força e resiliência para se adaptar, mas é essencial que os produtores estejam atentos às mudanças e preparados para ajustar suas estratégias conforme as novas dinâmicas do mercado internacional. O momento é de cautela, mas também de oportunidades. O produtor rural deve acompanhar as movimentações do mercado para identificar as melhores estratégias e aproveitar os possíveis benefícios da nova política tarifária dos EUA”, recomendou Isan Rezende.
Na pratica o “Tarifaço” abre janela para a entrada em novos mercados. Com as tarifas mais altas ao vender para os Estados Unidos, os exportadores brasileiros podem ganhar espaço em outras nações também alvejadas na guerra comercial. O Brasil pode ter na Europa, que também vai pensar em medidas de retaliação, uma oportunidade interessante, até pelo avanço do acordo entre o Mercosul e a União Europeia.
Fonte: Pensar Agro

Agro News
Recorde na produção de grãos faz Estado se destacar no cenário nacional
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Frango mantém alta com preços estáveis e demanda interna aquecida
O mercado interno de frango segue em alta e mostra sinais de estabilidade nos preços, sem grandes recuos nos últimos dias. A expectativa para os próximos dias é que os preços se mantenham firmes, sustentados pela proximidade de um feriado prolongado, que tende a aquecer a demanda e favorecer a comercialização. Essa movimentação é comum em períodos próximos ao final de mês, quando, normalmente, há uma diminuição da procura, mas também é acompanhada de uma recuperação rápida quando as compras de varejistas aumentam para atender à demanda do início do mês.
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o preço médio do frango vivo atingiu R$ 6,15 por quilo nesta parcial de abril, o que representa o maior valor desde agosto de 2022, em termos reais, ou seja, descontando a inflação. Essa valorização se traduz em um aumento acumulado de 11% no mês, o que reflete o bom desempenho do setor. A alta nas cotações está relacionada tanto à demanda interna quanto externa, com destaque para o aumento das exportações e a retomada de consumo no mercado doméstico.
Outro fator que contribui para essa valorização do frango vivo é o custo elevado dos insumos, especialmente o milho, que, apesar de algumas quedas nos preços, ainda mantém patamares altos. Esse aumento nos custos de produção, associado ao mercado interno aquecido, tem levado muitos frigoríficos a repassar os custos para o preço do frango vivo. Além disso, a desvalorização de outros componentes importantes, como o farelo de soja, também contribui para o poder de compra dos avicultores, especialmente os do estado de São Paulo.
Ainda de acordo com o Cepea, a combinação desses fatores tem impulsionado o poder de compra do produtor avícola, permitindo que ele absorva melhor as pressões nos custos de produção e continue a investir na atividade. Ao longo de abril, o mercado seguiu aquecido, com frigoríficos encontrando espaço para reajustar os preços, o que é um indicativo de que o setor está se ajustando bem aos desafios econômicos.
Para o produtor rural, o cenário atual traz uma boa oportunidade de lucratividade, mas é necessário manter o foco no planejamento das compras de insumos e na gestão da produção, já que a volatilidade dos custos de milho e soja ainda representa um risco a ser monitorado de perto. A sustentabilidade dessa tendência de alta vai depender não apenas da demanda interna, mas também de como o mercado internacional continuará reagindo, especialmente em relação aos preços do milho e ao comportamento dos principais mercados compradores do frango brasileiro.
Em resumo, o mercado de frango se mantém firme e apresenta perspectivas positivas para o curto prazo. O aumento nos preços, aliado a um bom planejamento e à otimização da produção, pode proporcionar ao avicultor um cenário favorável para aproveitar as altas de preços, ao mesmo tempo em que se mantém atento aos custos e à gestão de insumos, especialmente com o impacto do milho.
Fonte: Pensar Agro
Agro News
Isan Rezende entrevista o engenheiro agrônomo da Agroinvest Jeferson Souza
O engenheiro agrônomo e analista de mercado da Agrinvest, Jeferson Souza, é o convidado de Isan Rezende no podcast Pensar Agro, desta semana. Eles discutem os principais desafios enfrentados pelos produtores rurais em relação aos custos de produção e rentabilidade. Com mais de 20 anos de experiência na área, Souza compartilhou sua visão especializada sobre a importância do gerenciamento eficiente dos custos na atividade agropecuária.
O analista destacou que os produtores devem adotar uma abordagem cuidadosa na aquisição de insumos, como defensivos, fertilizantes e sementes, ressaltando a necessidade de cautela para não comprometer a margem de lucro. Para ele, é essencial avaliar com atenção o impacto dessas compras no custo final da produção.
Outro ponto abordado foi a relevância do planejamento de safra. Souza afirmou que os produtores precisam olhar além dos limites da propriedade, considerando as oportunidades do mercado de futuros e utilizando estratégias como o hedge. Ele também alertou sobre a necessidade de identificar as melhores janelas de compra de fertilizantes para otimizar os custos.
O especialista ainda faz uma análise da evolução dos preços e custos das principais commodities agrícolas nas últimas safras e projetou os desafios para a safra 2025/2026, destacando os impactos da guerra tarifária promovida pelos Estados Unidos e as mudanças na geopolítica global de produção, que podem afetar os custos de insumos e a competitividade do setor.
Fonte: Pensar Agro
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