Nacional
Instituto Nacional do Câncer alerta deputados sobre riscos da legalização dos cigarros eletrônicos

O representante do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Felipe Lacerda Mendes, alertou a deputados nesta quarta-feira (6) para os riscos do avanço no Congresso de propostas que legalizam o comércio de cigarros eletrônicos no País. Ele participou de debate sobre o tema na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados.
“No Inca estamos muito preocupados com alguns projetos de lei que têm sido apresentados a esta Casa e também ao Senado Federal propondo a liberação desses produtos no mercado brasileiro”, disse Mendes.
Atualmente, tramita no Senado Federal o Projeto de Lei 5008/23, da senadora Soraya Thronicke (Pode-MS), que regulamenta a produção e a comercialização desses produtos.
Se esse texto for aprovado, a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que proibiu em 2009 os cigarros eletrônicos deixaria de valer. A agência considera que esses cigarros, também chamados de vapes, são nocivos à saúde e causam dependência em seus usuários. Em 2024, uma nova decisão manteve a proibição.
Jovens
O representante do Inca disse que a proibição da Anvisa ajudou a conter a explosão do uso entre jovens e adolescentes no País. Segundo ele, em países como Inglaterra, Canadá e Estados Unidos o consumo na população de 18 a 24 anos e entre jovens de 16 a 19 anos está em torno de 6%.
No Brasil, os dados do Ministério da Saúde indicam o consumo de vapes só entre 1% dos jovens. “A decisão da Anvisa foi extremamente acertada ao proibir o uso desses produtos e a liberação da sua comercialização no País”, reforçou Felipe Mendes.
O deputado Allan Garcês (PP-MA), que solicitou a audiência, também se posicionou contrário à legalização dos cigarros digitais. “Estamos conscientes do prejuízo que os cigarros eletrônicos trazem para a saúde e do compromisso de trabalhar por mais leis para coibir qualquer dano à saúde”, reforçou.

Dependência
Ricardo Meireles, da Associação Médica Brasileira, falou do efeito viciante e do uso precoce dos vapes por adolescentes. Os fumantes de cigarro digital, sobretudo os adolescentes, disse ele, são os mais afetados pela dependência da nicotina, por estarem em uma etapa de amplo desenvolvimento das funções cognitivas.
Segundo ele, a dependência nessa etapa da vida prejudica o engajamento do jovem em atividades de aprendizagem, pois a nicotina modifica o funcionamento cerebral aumentando a ansiedade e os déficits de memória e de atenção. “Essas alterações introduzidas pela nicotinas podem ser permanentes”, frisou.
Já a representante da Sociedade Brasileira de Pneumologia, Maria Enedina Claudino Aquino Scuarcialupi, criticou o marketing sedutor dos cigarros digitais nas redes sociais com o objetivo de atrair a Geração Z, pessoas nascidas entre 1995 e 2010.
Ela destacou o uso de saborizantes, como maçã e mentol, para mascarar o sabor do tabaco e causar a impressão de que o cigarro eletrônico é menos prejudicial do que o tradicional. “A própria substância química ‘sabor maçã verde’ provoca lesões cerebrais, o mentol provoca lesão cerebral e maior dependência”, disse.
Custos
Felipe Lacerda Mendes, do Inca, aproveitou para refutar a tese das empresas de tabaco de que a legalização desse mercado permitiria maior arrecadação, uma vez que seria possível controlar de forma mais eficiente o contrabando.
Segundo ele, a arrecadação de impostos sobre a venda de cigarros no País (R$ 8 bilhões em impostos federais em 2022) abrange apenas 5,2% das perdas geradas pelo tabagismo.
Entre essas perdas, por exemplo, está o impacto no orçamento público do tratamento das doenças relacionadas ao tabagismo e das pensões por morte prematura. “Isso gera um custo para o nosso País em torno de R$ 153 bilhões ao ano”, disse.
Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição – Geórgia Moraes
Fonte: Câmara dos Deputados

Nacional
Câmara pode votar projeto que amplia remuneração de fiscais agropecuários que atuam contra gripe aviária

