Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

Agro News

Senado aprova PL da Reciprocidade e Brasil se prepara para o “Dia da Libertação Tarifária”

Publicado

Os Estados Unidos devem anunciar, nesta quarta-feira (02.04), novas tarifas sobre importações de produtos estrangeiros, em uma medida que pode afetar diretamente a economia de diversos países, incluindo o Brasil. Segundo fontes próximas ao governo norte-americano, as tarifas podem variar entre 20% e 25% e devem incidir sobre uma ampla gama de produtos agrícolas e industriais. A decisão faz parte de uma estratégia do governo dos EUA para fortalecer sua economia interna e reduzir déficits comerciais, sendo promovida como um “Dia da Libertação Tarifária”.

Diante das incertezas em relação às novas tarifas, o Senado aprovou nesta terça-feira (01.04), em votação unânime de 70 votos o projeto de lei da reciprocidade econômica (PL 2088/2023). Em uma manobra para evitar o prazo de recurso para análise em plenário, uma vez que a matéria foi aprovada em caráter terminativo pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e a ideia é que a Câmara também possa apreciar de forma célere.

A expectativa é que o governo brasileiro aguarde o anúncio oficial das tarifas norte-americanas antes de definir eventuais medidas de resposta. A recente disputa comercial entre China e EUA tem favorecido o Brasil em algumas áreas, permitindo um aumento nas exportações para o mercado chinês. No entanto, caso tarifas mais elevadas sejam impostas também ao Brasil, o país precisará reavaliar suas estratégias comerciais.

Atualmente, o Brasil já enfrenta restrições tarifárias sobre o aço e o alumínio exportados para os EUA. Agora, há indicações de que novos produtos do agronegócio brasileiro possam ser atingidos, como café, carne bovina e suco de laranja. O impacto da medida levanta preocupações entre exportadores e entidades do setor, que temem uma redução na competitividade dos produtos nacionais no mercado norte-americano.

As tarifas impostas anteriormente pelo governo norte-americano sobre produtos chineses, canadenses e mexicanos resultaram em represálias comerciais, afetando exportações agrícolas dos EUA e gerando instabilidade nos mercados de commodities. Economistas alertam que essa nova rodada de medidas pode ter um efeito semelhante, elevando os preços dos alimentos no mercado interno dos EUA e impactando a logística global de exportação.

Veja Mais:  Citricultores paulistas devem entregar relatório até 15 de janeiro

MERCADO – O agronegócio dos EUA exportou aproximadamente US$ 191 bilhões em 2024, sendo que China, Canadá e México representam os três principais destinos desses produtos, somando US$ 91 bilhões em compras no ano passado. Tarifas retaliatórias impostas por esses países, em resposta às novas taxas, poderiam gerar perdas expressivas para os produtores norte-americanos. Durante o primeiro mandato do atual governo, tarifas semelhantes resultaram em perdas de US$ 27 bilhões nas exportações agrícolas dos EUA, segundo analistas do Rabobank.

Entre os produtos mais afetados, a soja se destaca. Em 2024, os EUA exportaram US$ 24,5 bilhões em soja, sendo que a China foi o principal destino, com compras de US$ 12,8 bilhões. Qualquer restrição adicional poderia impactar ainda mais as vendas externas. O milho e o trigo também estão entre os produtos que podem sofrer com retaliações, além da carne bovina e suína, cujas exportações totalizaram US$ 10,5 bilhões e US$ 8,6 bilhões, respectivamente, no último ano.

O Brasil tem os EUA como seu segundo maior destino de exportações do agronegócio, atrás apenas da China. Em 2024, os embarques para os EUA somaram US$ 12,1 bilhões, representando um aumento de 23,1% em relação ao ano anterior. O café verde, a celulose, a carne bovina in natura e o suco de laranja figuram entre os principais produtos exportados.

Entidades do setor vêm monitorando de perto a situação, buscando minimizar possíveis impactos das novas tarifas. No caso do café, por exemplo, estudos da Associação Nacional de Café dos EUA apontam que a cadeia produtiva desse produto gera mais de 2,2 milhões de empregos no país e movimenta US$ 343 bilhões por ano, representando 1,3% do PIB norte-americano. O receio é que tarifas elevem os custos para os consumidores e desestimulem as compras do produto brasileiro.

