Agro News
Isan Rezende estreia como colunista do Jornal Brasil Rural da Rádio Agro Hoje
O agronegócio ganha mais um espaço de destaque na mídia especializada com o lançamento da coluna “Pensar Agro”, no Jornal Brasil Rural da Rádio Agro Hoje. Apresentada pelo presidente do Instituto do Agronegócio (IA) e da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de Mato Grosso, Isan Rezende, a coluna visa ampliar o debate sobre os desafios e oportunidades do setor, levando informações técnicas, análises e tendências para produtores rurais, profissionais do agro e o público em geral.
A estreia da coluna reforça o compromisso com o jornalismo agropecuário. “O agronegócio é um dos pilares da economia brasileira, e é fundamental que tenhamos espaços como este para discutir temas relevantes, como sustentabilidade, tecnologia, políticas públicas e inovação”, destacou Isan.
A Rádio Agro Hoje se destaca como a primeira rádio 100% dedicada ao setor no Brasil. Com uma programação diversificada, que inclui notícias, entrevistas, análises de mercado e dicas técnicas, a emissora se consolida como um canal essencial para quem quer se manter atualizado sobre o mundo do agro.
A coluna “Pensar Agro” destaca temas como a adoção de tecnologias no campo, a importância da sustentabilidade na produção agrícola e os desafios logísticos e tributários que impactam o setor. A iniciativa também busca promover a integração entre diferentes áreas do agronegócio, desde a agricultura familiar até grandes produtores, passando por indústrias, cooperativas e órgãos governamentais.
“O agro brasileiro é diverso e dinâmico, e precisamos de espaços que reflitam essa realidade. A coluna e a rádio são ferramentas importantes para disseminar conhecimento e fomentar o diálogo entre todos os atores do setor”, ressaltou Isan Rezende.
A Rádio Agro Hoje pode ser sintonizada online, com transmissão ao vivo e programação disponível sob demanda, clicando aqui.
Fonte: Pensar Agro

Agro News
Desenrola Rural já está valendo com desconto de até 96% da dívida
O governo federal lançou nesta semana o Desenrola Rural, programa que facilita a renegociação de dívidas para 1,35 milhão de agricultores familiares. Com descontos de até 96%, a iniciativa busca permitir que pequenos produtores regularizem sua situação financeira e voltem a ter acesso a crédito, ampliando investimentos e fortalecendo a produção no campo.
Segundo o governo, cerca de 33% dos agricultores familiares do país estão endividados, muitos deles impedidos de obter novos financiamentos devido a restrições bancárias. O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, destacou que a medida coloca fim ao que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de “prisão perpétua do crédito” — quando o produtor renegociava a dívida, mas continuava negativado.
Como funciona o Desenrola Rural?
O programa contempla dívidas com bancos públicos – Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia –, além de débitos inscritos na Dívida Ativa da União e pendências no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
A iniciativa é especialmente benéfica para agricultores assentados da reforma agrária e comunidades quilombolas, que terão acesso aos maiores descontos. Para aqueles que contrataram o crédito de instalação do Incra entre maio de 2014 e junho de 2022, o abatimento chega a 96% do valor devido.
Já para produtores que contrataram financiamentos pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), os descontos podem alcançar 86%, dependendo do banco e da situação da dívida.
Quem pode aderir?
O levantamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) mostra que:
- 69% das dívidas dos agricultores familiares são inferiores a R$ 10 mil;
- 47% das pessoas com restrição de crédito devem até R$ 1 mil;
- 70% dos endividados têm restrições em bancos e 30% em serviços de proteção ao crédito.
A partir do dia 24 de fevereiro, os produtores poderão procurar os bancos onde possuem pendências para renegociar seus débitos. Já aqueles que precisam quitar dívidas do crédito de instalação do Incra devem procurar diretamente o órgão.
