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Reforma tributária e as mudanças no mercado imobiliário


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Corpo, mente e alma: a tríade da alta performance

*Thiago Linhares
No mundo esportivo, a busca pela alta performance vai muito além do treinamento físico. O verdadeiro sucesso se constrói a partir de um equilíbrio harmonioso entre corpo, mente e alma. Essa tríade é fundamental para qualquer atleta alcançar resultados excepcionais e manter a saúde mental.
O desenvolvimento do bem-estar psicológico ajuda a se tornar alguém mais resiliente diante das adversidades. Isso significa que, ao invés de se deixar abater por uma derrota ou lesão, o esportista que consegue regular as próprias emoções tem mais chances de aprender com essas experiências e se preparar melhor para o futuro. Esse autocontrole, concentração e motivação são habilidades que podem ser aprimoradas por meio de práticas como meditação e visualização, a fim de atingir o potencial máximo.
Além disso, o lado espiritual não deve ser negligenciado. A aproximação com a fé, por exemplo, pode oferecer uma sensação de propósito. Para muitos atletas, essa conexão é uma fonte de força na superação de momentos difíceis. Nesse sentido, a prática da reflexão pessoal e de valores éticos são formas de crescer espiritualmente e fortalecer a estabilidade emocional.
Hábitos saudáveis também são bons aliados na hora de promover o bem-estar integral, como ter uma alimentação balanceada, exercitar-se regularmente, descansar e cultivar uma rede de apoio, já que relacionamentos significativos fazem toda a diferença ao enfrentar os altos e baixos de uma carreira no esporte.
Um exemplo inspirador desse equilíbrio é Bremer, jogador de futebol da Juventus, na Itália, e da Seleção Brasileira. Ele não apenas se destaca pelo talento em campo, mas também pela mentalidade forte e centrada. O zagueiro demonstra que o sucesso esportivo é resultado de um trabalho contínuo em todas as áreas: sua dedicação ao treinamento físico acompanha um compromisso diário com a própria saúde mental e espiritual, o que reflete no desempenho positivo dele durante todas as competições.
Assim, equilibrar a tríade entre corpo, mente e alma precisa ser uma prioridade de todo jogador que aspira fazer sempre mais um gol na próxima partida, mas também enfrentar os desafios da vida e concretizar sonhos fora dos gramados – uma atitude vencedora que garantiu a ascensão de Bremer, jovem do interior da Bahia, na Liga dos Campeões europeia.
*Thiago Linhares é Doutorando em Coaching, especialista em Psicologia Positiva, Psicologia do Esporte e desenvolvimento mental para atletas, além de coautor dos livros “Bom dia, Campeão” e “O zagueiro de aço”.
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Raio X: Cláudio Ferreira e o Crédito Suplementar de R$41milhões

Foto- Assessoria
O Prefeito de Rondonópolis acaba de aprovar com a anuência do legislativo municipal R$ 41.983.697,40 (Quarenta e um milhões, novecentos e oitenta e três mil, seiscentos e noventa e sete reais e quarenta centavos), em créditos adicionais, entre Especiais e Suplementares, sem que a real situação financeira do município tenha sido oficialmente apurada.
Mas como justificar isso quando a própria gestão alega ter herdado um rombo financeiro do antecessor?
A Lei nº 4.320/64 determina que a abertura de créditos adicionais – incluindo os Créditos Especiais – deve estar lastreada em recursos disponíveis e devidamente identificados, via balanço patrimonial do exercício anterior.
Já a Constituição Federal, no art. 169, § 1º, exige que qualquer aumento de despesa esteja condicionado à comprovação da existência de receita suficiente.
Arte. 43 define que a abertura de créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis e será precedida de exposição justificativa.
Os recursos disponíveis não devem estar comprometidos, conforme regra do art. 43 da Lei nº 4320/64, e podem ser provenientes de:
Superavit financeiro apurado no balanço patrimonial do exercício anterior;
Excesso de arrecadação em relação à previsão orçamentária;
Anulação parcial ou total de doações orçamentárias ou de créditos adicionais autorizados por lei;
Produto de operações de crédito, devidamente autorizadas e juridicamente possíveis para execução pelo Poder Executivo.