Isan Rezende

CAUTELA – Para o presidente do Instituto do Agronegócio (IA), Isan Rezende, é preciso cautela, mas também estar pronto para agir. “O agronegócio brasileiro tem sido um parceiro confiável dos Estados Unidos há décadas. Qualquer medida que imponha barreiras adicionais às nossas exportações precisa ser avaliada com cautela, pois pode gerar impactos não apenas para os produtores brasileiros, mas também para a indústria e os consumidores norte-americanos”.

Veja Mais:  Comercializações do agronegócio brasileiro somaram R$ 64,5 bilhões em fevereiro

“Entretanto, se essas tarifas forem confirmadas, será essencial que o Brasil adote uma postura firme nas negociações internacionais. O setor agrícola brasileiro é competitivo e diversificado, mas precisa de um ambiente de comércio justo para continuar crescendo e contribuindo para a economia global.”

“O impacto dessas tarifas pode ser significativo para segmentos estratégicos como café, carne bovina e suco de laranja, que têm os EUA como um dos principais mercados. É fundamental que o governo brasileiro atue rapidamente para mitigar eventuais prejuízos e buscar alternativas que garantam a continuidade das exportações.”

“Nossa preocupação não é apenas com os efeitos imediatos, mas também com o precedente que isso pode criar. Se outras nações seguirem esse caminho protecionista, podemos enfrentar uma onda de restrições comerciais que prejudicaria toda a cadeia produtiva do agronegócio.”

Uma das tarifas mais debatidas nos últimos meses envolve o etanol brasileiro. Desde fevereiro, o governo dos EUA estuda a aplicação de uma taxa de 18% sobre o produto importado do Brasil, como forma de equiparar a tributação, já que o etanol norte-americano paga uma tarifa de 2,5% para entrar no mercado brasileiro.

ETANOL – Especialistas do setor destacam que, mesmo diante das possíveis novas tarifas, o etanol brasileiro possui vantagens competitivas devido à sua menor intensidade de carbono em comparação com o etanol de milho produzido nos EUA. No entanto, uma mudança na taxação pode reduzir o volume de exportações para o mercado norte-americano e impactar principalmente as usinas do Nordeste, que enfrentam desafios adicionais de competitividade.

Veja Mais:  Hidrovia do rio Madeira ganha força com maior comboio de grãos do Brasil

Como alternativa, negociações entre os governos do Brasil e dos EUA têm cogitado uma possível ampliação da cota de exportação de açúcar brasileiro para o mercado norte-americano, atualmente limitada a 146,6 mil toneladas com isenção tarifária. Entretanto, representantes do setor destacam que o açúcar não deve ser utilizado como “moeda de troca” em negociações que envolvam outros produtos.

Além das tarifas sobre produtos agrícolas, novas regulamentações do governo dos EUA podem impactar a logística marítima global. Uma proposta em discussão prevê a criação de um Escritório de Diretoria Marítima dentro do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, além de incentivos para fortalecer a indústria naval do país. Isso pode incluir sobretaxas para navios chineses que atracarem em portos norte-americanos, o que poderia afetar significativamente o comércio marítimo global.

Especialistas alertam que tais medidas podem tornar algumas rotas marítimas economicamente inviáveis, forçando uma reconfiguração das cadeias de suprimentos. Caso o transporte de mercadorias seja redirecionado para portos no Canadá ou no México, o custo logístico global pode aumentar, pressionando os preços de exportação do agronegócio brasileiro.

Além disso, há o risco de que a inflação nos EUA seja impactada, o que poderia levar o Federal Reserve a manter juros elevados por mais tempo, encarecendo o crédito e afetando o câmbio global. Esse cenário poderia repercutir diretamente nos custos de exportação do Brasil, especialmente no setor do agronegócio.

Fonte: Pensar Agro

Comentários Facebook

Agro News

Mercado oscila com tensão global, mas safra brasileira segue promissora

Publicado

O mercado global de café viveu semanas de forte volatilidade, influenciado pela guerra comercial entre Estados Unidos e China e a preocupação com uma possível recessão global. Enquanto as tarifas americanas sobre produtos chineses causaram turbulências nos preços, a colheita do café conilon no Brasil também ajudou a ajustar as cotações, trazendo um cenário misto para os cafeicultores.

