Nacional
Doria compra viela que havia anexado irregularmente em Campos do Jordão

O ex-prefeito de São Paulo e pré-candidato do PSDB ao governo do estado, João Doria Júnior, arrematou a viela sanitária que fica no entorno de sua propriedade em Campos do Jordão e que havia sido alvo de polêmica na campanha à prefeitura em 2016 quando foi descoberto que ele anexou o trecho que pertencia ao município de forma irregular e descumpriu a decisão judicial de devolver o terreno à prefeitura.
Para adquirir a viela sanitária, Doria aproveitou-se do Programa de Desafetação que o prefeito Frederico Guidoni, também do PSDB e amigo pessoal de Doria, promoveu na cidade. O projeto de lei é uma espécie de programa de privatização de terrenos públicos, a exemplo do que o ex-prefeito de São Paulo tentou implementar na capital nos 15 meses que ficou à frente da prefeitura paulistana.
No leilão de “áreas sem interesse público” realizado pela prefeitura de Campos do Jordão, Doria pagou R$ 173.300 em três parcelas já quitadas ao município, R$ 3 mil a mais do que o valor mínimo exigido no pregão. Agora, o trecho de 365 metros quadrados foi definitivamente anexado ao terreno da “Villa Doria” que ocupa um quarteirão inteiro no bairro de Descansópolis e vale R$ 2 milhões, segundo declaração de bens do próprio ex-prefeito feito à Justiça Eleitoral, em 2016.
Entenda a polêmica da viela sanitária

A polêmica da viela sanitária foi descoberta pelo jornal Folha de S. Paulo durante a campanha à prefeitura de São Paulo em 2016. Na ocasião, a reportagem revelou que o prefeito anexou a área no final da década de 1990 e cercou a rua que era usada pelos moradores locais com muros e portões de ferro.
A anexação da área pública foi considerada irregular pela Justiça que, em 2009, determinou que o ex-prefeito reintegrasse a posse para o município, mas João Doria ignorou a ordem judicial durante sete ano até que, onde dias após a publicação da matéria, a Justiça negou, em 22 de setembro de 2016, o pedido de audiência feito pelo peessedebista e reforçou a necessidade de devolução da área.
Diante disso, o então candidato à prefeitura que foi intensamente questionado por seu não cumprimento da decisão judicial desobstruiu a via pública e venceu as eleições para a Prefeitura de São Paulo ainda no primeiro turno, pela primeira vez na história da cidade.
Dois meses depois, o projeto de lei que queria privatizar essa área e a de outros 50 terrenos que pertenciam ao município de Campos do Jordão foi protocolado pela prefeitura na Câmara dos Vereadores e aprovada or unanimidade pelos vereadores em duas sessões, já em março de 2017.
Quando a concorrência finalmente foi aberta, a empresa CFJ Administração LTDA, responsável pela administração dos imóveis de Doria, foi a única interessada no lote e arrematou o terreno.
Vielas sanitárias como a adquirida pelo pré-candidato ao governo do estado são muito comuns na região. Elas servem para garantir que nada seja construído sobre tubulações de água e esgoto e também ajudam o escoamento de água em locais de declive acentuado. O trânsito de pedestres, porém, é permitido e a viela em questão ajudava a encurtar o caminho de moradores numa área montanhosa.
Agora, porém, os portões instalados pelos funcionários da propriedade de Doria na entrada e saída da viela sanitária já foram fechados e caminhões trabalham no local pavimentando um trecho de terra do caminho enquanto seguranças vigiam os arredores.

Nacional
Afundamento do solo continua e Maceió segue em alerta máximo
No boletim mais recente, publicado às 18h, a Defesa Civil de Maceió informou que a velocidade vertical de afundamento do solo é de 0,7 cm por hora, a mesma do boletim anterior. Nas últimas 24 horas foram registrados 11,8 cm de deslocamento.
O afundamento ocorre principalmente no bairro Mutange, onde está localizada a mina número 18 de exploração de sal-gema pela empresa Braskem. A defesa civil informou que segue em alerta máximo pelo risco de colapso iminente da mina.
“Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo”, reforçou o órgão.
Na madrugada deste sábado (2), um novo abalo sísmico, com magnitude 0,89, foi registrado a 300 metros de profundidade, havia informado a defesa civil mais cedo.