O governo espera que ao menos 250 mil agricultores consigam renegociar suas dívidas ainda este ano, o que permitiria um aumento significativo na capacidade de produção e na inclusão financeira dos pequenos produtores rurais.
O prazo para adesão ao Desenrola Rural vai até 31 de dezembro. Agricultores interessados também podem buscar sindicatos, associações e entidades representativas para obter informações sobre o processo de renegociação.
Fonte: Pensar Agro
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Brasil expande presença em 24 novos mercados
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STF intima autores da ADI e Aprosoja denuncia que já há “embargo disfarçado”
A disputa em torno da Moratória da Soja ganhou novos desdobramentos nesta sexta-feira (14.02). O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), intimou os autores da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 7.774) a se manifestarem sobre o pedido de audiência de conciliação feito pelo governo do Mato Grosso.
A ação, movida por partidos políticos, questiona a lei estadual que retirou incentivos fiscais de empresas que adotam critérios ambientais mais rígidos do que o Código Florestal Brasileiro, como os estabelecidos pela Moratória da Soja. Os autores terão cinco dias para se manifestar.
Enquanto isso, a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) intensificou críticas às exigências impostas por algumas tradings, que já passaram a incluir em contratos futuros regras da Lei Antidesmatamento da União Europeia (EUDR). Embora a legislação só entre em vigor em 30 de dezembro deste ano, produtores relatam pressões para antecipar o cumprimento das normas, que impõem rastreabilidade rigorosa à soja exportada. Para a Aprosoja, essa exigência vai além das leis ambientais brasileiras e representa um embargo econômico disfarçado contra o Brasil.
Na ADI 7.774 foi movida por PCdoB, PSOL, PV e Rede, que defendem a Moratória da Soja e argumentam que a retirada dos benefícios fiscais prejudica a preservação ambiental. O governo de Mato Grosso, por sua vez, justifica que a lei sancionada em outubro de 2024 corrige distorções, garantindo que os benefícios tributários sejam concedidos com base no Código Florestal Brasileiro, e não em acordos privados como a moratória.
A Procuradoria-Geral do Estado solicitou a mediação do STF para discutir o caso com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), entidade que representa as grandes tradings e apoia a moratória. O julgamento da ação estava previsto para ocorrer entre 14 e 21 de fevereiro, mas pode ser adiado devido ao pedido de conciliação.
O Código Florestal Brasileiro, atualizado em 2012, já estabelece regras mais rígidas que as exigidas pela moratória, incluindo a obrigatoriedade de preservação de 80% da vegetação nativa dentro de propriedades na Amazônia.
Agora, a nova legislação europeia amplia as restrições, determinando que qualquer produto agropecuário exportado para o bloco comprove que não provém de áreas desmatadas após 2020. Para Maurício Buffon, presidente da Aprosoja, essa exigência não passa de um mecanismo protecionista.
“A posição europeia parece ser mais uma cortina de fumaça para disfarçar um embargo econômico do que uma preocupação real com a preservação ambiental”, afirmou Buffon. Ele também alertou que produtores de Goiás já enfrentam pressões para aderir antecipadamente às regras da EUDR.
Mesmo diante da possibilidade de perder mercado na Europa, Buffon afirma que a China surge como alternativa, uma vez que o país asiático também passa por reformulação de suas regras ambientais, mas segue demandando soja em grande escala.
Com a judicialização do tema e o avanço das exigências europeias, o agronegócio brasileiro se vê diante de um impasse. De um lado, há o receio de que a Moratória da Soja e a EUDR imponham barreiras comerciais ao setor. De outro, o STF precisará definir se Mato Grosso pode condicionar incentivos fiscais apenas ao cumprimento do Código Florestal, deixando de lado acordos privados.
Enquanto a decisão não sai, o setor produtivo segue mobilizado para garantir que as novas exigências não prejudiquem a competitividade da soja brasileira no mercado internacional.
Fonte: Pensar Agro
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