A disputa comercial entre EUA e China teve reflexos no setor de commodities, incluindo o café. A imposição de tarifas americanas sobre produtos chineses – que chegaram a 145% em alguns casos – causou preocupação no mercado global. Embora o Brasil tenha conseguido ampliar suas exportações de soja para a China nesse contexto, outros produtos agrícolas, como café e carne, também podem ser beneficiados por essa reconfiguração do comércio global.

No caso do café arábica, o preço na Bolsa de Nova York fechou a R$ 21,43 por libra-peso, uma variação de -0,8% em relação ao início do mês. Já o café robusta demonstrou mais resistência, registrando uma leve alta de 0,6% nos últimos 45 dias, embora o cenário geral ainda seja de grande instabilidade.
Brasil: colheita do conilon pressiona preços

Enquanto o mercado internacional segue sensível às tensões políticas e econômicas, no Brasil, a chegada da safra do café conilon ajudou a pressionar os preços para baixo. Nos últimos meses, a saca do conilon registrou queda de 14,7%, o que representa aproximadamente R$ 500 a menos para o produtor.

Veja Mais:  Citricultores paulistas devem entregar relatório até 15 de janeiro

A colheita do conilon avança em ritmo acelerado e a expectativa de uma safra volumosa tem influenciado diretamente as cotações no mercado doméstico. No entanto, analistas indicam que a tendência de queda nos preços já está se estabilizando.

Já no caso do café arábica, os preços se mantêm mais firmes, impulsionados por uma produção ligeiramente menor do que a esperada inicialmente. A previsão da safra 2024/25, divulgada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), foi de 66,4 milhões de sacas, mas o volume exportado até agora indica que a safra pode ter sido superior.

De acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), as exportações brasileiras de café em março totalizaram 3,3 milhões de sacas, uma queda de 25% em relação ao mesmo período de 2024. Essa foi a maior redução anual nas exportações em mais de dois anos.

Apesar dessa desaceleração, o Brasil continua sendo um dos maiores fornecedores globais, e as perspectivas para os próximos meses ainda são positivas. A demanda global pode crescer novamente caso o risco de recessão diminua e o consumo nos mercados desenvolvidos se mantenha estável.

O clima é um fator fundamental para a produção de café, e o Brasil vem enfrentando desafios climáticos que podem afetar a próxima safra. As chuvas registradas entre março e abril ajudaram a recuperar as lavouras de café arábica, mas a seca nas fases iniciais da granação pode ter causado danos irreversíveis em algumas regiões.

Veja Mais:  Comercializações do agronegócio brasileiro somaram R$ 64,5 bilhões em fevereiro

Para o café conilon, as perspectivas são mais otimistas, com uma produção maior que a do ano anterior. Os mapas meteorológicos indicam chuvas regulares entre maio e julho, o que pode ajudar a próxima florada e garantir uma colheita mais uniforme.

Os produtores devem seguir atentos às variações do mercado global e à evolução da demanda, que ainda pode sofrer impactos das políticas comerciais dos Estados Unidos e do desempenho econômico da China e da Europa. Além disso, o clima continuará sendo um fator decisivo para a definição dos preços no médio prazo.

Com a aproximação do inverno no Hemisfério Sul, a volatilidade dos preços tende a aumentar, especialmente se houver risco de geadas em regiões produtoras. Além disso, o mercado ainda aguarda novas definições sobre as tarifas americanas, que foram apenas postergadas, mas podem voltar a afetar o setor nos próximos meses.

A recomendação para os cafeicultores é planejar bem a comercialização da safra, buscando boas oportunidades de venda nos momentos de recuperação dos preços. O mercado segue imprevisível, mas a demanda mundial por café continua forte, garantindo boas perspectivas para quem souber aproveitar as oscilações do mercado.

