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Covid-19: a pele também apresenta sintomas

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Karin Krause Boneti

O novo coronavírus (Covid-19) ganhou notoriedade internacional como uma infecção respiratória que pode causar desde febre, tosse, dores musculares, dor de cabeça até falta de ar. Contudo, esses não são os únicos sintomas que foram associados à doença. Um estudo da Academia Espanhola de Dermatologia e Doenças Venéreas (AEDV), publicado no British Journal of Dermatology, apontou cinco manifestações cutâneas diferentes relacionadas ao vírus. São elas: pseudoperniose; erupções vesiculosas; urticárias; erupções máculo-papulares; e livedo/ necrose.

A médica dermatologista Karin Krause Boneti avalia a importância do olhar multidisciplinar de profissionais da saúde na identificação do coronavírus. Conforme Karin, a pesquisa estudou durante duas semanas dados sobre o estado de saúde de 375 pessoas diagnosticadas com Covid-19. Os indivíduos – que atendiam a critérios clínicos e/ou apresentavam confirmação laboratorial – apresentavam alterações cutâneas que surgiram ao mesmo tempo sem uma causa conhecida. Todos os casos também foram registrados em fotografias.

“De acordo com a evolução da pandemia, diversas formas de apresentações e manifestações são relatadas, o que tem auxiliado no entendimento da doença. Esse estudo espanhol, por exemplo, encontrou uma relação entre o tipo de complicação dermatológica e a gravidade da contaminação pela Covid-19”, falou Karin.

A dermatologista observa que neste período de pandemia já atendeu pessoas cujos sintomas remetiam à Covid-19. Na pesquisa, 19% dos participantes (pseudoperniose) trouxeram lesões que afetam mãos e pés (“Pé de Covid”). “Parecem frieiras e duram em média 13 dias. Elas podem apresentar zonas purpúricas e habitualmente são assimétricas. Coçam e doem. Acometem mais crianças e jovens adultos. Aparecem mais tarde no curso da Covid-19 e foram associadas com casos menos graves. Ou de pessoas classificadas como assintomáticas. Contudo, o sintoma está na pele”, explica Karin.

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A médica dermatologista comenta que, por outro lado, erupções vesiculosas tendem a aparecer antes de outros sintomas. “São vesículas pequenas (como ‘bolhas’). Todas no mesmo estágio. Ocasionalmente crescem. Encontram-se no tronco e nos membros. Duram cerca de 10 dias, acometem mais pacientes de meia-idade e foram associadas a casos de gravidade intermediária. Detectadas em 9% dos participantes da pesquisa”.

Enquanto que urticárias foram constatadas em casos mais graves da doença. “Elas aparecem de forma simultânea com os demais sintomas. São aquelas áreas de pele rosada ou branca ‘levantadas’ que parecem erupções cutâneas provocadas por urtigas. Surgem de forma generalizada e coçam. Duram em média sete dias e podem ser induzidas por fármacos. No estudo, foram observadas em 19% dos participantes”, pondera Karin.

Segundo a médica dermatologista, outro tipo associado a casos mais graves da doença foram as erupções máculo-papulares. “Tratam-se de pequenas saliências vermelhas planas e elevadas. É uma erupção perifolicular, púrpura em flexoras e áreas extensas. Foram observadas em 47% dos participantes. Duram cerca de sete dias e surgem ao mesmo tempo que outros sintomas”.

Encontrado em apenas 6% dos casos, livedo e necrose foram presenciados em pacientes mais velhos, com doença grave – grupo que registrou uma mortalidade de 10%. “São lesões que sugerem oclusão vascular. As marcas na pele parecem com uma rede. Uma isquemia acral [nas extremidades] em tronco – sinal de má circulação sanguínea. Para além disso, vale esclarecer que um profissional da saúde é a pessoa mais adequada para identificar as manifestações e auxiliar no diagnóstico preciso”.

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O que é  Síndrome de Fim de Ano?

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Foto- Eluise Dorileo é psicóloga, terapeuta familiar

Chegamos ao final de mais um ano. Você começa a se comparar com quem diz que viveu um ano perfeito.

Se cobra internamente, sente uma exaustão acumulada, os lutos que viveu,
as expectativas que não atingidas que machucam… E dá vazão para o medo do futuro.
Você reflete e acha que poderia ter feito mais…

Esquece das batalhas que sobreviveu e que quase ninguém viu e das dores que ninguém nota e de quanto persistiu para continuar mesmo quando sua  mente dizia para desistir.

Essa Síndrome acontece no final do ano porque mesmo sem querer, nosso inconsciente faz um balanço automático. Onde vemos nossos erros, nossos acertos, o que perdemos, quem já se foi e o que não consegui realizar.

E é normal o sentimento de ‘que falhou’, embora não tenha falhado. Chegou até o final do ano inteiro e isso se chama: CORAGEM.
Pode aparecer alguns sintomas como parto no peito, falta de ar, ansiedade, sensação de vazio,  insônia, crises de pânico, vontade de sumir e esgotamento físico e mental.

Isso significa que  seu corpo está pedindo descanso.

Sua alma está pedindo acolhimento.

Seu espírito está pedindo silêncio.

Reduza o ritmo, seja gentil com você, caminhe devagar, respire fundo, fale com alguém, se acolha: você não precisa ser forte o tempo inteiro.

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Respire. Renasça com o ano novo. Vida que segue.

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Dia Internacional contra a Corrupção: prevenir para proteger o cidadão

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Paulo Farias- Secretário Controlador-geral do Estado

No dia 9 de dezembro, o mundo se mobiliza para refletir sobre os prejuízos que a corrupção causa à vida das pessoas e para renovar o compromisso com a integridade na gestão pública. A data faz referência à Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, assinada em 2003, que marcou um avanço global no enfrentamento a esse problema que reduz recursos da saúde, da educação, da infraestrutura e corrói a confiança da população nas instituições.