O abalo foi mais intenso do que o registrado na noite de sexta-feira (1º), mas a Defesa Civil registrou uma diminuição na velocidade de afundamento de terra na mina 18, que desde a manhã passou a ser de 0,7 cm por hora. Durante a semana, o afundamento chegou a 50 cm por dia.
O problema ocorre principalmente na área do antigo campo de treinamento do clube de futebol CSA, no Mutange. Três sensores no local continuam apresentando alertas de movimentação.
Na sexta (1º), a Braskem confirmou que pode ocorrer um grande desabamento na área. É possível tambem que a área da mina se acomode e estabilize o afundamento, segundo a empresa.
Colapso
Desde o fim da semana existe a expectativa por parte dos órgãos de Defesa Civil de que a cavidade da mina 18 entre em colapso a qualquer momento. A situação é mais grave nos bairros de Mutange, Pinheiro e Bebedouro, que sofreram nos últimos abalos sísmicos devido à movimentação da Mina 18 da Braskem.
A prefeitura de Maceió declarou situação de emergência por 180 dias por causa do iminente colapso da mina 18, que pode provocar o afundamento do solo em vários bairros. A área já está desocupada e a circulação de embarcações está restrita na região da Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange. O governo federal também reconheceu o estado de emergência na capital alagoana.
Em nota, a Braskem disse que continua mobilizada e monitorando a situação da mina 18, tomando as medidas cabíveis para minimização do impacto de possíveis ocorrências e que a área está isolada desde terça-feira (28). A empresa ressalta que a região está desabitada desde 2020.
“Referido monitoramento, com equipamentos de última geração, foi implementado para garantir a detecção de qualquer movimentação no solo da região e viabilizar o acompanhamento pelas autoridades e a adoção de medidas preventivas como as que estão sendo adotadas no presente momento”, disse a empresa.
Fonte: EBC GERAL
Nacional
Prefeitura de Maceió vai vistoriar casas no Flexais
Moradores da região do Flexais, vizinha à área de extração de sal-gema, em Maceió, devem ter as casas vistoriadas para identificar riscos em consequência da mineração pela petroquímica Braskem.
Após uma manifestação nesta sexta-feira (1º), com bloqueio de via, lideranças da área foram recebidas pela prefeitura. Eles querem ser incluídos no programa de realocação e serem indenizados pela Braskem.
A assessoria de imprensa da prefeitura informou que a próxima reunião deve ocorrer no dia 11 de dezembro, quando serão definidos os próximos passos.
O líder comunitário Mauricio Sarmento participou da reunião e afirmou que foi positiva. Os moradores aguardam que o pleito por realocação seja atendido, já que a região estaria também em risco eminente.
Apesar de não constar entre as regiões de risco de afundamento pelas autoridades do estado, o Flexais está ilhado socialmente após o deslocamento de cinco bairros vizinhos desde 2019. Só é possível acessá-lo passando pelas regiões agora desertas após a remoção da população.
A Braskem informou que segue o mapa de linhas prioritárias de realocação das famílias, conforme definição da Defesa Civil.
Fonte: EBC GERAL
Nacional
Edição nacional da Expo Favela Innovation é aberta em São Paulo
A Expo Favela Innovation traz programação variada à capital paulista neste final de semana, levando ao público empreendedores de todo o país ao Expo Center Norte, na Vila Guilherme.
A edição nacional do evento oferece atividades como conferências, debates palestras, workshops, exposições, rodadas de negócios, pitches de startups, mentorias, debates, cursos, shows, filmes, desfiles e muitas outras iniciativas criadas por moradores das favelas de todo o país.. Já no primeiro dia, nessa sexta-feira (1º)(, a feira registrou a presença de mais de 12 mil visitantes.
O estande da professora Perla Santos, uma das expositoras do Rio Grande do Sul, é um dos que mais chamam a atenção, justamente por sua figura diante do balcão. Caracterizada de princesa negra, ela explica que, como educadora da rede pública de ensino, percebeu, nas falas de seus alunos, as consequências da falta de representatividade negra. Há dois anos ela encontrou seu nicho: o de papelaria. E criou a marca Pérolas da Perla.
“Sou professora há 20 anos e vi que meus alunos negros tinham muito problema de autoestima e autoimagem, porque ainda tinham como referencial a história negra a partir da escravidão. Então, comecei a apresentar a eles a história negra que vem diretamente dos tronos africanos. E aí, comecei a confeccionar materiais e as pessoas passaram a se interessar e a querer adquirir. Comecei a fazer curso de papelaria e a fazer toda a linha de material afrocentrada.”