Superavit financeiro: diferença positiva entre ativo e passivo financeiro, considerando saldos de créditos adicionais e operações de crédito vinculadas.
Excesso de arrecadação: saldo positivo acumulado entre receita prevista e realizada, levando em conta a tendência do exercício.
Créditos extraordinários (não são especiais, mas impactam o cálculo de disponibilidade): são deduzidos na apuração dos recursos utilizáveis.
A Constituição Federal de 1988 impõe limites à abertura de créditos adicionais, especialmente no que se refere à exigência de autorização legislativa e justificativa de fonte de recursos.
Regras Constitucionais Importantes
Art. 167, inciso V da CF/88 – Veda a abertura de créditos adicionais sem recursos disponíveis para seu custeio.
Art. 165 da CF/88 – Define uma Lei Orçamentária Anual (LOA) e prevê que alterações devem ser feitas por créditos adicionais aprovados pelo Legislativo.
Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº 101/2000) – Impõe critérios de equilíbrio entre receitas e despesas, além de restrições às operações de crédito para cobrir déficits financeiros.
No âmbito municipal, isso significa que qualquer abertura de crédito especial:
Deve ser precedida de autorização legislativa;
Solicitar uma fonte específica de recursos (excesso de arrecadação, superavit ou cancelamento de dotações);
Não pode comprometer o equilíbrio fiscal do município.
Apesar dessas exigências legais, a edição nº 5.880 do Diário Oficial de Rondonópolis (04/02/2025) publicou a abertura de R$ 35.726.257,40 (Trinta e cinco milhões, setecentos e vinte e seis mil, duzentos e cinquenta e sete reais e quarenta centavos), em Créditos Especiais e R$ 6.257.440,00 (Seis milhões, duzentos e cinquenta e sete mil, quatrocentos e quarenta reais), em Créditos Suplementares, antes mesmo da consolidação do balanço patrimonial do exercício anterior.
Quando o Crédito Especial é Utilizado?
Os Créditos Especiais são necessários para despesas não previstas no orçamento inicial, como:
Implementação de novos programas sociais;
Criação de uma nova secretaria municipal;
Construção de um equipamento público não previsto na LOA.
Exemplo Municipal: Se um município decidir construir um Centro de Saúde, mas essa especificação não estava prevista na LOA, ele precisa abrir um crédito especial. Para isso, deve:
Justificar a necessidade (exposição justificativa);
identificar a fonte de recursos (excesso de arrecadação, superavit, anulação de dotação);
Encaminhar projeto de lei à Câmara Municipal; com apreciação da Comissões e principalmente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) que analisada a legalidade.
Após aprovação legislativa, o Executivo poderá abrir o crédito por decreto.
Além disso, um fator chama ainda mais atenção: o próprio Prefeito, ao assumir o cargo, declarou publicamente que recebeu um município quebrado, com um déficit expressivo deixado pela administração anterior. Ora, se há um rombo nas contas, como é possível justificar a aprovação de via Créditos Especiais para cobrir novas despesas principalmente com contratações, sem que haja uma apuração contábil real dos números?
A situação gera dúvidas legítimas:
Se há um déficit herdado, como justificar créditos adicionais de mais de R$ 41 milhões?
Os Créditos Especiais foram baseados em superavit financeiro ainda não comprovado?
Houve excesso de arrecadação real ou apenas previsão otimista sem lastro nos números?
Quais setores perderam recursos para garantir esses créditos?
A narrativa de “caos financeiro herdado” é verdadeira ou serve apenas para justificar cortes seletivos enquanto outras despesas são aprovadas sem critérios claros, principalmente com contratações?
Se, por um lado, a atual administração alega herdar um déficit, por outro, a concessão de R$ 41,9 milhões em Créditos Adicionais contradiz essa narrativa.
A Lei nº 4.320/64 e a Constituição Federal são claras: não se pode gastar sem garantias reais de receita.
A população merece respostas.
O prefeito precisa esclarecer: Esses Créditos Especiais recém-aprovados.
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Raio X: Crise de Gestão em Apenas 30 Dias – O Desafio

Cláudio Ferreira fez discurso na sala do prefeito- Foto: Ilcimar Aranhas/PORTAL MT
O Sindicato dos Servidores Municipais de Rondonópolis (SISPMUR) rompeu com a neutralidade política para apoiar incondicionalmente a candidatura do prefeito Cláudio Ferreira.