Fonte: Pensar Agro

Comentários Facebook
Continue lendo

Agro News

Boi gordo tem preços firmes, mas produtor deve ficar atento

Publicado

O mercado do boi gordo na América Latina fechou a última semana em alta, especialmente nos países do Mercosul, onde o preço médio da carne para exportação bateu um recorde que não se via há três anos. O quilo da carcaça chegou a R$ 23,14, refletindo a forte demanda internacional.

Na Argentina, o cenário foi ainda mais expressivo: o preço do boi foi cotado a R$ 28,39 por quilo de carcaça, com um aumento de 8,3% em relação à semana anterior. A firmeza dos preços argentinos foi impulsionada não só pela boa procura no mercado externo, mas também pela maior estabilidade do câmbio local, favorecendo os exportadores.

No Brasil, a situação também foi positiva para os pecuaristas, embora o ritmo de negócios tenha sido mais lento nos últimos dias. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a demanda supera a oferta, o que tem sustentado os preços no mercado interno. No entanto, o fluxo de negociações no mercado físico foi considerado inexpressivo, com várias indústrias fora das compras.

Mesmo com a firmeza dos preços, analistas alertam que as cotações podem sofrer pressão de baixa nas próximas semanas. Isso porque as escalas de abate estão um pouco mais confortáveis, e a expectativa é que a oferta de animais prontos para o abate aumente de forma mais significativa a partir da segunda quinzena de maio, com a chegada da safra do boi gordo.

Veja Mais:  Abiec vai apresentar um novo projeto de rastreabilidade da cadeia de produção de carne

Veja como fecharam as médias da arroba do boi nas principais praças do país:

  • São Paulo: R$ 325,83 (anterior: R$ 327,58)

  • Goiás: R$ 309,46 (anterior: R$ 310,18)

  • Minas Gerais: R$ 319,41 (anterior: R$ 320,29)

  • Mato Grosso do Sul: R$ 323,18 (anterior: R$ 323,64)

  • Mato Grosso: R$ 326,16 (anterior: R$ 326,35)

O Indicador do boi gordo Cepea/Esalq avançou cerca de 2,5% em abril, saindo da casa dos R$ 320 no final de março para R$ 327 a arroba nesta semana.

No mercado atacadista da Grande São Paulo, a carcaça casada bovina valorizou 5,5% na parcial de abril, operando por volta de R$ 23 o quilo à vista. Em dólar, com a cotação de R$ 5,70, esse valor seria equivalente a cerca de US$ 4,04, aproximando-se da média internacional.

Apesar da firmeza, o atacado trabalha com a perspectiva de preços mais estáveis para o restante do mês. A tendência é de um escoamento mais lento da carne bovina, o que reduz a probabilidade de novos reajustes.

Assim, o produtor rural deve acompanhar com atenção o comportamento da demanda nas próximas semanas e se preparar para uma possível mudança de cenário a partir da segunda quinzena de maio, com maior oferta de animais no mercado.

Veja Mais:  Trump anuncia sobretaxas para alumínio e aço e preocupa o agronegócio brasileiro

Fonte: Pensar Agro

Comentários Facebook
Continue lendo

Agro News

Ferrogrão pode destravar logística e reduzir bilhões em perdas, mas segue embargada

Publicado

Enquanto o Brasil finaliza a colheita de mais uma safra recorde de grãos, os desafios de infraestrutura para o escoamento da produção continuam preocupando o setor produtivo. Em meio a esse cenário, a Ferrogrão (EF-170) ressurge como uma esperança para o agronegócio brasileiro. O projeto, que prevê uma ferrovia de 933 quilômetros ligando Sinop, no Mato Grosso, ao distrito de Miritituba, em Itaituba (PA), é considerado estratégico para tornar o escoamento da produção mais eficiente e competitivo.

Pensada há décadas pelos produtores, a ferrovia deve servir como um verdadeiro corredor logístico, facilitando o transporte de soja, milho e outras commodities do Centro-Oeste aos portos do Norte. Atualmente, a maior parte da produção depende de caminhões, o que sobrecarrega rodovias como a BR-163, encarece os fretes e gera atrasos. A Ferrogrão poderia mudar esse cenário: segundo estimativas do governo federal, a nova ferrovia poderá reduzir em cerca de R$ 7,9 bilhões por ano os custos e desperdícios logísticos.