Segundo a proprietária, a papelaria é a primeira “afroafetiva e combativa” de que se tem notícia. “Não vai trazer só a imagem negra, mas, dentro do caderno, traz a história negra, como um livro. A gente sabe que um livro é muito caro, mas material escolar é acessível. Então, desde o lápis você tem uma história, o marca-página, os jogos pedagógicos e os cadernos”, destaca.
Cabelos cacheados
Mulher retinta, a carioca Taís Baptista também está participando da edição nacional do evento e conta que empreender sempre foi um desafio, desde que decidiu que seria seu propósito, em 2016, quando a ideia se manifestou durante seu sono, em um sonho. E continua até hoje. Moradora do Morro do Chá, em Santa Cruz, Rio de Janeiro, ela é, atualmente, sócio-fundadora da Preta Pôrter, marca de produtos para cabelos cacheados e crespos.
Segundo a empresária, um dos fatores que serviram de injeção de ânimo foi conhecer pessoas dispostas a apostar em seu projeto de vida e com biografias semelhantes à dela. Formada em letras – português-francês – ela foi estudar na França, após ganhar uma bolsa e complementar o dinheiro das despesas com uma vaquinha, algo impensável para muita gente de mesma origem, já que ela é filha de empregada doméstica e também uma mulher negra de pele escura.
Na França, Taís teve contato com produtos específicos para cabelos de pessoas negras, o que a fez indagar o motivo de não haver no Brasil, na época, o mesmo interesse por parte da indústria de cosméticos.
“Comecei com revenda, em 2016. Em 2020, comecei a trabalhar remotamente e me vi com um tempo que nunca tive na vida, o que oxigenou meu cérebro. Então, sonhei que era dona de uma linha de cosméticos. Sonhei até com o rótulo que está aqui. Sentei na cama e disse: como é que faço isso?”, relembra.
“Comecei a fazer parceria com fábricas. Em um ano, foi um produto e, em dois anos, cinco produtos, todos idealizados por mim. No início, durante muito tempo, me sentia presa, depois passei a procurar pessoas que tivessem sinergia comigo. Entrou minha primeira sócia, Daniele Cantanhede, que faz a parte administrativa e operacional, e agora recebemos mais um sócio, que é nosso investidor-anjo, Henrique Mendes.”
Peças de vestuário
Também negra, Chica Rosa tem uma trajetória que se distingue bastante. A ideia de vender peças de vestuário e acessórios feitos com lacres de latinha de metal surgiu quando viu uma criança cortar o pé com um deles, durante uma visita que ela fez a uma comunidade de Riacho Fundo, no Distrito Federal, que recebia ajuda da pastoral que integrava.
A Cia do Lacre, que completou 26 anos, é composta hoje por cerca de 35 artesãs e já capacitou cerca de 5 mil pessoas, tendo firmado parceria com o Ministério Público, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Ministério da Cultura.
Além disso, a companhia abriu cantinho na feira da Torre da TV, em Brasília, já esteve em passarelas de desfiles de moda, levou Chica Rosa à Itália a trabalho, e permitiu fechar contrato com um representante dos Estados Unidos, para quem exporta os produtos.
Contudo, o projeto concebido por ela também trouxe outros benefícios, não menos importantes. Conforme Adriane Piau, uma das artesãs, produzir peças para a Cia do Lacre ocupou a cabeça de muitas mulheres que enfrentavam fases difíceis, como uma companheira que entrou em depressão após a morte da irmã. “E, com a renda, já conseguiram muitas outras coisas”, ressalta.
“As mais antigas é que fazem as peças de roupa, já que é algo mais difícil”, destaca, como um colete que leva cerca de 36 horas para ficar pronto e 3,6 mil lacres.
Para Chica Rosa, o principal objetivo – que a tem puxado para frente – é “transformar vidas e a natureza”.
“O lacre fez a diferença, foi um passaporte para as pessoas acreditarem que a gente pode inovar, renascer, crescer, cooperar, reciclar e a gente pode transformar. Como você vê, tudo aqui tem uma responsabilidade socioambiental. É da natureza ao humano, do humano à natureza.”
Fonte: EBC GERAL
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