No entanto, ironicamente, ao final do primeiro mês de gestão, ambos já se encontram em rota de colisão devido à postura adotada pelo prefeito no lançamento do ano letivo.
O embate teve início quando o sindicato manifestou repúdio às declarações de Ferreira ao apresentar uma proposta de premiação baseada na meritocracia.
Ele prometeu um carro modelo Corolla a sete professores que alcançassem os melhores índices de desempenho com sua turma.
Além disso, em um discurso marcado por forte viés ideológico, o prefeito afirmou: “Vocês sabem que eu sou de direita, não sou socialista, eu não trato todo mundo igual – o socialismo trata todo mundo igual”.
Veja vídeo:
A declaração do prefeito, amplamente divulgada nas redes sociais, provocou reações imediatas de diversos setores da sociedade, gerando críticas contundentes à sua postura.
O paradoxo é evidente: enquanto Ferreira adota um discurso polarizador, ele irá se beneficiar de recursos vindos do Governo Federal, administrado por uma gestão de esquerda.
Recentemente, o prefeito voltou entusiasmado de Brasília, onde foi recebido por Ministros alinhados ao Governo Federal, destacando parcerias que viabilizam investimentos em saúde, educação, mobilidade urbana e outras áreas essenciais.
Um exemplo disso é a possibilidade de pagamento do 14º e 15º salários a servidores da educação com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), destinado ao incentivo e valorização do ensino público, conforme prometido em campanha por Ferreira.
Eleito com 56 mil votos, Ferreira agora governa uma cidade com mais de 254 mil habitantes, o que exige uma administração abrangente e inclusiva. Rondonópolis, sendo a segunda maior arrecadação do Estado, demanda uma gestão focada no bem-estar coletivo, acima de qualquer polarização política.
As declarações do prefeito tiveram ampla repercussão e podem impactar não apenas o cenário municipal, mas também o estadual e nacional.
A população espera ações concretas para problemas urgentes, como o combate à dengue e à chikungunya, além da apresentação de um projeto de governo que contemple todos os cidadãos, independentemente de suas convicções políticas.
A origem dos recursos, no entanto, não impede que sejam aplicados para o benefício de todos, pois a população não irá se dividir para ser beneficiada com melhorias públicas, “o sol há de brilhar igualmente para todos”.
Além de administrar Rondonópolis, Cláudio Ferreira é visto como uma peça-chave no projeto político do Partido Liberal (PL) para 2026.
Esse projeto envolve o empresário Odílio Balbinotti e a construção de futuras candidaturas do partido em âmbito estadual e nacional.
Contudo, sua postura ideológica pode comprometer essa estratégia, afastando aliados e dificultando uma gestão baseada no diálogo e na inclusão.
Embora tenha iniciado o mandato com força política, elegendo um aliado para a presidência da Câmara Municipal e conquistando o apoio de vereadores de diferentes espectros ideológicos, as críticas começam a surgir.
Um renomado jornalista local chegou a classificá-lo como “o dono da Câmara Municipal”, em referência à sua forte articulação política.
No entanto, essa imagem de liderança está sendo questionada diante das recentes polêmicas.
A declaração de Ferreira levanta um debate essencial: como conciliar diferentes visões políticas em prol do bem comum?
Em uma democracia, a representatividade é fundamental, e um gestor público deve governar para todos os cidadãos, promovendo o desenvolvimento e o bem-estar coletivo.
A fala do prefeito sugere uma postura excludente, o que levanta preocupações sobre possíveis desigualdades e impactos na harmonia social.
A polêmica envolvendo Cláudio Ferreira escancara os desafios de equilibrar ideologia e administração pública.
Uma gestão eficiente e justa deve priorizar o interesse coletivo, acima de qualquer viés partidário.
O grande desafio do prefeito será demonstrar que sua administração pode superar essas barreiras, governando com imparcialidade e compromisso com o progresso de Rondonópolis.
O futuro de sua carreira política e o sucesso do projeto do PL em 2026 dependerão, em grande parte, de sua capacidade de adotar uma liderança plural, dialogar com diferentes setores e governar para todos os rondonopolitanos, sem exceções.
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