Em Mato Grosso, essa reflexão ganha um significado especial. O Estado vem sendo reconhecido nacionalmente pela promoção da integridade e pela atuação firme no combate à corrupção. Segundo dados do Conselho Nacional de Controle Interno – CONACI, Mato Grosso figura entre os estados que mais aplicaram a Lei Anticorrupção (Lei 12.846/2013) ao longo de seus dez primeiros anos de vigência, com mais de R$ 1,5 bilhão recuperados aos cofres públicos. Um resultado que nos coloca na segunda posição do país, ao lado do Espírito Santo e de Minas Gerais.

Certa vez, me perguntaram se esse resultado era motivo de comemoração ou preocupação. E a resposta depende da lente com que olhamos o tema. Sob a perspectiva do passado, esse desempenho é positivo, pois demonstra que Mato Grosso foi capaz de identificar e responsabilizar atos de fraude e corrupção que ocorreram principalmente entre 2010 e 2014. Foi a prova de que o sistema de controle interno respondeu quando o interesse público foi atacado.

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Mas sob a perspectiva do futuro, permanecer no topo do ranking seria um sinal indesejado. Significaria que falhamos em nossa missão maior: evitar que casos como esses voltem a acontecer.

Por isso, Mato Grosso vem ampliando seu foco na prevenção. Atuamos para fortalecer estruturas que impeçam o desperdício e as irregularidades antes que elas se concretizem e prejudiquem o cidadão. O Programa Integridade MT, o Guia de Integridade para Fornecedores e Prestadores de Serviço do Poder Executivo, o fortalecimento dos mecanismos de análise de risco e ferramentas tecnológicas como o CGE Alerta são exemplos do caminho que escolhemos trilhar.

A prevenção não exclui a responsabilização. Ela promove o equilíbrio. O objetivo de um sistema de integridade não é punir mais, mas punir quando necessário e prevenir sempre que possível. Por isso, seguimos aprimorando também nossas capacidades de detecção e atuação sancionatória, para que, se irregularidades ocorrerem, o Estado seja capaz de identificá-las e agir de forma proporcional e justa.

O Dia Internacional contra a Corrupção nos lembra de que não há espaço para acomodação. Integridade não é tarefa exclusiva de órgãos de controle: ela precisa estar presente nas decisões de gestão, no comportamento das empresas que contratam com o governo e na atitude de cada cidadão que exige transparência e respeito ao dinheiro público.

O futuro que queremos para Mato Grosso é aquele em que atos irregulares sejam cada vez mais raros. Um futuro no qual o reconhecimento nacional não venha pelo volume de punições, mas pela confiança da sociedade em um Estado que faz o que é certo, entrega resultados e garante que cada investimento público gere valor para quem mais importa: o cidadão.

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Integridade é o caminho. E este caminho se faz todos os dias.

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O futuro da saúde é mais humano e a aromaterapia faz parte disso

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Tabata Mazetto -Foto Divulgação

Por muito tempo, a saúde foi tratada como algo dividido: o corpo de um lado, a mente do outro, as emoções tentando se encaixar em algum lugar entre um exame e uma receita. Mas isso já não dá mais conta da vida real. As pessoas não vivem em pedaços. Elas sentem tudo ao mesmo tempo – corpo, mente, emoções e ambiente.

Tenho percebido isso cada vez mais de perto. Pessoas cansadas. Cansadas de tentar se encaixar em padrões, de silenciar dores, de viver no automático. E profissionais da saúde também exaustos, tentando cuidar de tudo, muitas vezes sem conseguir cuidar de si.

Aos poucos, algo vem mudando. Uma vontade de olhar com mais calma, de escutar com mais presença, de respeitar o tempo do corpo e do sentir. Não é uma ruptura com o que já existe de práticas consolidadas, mas um movimento de ampliar o olhar clínico. Integrar intervenções que dialogam com evidências científicas e com o que o paciente realmente vive no dia a dia. De voltar ao essencial! E, é nesse lugar que a aromaterapia, para mim, sempre fez sentido.

Vai além do alternativo ou complicado, funciona de uma forma simples, direta, que toca a vida do jeito que ela é. Um cheiro que acalma, um aroma que acolhe, um respiro que alivia. Às vezes, é no invisível que a gente encontra o que mais precisava.

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O que muitas vezes me entristece é ver tanta gente estudando, buscando, se interessando… mas parando no meio do caminho. O conhecimento fica guardado e a prática é por vezes adiada, como se ainda não fosse suficiente. É como se ainda faltasse alguma autorização para confiar no próprio sentir.

Mas cuidar não nasce apenas do estudo, vem da escuta e presença, na coragem de estar inteiro diante do outro. O que transforma é a aplicação concreta, diária, ética, responsável e alinhada ao propósito de cuidar. E é por isso que a saúde está mudando: porque as pessoas estão mudando.

Já não dá mais para separar o que se sente do que se vive, tratar apenas sintomas e ignorar histórias. E é nesse ponto que a aromaterapia ganha força em território clínico, pois respeita o tempo de cada um, cuida sem invadir e permite que o corpo se comunique, mesmo quando tentamos fingir que não estamos escutando.

Talvez o futuro não esteja em fazer mais, aprender mais, acumular mais. Talvez esteja em fazer com mais consciência. A aromaterapia não é o futuro, é o presente que só faz sentido quando é compartilhado. E talvez a pergunta mais importante não seja “qual caminho seguir?”, mas “como eu escolho cuidar de mim e do outro?”.

Tabata Mazetto – Psicóloga, Aromaterapeuta e Especialista em óleos essenciais.

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