Além da economia, a obra também traria ganhos ambientais. O governo calcula que o uso da ferrovia poderá evitar a emissão de aproximadamente 3,4 milhões de toneladas de CO₂ por ano durante os 69 anos previstos para a concessão da linha. A proposta é fazer o traçado ao lado da BR-163, diminuindo ao máximo o impacto ambiental, com a União comprometendo-se, inclusive, a investir R$ 715 milhões em medidas de compensação ecológica.

Para o presidente do Instituto do Agronegócio (IA), Isan Rezende (foto), a Ferrogrão é mais do que um projeto de infraestrutura: é uma necessidade urgente. “Estamos terminando mais uma safra recorde, mas continuamos enfrentando velhos problemas para escoar nossa produção. Precisamos de soluções concretas, e a Ferrogrão tem tudo para amenizar os gargalos logísticos que tanto nos penalizam”, afirmou.

Veja Mais:  Guerra comercial e clima nos EUA criam cenário de alerta para o mercado mundial de grãos

Apesar da grande expectativa, a construção da Ferrogrão está paralisada por uma liminar que suspendeu os estudos de viabilidade do projeto, alegando riscos ambientais, especialmente pelo impacto no Parque Nacional do Jamanxim, no Pará, e a necessidade de consultas às comunidades tradicionais próximas da ferrovia, conforme tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário.

Recentemente, a União entregou novos documentos ao Supremo Tribunal Federal STF para tentar destravar o projeto. As informações mostram que seria possível utilizar a faixa já degradada ao longo da BR-163 para passar a ferrovia, o que reduziria danos ambientais. Além disso, o governo apresentou registros de consultas feitas às comunidades afetadas.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, é uma das vozes que têm defendido publicamente a construção da Ferrogrão. Durante evento em Sinop, no último dia 24, Fávaro reforçou o apoio do governo federal ao projeto e criticou a falta de avanços na gestão anterior. “Aguardamos a decisão do Supremo para poder avançar”, declarou.

O ministro destacou ainda que a ferrovia é essencial para reduzir o excesso de caminhões nas estradas, trazendo mais competitividade ao Mato Grosso, hoje o maior produtor de grãos do país. “Aguardamos ansiosos a decisão do Supremo quanto ao rito de licenciamento, para que o chamamento público possa ser feito e as obras finalmente comecem”, completou.

O projeto prevê investimentos de aproximadamente R$ 28 bilhões, sendo R$ 8,26 bilhões destinados à implantação da ferrovia e R$ 16,93 bilhões para a operação ao longo dos anos de concessão. A expectativa é que a Ferrogrão transporte até 52 milhões de toneladas de commodities agrícolas por ano, consolidando-se como um dos principais corredores logísticos do Brasil.

Veja Mais:  Trump anuncia sobretaxas para alumínio e aço e preocupa o agronegócio brasileiro

Na prática, a Ferrogrão não apenas desafogaria as estradas, como também ajudaria a reduzir o custo do frete, melhorando a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional. Em um cenário de margens cada vez mais apertadas e concorrência global acirrada, ter uma logística mais barata e eficiente pode fazer toda a diferença para o produtor.

Enquanto o setor aguarda a decisão do STF, o Ministério da Agricultura e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) mantêm os preparativos para lançar o edital de leilão da ferrovia. A previsão é de que, superados os entraves judiciais, o leilão aconteça até 2026.

A importância da Ferrogrão para o agronegócio brasileiro é inegável. “Cada safra que passa, o produtor sente no bolso a falta de infraestrutura. A Ferrogrão é uma obra que tem o poder de mudar isso, trazendo mais eficiência, competitividade e sustentabilidade para o campo”, ressaltou Isan Rezende.

O setor produtivo segue mobilizado na defesa do projeto, na esperança de que a decisão do STF abra caminho para que a obra finalmente saia do papel. Afinal, para quem trabalha de sol a sol para produzir alimentos para o Brasil e o mundo, contar com uma logística de qualidade não é luxo, é necessidade.

Fonte: Pensar Agro

Comentários Facebook
Continue lendo

ALMT Segurança nas Escolas

Rondonópolis

Polícia

Esportes

Famosos

Mais Lidas da Semana