A Câmara dos Deputados pode votar, em sessões do Plenário a partir de segunda-feira (26), o projeto de lei que cria uma indenização para fiscais agropecuários trabalharem além do horário normal na fiscalização de estabelecimentos de produtos de origem animal.
O Projeto de Lei 3179/24, do deputado Domingos Sávio (PL-MG), cria ainda adicionais de trabalho para auditores fiscais federais agropecuários e auxiliares de fiscalização que trabalhem com inspeção permanente nesses estabelecimentos. Haverá um valor padrão e outro maior se a localidade for considerada estratégica pela Secretaria de Defesa Agropecuária, como nos casos recentes de gripe aviária.
O custo das indenizações será bancado por taxa criada pelo projeto a ser paga por esses estabelecimentos fiscalizados.
Fundo
Já o Projeto de Lei 711/22, do ex-deputado Jerônimo Goergen (RS), cria o Fundo Nacional de Defesa Agropecuária (Fundagro), na forma de associação privada sem fins lucrativos, para reunir recursos de associados a fim de apoiar ações de prevenção, controle, vigilância e emergências zoofitossanitárias.
Segundo o texto alterado pela Comissão de Agricultura, elaborado pelo deputado Pezenti (MDB-SC), o fundo também poderá pagar compensações e indenizações a produtores. Além disso, os recursos do fundo apoiarão instituições públicas do setor na formação e treinamento de pessoal por meio de bolsas de pesquisa, manutenção de imóveis e equipamentos e apoio a projetos mantidos pelo fundo.
Calamidade pública
Também foram incluídos na pauta da semana os projetos de lei do Poder Executivo que passam a trancar a pauta a partir de junho por contarem com urgência constitucional.
É o caso do Projeto de Lei 1707/25, que prevê regras especiais para parcerias da administração pública com organizações da sociedade civil (OSC) durante estado de calamidade pública reconhecido pelo governo federal para enfrentamento das situações causadas pelos eventos.
As regras dependerão do reconhecimento, pelo governo federal, do estado de calamidade pública e se aplicam às parcerias firmadas pela União ou por estados e municípios quando envolverem transferência de recursos federais.
Fraudes no INSS
Com urgência aprovada na última terça-feira (20), está na pauta também o Projeto de Lei 1846/25, do deputado Sidney Leite (PSD-AM), que acaba com os descontos mensais aplicados sobre aposentadorias e pensões do INSS destinados a associações e sindicados.
O objetivo é proteger os aposentados e pensionistas contra descontos indevidos, como foi verificado recentemente. Uma investigação da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal, divulgada em abril passado, identificou descontos ilegais em benefícios do INSS que somam cerca de R$ 6,3 bilhões.
Confira a pauta completa do Plenário
Reportagem – Eduardo Piovesan
Edição – Pierre Triboli
Fonte: Câmara dos Deputados
Nacional
Congresso Nacional exibe projeção de frases para alertar sobre dores de cabeça

O prédio do Congresso Nacional ganha projeção de frases nesta sexta-feira (23) em apoio ao Dia Nacional de Combate à Cefaleia (celebrado em 19 de maio), que tem o objetivo de alertar a população sobre os perigos das dores de cabeça permanentes. A projeção integra a campanha “Maio Bordô”, que já iluminou o Congresso nesta quarta (21) e busca conscientizar sobre a necessidade de diagnosticar e tratar as dores de cabeça cedo.
As cefaleias são classificadas em primárias (como cefaleia tensional e enxaqueca) e secundárias (causadas por outras condições). A cefaleia tensional é descrita como uma dor opressiva, enquanto a enxaqueca pode ser pulsante, acompanhada de náuseas e sensibilidade à luz.
Segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCe), cerca de 95% dos brasileiros experimentarão pelo menos um episódio de dor de cabeça na vida, com 70% das mulheres e 50% dos homens sofrendo mensalmente.
Conscientizar sobre as cefaleias é essencial para melhorar a qualidade de vida dos afetados e reduzir impactos sociais e econômicos. Causas da doença podem incluir estresse, fatores genéticos, mudanças hormonais e condições médicas subjacentes, como doenças crônicas, diabetes, pressão alta, deficiências imunológicas, entre outras.
A projeção das frases atende a pedido do deputado Diego Garcia (Republicanos-PR).
Da Redação – AC
Com informações da Assessoria de Imprensa da Câmara dos Deputados
Fonte: Câmara dos Deputados
Nacional
Lei que regulamenta direitos de trabalhadores domésticos completa dez anos

Passados dez anos da aprovação da lei que regulamentou os direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras domésticas (LC 150/15), deputados e representantes da categoria lutam para garantir esses direitos, melhorar o ambiente de trabalho e alcançar novas conquistas, como o abono salarial do PIS e o acesso a creches públicas.
A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) chamou atenção para os vários os casos de trabalhadores sendo resgatados em situação semelhante à escravidão. “Nós temos tido avanços, mas ainda não concluímos a tarefa de ter as trabalhadoras domésticas com seus direitos conquistados cumpridos pelos seus empregadores”, afirma.
Benedita da Silva atuou tanto pela aprovação da Emenda Constitucional 72, de 2013 – que equiparou os direitos dos trabalhadores domésticos aos dos demais – quanto pela lei que regulamentou os direitos.
Para a secretária da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas, Maria Isabel Castro, é necessária a implementação da Convenção 189 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). “Ela garante a essa categoria trabalho decente, trabalho digno, que é a nossa luta hoje, foi essa a luta das mulheres que nos antecederam. Foi pela valorização, pela visibilidade da categoria”, disse.
A representante dos trabalhadores ressaltou a reivindicação pelo abono salarial, pago aos demais trabalhadores que ganham até dois salários mínimos.
Direitos
Em 2015, a lei garantiu aos domésticos o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o seguro-desemprego; e regulamentou vários outros benefícios, como auxílio-creche, salário-família, adicional noturno, indenização por demissão sem justa causa e pagamento de horas extras.
A empregada doméstica Maria Eliane Silva, de 58 anos, lembrou que o cenário sem direitos trabalhistas era muito diferente. “Se a gente não estudava, ficava na casa, trabalhava até a hora que fosse necessário. Tipo, depois das sete, você servia jantar, você fazia uma coisa, você fazia outra. E a gente acaba que vai mexendo em algo e quando dá fé, o tempo já passou.” E tudo sem receber nada além do salário combinado, disse ela.
Segundo o Ministério do Trabalho, o país tem 6 milhões de empregados domésticos, sendo que mais de 90% são mulheres. Apenas um terço tem carteira assinada.
Reportagem – Silvia Mugnatto
Edição – Ana Chalub
Fonte: Câmara dos Deputados
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